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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Exclusive Silly League (ESL)

 Uma competição que nasce somente da ganância, do sentimento de superioridade. Clubes – na maioria comprados por milionários de fora do contexto do futebol – decidem que são a elite deste Desporto e que merecem uma competição onde tenham de competir só entre si.

Querem fechar o Futebol neles, estagnar a dinâmica de crescimento de clubes menores e impedir a queda de clubes de renome – eles próprios. Encontraram um escape para os seus insucessos, para as suas más gestões. Não querem correr o risco da sua incompetência lhes custar lugares de destaque. Não querem correr o risco da sua incompetência os colocar abaixo de clubes com menores condições.

Pessoas fracas a fazer fracos fortes clubes.

O Futebol tem uma história e essa história é a base da sua paixão, da sua magia. O que move o Futebol não é dinheiro, é sentimento. Mas querem apagar esse sentimento. Querem colocar um ponto final na história deste Desporto e aproveitarem a posição onde agora estão – não por mérito de quem lá está mas de quem lá esteve e fez parte desta história.

Estes clubes tornaram-se uma vergonha para o Futebol.

Na sua arrogância elitista decidiram tentar criar um Futebol onde eles mandam em tudo. Sabiam como iam ser vistos mas não tiveram vergonha na cara. Criaram uma história da carochinha onde dizem que o facto de eles ficarem ainda mais milionários irá beneficiar o Futebol mundial porque vão ser muito solidários. Pó caralho.

Querem mandar no Futebol e com a sua “solidariedade” agirem como os Reis desta porra toda.

Todas as organizações avançaram com a sua posição – UEFA, FIFA, EFA e a Premier League, RFEF e a La Liga, FIGC e a Serie A.

Se estes clubes querem uma competição só deles, um Futebol só deles, então que o tenham. Que vão viver o seu elitismo e nos deixem a todos viver o nosso Desporto.

Fiquem com a sua ESL mas não metam o pé em nenhuma competição FIFA, em nenhuma competição UEFA e em nenhuma competição doméstica.

E os jogadores têm de optar pois não podem ter tudo. Terão de escolher em que Futebol irão querer jogar. No Futebol exclusivo ou no Futebol inclusivo – aquele onde ainda competem nas suas selecções.

Nos últimos anos muito temos falado de como a paixão no Futebol tem ficado dormente, escondida por baixo de toda a comunicação tóxica, de toda a propaganda e de todo o marketing.

Numa década onde entre milhões de jogadores só dois pareciam existir, tanto para a opinião pública como para as entidades regentes, é normal que estes “donos” achem que só os seus clubes existem.

Sim, a culpa também é da FIFA e da UEFA que foram alinhando nesta palhaçada do Marketing futebolístico que minou a magia do jogo em prol do impacto mediático. E sim também é nossa, de todos nós que alinhámos nisso.

Estes clubes já se envergonharam e já nos envergonharam. Que a mão pesada sirva para se redimirem ou para realmente partirem e nos deixarem reencontrar a verdadeira natureza do Beautiful Game.

Agora os verdadeiros protagonistas têm a palavra:

Ronaldo Nazário, Totti, Zidane, Maldini, Raúl, Ryan Giggs, Xavi, Cannavaro, Rio Ferdinand, Henry, Iniesta, Figo, entre tantos outros.

E chamo especialmente aqui à atenção destes nomes para que se cheguem à frente e recusem esta farsa:

Zlatan Ibrahimovic, Alessio Romagnoli, Antonio Conte, Aleksandar Kolarov, Chistian Eriksen, Ivan Perisic, Romelu Lukaku, Mikel Arteta, David Luiz, Granit Xhaka, Alexandre Lacazette, Pierre-Emerick Aubameyang, Pep Guardiola, Kevin de Bruyne, Bernardo Silva, Ilkay Gundongan, Raheem Sertling, Ole Gunnar Solskjær, David de Gea, Harry Maguire, Paul Pogba, Bruno Fernandes, Edinson Cavani, Jurgen Klopp, Virgil van Dijk, James Milner, Sadio Mané, Mohamed Salah, Roberto Firmino, José Mourinho, Hugo Lloris, Toby Alderweireld, Gareth Bale, Heung-min Son, Harry Kane, Diego Simeone, Koke, Saúl Níguez, Luis Suárez, Andrea Pirlo, Gianluigi Buffon, Leonardo Bonucci, Giorgio Chiellini, Cristiano Ronaldo, Thomas Tuchel, Thiago Silva, César Azpilicueta, Timo Werner, Zinédine Zidane, Thibaut Courtois, Raphael Varane, Sérgio Ramos, Toni Kroos, Luka Modric, Karim Benzema, Ronald Koeman, Marc-André ter Stegen, Gerad Piqué, Jordi Alba, Sergio Busquets, Antoine Griezmann e Lionel Messi.

Destaco o papel que devem ter o Zlatan, o Guardiola, o Maguire, o Mourinho, o Klopp, o Simeone, o Tuchel, o Buffon, Chiellini e Cristiano Ronaldo, o Zidane e o Ramos, o Koeman, Piqué e o Messi.

Não esperaria nunca esta postura por parte de um clube como o Barcelona, é essencial que Lionel Messi seja a principal voz da revolta e da recusa.

Entretanto silêncio por parte do Sport Lisboa e Benfica. Sabemos como funcionam estas pessoas. Andaram desejosos de serem incluídos. São parte do problema. São parte activa desta visão empresarial do Futebol. Estão ali caladinhos a ver se conseguem ainda ser chamados enquanto vão sentindo o pulso à opinião pública.

Varandas e Pinto da Costa já se posicionaram contra isto. O Benfica limitou-se a remeter a Lusa a declarações feitas em Novembro pelo Domingos Soares de Oliveira onde afirma que mesmo discordando dificilmente não aceitaria o convite de integrar a ESL.

Do Benfica de Vieira era exactamente isto que esperava. Mas ao contrário do que tanto tem desejado o ex-candidato Bruno Carvalho na sua cruzada por colocar o Benfica nesta vergonha, o que eu esperaria do Sport Lisboa e Benfica é que estivesse desde ontem a liderar a revolta e a luta contra estes elitistas.

Neste momento um clube como o Sport Lisboa e Benfica deveria estar lado a lado com o Bayern, o Dortmund, o Marselha, Sevilha, Roma, Lazio, até o PSG, o Lyon, o Ajax, o Slavia, o Dynamo, o Celtic, o Estrela Vermelha, o Anderlecht, o Sparta, o CSKA, o Galatasaray, entre outros, na defesa do Futebol, da continuidade de um Futebol mágico, competitivo, inclusivo e sonhador.

Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, Inter de Milão, AC Milan, Juventus, Tottenham, Liverpool, Arsenal, Mancester City, Chelsea e Manchester United:

Vocês estão fora destes relvados. Peguem na vossa bola milionária e vão jogar para outros campos. Por cá continuaremos com a nossa bola de couro, a verdadeira bola de futebol.




quinta-feira, 21 de maio de 2015

Futebol e Benfica pelo Mundo (Parte 5)


Em terras de sua majestade o Chelsea já é rei.

Falta uma jornada para terminar a Premiership e a equipa de Ramires e Matic lidera o campeonato com 8pts de vantagem. Depois de 4 anos sem se sagrar campeão, o Chelsea conquista este ano o 5º título da sua história.
Ao campeonato junta também a conquista da Taça da Liga, tendo derrotado o Tottenham na Final.
Foi na Liga dos Campeões que as expectativas foram defraudadas. A equipa de Mourinho não foi além dos Oitavos, caindo em Stamford Bridge perante o PSG.

Esta época o Manchester City não mostrou andamento para lutar pelo título. Valeu-lhe a inconsistência do Arsenal para conseguir já ter garantido o 2º lugar.
Tal como os Blues, os Citizens e os Gunners caíram nos Oitavos da Champions. O City não aguentou o poderio do Barça e o Arsenal caiu frente ao Mónaco depois de uma derrota por 1-3 em Londres.

Arsenal e Manchester United completam o top-4 e os lugares de acesso à Champions.
A equipa de Londres deverá manter o seu lugar no pódio pois tem uma vantagem de 3pts sobre o United do Di Maria.
O Arsenal tem agora o seu foco na Final da Taça que irá disputar com o Aston Villa.

O 5º lugar, que dá acesso à Liga Europa, está a ser disputado pelo Liverpool, Tottenham e Southampton.
Os Reds têm vantagem nesta luta. A equipa do Markovic parte para a última jornada com mais 1pt que o Tottenham e mais 2pts que o Southampton.
O 5º lugar na Liga e o 3º lugar no grupo da Champions, atrás do Basileia, mostram que este Liverpool ainda tem um longo caminho a percorrer para começar a fazer jus à sua história. Além disso, a equipa de Anfield foi batida, nos penalties, pelos turcos do Besiktas logo nos 16-avos da Liga Europa.
Também o Tottenham não foi além dos 16-avos, tendo sido eliminado pela Fiorentina.
O Southampton, com a liderança do Ronald Koeman, caiu de rendimento na segunda volta do campeonato. O 5º lugar pode ser o culminar de uma época muito bem conseguida e que contou com o contributo do nosso Djuricic e principalmente do José Fonte.

Também o Everton representou Inglaterra na Liga Europa e também o Everton caiu mais cedo do que o expectável. Depois de atropelar o Young Boys, os Toffees não tiveram pedalada para Dynamo Kiev e caíram nos Oitavos.

Com o 8º lugar assegurado está o Swansea. O nosso emprestado Nelson Oliveira deu o seu contributo na época dos Swans mas este foi mais um empréstimo marcado pelas lesões.

Despromovidos estão já o QPR e o Burnley.
A lutar pela manutenção estão o Newcastle e o Hull City. Os Magpies têm a vantagem pontual (2pts) e a vantagem no calendário. Enquanto o Hull vai receber o United, o Newcastle irá receber o West Ham.

O Kun Aguero lidera a tabela dos melhores marcadores. Os seus 25 golos são seguidos pelos 20 do Kane e os 19 do Diego Costa.
De destacar as 18 assistências do Cesc Fàbregas, mais 8 que o Di Maria e o Sigurosson.
Este primeiro ano em Inglaterra não correu de feição nem ao Di Maria nem o Markovic. A uma jornada do fim o argentino leva 3 golos e o sérvio 2. Apesar das incertezas à volta do Di Maria, este consegue somar 10 passes para golo.
O N.Oliveira conseguiu estrear-se a marcar na Premier. Já o Djuricic ainda não marcou qualquer golo.

É um final de época pouco surpreendente em Inglaterra.
O Chelsea não deslumbra mas apresenta mais consistências e estofo que os seus rivais mais directos.
O City ataca cada campeonato com a força das suas finanças. É este poderio financeiro que lhe permite lutar pelo título. Falta no clube alguém que goste e perceba de futebol e que tenha liberdade para gerir o plantel sem as pressão dos cifrões.
O Arsenal continua a ser a equipa que apresenta o futebol mais atractivo da Premiership. Falta maturidade e equilíbrios no plantel para poder ser um sério candidato ao título.
O United continua à procura de recuperar da despedida ao Sir Alex Ferguson. Com Van Gaal a equipa parece estar a construir uma nova identidade com uma grande revolução no futebol da equipa de Old Trafford, a qual levou ao sacrifício de toda a primeira volta do campeonato.
O Liverpool também é um clube em fase de renovação. Procura ainda recuperar a sua identidade e a saída do Gerrard é um contratempo para este processo.
Conta com estrelas como o Coutinho, Sterling, Sturridge e Markovic mas precisa construir um melhor suporte para as elevar e se elevar.

O futebol inglês tem de encontrar uma solução para a pouco produtividade das suas equipas nas competições europeias.
A Premiership é provavelmente o campeonato europeu mais competitivo e intenso, as equipas inglesas são bem treinadas e estão recheadas de talento, mas nada disto se tem espelhado na Europa.
O desgaste na época do Boxing Day é possivelmente um dos factores responsáveis por isto.
 

No final desta época fico com algumas perguntas na cabeça:

Com um City mais motivado e um United com os processos mais trabalhados, o Chelsea tem futebol para fazer o Bicampeonato?

O Wenger tem condições para voltar a vencer com os Gunners? E capacidade?

O Nélson deverá voltar ou ficar mais um ano na Premiership?

O Markovic tem lugar no Liverpool enquanto titular?

O que está a falhar nas campanhas europeias dos clubes ingleses?