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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Luís Filipe Vieira, 20 de Outubro de 2012.

«Vamos baixar as quotas e os bilhetes até janeiro. Esta medida já estava a ser pensada e não é demagogia. Quero um estádio sempre cheio e não meia casa»

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O toque de Vieira: ouro em trampa.


Vieira tem este poder sobre as pessoas: seca-lhes as virtudes e aumenta-lhes os defeitos. Aos clubes, o mesmo: em Alverca extingiu-o; na Luz, eleva-o ao patamar da mediocridade. São incontáveis os casos de pessoas que antes eram dignas e que, a partir do momento em que foram instrumentalizadas por Vieira, passaram a ser de uma estirpe de mentirosos.

Gobern era um homem sério, frontal, incisivo, corajoso. Mal levou o toque de Vieira, passou de ouro a trampa. Gobern foi para o «Trio de Ataque» fazer de moço de recados. E como os recados desta Direcção são maioritariamente mentirosos, Gobern foi para o «Trio de Ataque» fazer de moço de recados mentiroso. 

Gobern não é sócio do Benfica. Mas sabe o que se passou na Assembleia-Geral do Benfica. Alguém lhe disse - não os dirigentes, porque esses estavam de cara virada para baixo ou a ver fotos no telemóvel. Mas alguém. Um alguém virtuoso que viu coisas extraordinárias e as relatou a Gobern que, como bom moço de recados mentiroso, fez o favor de as reproduzir na televisão pública.

O problema de Gobern não é não ser sócio - cada um sabe de si. O problema de Gobern é ter aceitado vender-se a troco de uma posição favorável na RTP e ganhar, naturalmente, uns bons milhares para ir fazer de ama-seca de Vieira. A máquina de propaganda vieirista é algo que deve já constituir um caso de estudo interessantíssimo. Alguém que pegue nisto e eleve o estudo a debate nacional.

O problema de Gobern - como de muitos outros - é pensar o país de uma forma e o Benfica de outra. São todos muito incisivos, muito mordazes, muito capazes, muito honestos quando se trata de malhar nos políticos deste país. Que urge a honestidade e a transparência, que urge a verdade e a seriedade e a competência. Todos muito revolucionários de Brasileira ao Domingo e voltinhas pela Avenida da Liberdade. 

Só que depois há o Benfica. Onde gostam de ir jogar à bola com os jogadores famosos, apresentar galas, ter camarotes, escrever no jornal ou ir para programas de televisão. Nesse caso, já não interessam as mentiras e omissões, enganos, desrespeitos, promessas não cumpridas do grande líder. Nesse caso, escudam-se os princípios numa suposta paixão essencial, em que o benfiquismo é atirado para uma acefalia - tudo em nome de um adepto e sua necessária ausência de raciocínio. É o Benfica, só queremos saber de bola, a política é para os outros, desconhecemos esses valores fundamentais. Fica tudo sob o manto da hipocrisia mais relativa. Pois é, nem tudo está mal. Ah mas há uns anos como o clube estava. Apesar de tudo, pagamos os ordenados. Gostamos muito de croquetes e de dizer na televisão que somos do Benfica. Dá-nos status, é cool, chama adeptos, ficamos conhecidos, temos vibe. 

Gobern, como tantos outros, foi instrumentalizado para o disparate. Instrumentalizado para a mentira. E os papalvos, muito benfiquistas com as suas camisolas em galas e piadinhas de arrastar multidões (é o Benfica, compreende-se), lá vão comendo e digerindo as mentiras como verdades. Até ao dia em que, confrontados com a realidade, vão acordar corados de tanta vergonha na cara.