Um treinador à Benfica

Comprimidos para a bazófia

A exibição em White Hart Lane foi linda, como tantas outras que já fizemos por essa Europa fora nos últimos anos. Um Benfica mandão, sério, mas também matreiro e inteligente. Mas o que lá vai, lá vai e é agora altura de nos centrarmos no campeonato.

7 pontos de vantagem sobre o segundo classificado (à partida para esta jornada) eram uma margem confortável que permitia alguns "deslizes". Com a vantagem no confronto directo, o Benfica pode dar-se ao luxo de perder um jogo e empatar dois até final do campeonato e ainda assim ser campeão. Dando de barato uma derrota no Dragão na última jornada (e acho que nem preciso explicar porquê), restam dois empates que o Benfica pode ceder. Olhando ao calendário e sendo, mais que sonhadores, pragmáticos, as deslocações à Choupana e a Braga constituem os pontos de maior risco até ao fim da prova. Empatar nessas duas deslocações, não sendo um resultado claramente positivo, poderia servir os interesses do Benfica. Como dizia Giovanni Trapattoni, quando não podemos ganhar, pelo menos temos de não perder!

Serve isto para dizer que o Benfica não tem necessidade de se colocar em perigo. A vertigem pelo ataque que caracteriza a nossa equipa pode sair cara. Temos de saber dosear o esforço, as emoções e o tempo. O Nacional é, como Jesus referiu e bem, uma das melhores equipas do nosso campeonato, somando apenas 4 derrotas em 22 jornadas (Porto e Estoril levam 5 derrotas cada, para terem um exemplo). Por isso vos digo: não ganhar ao Nacional hoje não é drama nenhum. Não podemos é perder este jogo. O campeonato ainda está em aberto e temos de saber geri-lo. Quem pense que o Sporting está fora desta corrida, desengane-se. Aquilo que comentei num post anterior aqui há dias aconteceu ontem em Alvalade.