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sexta-feira, 2 de março de 2012

Prognósticos para logo ou post de desbloqueio porque os escribas já foram todos emborrachar-se para o estádio


Como vos disse anteriormente, a minha filha tem seis meses e é sócia do Glorioso. Já a minha consorte, essa, não liga grande coisa a futebol, o que é facilmente explicado pelo facto de ser sportinguista. De maneira que o ritual nos últimos tempos tem sido este: peço educadamente à minha esposa que vá ver televisão para o quarto - não porque eu seja supersticioso, mas porque ela é uma ave agoirenta com provas dadas e nestas coisas um gajo não pode facilitar (levei-a três ou quatro vezes à Catedral e não ganhámos um jogo que fosse). Abro duas cervejas - uma para mim e outra para a petiz (que, como é óbvio, acaba por ser para mim) e um saco de aperitivos, ajeito as almofadas do sofá e sento-me confortavelmente com a pequena ao meu colo. Ponho o cachecol do Benfica ao pescoço e deixo as pontas caídas sobre os ombros dela. Normalmente fica com um ar imperturbável, muito atenta ao que se passa no ecrã. Claro que ainda não percebe o que por ali acontece, mas sou capaz de jurar que os olhos dela brilham quando descortinam aqueles rapazes de vermelho a entrar em campo. Sei que esboça um sorriso delicioso quando a faço pular no meu colo ao mesmo tempo que a ensino a puxar pelos nossos bravos: “Ben-fi-ca!!! Ben-fi-ca!!! Ben-fi-ca!!!”.

Hoje, não será diferente. O ritual repetir-se-á, na certeza, porém, de que no final dos noventa minutos da contenda, aconteça o que acontecer, o meu pequeno projecto-de-benfiquismo terá cumprido mais uma etapa do seu longo caminho de aprendizagem e eu já não terei minis no frigorífico. A lição de hoje é duplamente importante na medida em que para além de uma lição de benfiquismo, será a primeira subordinada à temática da eterna disputa entre o Bem e o Mal. Não espero nada menos do que um Benfica altamente pedagógico, que me apoie na importantíssima tarefa de ensinar à cria que o Bem, o Benfica, acaba sempre por levar a melhor.

Em jeito de prognóstico, estou muito, muitíssimo confiante na vitória e sinto que a generalidade dos adeptos do Benfica também o está. Não vou entrar em considerações tácticas nem alinhamentos iniciais desejáveis. A receita para o jogo de logo é simples: que os nossos heróis acreditem nas suas capacidades - que as têm - como nós acreditamos, derrubem eventuais barreiras psicológicas que se atrevam a surgir-lhes até ao apito inicial e entrem em campo sem qualquer tipo de temor, jogue quem jogar de início. Lutem enérgica e honradamente pela camisola que envergam e por tudo aquilo que os seus 108 anos de história significam.

O resto acontecerá com naturalidade: a avalanche de fé que hoje inunda os corações benfiquistas espalhados por esse mundo fora, personificada no incansável e ensurdecedor apoio vindo das bancadas do estádio, irá atingi-los de tal forma que nos conduzirá a todos à inevitabilidade da glória.

Em boa verdade vos digo: hoje vão ser 3-0.