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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Da estupidez do departamento de marketing do Benfica


A seis dias do jogo que pode e que provavelmente decidirá o campeonato nacional, o Benfica lançou uma campanha em que vende uma bandeira e um cachecol com a inscrição #colinho ao preço de 9 euros para sócios e de 10 euros para não sócios.

Um cachecol a dizer #colinho é só uma das ideias mais estúpidas que me lembro de alguém conseguir materializar num produto de marketing, ainda para mais na altura do ano em que estamos, no contexto em que se insere o jogo do próximo fim-de-semana e nos antecedentes que temos no que toca a perder campeonatos na recta da meta. Se o Benfica não vence este campeonato depois dos seis pontos que teve (com a agravante de poderem ter sido nove pontos não fosse a derrota em Paços de Ferreira) e depois destas manifestações circenses de cachecóis que aludem ao #colinho, teremos direito a 30 anos de merecido gozo por parte dos rivais.

Uma coisa é haver adeptos que "reservam" rotundas e decidem fazer a festa antes do tempo. Sendo um sinal de pouca inteligência, é importante sublinhar que esses adeptos não passam disso mesmo: adeptos. Não são pessoas com cargos diretamente ligados ao Benfica nem com responsabilidades no marketing do clube. Lançar uma campanha como esta tem a sua piada se os resultados desportivos corresponderem. Mas se isto der para o torto...

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sagres Fora de Contexto



O que dizer sobre mais esta polémica de palha?
Nesta discussão não vejo espaço para falar em decência. Isto nem é uma questão de Futebol mas sim Empresarial. A discussão possível é do foro da Gestão, de estratégia da Sagres.

A Sagres decidiu nesta sua parceria com a Liga aparecer com uma publicidade diferente. Quis ter impacto e acrescentar uma nova dinâmica na sua relação com o futebol português.

Pelo que se vai discutindo parece que a estratégia era ridicularizar o Sporting ou o Patrício. Alguém que pense mais de dois segundos nisto consegue mesmo acreditar nesta possibilidade?

A Sagres imaginou o que seria todas as jornadas fazer um vídeo caricato sobre um (ou mais) dos jogos realizados. A Sagres imaginou o que seria no final de Domingo ter os adeptos à espera de saber qual seria o vídeo que a marca ia lançar, sobre que jogo seria e como seria. A Sagres imaginou ter os adeptos de futebol também a ansiar pelo input da marca nas jornadas do campeonato português

Isto é uma imagem forte. É um marketing poderoso. A Sagres quis ter impacto.

Não vejo qualquer problema no vídeo. Não vejo qualquer problema na ideia. Não vejo qualquer problema na mensagem.

Um resumo em forma de caricatura de um jogo de futebol onde se foca na falha do Patrício e no tombo do Belenenses no último minuto tem sido divulgado como um simples ataque ao Patrício.

Não vejo porque discutir o conteúdo ou qualidade do vídeo mas sim a estratégia da Sagres. Terá sido devidamente analisado o contexto do futebol português? Terá sido bem analisado o timing de lançamento desta propaganda?

Em Portugal já se sabe que há pouco espaço para o que é diferente. Se apontam à nossa “dama” são recebidos à pedrada.
A ideia da Sagres foi boa mas estava praticamente condenada ao falhanço devido ao tipo de adeptos que há no futebol português. Estamos sempre em modo defensivo, em modo guerrilha. 

Mas além desta postura constante era também importante ter em atenção o momento que se vive entre o Benfica e o Sporting. Não era o timing ideal para lançar aquele vídeo. O Sporting de Corte-de-Relações/Sporting-de-Bruno-de-Carvalho não ajuda a possibilitar este tipo de iniciativas. 

A Sagres falhou. Falhou a analisar o futebol português e o momento do mesmo. 

Mesmo já estando previamente definida a data de lançamento, a comunicação da marca deveria ter optado por uma mudança de estratégia, por um adiamento deste.
 
Neste momento um vídeo daqueles sobre um empate do Sporting com o frango do Patrício era lançar lenha para uma fogueira que já está a arder faz algum tempo.
 

A Sagres não tem culpa das limitações do adepto de futebol. A Sagres tem culpa na sua análise de mercado.

Esta iniciativa merecia ter começado noutro jogo e bem distante das susceptibilidades leoninas.
A reacção ao vídeo foi a esperada, as virgens andam muito ofendidas e a Sagres tinha obrigação de estar preparada para isso. Ao retirar o vídeo mostrou não estar.


Quero só acrescentar que não vejo motivo para falar em hipocrisia evocando a questão Je Suis Charlie. A menos que alguém faça ameaças de terrorismo ou realize mesmo um atentado terrorista contra os escritórios da Sagres não há qualquer ligação entre os casos.
Liberdade de expressão não é só para falar mas também para responder.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

André Gomes, Liderança, Apoio, Bilhetes mais baratos, Alípio Matos

1) A integração de um jovem jogador na equipa principal exige critério e noção dos momentos adequados na sua utilização. Se ela for feita sem método, corre-se o risco de, após a euforia dos adeptos por verem um miúdo da formação a jogar na equipa titular, acabar por queimar o jogador. Falo de André Gomes, um jogador com um talento evidente que deve ser paulatinamente integrado e não constituir já uma referência para entrar de início. Em Barcelos, apesar do golo e da natural qualidade de decisão que sempre demonstrou, André Gomes perdeu imensas bolas - muitas das perdas devido a más recepções - e denotou ainda não estar adaptado à intensidade de jogo mais exigente da Primeira Liga. A solução passa por ir utilizando Gomes com critério, preferencialmente vindo do banco em jogos resolvidos ou a titular em jogos de menor dificuldade. Utilizá-lo sem restrições não só contribuirá para um atraso na sua evolução como poderá "queimá-lo" na receptividade que os adeptos terão ao longo do tempo. Neste particular da capacidade de utilização ao mais alto nível, Miguel Rosa parece-me bastante mais apto a ser solução mais assídua.

2) Vitória, Spartak, Rio Ave, Moreirense, Celtic e Olhanense. 6 jogos que só podem ser 6 vitórias. Porque é fundamental chegar  ao primeiro clássico (em Alvalade) na liderança do campeonato e porque, na Champions, só vencendo os dois jogos em casa poderemos sonhar com a passagem aos oitavos-de-final. Jogos com graus de dificuldade diferentes mas todos ao nosso alcance - até por jogarmos 4 deles em casa. Entramos num período crucial da época: não há tempo nem espaço para erros.

3) Os adeptos têm de compreender as necessidades do clube: tanto ao nível do apoio fundamental à equipa como na questão financeira. Assistir, como na recepção ao Beira-Mar, a 28.000 pessoas na Luz torna-se deprimente. O Sporting, que está numa crise profunda, teve em Alvalade a mesma assistência no último jogo. Há 20.000/25.000 que vão sempre ao estádio; importa agora criar uma onda com os restantes 30.000/35.000 de indecisos, que umas, raras, vezes vão, outras, muitas, preferem ficar em casa ou ir ver o jogo ao café. Quem pode ir ver os jogos - e, apesar das dificuldades financeiras, há muitos que podem - não deve afastar-se das suas próprias responsabilidades como sócio ou adepto. Que seja criada uma onda de apoio crescente que leve o Benfica até Janeiro na liderança. É fundamental conseguir ganhar vantagem sobre o porto até lá, porque temos um plantel mais desequilibrado e menos experiente. A única hipótese de estarmos no Marquês no final da época passa por estes próximos 2 a 3 meses. Saibamos, adeptos e sócios, compreender a importância de encher os estádios com o apoio à equipa.

4) Na sequência do ponto anterior, espero pela confirmação da promessa que Vieira fez aos benfiquistas. Uma redução no preço dos bilhetes e nas quotas dos sócios é, mais do que uma medida de respeito, uma acção inteligente na promoção pelo apoio à equipa e até uma ajuda importante em termos financeiros. Bilhetes mais baratos significa maisgente no estádio e melhores receitas. Nem sempre pedir muito significa ganhar muito. 60.000 a 15 euros o bilhete é melhor do que 30.000 a 20 euros o bilhete. Com o extra, nada despiciendo, de encher o estádio em apoio à equipa e potenciar novos adeptos e sócios.

5) A reintegração de Alípio Matos na estrutura do Futsal do Benfica é uma excelente notícia. Um homem de uma competência inatacável que eleverá a organização da modalidade a um modelo mais coerente e sólido - para além de ser o responsável por toda a estrutura, estará a liderar os juniores. Óptima medida para o futuro da modalidade.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O adepto-cliente - episódio sobre a falta de vontade de quem nos dirige

N´"ABOLA" de hoje:

"O Sporting decidiu proporcionar aos adeptos a possibilidade de assistirem ao jogo com o Ath. Bilbao no Estádio José Alvalade.

Para o efeito, será instalado um ecrã gigante que permitirá acompanhar, a par e passo, todas as incidências do encontro que pode colocar o leão na final da Liga Europa.

As portas serão abertas às 19.30 horas, 35 minutos antes do pontapé de saída do jogo em San Mamés. A entrada é gratuita.

O Estádio de Alvalade transformar-se-á, depois, no palco da festa com a equipa, que tem chegada prevista entre as duas e as três da manhã, desejavelmente para celebrar o apuramento para a final de Bucareste."

E o que tem isto a ver com o Benfica? Tem muito. O que é uma excelente medida por parte da Direcção do Sporting no nosso clube parece ser uma subida impossível ao alto do Evereste. Não porque seja de uma dificuldade extrema conseguir-se a permissão de uma estação de televisão para que se passem os jogos nos ecrãs do estádio, mas porque no nosso clube o adepto é visto como um cliente que se farta de gastar dinheiro e nunca como o coração e a alma do Benfica que merece respeito, dedicação e uma resposta à altura dos pedidos que este faz aos seus dirigentes.

Há cerca de dois meses e meio perguntava-me por que razão não podiam os benfiquistas menos abastados reunir-se no estádio ou num dos pavilhões para verem os jogos da Champions que a equipa fizesse no estrangeiro. Um encontro de amigos, companheiros, consócios, fazendo dos nossos recintos autênticas festas de benfiquismo. Com fervor, paixão, emoção, amor, apoio. E, em vez de ter ficado só pela ideia, escrevi um texto que fiz chegar ao Director de Marketing, através de um consócio e blogger, o João Tomaz, do Benfiquistas desde pequeninos

E versava assim:

«Serve esta carta para dar voz a uma ideia que penso merecer uma maior atenção e a qual tenho vontade de vê-la passada à prática por julgar ter em seu redor criadas as condições necessárias para uma aplicação directa, rápida e com vantagens para o Clube e restantes empresas que rodeiam o Estádio da Luz.

E ela é, sem mais delongas, muito simples: quero saber da disponibilidade da Direcção do Clube para a transmissão dos jogos europeus que o Benfica fará até, esperemos, à final da competição - começando, se for possível, já esta Quarta-Feira.

Várias ideias vieram dentro desta: executar a transmissão no próprio Estádio, fazê-la num dos pavilhões, na praça Centenarium. Neste particular, deixo à vossa consideração o estudo sobre o melhor local a transmitir os jogos. Decerto que haverá a questão de segurança a ter em conta como outras que desconheço mas que poderão ser importantes para uma boa organização do acontecimento.

Com isto, pretendo promover o benfiquismo apaixonado e reunido entre os nossos, em detrimento do café ou do sofá. Reunir centenas ou milhares de benfiquistas - e se a ideia for bem publicitada tanto pela Benfica Tv como por outros meios, incluindo fóruns, blogues, redes sociais, acho que poderemos, de facto, reunir muita gente -, todos juntos, todos apoiantes, todos a sofrer e a vibrar pelo Benfica, naquela que é a nossa segunda casa: o Estádio da Luz.

Por outro lado, toda a estrutura em redor do estádio sairia valorizada - tanto no plano do merchandisinhg como comercial. A Benfica TV teria uma oportunidade de criar novos conteúdos, com directos e recolha de testemunhos de mais uma acção de benfiquismo, que pretendo ser uma onda que nos leve até final da competição. Um pouco como nos Europeus e Mundiais, em que as pessoas se juntam em redor de um espaço público, acho que o Benfica tem grandeza suficiente para atingir o mesmo nível de fidelidade e paixão.

Gostaria de receber a vossa resposta o mais cedo possível, visto que há um jogo Quarta-Feira que podia ser, mesmo que com menos gente do que nos próximos, um bom ponto de partida para lançar a ideia e começar já a abrir uma transmissão pública aos benfiquistas. Não esquecer que, em tempos de crise, todas as ideias que fomentem a paixão clubística, ao mesmo tempo que possibilitam a quem não pode ver o jogo em casa uma transmissão do jogo, são factores a ser seriamente tidos em conta.

Não sei que valor, em termos de custos, terá a operação de uma transmissão nestes moldes, pedindo-vos que me informem sobre o assunto, mas creio que não será significativo em relação ao que pode gerar entre os nossos - financeira e clubisticamente.

Quero, queremos, apoiar o Benfica, como se estivéssemos em São Petersburgo (e, nos próximos jogos, nas outras cidades onde o Benfica jogar). Queremos estar perto uns dos outros para nos sentirmos mais próximos dos nossos jogadores. Queremos gritar golo em uníssono. Queremos sentir o público, o som do benfiquismo ao longo dos 90 minutos e queremos festejar com os nossos cachecóis e as nossas bandeiras.

Espero uma resposta da vossa parte, se possível já hoje para sabermos com o que contamos.

Somos Benfica. Não há impossíveis neste clube. Apoiem esta ideia e nós apoiaremos o Benfica com a vossa dedicação.»

Resposta primeira: teria de passar a questão para o departamente jurídico.

Um dia depois, resposta segunda: que era "complicado" por causa dos direitos televisivos e tal.

Quando o adepto é visto pelos dirigentes como um cliente e não como um activo fundamental do clube, é nisto que dá. Pelos vistos o Sporting não achou "complicado". É tudo uma questão de vontade. E ela existe ou não existe. No Benfica, há mais vontade em chamar "abutres" aos que encontram nestes dirigentes muito mas mesmo muito pouca vontade. É complicado.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ó Estúpido, o Benfica é vermelho e branco!

Para quem lê este blogue há mais de dois meses, o conhecimento da minha crença não é novo; para quem não lê, ficará a conhecê-la mais em detalhe: acredito profundamente que os equipamentos alternativos devem ser a cópia fiel do principal, com as cores inversas. Se o equipamento é todo vermelho, o alternativo deverá ser todo branco. Se o equipamento é vermelho e branco, o alternativo deverá ser branco e vermelho. Tudo o que fuja disto, está errado. Aceito todo vermelho e derivados dentro das cores vermelho e branco e nada, mesmo nada, mais do que isto. 
 
E isto porquê? Por amor à História do clube, por respeito a quem decidiu as cores que nos representam e - aqui é que entra o sobrenatural, para alguns - porque é minha crença profunda de que o Benfica sai prejudicado em termos competitivos quando usa equipamentos que fogem às cores do clube e que, por isso mesmo, não fazem sentir aos jogadores que estão a representar o Sport Lisboa e Benfica. 

Pode parecer uma conversa de uma estupidez superlativa - esta de achar que um jogador do Benfica não sentirá o peso da instituição que representa se não usar as suas cores - mas não é. É algo até bastante natural e humano, bem distante de alguma espécie de prodigiosa evocação aos deuses ou do domínio do sobrenatural - o jogador não sente o peso, a história, a tradição e o nome do clube porque, quando olha em frente, sente no sul dos olhos cores repugnantes.

Aliás, pior do que sentir uma deformação de cores, o jogador não sente o encarnado viçoso sobre o corpo e isso, naturalmente, fá-lo-á correr menos, ter menos dose de superação, gastar menos gotas de suor naqueles minutos finais, falhar mais passes, ser menos solidário com os colegas, enfim, o jogador, quando envergando um cinza misturado com cor de merda, quase só quer fechar os olhos, aninhar-se junto a uma linha lateral sem tráfego humano e esperar pelo fim do jogo. E é humano, indescritivelmente humano, que um jogador queira desaparecer dos olhares dos outros quando vestido com tão desesperante e horripilante traje - que nem parece coisa de futebol, mas de algum torneio 12 horas de ping-pong, ali entre a Pontinha e Mem-Martins.

É importante que o Benfica saiba que, enquanto anda a desrespeitar a sua própria História, além de castigar os jogadores ao nível psicológico, está também a contribuir para um menor sucesso desportivo. Isto tem de ficar bem claro, de uma vez por todas. Aquilo que era, há um ano, uma ideia um pouco abstracta para mim, hoje é mais científica do que a certeza que todos temos sobre a verdadeira cor cerebral do Alan: é estúpido. 

Senhor António Elias, contacte os senhores do marketing e diga-lhes isto, está bem? Pode ser que um dia eles percebam que esta merda não é o Alverca.

Benfica - Trabzonspor (principal) - vitória
Trabzonspor - Benfica (alternativo) - empate
Twente - Benfica (alternativo) - empate
Benfica - Twente (principal) - vitória
Gil Vicente - Benfica (alternativo) - empate
Benfica - Feirense (principal) - vitória
Nacional - Benfica (principal) - vitória
Benfica - Guimarães (principal) - vitória
Benfica - Man Utd (principal) - empate
Benfica - Académica (principal) - vitória
Porto - Benfica (principal) - empate
Otelul - Benfica (alternativo) - vitória
Benfica - Paços Ferreira (principal) - vitória
Portimonense - Benfica (principal) - vitória
Basileia - Benfica (alternativo) -vitória
Beira-Mar - Benfica (principal) - vitória
Benfica - Olhanense (principal) - vitória
Benfica - Basileia (principal) - empate
Braga - Benfica (alternativo) - empate



Principal: 13 jogos, 10 vitórias, 3 empates



 Alternativo: 6 jogos, 2 vitórias, 4 empates