sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vou a Braga de coração nas mãos (e com 50 garrafas de Pleno Tisanas, Lúcia-Lima, Flor de Laranjeira e Limão)

Antes de mais, falar em PLENO Tisanas, Lúcia-lima, Flor de Laranjeira e Limão. Só a melhor bebida para a ressaca alguma vez inventada. Eu sei que o propósito do gajo que a inventou não era esse, ou imagino, porque aquela merda a vermelho a dizer toda contentinha "Só 9 Kcal por 100 ml" remete-nos logo - se as palavras "tisana" e lúcia-lima" não projectavam já uma desconfiança - para esse universo das pessoas saudáveis e muito preocupadas com a saudinha das suas entranhas.
Mas algo no processo correu mal ou muito bem e o resultado é uma bebida poderosa, eficaz até ao tutano, para com os achaques, os enjoos e as náuseas. Pode beber-se às golfadas (o melhor é beber a garrafa toda de litro e meio numa golfada só) que não causa vómito. Fresquinha, passa-nos pelos tubos gargantais, esofágicos e outros numa harmonia de água de fonte milenar que nos faz ficarmos espantados com o mundo sem tempo sequer para transportarmos a garrafa para outro lugar.
Não, PLENO Tisanas, Lúcia-lima, Flor de Laranjeira e Limão bebe-se dentro do frigorífico, de porta aberta e olhar enlouquecido, enquanto se degusta, para a manteiga, os queijos, para a polpa de tomate que temos à frente. Aquele olhar alucinado que olha mas não vê, apenas vai fixando objectos enquanto o corpo recebe a pureza fresca da Lúcia-lima e se regenera.
É verdade, meus caros inventores de PLENO Tisanas, Lúcia-lima, Flor de Laranjeira e Limão: na ânsia da busca da vida saudável, acabaram a dar mais ânimo aos que gostam de beber álcool. É que agora temos - comunidade dos pouco saudáveis - a certeza de chegarmos à manhã seguinte e resolvermos logo ali o problema. E essa era só a nossa única chatice.
Obrigado, PLENO Tisanas, Lúcia-lima, Flor de Laranjeira e Limão. Muito Obrigado.

Quanto ao Benfica, chamem-me esquisitinho mas eu tendo a exigir à minha equipa que numa meia-final europeia frente ao Braga jogue um bocadinho mais de futebol. É certo que fomos a única equipa em campo que quis fazer alguma coisa parecida com futebol, é verdade que os bracarenses têm uma sorte proporcional à estupidez dos seus adeptos (depois do auto-golo em Kiev que lhes deu a passagem na elininatória anterior, agora beneficiam de um ressalto, de bolas ao poste da sua baliza e de oportunidades escandalosamente falhadas pelos nossos), sim, tudo isso, mas estavam lá 60.000 gajos e se não me falha a memória nós somos Benfica.
Se não me falha a memória, um Benfica não começa a defender um 2-1 perigosíssimo a 10 minutos do fim. Mas não foi o Fernando Santos que fez isto ontem. Foi quem? O Jesus. Ah, pronto, então está tudo bem.


Só umas perguntinhas rápidas

1. Não quero ser injusto, mas porque é que o mestre da táctica dinamitou o nosso meio campo (que estava a funcionar) com duas substituições de uma só vez, independentemente da intenção?

2. Alguém viu a outra meia final? Eu não. Nem vi os golos. Mas o que foi aquilo? WTF?

3. Aimar...querido Aimar, porque é que fizeste aquele carrinho de caca ao fiteiro-cara-de- escroto-alan para ele te poder arrancar um amarelo?

Sinceramente, não precisam de responder.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quando tudo o resto falha, fica a mística nas mãos

A loucura do futebol: se há uns anos me tivessem prometido uma meia-final europeia contra o Braga eu exultaria e saía de faixa "Reservado" na mão para meter no Marquês. Hoje, literalmente hoje, é uma eliminatória que me deixa, embora confiante nas qualidades que a nossa equipa tem, apreensivo.
Por aquilo que se passou na semana passada - a que me escusei de dar palavras por dois motivos simples: daqui para a frente deixarei de ver provas em que participem simultaneamente o Porto e os árbitros portugueses, porque é extremamente estúpido persistir na ilusão de que há isenção em Portugal, chateando-me com isso, quando há livros para ler, viagens a fazer e pessoas com quem passar noites de Verão; porque Jesus segue dando provas de que, além de ser mau do ponto de vista motivacional nos momentos cruciais, teima e volta a teimar nas suas ideias sem aprender com os erros -, pela qualidade da equipa do Braga e pelas várias lesões que atacaram o plantel num momento fundamental da época. Uma, duas poderiam até ser, como defendi há uma semana, interessantes do ponto de vista estratégico; cinco já não, cinco é aniquilar muitas hipóteses a uma equipa que já tinha levado a foice e não procurado soluções em Janeiro, por decisões muito pouco compreensíveis por parte de quem dirige os destinos do clube.

No entanto, e como não podia deixar de ser, lá estarei com o meu cachecol e o meu benfiquismo demencial na esperança de que, contra as adversidades, a equipa reaja com alma e capacidade de transcendência. Numa palavra: com mística.

Mas confesso que é sempre mau sinal quando, olhando para os recursos que temos (e podíamos ter, se as opções tivessem sido mais inteligentes), as primeiras palavras que me vêm à boca quando penso no jogo de amanhã são "alma", "mística", "superação" em vez de "inteligência", "qualidade no trabalho", "humildade", "sacrifício", "estratégia". Preferia ter a confiança nas últimas, admito. Não sendo possível, que venha então o Cosme Damião do 100º anel dar uma perninha aos jogadores e algum cérebro ao Jorge da Reboleira.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A lesão de Gaitán - um milagre que pode salvar a época

Calma, leitor, não espume já da boca. Recoste-se, prepare uma bebida, fume um cigarro. Já está? Então agora sim, está preparado:

Este título tem tudo para ser uma imbecilidade digna de Guiness. Ver mão divina numa lesão de um jogador com o talento de Gaitán só pode ser de um parvo que anda a brincar com isto. E, vendo bem as coisas, se calhar é. Mas também os parvos têm direito à opinião. É a parvocracia neste Estado de Direito. Por outro lado, e seguindo a cartilha da livre escolha, só lê quem quer, ou seja, quem é parvo. Portanto, estamos tratadinhos, somos todos parte integrante - uns porque lêem, outro porque escreve - de um grande mar de parvoíce em que se inclui, já se adivinha, Jorge Jesus.

Relaciona-se muito com o grau de parvoíce de Jesus esta minha tomada de posição. Em condições normais, a lesão de Gaitán seria um contratempo, uma contrariedade de última hora que nos daria dores de cabeça. Sim, isso se a utilização de Gaitán fosse equilibrada e ajustada às necessidades da equipa. Se Jesus fizesse dele um jogador importante para certos momentos e não, como faz, um jogador que sempre que está disponível é titular. É este exagero de importância dado a Gaitán por parte de Jesus que me faz chamar milagre à lesão do argentino, uma vez que, estando apto, Gaitán seria utilizado esta noite e nas próximas, que serão jogos de dificuldade acrescida e em que Gaitán não pode entrar de início. Ou seja, entendamo-nos: se Gaitán fosse usado com critério, esta lesão seria má porque nos retiraria uma opção de banco de grande qualidade. Como sabemos que, estando bem, o argentino joga sempre a titular, esta lesão parece cair do céu porque "obriga" o Benfica a um reajustamento táctico que nos favorece bastante nos jogos cruciais, especialmente neste, em que partimos com uma vantagem de 2-0 e necessitamos não de perdas de bola em zonas perigosas ou displicência defensiva (Gaitán) mas de mais ajuda no meio-campo e qualidade e temporização em posse (Peixoto).

É verdade que não abona muito a favor de Jesus defendermos ser um milagre a lesão de um jogador com o talento de Gaitán apenas e só porque sabemos que Jesus não consegue abdicar de querer que a equipa, esteja em vantagem ou não (veja-se Eindhoven), massacre tudo e todos. Mas esse já foi chão que deu uvas. Jesus, aos meus olhos, já há algum tempo que deixou de ser salvador e mestre. É um bom treinador, no top 3 em Portugal, sabe muito de futebol, defende boas princípios de jogo mas tem duas falhas gravíssimas: é teimoso - não abdica das suas ideias, mesmo que comprovadamente erradas - e prepara pouco (ou nada) as suas equipas para uma mudança táctica - o Benfica basicamente não consegue jogar de outra forma que não seja a procura incessante pelo golo (houve uma excepção: o jogo do Dragão para a Taça, lição que Jesus pareceu nunca querer entender, tendo em conta os vários jogos em que o Benfica devia ter entrado dessa forma e não entrou).


Há, no entanto, a possibilidade de, mesmo com Gaitán e Salvio (esta, sim, uma grande contrariedade) de fora, Jesus teimar à exaustão e colocar Jara na esquerda, com Aimar e Javi no meio e Martins à direita. Claro que há e acho que é isso que ele vai fazer, de tal forma é a sua obsessão - acho que está comprovado cientificamente que o Jara nas alas é banal. A minha equipa, porém, seria outra:



terça-feira, 19 de abril de 2011

Peculiar, pois claro!

Compreendo e aplaudo as palavras de Villas-Boas: peculiar só hoje sabermos quem arbitrará o jogo de amanhã. Tudo feito em cima da hora é coisa - sabemos bem - que não favorece a organização dos clubes. Tudo feito em cima do joelho.
Então e as formalidades, como ficam? Quer dizer, estas coisas demoram o seu tempo e, para serem feitas a preceito, convém saber de antemão quem será o árbitro: há que conhecer o gosto do juiz da partida, se prefere leite puro, café com leite, só café. Há que contactar o Reinaldo e reservar uma ou duas das suas rainhas, conhecer se estão disponíveis - por exemplo, leite puro e só café há em barda mas cafezinho com leite (galona, na gíria) nem sempre.
Uma vergonha, isto, deixam a organização a ter de fazer tudo às pressas, sem eira nem beira. É precio, ainda, reservar um quarto no Altis, deixar os quinhentinhos sob a almofada, é necessário chamar o Araújo para uma conversa com o árbitro na véspera, para umas indicações e uns apertões. E, fundamental e nada despiciendo, é necessário assegurar que o Grande Mestre possa receber em sua casa o juiz escolhido para, usando de toda a sua proverbial sabedoria nas coisas sociais e familares, um aconselhamento matrimonial, político, filosófico, ideológico.
Então mas faz-se uma coisa destas, só a um dia de entrar em campo? E depois querem que chamemos ao futebol português um futebol organizado, é? Não, é peculiar, sem dúvida alguma. Eu diria mesmo: é uma vergonha. Qualquer dia pedem-nos que deixemos de ser corruptos, não? Mas, vá lá, do mal o menos: sabemos agora com quem lidamos. E estamos satisfeitos. Da última vez, em Braga, o nosso Carlos fez muito bem o papel. Esperamos dele nada menos do que o realizado na Pedreira. Se o fizer, pode ter a certeza de que a fruta, o café com leite, os quinhentinhos, os conselhos familiares e uma viagem ao Brasil estarão assegurados. Se o não fizer, condenamos veementemente e de antemão as atitudes que levarão Carlos Xistra a dar entrada no Hospital de Castelo Branco. É preciso lutar contra este clima de guerra que está instalado no futebol português.


Peculiar, tudo isto.

A gradual amesquinhização de Freitas Lobo

Sou um ouvinte atento do "Jogo Jogado" há já algum tempo, sendo que sempre admirei bastante, além da qualidade do Mário Fernando como moderador, a qualidade das intervenções de Luís Freitas Lobo, alicerçada num conhecimento sustentado sobre o jogo e capacidade para um discurso que foge da banalidade, muitas vezes socorrendo-se, presumivelmente pelas leituras dos grandes mestres sul-americanos, de uma linguagem metafórica que, sendo simbólica, não extravasa para um universo paralelo só ao alcance desse grande Mestre Gabriel Alves. Fala bem, socorre-se da metáfora quando deve e é muito bom a analisar os jogos.
Mas confesso que, gradualmente, venho ficando desapontado com algumas análises, por parecerem revelar um certo distanciamento de factores que, não sendo exclusivamente o sumo do futebol, condicionam e adulteram resultados.
Falarmos em futebol - especialmente no nosso corrompido lusitano futebol - sem darmos importância aos factores externos (arbitragem, influências de bastidores, pressões, corrupção) é, também eu socorrendo-me da metáfora (essa palavra estranha para Mario Ruoppolo, no "O Carteiro de Pablo Neruda", filme tremendo), como um concurso entre chefs culinários, em que o objectivo é servir 100 pessoas o mais rapidamente possível - assim à "Hell´s Kitchen". Na cozinha vermelha, temos 2 chefs, na azul temos 10. Não chegando, o chefe de sala leva os pedidos da cozinha vermelha para os comensais errados, enquanto da cozinha azul saem vários empregados de mesa sempre prontos a ajudar na entrega rápida dos Bifes Wellington e das vieiras gratinadas. No fim, o juri, muito assertivamente, decide: ganha a cozinha azul, muito justamente, porque foi mais rápida a despachar a comida.

Ora, se a generalidade da CS em Portugal faz este tipo de análises enviesadas há 30 anos, não sabia que também era possível até aos melhores comentadores enveredarem pelo mesmo caminho. E Luís Freitas Lobo de cada dia que passa parece apaixonar-se mais pela adulterada opinião em Portugal.
"Isso não interessa nada", dizem os justiceiros, o que conta é lá dentro. Pois conta. É a diferença entre marcar ou não marcar um penálti aos 93 minutos que, em vez de vitória portista, daria empate. E assim lá vêm os 10.000 golos marcados, os -5.000 sofridos, as vitórias consecutivas e tudo o resto. Mais a sul, no Estádio da Luz, anulava-se um golo limpo (o 5º da época - assim é difícil ser o melhor ataque) sem que possamos dar qualquer benefício de dúvida tanto ao auxiliar como ao árbitro. Toda a gente viu. Até o cego do Piso 3. Mas foi anulado. Pois foi.
Esta jornada serve assim perfeitamente como paradigma do que foi este campeonato. Mas, claro, no final teremos os jornalistas em loas infinitas à equipa portista. É o nosso futebolzinho corrupto em alta sustentado pela comunicação corrompida. E Freitas parece gostar cada vez mais.

Tudo isto a propósito da sua opinião estapafúrdia sobre as declarações dos responsáveis leoninos. Bom, bom é calar e elogiar o Porto. Isso é que dá, digamos, poiso.

Quanto a Rosado, peço imensa desculpa, parece ser uma boa pessoa e muito dedicado, mas acho inacreditável como é possível tê-lo como comentador de jogos de futebol. A última saga brilhante foi no jogo em Eindhoven, em que o amigo Rosado e o execrável Marques passaram meia-hora a falar em euromilhões.

Não há ESPN que os eduque?


segunda-feira, 18 de abril de 2011

O futebol é um lugar estranho

- Um jogador do Benfica marca para o Beira-Mar
- Um jogador do Beira-Mar marca para o Benfica
- Os dois piores do Benfica marcam os golos que valem a vitória
- "O Palhaço" anulou um golo de "El Payaso"

sábado, 16 de abril de 2011

Mais uma grande vitória do Vólei!

Contra o lobby nortenho que existe no Vólei nacional, contra os coitadinhos que falam constantemente em lesões e no nosso orçamento, contra a escumalha que apedreja autocarros, contra essa merda toda anti-Benfica que vai pululando pelo país atiçados por Pinto da Costa, sem cérebro para pensarem por eles próprios, contra o Vitória, contra o Espinho, contra o suíno João Brenha e o raivoso Maia, pelo mérito, pelo trabalho, pelo talento, uma enorme vitória na Taça de Portugal.

3-0. Limpinho com grande festa em Paredes dos nossos adeptos.

Enormes as declarações do Jardim no final. Contra a merda instalada na SportTv que, seja em que modalidade for, vive contra o Benfica, com comentários absolutamente patéticos, mesquinhos e preconceituosos.

Agora queremos o Campeonato!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

URGENTE: um psicólogo para os jogadores, um cardiologista para os adeptos

Isto com o Benfica é sempre uma montanha-russa. Tem sido assim desde Agosto e é melhor não termos ilusões de chegarmos a alguma lógica até final da época. A única lógica desta equipa é a de querer ganhar; essa e a de ter grandes jogadores. A partir dessas premissas, tudo o resto está sujeito à intempérie, tudo pode ser abanado por uma pena ou fortificado contra um Boeing. Depende da "mood", que é como quem diz: somos esquizofrénicos e infantis.

Isto é sempre uma emoção, mesmo quando pensamos que podemos ter um jogo minimamente tranquilo.

"Ah levamos 4-1 do jogo da primeira mão, ah vocês estão aí sentadinhos em casa com os camarões à frente e as cervejas no frio, todos contentinhos, sem nervos? Então esperem lá que a gente vai dar-vos 30 minutos para começarem a tomar atenção ao jogo, seus relaxados".

E a verdade é que eles cumprem. Escrupulosamente, cumprem, com uma perfeição de relógio suíço. Aos 30 já estava tudo com o coração nas mãos, pontapés nas mesas, cabelos arrancados, espuma na boca, camarões no chão, cerveja em cima dos sofás, gente aos gritos, outros em prantos. Objectivo cumprido. E depois, quando se esperava que o Benfica entrasse em desespero total, chega o Luisão e saca um golo de outro mundo. Pronto. Intervalo e uma segunda parte a controlar o jogo, como devia ter sido na primeira. Enfim, o Jesus não vai aprender nunca e esta vertigem de jogo ou dá buraco ou dá espectáculo. Não é fiável, mas é emocionante. Não é seguro, mas pode sempre trazer o efeito surpresa. Limpa-se o chão, arranja-se a mesa, penteia-se o cabelo, vai-se buscar mais buja. O Benfica está nas meias-finais da Liga Europa.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma entrevista obrigatória, mais uma, de Pablito Aimar

Não há palavras que possam descrever este homem. O que diz, como o diz, a forma de pensar. É aquele exemplo claro do homem que leva para o campo a inteligência que transporta quando está fora dele.

Estou um bocadinho preguiçoso, portanto vejam a entrevista num blogue companheiro, do amigo Éter, que escolheu um título notável.





domingo, 10 de abril de 2011

Roberto faz escola

Cansado de ver os jogos do Benfica no banco e na bancada, Júlio César decidiu, num dos momentos em que se encontrava encostado ao poste no Caixa Futebol Campus observando o seu colega espanhol espalhar magia voando estupidamente por entre a maralha em bolas altas, adoptar uma estratégia para o jogo da Figueira da Foz. O brasileiro desenvolveu um plano que - cremos - lhe será altamente favorável. A sua mente iluminou-se quando se lembrou dos critérios de Jesus para a titularidade: quantas mais saídas imbecis dos postes, mais apto estará o guarda-redes a entrar de início. Farto de sair bem a bolas altas, Júlio César impôs a si própria uma nova abordagem aos lances, a começar já neste jogo. E se bem o pensou, melhor o fez. Lançado em voo rasante, mas falhando a bola, o brilhantismo da sua atitude foi de tal forma profícuo que a bola entrou na baliza do Benfica. Objectivo cumprido, Júlio César. Com nota artística.


Estamos em crer que o brasileiro conquistou não só o coração de Jesus mas a baliza do Benfica até final de época. Roberto terá de esperar a sua oportunidade para também ele continuar a sua saga de frangalhadas monumentais.

sábado, 9 de abril de 2011

30 anos de campeonato luso em tons de Pirandello

E, no final, depois de mais um ano de mentira desportiva, vêm umas indignações de notas de observadores quando já nada está em jogo, para a mentira atingir a sua corroboração genial: o campeão é justo.

Porquê? Porque tem mais vitórias, mais golos marcados, menos sofridos, blá blá blá. Então e se essas vitórias, algumas delas, aconteceram por benefícios claros de arbitragem? E se as derrotas do adversário, algumas delas, aconteceram por prejuízos claros de arbitragem? Não interessa. É assim e ponto. São factos!

É uma espécie de realidade paralela: metemos duas pessoas preparadas para correr os 100 metros. A uma partimos-lhe uma perna, à outra damos-lhe um ferrari. Quando o gajo do ferrari já vai a dois metros da linha final, damos ao coxo uma mota, para não parecer muito mal. No fim, os factos serão estes: uma chegou em 7 segundos à linha da meta; a outra em 5 minutos.

Conclusão? O gajo que foi de ferrari é um justo vencedor.

É isto o campeonato português.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Como me ofereceram o bilhete, vou apoiar o adversário!

O benfiquista é, por natureza, um ser solidário. Não só ajuda os outros como por vezes acaba a prejudicar a própria equipa, tudo em nome de uma bondade que lhe é intrínseca. Vejam-se estes dois casos: há os que continuam a dizer que o Roberto serve para o Benfica, mesmo que o rapaz vá mostrando para os mais teimosos que, apesar de ter qualidades, tem defeitos insuperáveis que fazem dele - e farão sempre - um jogador sem capacidade suficiente para envergar o manto encarnado. São estes benfiquistas bondosos, de uma solidária compaixão com os oprimidos, que não se cansam de ver o Benfica prejudicado, tudo em nome de um bem supremo e maior: a causa humanitária. Tiremos-lhes, compungidos, todos os chapéus deste Mundo e do outro.

Num plano ainda mais misericordioso, temos os benfiquistas que vão para o Estádio da Luz apoiar o rival. É algo nunca visto e que merece destaque. Ontem tive uns quantos ao meu lado, a quem muito respeitosamente atirei uns gritos (pena não ter megafone), não por maldade minha mas por achar que aquilo se calhar já começava a constranger o adversário, pouco habituado a estes actos nobres por parte dos adeptos.
 
A coisa atingiu laivos memoráveis em três momentos distintos do jogo: aquando de mais uma dádiva de Roberto (também ele, feito benfiquista-novo, muito dado a estas causas humanitárias), no momento em que entrou César Peixoto e, para acabar em glória, um enorme assobio a um passe do Jardel para o guarda-redes, quando estávamos a ganhar 3-1 a um minuto do fim de um jogo de crucial importância.
 
O primeiro momento chega a ser cómico, visto que observámos in loco aos assobios de uns solidários para com um solidário - os apoiantes do adversário a assobiarem o jogador do Benfica que apoiou o adversário. Só o futebol nos pode dar isto;
O segundo é já um clássico e desconfio que deverá ter a ver com a escolha muito acertada que o rapaz revela para escolher namoradas - o benfiquista não gosta de jogadores-modelo com mulheres bonitas ao lado, prefere os Chalanas, os Pietras, os Jesus, cabelos farfalhudos, bigodes e gordas feias ao lado. Pelo menos é isso que eles vêem sempre que estão em casa e olham para o sofá. Solidários com a fealdade e obesidade das companheiras, vão para o estádio assobiar quem escolhe estupidamente mulheres bonitas. Têm razão, claro, desfeitas destas não se fazem a ninguém;
O terceiro momento deixou os assobiadores solidários com o adversário a espumar da boca - então não é que aquele passe para o guarda-redes, que lhes serviu de pretexto a mais um apoio ao adversário, acabou na baliza do PSV? Mas que afronta é esta? Então agora vamos para o Estádio ver golos dos nossos, é? Qualquer dia ainda nos pedem para apoiarmos a própria equipa. Isto há com cada uma...

terça-feira, 5 de abril de 2011

A diáspora europeia para curar a depressão nacional

Dois dias depois daquele miserável jogo, a poeira vai assentando devagarinho. Há quem cure mágoas com explicações de arbitragem ou projectando o jogo de Quinta-feira e há quem pura e simplesmente se afaste. É este o meu caso. Desde o momento em que carreguei "enter" depois do esporrádico (epíteto de um nosso leitor e que achei muito correcta; obrigado, leitor) texto de Domingo, não li blogues, não li jornais, fugi a sete pés sempre que se adivinhavam resumos na televisão e lancei-me para uma visualização demente de "Modern Family" para que as dores suavemente fossem encontrando o seu cantinho esconso. A custo, periclitante, lá vim à tona de água mais ou menos salvo da intempérie.

Como não há tempo para mágoas, que Quinta-Feira temos o jogo mais importante da época, importa reflectir sobre alguns assuntos:


- A teimosia de Jorge Jesus - Desde muito cedo na época, se escreveu aqui que o Benfica não podia jogar num 4132 em jogos frente a equipas fortes que privilegiam o povoamento do meio-campo (como o Porto). Digo "escreveu aqui" para realçar esse facto extraordinário: se nós, que percebemos tanto disto quanto de técnicas agrícolas dos povos do noroeste africano, facilmente compreendemos que esse tipo de estratégia aproximava-se do suicídio (porque deixa Javi sozinho, ele que perde facilmente bolas em momentos perigosos; Gaitán pouco apto em termos defensivos e mesmo Salvio ainda não completo na forma como acompanha e (não) se junta ao meio em transição defensiva), Jesus tê-lo-á entendido ainda na pré-época, julgamos nós. E, portanto, só nos resta, se admitimos que o treinador conhece os perigos de uma estratégia desse tipo, pensar que o treinador, mais do que incompetente (que já se viu não ser), sofre de uma teimosia de tal forma grave que o força sempre para o abismo. Das poucas vezes em que experimentou outro tipo de abordagem (veja-se o jogo no Dragão para a Taça ou mesmo a segunda parte de Domingo, onde admite o erro) deu-se melhor, fosse no resultado fosse na forma como a equipa desenvolvia os processos ofensivo e defensivo.

Se a estes exemplos práticos, juntarmos o discurso alucinado e desfasado da realidade de princípio de época e a insistência em manter-se fiel às suas ideias mesmo que comprovadamente erradas, concluímos, com pena, que a Jorge Jesus falta algo para chegar mais longe: a humildade.


- Os tiros nos pés - Falar em Roberto é escusado. A minha opinião sobre o guarda-redes espanhol é há muito conhecida por quem aqui vem ler o que escrevo. Remeto, portanto, para quem se interesse pela opinião, para uns posts abaixo sobre o tema. Mas houve outro tiro nos pés, esse de dimensões iguais e sobre o qual também alertei no momento em que ele ocorreu: a venda de David Luiz. Ruinoso nos dois aspectos: desportivo e financeiro. Importa-me pouco debater o financeiro (mais uma vez, quem se interesse tem vários posts abaixo a análise à venda do brasileiro), mas interessa-me muito debater o desportivo. É que, nesse dia, falei que o Benfica comprometia de forma séria os objectivos para a época. E, infelizmente, não me tenho enganado. Não se põe em causa a qualidade do Sidnei, realça-se isso sim a fundamental importância de David Luiz no onze e, principalmente, na estratégia do modelo de Jesus. Sem o actual jogador do Chelsea (melhor de Março na Premiership, by the way), o Benfica ataca pior (porque perde a confiança de jogar mais alto) e defende pior (porque não tem a capacidade única de reagir em velocidade a uma perda e a uma bola metida nas costas da linha defensiva que David Luiz emprestava à equipa). E tudo isto seria aceitável se aceitável fosse que a venda teria sido uma inevitabilidade. Mas não foi. Tanto desportiva como financeiramente, o negócio podia, E DEVIA, ter sido feito, em melhores condições, no Verão e não a meio da época. Mas, como sempre, a visão nunca foi feita por parte dos benfiquistas a médio prazo: não, viram Sidnei fazer dois ou três bons jogos e estava já tudo em ácidos, elogiando a excelente estratégia da Direcção: dinheirinho e oportunidade de lançar um jogador que estava encostado. É a vontade irreprimível de elogiar e defender à demência a direcção de Vieira. Nada de novo. Depois os erros acontecem, sucedem-se, sente-se a falta de David Luiz. Mas o importante já foi esquecido pelos defensores do grande chefe: o tiro no pé que foi dado que condiciona os sérios objectivos que tínhamos - e ainda temos, apesar de termos perdido um deles pelo caminho e provavelmente virmos a perder mais daqui para a frente.


- As pontuais decisões de Jorge Jesus - quando se soube que Maxi Pereira estaria indisponível para o jogo de Domingo, e tendo em conta a natural preocupação de recuperá-lo para depois de amanhã, o que seria natural, apesar de poder ser criticado, seria a utilização de um jogador com as características de Maxi, mesmo que mais fraco em termos de qualidade. Por isso, a única solução possível para a direita seria ter colocado Luís Filipe. Nunca Airton. Por duas razões essenciais: porque a equipa com o brasileiro perde do ponto de vista defensivo (Airton não sabe defender na ala), potenciando um dos pontos fortes do adversário - a procura de desequilíbrios pela ala e movimentos interiores dos extremos - e aniquilando um dos pontos fortes do nosso modelo: a inclusão dos laterais nos momentos ofensivos. Tudo isto Jesus desbaratou com a inclusão de Airton. E este é um daqueles erros que vem mostrando um Jesus demasiado displicente e centrado nas suas qualidades e pouco apto a perceber os defeitos que ainda tem como técnico. Posso estar enganado, mas tendo em conta os sucessivos erros de casting que este ano Jesus tem cometido, aliado ao discurso imbecil e megalómano que lhe ouvimos na pré-época, temo pelo resto da época. É que Jesus parece não querer entender que nem todas as equipas adversárias têm a mesma valia. O que serve contra uma Naval não serve em jogos cruciais do campeonato ou da Liga Europa - facto, aliás, que tem sido evidente nos jogos europeus e que só alguma qualidade individual dos nossos jogadores e também alguma sorte (revejam-se os dois jogos contra o PSG) têm escondido. Jesus por vezes parece alheado da realidade, tal é a conta que tem de si próprio. Seria importante que fizesse uma auto-análise e esvaziasse o balão. E, já agora, que fizesse uma observação mais inteligente dos adversários europeus. É que, nas duas últimas vezes, com Estugarda e PSG, ficou a impressão de que a primeira parte serviu para sabermos como joga o adversário. Na última, principalmente, só por muita sorte (e Roberto) é que não ficámos irremediavelmente afastados da Liga Europa. Se não for pedir muito, que Quinta-Feira não tenhamos mais uma primeira parte com o coração nas mãos.



- O apoio fundamental dos adeptos - Ter visto o Estádio da Luz a meio gás no Domingo causou-me alguma perplexidade. É essa uma das razões que aponto ao não sabermos ser isto uma guerra sem quartel. Não falo de bolas de golfe, falo de apoiar a equipa quando ela mais precisa. No Domingo, a hipótese de termos evitado um Porto campeão na Luz teria passado por um estádio a abarrotar. Mas não foi isso que aconteceu. E, com a derrota, estou convicto que voltará a não acontecer na Quinta-Feira. E esse facto só pode ser entendido como uma falta de entendimento do que importa à equipa por parte dos adeptos. Mesmo desgostosos, doridos, temos de estar TODOS presentes no apoio frente ao PSV. Um estádio cheio, em festa, para entrarmos à Benfica e resolvermos a eliminatória na Luz. Meus caros, vamos ter todos a noção disto: faltam-nos 4 jogos para a final de Dublin. Não temos um papão como adversário, temos uma boa equipa (que importa conhecer e não desvalorizar), com qualidade, mas perfeitamente acessível. Depois disso, se passarmos, teremos um Braga ou um Dínamo de Kiev, equipas igualmente boas mas igualmente ultrapassáveis. Há décadas que a projecção de uma final europeia não está tão ao alcance. Portanto, para quem esteja a ler isto e na dúvida, é levantar o rabinho e ir apoiar Quinta-feira. Nada melhor do que sarar feridas portuguesas com a expansão europeia. Menos de 65.000 é de meninos.

Não desistam do Benfica. Never gonna give you up. No matter how you treat me.
 
 
 





segunda-feira, 4 de abril de 2011

Estou bêbado e tenho de escrever isto!

Venho da Luz. Por aquilo que me apercebi fui o último, além dos portistas, naquele estádio. Decidi ficar. A ver. Vieram alguns stewards ter comigo, não sei se os que levaram pontapés do Hulk e seus amigos, sei que não bati em ninguém. Civilizadamente, chamaram-me à razão: "pode abandonar o local?", quase com pena de mim, porque o meu semblante era de alguém que merecia pena, aceito.

O que eu vi hoje foi qualquer coisa que me emociona e me orgulha e também me faz questionar. Vi o Porto ser campeão no campo com toda a justiça (no jogo! no campeonato sabemos bem o que se passou), vi um Falcao que me deixa derretido sempre que posso assistir a este homem ao vivo, vi um Porto que queria ser campeão e um Benfica em regime dos anos 2000. Enquanto as pessoa ligadas e que dirigem o Benfica não entenderem que a guerra (saudável!) começa na atitude contra o rival, o Benfica será isto: displicente, frouxo, rabeta. Enquanto quem manda no Benfica apoiar corruptos para a presidência da Liga, sentar corruptos na bancada vip do nosso Estádio, desculpar cenários de guerra em Braga e no Porto com afirmações sui generis sobre Presidentes corruptos, ENQUANTO O BENFICA NÃO PERCEBER QUE ISTO É UMA GUERRA, o Benfica sujeita-se. Hoje sujeitou-se e perdeu. Eu não tenho palavras para descrever o que senti ao ver o Porto campeão no meu (não é de mais ninguém, é meu!) Estádio. Mas fiquei ali, a ver a festa dos adeptos portistas. Porque é importante, também. E hoje percebi várias coisas: aquela gente, no meio de assassinos e crimonosos, aquela gente, dizia, é gente igual a nós, querem ganhar, ficam eufóricos por ganhar no estádio do rival. É compreensível, é humano, é, até, bonito. Digo-vos mais: esqueci o facto de este campeonato ter sido uma mentira (porque nós, Presidente, contribuímos para isso) para ver aqueles adeptos de uma forma pura. Claro que o whisky ajudou, claro que a ganza ajudou, claro que o Vinicius de Moraes ajudou mas a verdade é que aquela gente, apesar de aceitar a corrupção, estava realmente feliz e orgulhosa da sua equipa porque a sua equipa foi melhor. Há uma verdade nisto. Uma verdade na podridão, aceito, mas não só isso. Porque a verdade é que o Porto foi melhor. Como equipa, como gente que quer ganhar, que quer vencer no campo do maior rival. E isso nós não temos, já tivemos, agora não. Nós somos os gajos que, pelo potencial enorme que temos, devíamos ganhar mais se tivéssemos dirigentes capazes. Mas não temos. Nós ganhamos uma vez e apontamos logo à Champions League! Somos assim, boçais, sobrehumanos, parolos! E eles são tudo isso, não, eles são piores: eles são corruptos e aceitam isso mas eles têm uma coisa que transcende a corrupção: eles querem ganhar-nos com todas as forças, eles querem subjugar-nos. E subjugam, muitas vezes. Porque têm alma e atitude. Este campeonato é uma mentira, todos sabemos, mas ao Benfica falta saber lutar contra estes mentirosos. Falta admitir que eles, em campo, são bons. Perdemo-nos na justificação das coisas. A verdade é que houve três razões para não termos acabados bicampeões: os árbitros, o Roberto e, antes de tudo, a atitude com que se entrou nesta época. Duas delas são culpa nossa. Duas delas tínhamos de ter evitado. E não evitámos. Porque temos um Presidente que é sócio do Porto, porque temos um Presidente que nos não representa nem orgulha. Porque temos uma estratégia que procura aniquilar o esporádico sucesso que ocorre, puxando o ego aos benfiquistas com discursos imbecis que os benfiquistas querem ouvir, perdidos entre a memória de feitos que não viveram e uma alucinação megalómana de clube vitorioso mas também menos fiável que ninguém aceita. A única rota do Benfica é ser humilde e no entanto o que se vê é uma estupidez generalizada baseada numa ideia geral de que somos melhores e por isso temos de ganhar. Não! FODA-SE, CARALHO, NÃO! Ganha-se porque se é melhor, como o fomos o ano passado. Mas logo perdemos isso por estarmos constantemente a elogiar a nossa pichota. Já chega! Temos de achar que a nossa pichota não foder a melhor gaja do Bunny Ranch, ou vai mas temos de ter a noção de que não vamos dar um orgasmo brutal. Deixem-se de merdas, trabalhem, filhos da puta, queiram ganhar, como os portistas querem. Claro que eles são levados ao colo, mas eles são levados ao colo há 30 anos. Podemos parar num sucesso esporádico ou manter os níveis de tusa para ganhar mais vezes. Vão para o caralho. O Porto hoje ganhou na Luz porque foi melhor. E isso irrita-me porque não sabemos defender-nos minimamente do facto de eles viverem ajudados pela corrupção. Damos, aliás, azo a isso, quando não entramos em jogo com vontade de os foder em todos os buracos. TEMOS DE QUERER FODER OS GAJOS NAS ORELHAS, NAS NARINAS, NOS POROS, MESMO QUE TENHAMOS UMAS PICHAS PARA OS FODER NO RABO! Temos de querer mostrar em campo que eles são uns corruptos. Em vez disso, somos uns fracos, uns parvinhos, uns nerds, uns totós que têm medo e se deixam ir na conversa. Temos um Presidente que faz vénias a esta gente toda, que antecipa eleições para ninguém poder candidatar-se. E, no entanto, acreditamos, só porque fomos campeões um ano. CARALHO, O BENFICA NÃO É CAMPEÃO UM ANO, É TRÊS, É CINCO, É DEZ! O BENFICA JÁ FOI 5 VEZES, EM DEZ ANOS, A FINAIS EUROPEIAS! O Benfica não aceita broncos no seu interior e, no entanto, o Benfica só aceita broncos no seu interior.

Enquanto me mantinha sentado no Estádio, ontem, via-o vazio, só portistas. Mas depois olhei com atenção. Nos camarotes, havia luz e gente. Comiam croquetes e amanhã vai estar tudo bem. CARALHO, O BENFICA NÃO É CROQUETES! APRENDAM QUE O BENFICA NÃO É ESTE BRONCO QUE APOIA CORRUPTOS PARA A PRESIDÊNCIA DA LIGA NEM É ESTA ATITUDE DE MERDA COM UM ADVERSÁRIO DE VALOR (APESAR DE TUDO O QUE SABEMOS)!

Vocês sabem o que é o Benfica? Não é de certeza um clube que paga 8,5 milhões de euros por um gajo que enterra. Não é de certeza um clube que tem nos seus quadros gente que fez parte do polvo. Não é de certeza um clube que nem sequer tem brio para não deixar o adversário ser campeão no nosso estádio. Foda-se, vão para o caralho, vocês não sabem o que é o Benfica!



Uma adenda MUITO IMPORTANTE:

não faço ideia o que eram aqueles pontos brancos que foram lançados no princípio de jogo (quem vui na televisão deverá saber) mas pareceram-me bolas de golfe. E então só para dizer aos imbecis que o fizeram: podem juntar-se aos portistas e bracarenses na cabana dos filhos da puta do futebol português. Isso e alguns energúmenos que estavam ao meu lado a espumar da boca e a gritar "Uh uh uh" para o Hulk sempre que ele tocava na bola. Pelos vistos, o Pinto da Costa chegou aos benfiquistas. Tenho vergonha de gente assim. Só não esmurrei os imbecis ao meu lado porque ainda gosto dos nódulos da minha mão.


domingo, 3 de abril de 2011

O retrato da época

Um porto que não é necessariamente mais forte. Mas é mais pragmático, mais resultadista, mais oportuno.
No momento chave, também mais feliz. E claro, com o Roberto a comprometer o início.
Este foi o jogo.
Esta foi a época.

P.S.: A diferença? Se bem que a arbitragem foi tão má como foi durante a época, a verdade é que hoje não temos razão de queixa.



sábado, 2 de abril de 2011

Porque convém lembrar que o Futebol não é uma guerra (Obrigado, Médio)

Há quem viva o futebol em guerra, quem veja nele uma forma de afirmar o ódio e aliviar frustrações. No outro lado do Mundo, porém, e num espectro totalmente oposto, há o amor, a ilusão, o maravilhamento por aquilo que o Futebol de facto representa. Esta é a história do Panyee FC: