1) Ao contrário do que era expectável, nos penalties venceu o Brasil. Geralmente nestes momentos a equipa que não é favorita e que consegue chegar até à última das barreiras do jogo, parte para a mesma com uma bagagem mental muito superior à outra. Em Turim, ainda antes de os jogadores partirem para as grandes penalidades do lado dos adeptos do Sevilha, senti muito isso. Não queria deixar que a ideia me consumisse por inteiro, depois de 120 minutos em pé, ali na fila 3, a cheirar o relvado e a apoiar o Benfica.
Lembrava-me do meu Pai e do mesmo que passara em Estugarda e queria muito vingar-lhe o momento do grande capitão Veloso. Deus, se existisse, devia ter deixado o Benfica ganhar o jogo de Turim e ontem o Chile ter ganhado a sua epopeia. Este Brasil é deprimente. Só não cairá contra a Colômbia por muita sorte.
2) A Colômbia só cairá contra o Brasil por muito azar. Uma excelente equipa na qual brilha muito alto um jogador encontrado pelo Benfica e desviado... pelo Benfica. Melhor: por um portista que trabalha dentro do Benfica. Enfim, belo futebol colombiano a lembrar Valderrama y sus muchachos. Naquele Mundial de 90 via os jogos agarrados a uma bola da competição que o meu Pai tinha trazido de Viena, trocada com um italiano por um cachecol do Benfica (com a bola vinha também o cachecol rossoneri «Curva Sud San Siro»). 24 anos depois, não dá para acreditar que já passaram 24 anos.
A minha aposta antes do Mundial era a França. Continuo na mesma, mas atenção a estes meninos (James é de outro mundo).