Um colectivo é mais que a soma de todas as partes. Se assim não fosse, quem apresentasse os melhores valores individuais ganharia sempre. E mais que o talento, o engenho ou a capacidade dos atletas, há uma virtude muitas vezes esquecida no futebol (e na vida): melhor que ser bom jogador ou jogar bem, é conseguir tornar os que estão à nossa volta melhores. Assim se explica que jogadores como Cervi tenham um rendimento consistentemente superior quando têm a sua lado intérpretes como Grimaldo e não outro qualquer. Ou que a equipa esteja sempre um patamar acima quando tem Fejsa em campo. Mais que números e esquemas tácticos, jogadores como Grimaldo e Fejsa permitem dinâmicas. E a sua maior virtude, nomeadamente do sérvio, é permitir que todos à sua volta parecem e sejam melhores quando têm o papa-títulos dos balcãs em campo.
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domingo, 24 de setembro de 2017
No meio dos bons tornamo-nos melhores
sábado, 23 de setembro de 2017
Sport Fejsa e Benfica
O
jogo de hoje trouxe-nos de volta os melhores momentos de futebol que este
Benfica pode oferecer. Ataque, criatividade e imponência como só os melhores
podem dar. A diferença deste para os 5 jogos anteriores é colossal. Não fosse o
manto sagrado e poderíamos jurar tratar-se de duas equipas completamente
distintas. A este oceano de diferença qualitativa dou um nome: Fejsa!
De
facto, é incrível o que a introdução de só um jogador, no meio de 11, pode
mudar. Com o Sérvio em campo, já o sabíamos, conseguimos recuperar uma
quantidade infindável de bolas, não dando a mínima hipótese ao adversário de
chegar perto sequer da nossa última linha – que continua com debilidades.
Na
verdade, Fejsa traz esta capacidade de recuperação ao nível dos melhores do
planeta, mas a introdução do Sérvio não aporta apenas benefícios defensivos,
pelo contrário. Fejsa garante também mais linhas de passe simples e seguras aos
centrais, bem como liberta o espaço atrás da primeira pressão adversária ao minucioso
critério de Pizzi.
Com
centrais tecnicamente limitados – e emocionalmente desconfiados – na hora de
construir, ter um porto de abrigo (mais uma linha de passe) tão próximo é
decisivo para que não surjam perdas de bola, seja por erros no passe, seja por
se despejar bolas na frente sem critério.
A
juntar a isto, o simples baixar de Fejsa para a linha dos centrais, liberta o
espaço atrás da primeira pressão adversária para Pizzi se mover em apoios
frontais de forma muito mais ampla a fluida, garantindo aqui sempre mais uma
linha de passe bastante fiável ou, pelo menos, a atração de unidades que
libertarão espaço nas costas.
Atacar
é mesmo isto, atraír e soltar, “simples” assim.
Se
recuarmos aos jogos em que Fejsa não marcou presença, víamos demasiadas vezes
Augusto e Pizzi colocados na mesma linha de passe, anulando-se um ao outro por natureza
e, pior, permitindo muitas vezes que a primeira pressão adversária anulasse, ao
mesmo tempo, a construção dos centrais e da primeira linha do meio-campo, não
libertando assim qualquer espaço entre a linha intermédia e defensiva
adversária.
Sport
Fejsa e Benfica, é assim chamado o processo colectivo do Benfica.
P.S.
Nota para Zivkovic. Como salta à vista, o que falta a este pequeno genial é
competição e continuidade, porque o resto… o resto tem ele!
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quarta-feira, 21 de junho de 2017
O segredo do Penta
"Tenho o objetivo de ir ao Mundial'2018 e é para isso que trabalho todos os dias. Quero fazer melhor a cada ano para captar a atenção de Tite"
Se fosse preciso mais alguma coisa para querer manter Jonas mais uma época - como se o facto de um génio usar a Gloriosa não fosse suficiente -, ela aqui está: a motivação que o Pistolas tem para chegar ao Mundial. Jonas este ano fará a melhor época da sua carreira.
Vieira e Vitória, deixem lá os números e os milhões e os 433 e as mudanças tácticas. Querem o Penta? Mantenham Jonizzi e Grimejsa.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Os 4 Indispensáveis
Todas as saídas de todos os bons jogadores são tristes; este ano não será excepção. Lá veremos alguns craques serem vendidos para o estrangeiro a troco de umas dezenas de milhões - ou nem isso.
Compreendendo que, no Benfica e ao contrário do que diz desde 2009 o sportinguista que manda nas contas do clube, todos os anos é essencial fazer duas ou três grandes vendas, consigo aceitar - apesar da tristeza - as saídas de Ederson, Semedo e Lindelof. Se possível, apenas dois deles, já que se os três saírem teremos de reformular mais de metade da zona mais recuada da equipa, o que é naturalmente um perigo.
Depois há jogadores de qualidade que poderão sair, embora o preço de venda não valha a sua saída: Júlio César, Lisandro, Samaris, Salvio, Carrillo, Cervi, Horta, Rafa, Mitroglou, Jiménez. Seria importante manter esta fornada porque, não sendo insubstituíveis, são jogadores experientes e muito importantes para criar e manter um plantel capaz de lutar em todas as frentes.
Por fim, os 4 indispensáveis. Tivesse eu orelhas grandes, bigode e três cartões de sócio dos três grandes na minha carteira, não venderia de maneira nenhuma estes 4 génios: Grimaldo, Fejsa, Pizzi e Jonas. Porque podem ter a certeza: com tanta qualidade, talento, inteligência e criatividade em campo, só por milagre o Penta escaparia.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Pedro Demagogo Guerra e o Camião de Sérvios
Na expectativa pelo anúncio do treinador, na expectativa
pela renovação do Maxi e na expectativa da venda do Nico, andei a passear pela
internet e deparei-me com esta pérola do Pedro Guerra na CMTV.
Já tem um ano mas a demagogia e peixeirada deste comentador são muito actuais.
Já tem um ano mas a demagogia e peixeirada deste comentador são muito actuais.
Pedro Guerra, na sequência dos vários títulos nacionais que conquistámos em
2014, decidiu, como já é seu apanágio, atacar todos aqueles que alguma vez
criticaram algo feito pela presente direcção. Neste caso o assunto era os
sérvios.
No Verão passado muitos fomos aqueles que fizemos referência ao “camião de
sérvios” que tinha chegado à Luz. A questão não se prendia na qualidade
individual dos jogadores mas sim no motivo que justificava a chegada simultânea
e inovadora de tantos jogadores sérvios ao clube. Aliás, com tanta promessa à
volta da Formação, ficou a dúvida se tal Formação seria a sérvia e não a do
nosso clube.
O termo “camião de sérvios” surgiu com a chegada do Markovic, Sulejmani,
Djuricic, Mitrovic, Uros e Filip. Depois também veio o Fejsa. Portanto 6 + 1.
No final da época o Benfica foi campeão. No final da época o Markovic provou
ser uma enorme mais valia e o Fejsa mostrou ser um jogador que poderia ser
importante na equipa principal.
Com base nisto o Pedro Guerra decidiu atacar todos os que falaram no camião de sérvios, mostrando uma foto onde figuram Markovic, Fejsa, Sulejmani e Djuricic.
Com base nisto o Pedro Guerra decidiu atacar todos os que falaram no camião de sérvios, mostrando uma foto onde figuram Markovic, Fejsa, Sulejmani e Djuricic.
Alguém me diga o que é que Pedro Santos conseguiu provar com esta atitude? À
data o Sulejmani foi um jogador secundário. À data o Djuricic foi um jogador terciário.
E quanto ao Uros e ao Filip? E quanto ao Mitrovic?
E já agora, um ano depois como foi o rendimento destes jogadores no Benfica? Actualmente o que é feito deles?
E já agora, um ano depois como foi o rendimento destes jogadores no Benfica? Actualmente o que é feito deles?
O Benfica foi campeão com mérito. O Benfica contratou muito bem o Fejsa e o
Markovic. Daí a poder atacar e apontar o dedo aos que falaram no “camião de
sérvios” vai um longo caminho.
Ser campeão não prova que tudo o que se fez foi bem feito. Um
jogador quando prova o seu valor não prova também o valor de outros 4.
O Benfica foi campeão? O Jonas brilhou? Então vamos a ver e tanto o Benito como
o Derley como o Candeias foram excelentes contratações.
Todo este teatro e demagogia servem só um interesse e infelizmente não é o de
defender o Benfica mas sim o de atacar e rebaixar todos aqueles que algum dia
fizeram qualquer critica ao Vieira.
Parabéns Fernando Guerra, fizeste bem o teu trabalho. É que quanto mais gritas,
insinuas, mentes e insultas, menos os outros têm paciência para pensar sobre a
lógica do que estás a querer mostrar com essa foto na tua mão.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
6 remates perigosos
1) SAÍDAS EXPECTÁVEIS: Garay, Siqueira, Markovic, Cardozo a juntar às duas vendas de Janeiro - André Gomes e Rodrigo. Confirmando-se estas 5 ou 6 saídas, é fundamental manter Gaitán e, sobretudo, Enzo Perez. Fejsa tem um problema crónico, situação aliás já conhecida e que talvez não tenha merecido a devida atenção por parte dos responsáveis do Benfica. Olhando para este cenário, é ainda mais crucial que Perez se mantenha no clube. Destruindo metade da defesa e metade do ataque, convém não destruir todo o meio-campo.
2) Como colmatar as saídas? Tendo em conta a dramática situação financeira do clube - só alguém muito optimista, muito bem pago pelo Benfica ou simplesmente tonto pode vender a ideia de uma saúde financeira quando mesmo um leigo percebe os constantes empréstimos (cada vez menos espaçados no tempo) e as recorrentes mentiras do Presidente do Benfica sobre a necessidade ou não de vender "para equilibrar as contas" -, julgo que devemos incidir em três estratégias:
- aposta clara em 3 miúdos da formação - por mim, Bernardo Silva, Ruben Pinto e Fábio Cardoso.
- Fazer regressar os melhores jogadores de entre as dezenas que temos emprestados - por mim, Lisandro, Pizzi e Ola John.
- Contratar apenas jogadores de qualidade indesmentível e ao melhor preço possível. A prospecção de qualidade é mesmo isso: descobrir talento onde ele não é visível a todos. Para gastar milhões em gajos conhecidos por todo o mundo futebolístico não vale a pena ter equipas de prospecção.
3) A Benfica TV tem sido um projecto de grande sucesso que deverá, como disse, bem, o Presidente Vieira, continuar a evoluir. Neste sentido, há que evitar qualquer apoio aos candidatos que defendem medidas nefastas ao crescimento da BTV - desde logo, o camaleão Seara - e despedir quanto antes o execrável comentador Fernando Santos, também conhecido como Pedro Guerra, também conhecido como Fernando Santos. Cada vez que o homem abre a boca na sua propaganda patética, rebolam na campa todos os gloriosos benfiquistas que fizeram deste clube um clube imortal, democrático, universal, sério, honesto e solidário.
4) Há um certo cheiro a 2010 no ar. A fanfarronice de Presidente e Treinador nas entrevistas que deram não é bom sinal para o futuro. Proposta: calarem-se até Setembro e focarem-se na preparação da próxima época. Pior do que perder (o que tem sido recorrente nestas últimas duas décadas) é não saber ganhar.
5) Djavan no Benfica. Do que lhe vi na Académica, pareceu-me um jogador interessante. Não me parece, no entanto, que sirva como titular. Deveremos ir ao mercado contratar um lateral-esquerdo de topo.
6) Passar tanto tempo sem ir ao Estádio ver o Benfica é deprimente. Nem um Mundial nos salva deste vazio existencial.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto
1) Sem Fejsa e Amorim, sobra Almeida e... André Gomes. Muito curioso o texto do Nuno sobre o William Carvalho; penso que o André Gomes poderia perfeitamente ter um percurso semelhante e potenciar o seu talento numa posição mais recuada.
2) Este jogo com o Rio Ave é o jogo mais perigoso que teremos até ao final do campeonato. Uma equipa que tem capacidade e qualidade para se organizar defensivamente não no estilo autocarro mas sempre numa contenção que está preparada para a recuperação e rápido gatilho rumo à baliza adversária - cuidado com o espaço deixado nas costas do nosso médio defensivo. É a última grande prova. Ultrapassando-a, poderemos apostar em força nas outras competições.
3) Não concordo com a teoria de que, se eliminarmos o AZ ALkmaar, para nós será melhor enfrentar logo a Juventus para não apanhar a equipa italiana na final e no seu estádio. Por duas razões:
Parece-me que ao Benfica interessará, antes de mais, conseguir chegar ao último jogo, que é sempre, como o ano passado pudemos sentir ao vivo e a cores em Amesterdão, uma festa maravilhosa de futebol e convívio entre adeptos. Lá chegando, é para ganhar. Mais do que disputar, é para ganhar. Já chega de finais perdidas - temos 5 finais perdidas na Taça dos Clubes Campeões Europeus (63, 65, 68, 88, 90), uma na Taça UEFA (83) e uma na Liga Europa (2013). E, ao contrário do que se diz, não temos 2 finais ganhas; temos 3. Uma na Taça Latina (50) e duas na TCCE (61, 62). Para um clube com a nossa grandeza, não vencer nenhuma competição europeia há mais de 50 anos é triste; é tempo de finalmente acabar com a seca.
Por outro lado, ninguém nos garante que a Juventus não será eliminada até à final. É pouco provável, mas não impossível. Nesse sentido, quero um Benfica-Basileia para as meias-finais, caso passemos a equipa holandesa. E um Sevilha-Juventus para o outro jogo.
4) A entrada de Nuno Gomes no Benfica é um clássico de Vieira. Numa fase crucial da época, decide inventar um cargo (ninguém sabe o que aquilo é; vai fazer companhia ao Rui Costa a olhar para as bolas dos sorteios?) para um jogador que tem uma péssima relação com o treinador. Resta saber se Vieira é mesmo completamente incompetente ou se faz de propósito - qualquer uma não nos serve. Benfiquistas competentes no clube? Sim, é o que defendemos; tachos a benfiquistas sem qualquer razão para isso? Não, não é o que defendemos. Um sinal de que Jorge Jesus deverá estar mesmo de saída.
5) Há quem garanta, nesses sombrios corredores da informação privilegiada, que Marco Silva está já contratado para a próxima época. Se for o caso, é uma boa escolha. Saindo Jesus, não vejo nenhuma outra alternativa ao catedrático da Reboleira do que o treinador do Estoril. A conversa sobre a "experiência que ainda não tem" é uma treta sem sentido. Quando há qualidade, quando há competência, quando há coerência e evolução no trabalho de um treinador, só precisa que lhe dêem um plantel de qualidade, que ele fará o resto.
6) O título é do excelente livro do excelente escritor que é Mário de Carvalho.
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
O que muda sem Matic
Está feito, Matic regressa ao Chelsea a troco de
(fantásticos) 25M€.
Analisando a questão sob o ponto de vista meramente
desportivo, é óbvio que a venda de um dos nossos melhores jogadores quando
estamos a meio do campeonato não faz qualquer sentido. Pouco me importa o que
provocou esta venda, o facto é que Matic já não mora na Luz.
Perder Matic é perder, não tenho grandes dúvidas, um
dos melhores médios defensivos do futebol europeu. O Sérvio está certamente, e
de forma tranquila, entre o top 5 dos melhores médios do futebol actual, fora
da órbita dos grandes colossos.
Não é fácil transformar em Euros o valor de cada
jogador, no entanto, parece-me que conjugar a importância de Matic no Benfica
com a vontade e necessidade do Chelsea de um jogador com estas características tem
de dar mais que 25M€. Aliás, o próprio presidente afirmou em Agosto que Matic
só sairia pela cláusula (50M€). Obviamente que não esperava que Matic saísse por
esse valor, mas também não esperava que o presidente reduzisse a metade as suas
exigências em menos de 6 meses.
Mas lembrem-se, o argumento de eliminação da LC para
alienação dos melhores jogadores esgota-se em Matic, porque só com a vitória na
LC conseguiríamos verbas próximas dos 25M€ que rendeu o Sérvio, logo, se mais
algum jogador importante sair e vos disserem que estamos obrigados a vender por
via da eliminação da LC, acreditem só que o Benfica está financeiramente
desesperado.
Matic foi o melhor médio defensivo do Benfica em
largos anos, um jogador tacticamente inteligente, tecnicamente fortíssimo (para
a posição que ocupa) e com uma capacidade física assinalável. Ele com aquela
passada larga e amplitude de movimentos, juntamente com Enzo, disfarçava muito
do que é o défice numérico e táctico do meio-campo do Benfica. O Sérvio era
ainda um autêntico farol para os nossos centrais na hora de construir, sendo capaz
de lançar em profundidade quer em passes verticais quer em lançamentos longos e
capaz de conduzir em posse a primeira fase de construção do Benfica. Era ainda
um jogador capaz de encurtar espaços aquando da perda da bola, sabendo exactamente
quando pressionar alto ou recuar e ser mais conservador. Estou certo que
encaixará como uma luva no actual Chelsea e que pode ser a contratação decisiva
para a conquista do título por parte da equipa de José Mourinho.
De pouco nos serve procurar substituto a altura de
Matic no actual plantel, pois não existe. Não temos outro que nos dê todos os
atributos que Matic dava. Mas não temos nós nas segundas linhas, nem têm a
maior parte dos planteis nas primeiras sequer. Por isso, qualquer que seja o
substituto de Matic no 11 inicial, aquela posição não será feita da mesma forma
que até aqui.
De forma directa temos Fejsa, Amorim, A. Almeida e
Lindelof. De todos, Amorim é o que mais se aproxima de Matic sob o ponto de
vista técnico e táctico, porém não tem a mesma capacidade física do Sérvio para
cobrir tantas áreas e em tão pouco espaço de tempo; Semelhante a Amorim temos
A. Almeida, mas penso que se a ideia de Jorge Jesus passasse pelo jovem
Português tê-lo-ia colocado nessa posição frente ao Leixões; Lindelof não me
parece solução credível para uma equipa como o Benfica. Pelo que tenho visto da
equipa B, é um jogador certinho, não erra muito, mas não vejo ali capacidade
para mais do que aquilo, não vejo ali qualidade extra para ser explorada, pode
ser que esteja enganado; Quanto a mim, e analisando o passado e palavras de JJ,
passará por Fejsa a solução para o problema. Este outro Sérvio é um médio
defensivo à imagem do que mais gosta JJ para aquela posição, se atentarmos aos
jogadores que o nosso técnico tem colocado a jogar naquela função, todos são da
linhagem de Fejsa, à excepção de Matic. Todos os outros são jogadores
eminentemente defensivos, jogadores mais de destruição que construção,
jogadores que mais facilmente se adaptam a centrais que a médios-centro, desde
Javi Garcia, passando por Airton e finalizando na tentativa de adaptação de Roderick,
nenhum jogador escolhido por JJ tem as capacidades técnicas de Matic, bem pelo
contrário.
Fora destas escolhas haveria ainda a hipótese de adaptação
André Gomes mas, românticos, acordem, aquilo do “Benfica made in Benfica” era a
conversa do costume, ou ainda serão precisas mais provas que o jogo do Leixões?
Sim, nem para esse jogo o André Gomes serve, mais, nem para um jogo deste tipo
o André Gomes é escolha válida para ser suplente utilizado, pois Markovic,
Rodrigo e Lima devem estar necessitadíssimos de minutos e ritmo de jogo. Ah, e
não se esqueçam, “Substituto
de Matic na formação? Tinham de nascer dez vezes”… Tem a palavra o treinador do
“Benfica made in Benfica”.
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domingo, 1 de dezembro de 2013
Este gin-tónico leva duas rodelas de Lima
1) Regresso de Lima aos golos - dois e excelentes.
2) Enzo Pérez é o maior.
3) 4 anos depois, Jesus ainda não percebeu que consegue melhores oportunidades de golo e melhor futebol se jogar apenas com um avançado do que com dois. Hoje foi a lição nº 3241. De nada servirá. No próximo jogo, lá teremos a fórmula antiga.
4) O Benfica ganhou 3 jogos sem Cardozo. O importante aqui é perceber que teorias facciosas anti ou pró Cardozo são tontas porque extremistas. Nem Cardozo é insubstituível nem é totalmente dispensável. Há mais do que preto e branco no futebol.
5) Rodrigo marcou (numa oferta adversária), mas continua a fazer exibições fracas.
6) Enzo Pérez é o maior.
7) Fejsa é um óptimo jogador.
8) Raul José tem um telemóvel de 96.
9) Enzo Pérez é o maior.
10) Liderança pela primeira vez no Campeonato. Agora deixem-se estar aí, que a gente gosta.
11) Há quantos anos não estavam Benfica e Sporting à frente do Porto?
11) Há quantos anos não estavam Benfica e Sporting à frente do Porto?
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Rodrigo
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Uma lesão que pode salvar a época
O futebol tem destes fenómenos: o que é uma má notícia - lesão de Salvio por pelo menos 6 meses - acaba por ser uma excelente notícia para os adeptos e para o Benfica - também para Jesus, mas apenas porque a isso foi obrigado.
A boa notícia é que, de uma assentada, o Benfica melhorou 3 posições: a de médio defensivo - onde agora tem um jogador menos virtuoso mas mais capaz do ponto de vista posicional, o que é fundamental sobretudo pela forma arriscada como o modelo do Jesus funciona na fase ofensiva -, a de segundo médio, vulgo «8» - onde Matic pode finalmente soltar todo o seu talento, fundindo os movimentos ofensivos e defensivos num todo, podendo explorar a sua capacidade de transporte e rasgo, a qualidade nos passes de ruptura, criar novas combinações com os extremos e avançados e, por fim, explorar aquilo que muitos ainda não lhe conhecem: o excelente remate - e a de interior direito - onde Enzo se distribui, revezando um jogo mais vertical em combinação com Maxi com toda a aproximação ao jogo interior, tanto na forma como se junta aos médios em pressão e contenção como procura, quando a equipa tem a bola, aparecer por espaços entre o lateral e o central adversário, criando mais uma solução ao portador e deixando Maxi (ou Almeida) solto para o movimento de profundidade na ala.
Se Salvio faz falta? É lógico que sim, principalmente em jogos de menor responsabilidade defensiva em que a equipa encontrará muitas vezes um verdadeiro camião à frente da baliza. No entanto, e por conhecermos a já afamada teimosia de Jesus, não podemos dizer que esta lesão, em termos gerais, não veio ajudar a consolidar a equipa e a dar-lhe outra qualidade, lucidez e capacidade para gerir os vários momentos do jogo. O futebol tem destas coisas.
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Deixemos o assobio em casa, por favor.
Foi sem grandes contemplações e
alaridos que o Benfica iniciou a fase de grupos da Liga dos Campeões com uma
vitória sobre uns Belgas que agora devem perceber melhor quem é a equipa mais
fraca do grupo.
Quanto a mim, fizemos uma das
melhores exibições dos últimos tempos, não tanto pela “nota artística” que
Jorge Jesus tanto gosta de valorizar, mas bem mais pelo equilíbrio emocional e táctico
com que soubemos jogar.
Entramos na partida da forma que
os Belgas pediram, ou seja, pressionantes e determinados a mostrar quem somos.
Fruto disso marcamos e poucas hipóteses demos ao adversário para nos
surpreender. Com Fejsa e Matic no controlo das operações defensivas a meio
campo, com Djuricic a passear classe pela defesa adversária, rapidamente
demonstramos que a vitória jamais poderia ser de outro que não do Benfica.
Entramos na 2ª parte da forma que
mais vezes nos fez perder pontos a este nível, ou seja, na mesma vertigem com
que havíamos abordado a partida, no entanto, estando já em vantagem no
marcador, ou seja, entramos com ânsia de marcar, mas do outro lado estava uma
equipa a quem já lhe não bastava não sofrer, uma equipa que também já tinha na
sua mente o golo como uma inevitabilidade para não sair da Luz sem pontos. O que
isto significa? Simples, significa que o Benfica continua a arriscar no golo “a
todo o custo” e, por isso, expõe-se a um golo desnecessário e que intranqualizaria
a equipa. O que fazer? Simples, o que se fez quando a equipa percebeu que tinha
de serenar o jogo, ou seja, guardar a bola na sua posse, perceber que já não
tinha de assumir todos os riscos no passe, entender que trocando a bola de
forma calma e segura, uma vez que o adversário iria abrir mais espaço, mais
segundo menos segundo, a oportunidade em chegar à baliza Belga ia chegar, sem
que se comprometesse o equilíbrio colectivo. É isto que as grandes equipas
fazem, é isto que as equipas vencedoras fazem. Tendo a noção que não é por
ganhar por muitos que conquistaremos mais pontos, saberemos jogar com mais equilíbrio,
logo, com mais controlo sobre o adversário e, por consequência, sobre o jogo.
Chegados aqui, desculpem, mas não
posso entender os assobios “oferecidos” à equipa quando, aos 90 minutos, repito
e sublinho, 90 minutos, está a vencer por 2-0 e tenta controlar o adversário através
da posse de bola em vez de, estupidamente, procurar o 3-0 de forma desenfreada.
Se assim o fizesse, poderia correr muito bem, ou seja, marcar mesmo o 3º golo
ou, pelo tal desequilíbrio que isso provoca, correr muito mal e sofrer um golo
que nos traria à memória algum minuto 92 desta vida.
Na minha opinião, Jorge Jesus,
num tom didáctico, calmo e compreensivo, deveria tentar explicar isto mesmo aos
adeptos, para que se tenha uma mensagem do treinador neste sentido, tentando assim
acabar com esta moda, cujo objectivo tenho dificuldade em entender.
Não obstante da boa vitoria e
exibição, é ainda preocupante a nossa permeabilidade nas bolas paradas
defensivas. No jogo de ontem, foram demasiadas as vezes em que a nossa defesa
zona se deixou antecipar pelos adversários. E o que realmente preocupa é que
isto não é deste jogo, nem sequer exclusivo desta época, acho que ainda nos
lembramos, por exemplo, do golo que nos tirou a Liga Europa, certo?
Por outro lado, gostaria de “avisar”
que vencendo o jogo de ontem o Benfica só venceu o jogo teoricamente mais fácil
desta fase de grupos. Olimpiakos e PSG, em tese, serão adversários mais
complicados, mesmo na Luz, que o Anderlecht. Ou seja, foi óptimo iniciar a
competição com uma vitória, mas há que relativizar a coisa, sabendo que a
partir daqui a dificuldade só terá tendência para subir.
Para finalizar, gostaria de
realçar Fejsa. O médio Sérvio soube confirmar e reafirmar durante estes 90
minutos as boas notas retiradas na partida com o Paços de Ferreira. No final do
jogo do passado sábado, disse que via em Fejsa um jogador dentro do estilo de
Javi, não obstante, gostaria de adicionar um dado novo a essa análise: O Sérvio
alia as boas qualidades defensivas que Javi tinha, a uma muito melhor
capacidade técnica e de passe que o médio Espanhol. Posso dize-lo sem grandes
duvidas, Fejsa já me “conquistou”.
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