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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Em casa que não há pão…



Em qualquer organização/entidade que se queira de sucesso há uma condição absolutamente imutável que tem de estar presente e ser transversal a quem a dirige, refiro-me à unidade. Quanto maior for a organização/entidade em causa, maior deverá ser a capacidade de quem a comanda para unir em seu redor, juntar em torno das ideias que defende, o maior numero de pessoas que constituam essa mesma entidade e que, por consequência, dirige. Parece-me pacifico que se compreenda que não haverá sucesso num qualquer grupo de pessoas, por mais pequeno que seja, se todas não se sentirem impelidas a lutarem pelo mesmo objectivo, sem todas estabelecerem entre si um rumo e compromisso comum.


No entanto, ainda que o objectivo de todos possa ser o mesmo, um grupo de individualidades não será uno e indivisível por si só, pois cada um tem as suas motivações próprias, que derivam das suas origens geográficas e culturais e não só, e porque cada individuo terá sempre os seus objectivos pessoais que serão sempre diferentes do individuo que está ao seu lado.


Sendo assim, para se conseguir dar unidade e rumo a um grupo de pessoas, terá de haver um líder forte. A liderança pode surgir de forma natural (no caso de um grupo pequeno), por imposição (por exemplo numa empresa em que os lideres absolutos e intermédios podem surgir tão só pelas suas competências reconhecidas ou pelas habilitações atribuídas ou ambas) ou, no caso de grupos socialmente abrangentes, por eleição democrática dos seus pares.


Seja qual for a forma de “nomeação” desse mesmo líder, para que essa pessoa se constitua um líder forte, um líder na verdadeira acepção da palavra, esse individuo terá de demonstrar competência nas acções apoiando-a na capacidade de aglutinação no seu discurso colectivo.


Se assim for obterá a união e o reconhecimento de liderança em todos, ou na generalidade, dos membros que constituem o grupo/organização/entidade que se propõe liderar, mesmo daqueles que inicialmente olharam de soslaio para a sua liderança. Por outro lado, se assim não for, mesmo os mais entusiastas da sua liderança acabarão por abandonar o compromisso que haviam consigo estabelecido, logo, juntos e desunidos traçarão um rumo de insucesso e derrota.


Esta prelecção toda para, como já devem adivinhar, chegar a Luís Filipe Vieira. Se há coisa que Vieira enche a boca para dizer ser, é a de que é um bom gestor, no entanto, embora possa parecer a mesma coisa, ser-se um bom gestor (coisa que também não aparenta ser) não é o mesmo que ser um bom líder.


Como refiro acima, para se ser um bom líder há que se obter o reconhecimento desse estatuto pelos que são liderados, obtendo-o pela competência e discurso. Na questão da competência, penso que os 2 títulos em 13 anos que leva de Benfica, são bem demonstrativos da (in)competência que Vieira demonstra (não) ter. Isto em termos genéricos, porque se quisermos particularizar, a coisa piora, por isso, e porque essa questão tem sido muito (e bem) debatida aqui no Ontem, proponho analisar o discurso de Vieira.


Não há muitos dias, num post que fiz sobre o Rui Costa e as suas acções ao longo do tempo enquanto membro da estrutura dirigente do clube, referi que Vieira não tem um discurso. E de facto não o tem nem ao nível da ideologia nem ao nível da forma. Se ideologicamente Vieira prima pela errância do que diz, na forma prima pelos atropelos ao Português. Mas sejamos sérios, fosse a forma horrível conforme é, mas ideologicamente fosse algo puro e vertical, não seria por aí que Vieira não deixaria de ser um líder.


Em questões de liderança e discurso de Vieira, a última semana foi absolutamente reveladora, uma vez que, no espaço de uma semana, repito, uma semana, tivemos 5, sublinho, 5 pessoas ligadas ao Benfica a falarem para o exterior. Na última semana foi possível ler/ouvir declarações públicas do treinador da equipa principal (Jorge Jesus, naturalmente, na antevisão e rescaldo dos jogos disputados), do Presidente (final do jogo com o Belenenses e na casa do Benfica em Paris), do chefe do departamento de scouting (Rui Costa à partida para Paris), de um dos Vice-Presidentes do clube (Rui Gomes da Silva que fala semanalmente – um absurdo sem nome – no programa “Dia Seguinte”) e do Vice-Presidente da SAD (José Eduardo Moniz numa entrevista concedida à Rádio Renascença).


O caricato e absurdo disto é que esta situação acontece na mesma semana em que Vieira, na tal intervenção que protagonizou na casa do Benfica de Paris, pediu unidade aos benfiquistas e referiu ser importante que o clube falasse a uma só voz. Já perceberam a contradição da coisa, não já? Das duas uma, ou Vieira diz uma coisa e manda fazer outra demonstrando a tal falta de conteúdo no discurso que um líder deve ter, ou Vieira fala e ninguém da sua estrutura dirigente o ouve colocando a nu a sua fragilidade na liderança.


Mas atenção, eu concordo com Vieira quando diz que o clube deve falar a uma só voz, mas falar a uma só voz não é o mesmo que se colocar 4 dirigentes a dizerem o mesmo (que não disseram, mas ok), falar a uma só voz implica que fale sempre o líder máximo – o Presidente – e, em questões pontuais, o líder intermédio da área que está em analise – o treinador nos dias antecedentes a um jogo e no rescaldo do mesmo, ou seria normal colocar o treinador a discursar numa AG de aprovação do Relatório e Contas, por exemplo? Se não era normal nem faria sentido, porque raio se há-de colocar 3 dirigentes (não contando com o presidente) a falar sobre futebol?


A última semana foi a caricatura perfeita do que tem sido a liderança que Vieira tem exercido no Benfica ao longo dos anos em que lhe tomou o poder. Podem estes sinais passarem despercebidos ao adepto e assim refutarem-me quanto à capacidade de liderança de Vieira, mas proponho-vos que façam uma análise mais profunda ao que tem sido Viera no Benfica e facilmente encontrarão exemplos como os da semana passada e que eu aqui reporto. Facilmente, pela soma de todos, chegarão à conclusão que há muito cheguei, Vieira pode ser o Presidente democraticamente eleito do Sport Lisboa e Benfica, mas não é, nem nunca foi, o líder competentemente aceite do Sport Lisboa e Benfica.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Presidente, o que tinha a dizer em 2009 sobre Varandas Fernandes, o seu actual Vice-Presidente?



Obrigado, Presidente. Agradeço-lhe a útil informação sobre quem pagou o almoço a quem, sobre a sua ideia de que o actual Vice-Presidente é um tachista e, sobretudo, regozijo em saber que pôs como Vice-Presidente um homem que serve pessimamente o clube. Mas consigo compreender a medida, visto que o pelouro de que é responsável é pouco importante - não falamos de negócios, gestão financeira, valorização de activos, Marca Benfica ou outros assuntos que realmente interessam ao Sport Lisboa e Benfica. Varandas Fernandes tem só como funções a "gestão das iniciativas institucionais com os sócios e adeptos" e "gestão de todos os projectos de Responsabilidade Social que não estejam cobertos pela Fundação Benfica". Na relação com os sócios e adeptos podemos lá colocar uma pessoa que sirva pessimamente o clube, grande Presidente, é até desejável que assim seja.


Presidente, só mais uma questão, se me permitir. O que achava em 2009 de José Eduardo Moniz?


Mais uma vez, muito obrigado, senhor Presidente. Estou esclarecido. Chamou então para Vice-Presidente para a Comunicação Institucional alguém que, palavras suas, passou 31 anos sem pagar quotas - uma vergonha, de facto, grande Presidente, mais valia nem sequer ter sido sócio e depois, quando chegasse ao clube, então sim, fazer-se sócio e dizer que tem mais de 25 anos  de associado que ninguém notava, Presidente. Além disso, vejo com bastante alegria e até alguma desmedida euforia que chamou para liderar  a "coordenação da comunicação oficial do SLB", a "coordenação da Benfica TV" e a "gestão dos diversos intervenientes públicos em representação do Sport Lisboa e Benfica" alguém que, na sua opinião, deixou uma televisão com contas muito piores do que as contas do Benfica. O meu Presidente é competente, inteligente, sagaz, negociador implacável mas sobretudo é um homem que defende, acima de tudo e de todos, o melhor para o Sport Lisboa e Benfica. Já não há muitos homens como o senhor, grande Presidente. Por favor, mantenha-se no nosso clube o tempo que quiser. A obra ainda não está concluída.


sábado, 6 de julho de 2013

A entrevista



Antes de “divagar” sobre a entrevista do nosso treinador à nossa tv, gostaria de, em nome próprio (José Moreira), pedir desculpas pelo atraso do escrito, e por uma eventual sensação de tema “requentado”, mas o tempo disponível só agora me permite emitir uma opinião séria e completa sobre o assunto.

Começando pelo principio subjacente à entrevista, ou seja, o órgão de comunicação e jornalista escolhidos para realizar esta mesma entrevista, parece-me ser de aplaudir a escolha do canal do clube como principal órgão de difusão de assuntos relacionados com o mesmo, sendo que a escolha de um vice-presidente para conduzir a entrevista a um assalariado seu, logo, um inferior hierárquico, me pareça errado. Não obstante, fiquei com a ideia que Jorge Eduardo Moniz soube lidar bem com a situação e não se escusou a fazer a maior parte das perguntas que se impunham, ainda que se possa achar que poderiam ter sido mais e mais incisivas, mas parece-me que a integridade da entrevista não ficou em causa. Ainda assim, gostaria ter visto perguntas sobre a saída de António Carraça, sobre a renovação do contrato, sobre o grau de influencia de Jorge Jesus nas decisões desportivas do clube ou sobre os motivos que levaram o Benfica a apostar de forma tão declarada em jogadores oriundos da Servia, porém compreendo que alguns destes assuntos pudessem ser demasiado incómodos para serem abordados numa conversa publica entre um vice-presidente e um funcionário. Dou nota ainda da forma (quase) intuitiva com que José Eduardo Moniz ia completando os pensamentos de Jorge Jesus quando este parecia estar com alguma dificuldade de expressão e a “reprimenda” para não se falar no vizinho do lado, mas sim do Benfica.

Passando à analise a Jorge Jesus, podemos dizer que a performance do treinador encarnado pode ser classificada entre o bom e o… Jorge Jesus. Isto é, respondeu e defendeu-se bem em algumas questões mas, para não variar, não faltaram as suas pitadas de narcisismo e excesso de ego.

Indo por partes, na forma, como seria expectável, Jorge Jesus esteve ao seu nível, ou seja, péssimo. Desde o facto de, numa ou noutra situação, muito naquele seu jeito “superior” e descontraído, chegou a tratar por “tu” o jornalista que é vice-presidente da sua entidade patronal, bem como muitos atropelos à língua de Camões que, como já sabemos, não constitui qualquer novidade no treinador do Benfica.

Passando ao conteúdo (já pareço o Marcelo), Jorge Jesus flutuou entre o habitual e o bom, ou não fosse uma entrevista estudada ao pormenor.

Quanto aos aspectos positivos há a destacar a forma como explicou o projecto da equipa B e as razões para a mudança de filosofia subjacente ao projecto para a nova época; assume a responsabilidade de ter uma equipa mais forte na época que se aproxima, por ser o seu 5º ano à frente da mesa; mostra-se cauteloso na abordagem à próxima edição da Liga dos Campeões, evitando possíveis sonhos desmedidos dos adeptos para uma edição cuja final se disputa no nosso estádio; demonstrou-se lucido ao explicar, ainda que de forma pouco clara, que não é expectável que o Benfica venha a ser, nos próximos anos, a base para a selecção nacional, ainda que isso não possa ser significado de não integrar portugueses nos sucessivos planteis, pois são coisas distintas; JJ foi ainda hábil ao legitimar a sua continuidade ao comando da equipa do Benfica, puxando dos “galões” com a qualidade de jogo atingida pela equipa e pelo “salto” qualitativo no ranking da UEFA; na abordagem ao “caso” Cardozo, ainda que não tenha sido excelente, saiu-se bem, demarcando-se de qualquer tomada de decisão definitiva da sua parte, entregando o jogador ao presidente por se tratar de uma questão disciplinar.

 Finalizada a analise ao que correu bem a Jesus, passemos à parte da entrevista em que Jorge Jesus foi… Jorge Jesus. O técnico do Benfica disse pertencer à elite dos treinadores, não por se achar na elite, mas porque o acham na elite como o demonstram os convites para os fóruns de treinadores organizados pela UEFA, esquecendo-se que ele é convidado, não pela eventual qualidade que tenha, mas pelo clube que treina. Dando exemplos, Vítor Pereira fez parte dessas conferencias enquanto treinador do FCP, mas uma vez fora do clube, deixará de o fazer, tal como já aconteceu com Jesualdo Ferreira, por exemplo; afirmou não contar com Oblak, pela questão do numero de vagas para estrangeiros para inscrição na UEFA, mas sobretudo por ser um jogador demasiado jovem para a posição de guarda-redes de um clube como o Benfica, isto é, ficamos assim a saber que, fosse Jorge Jesus o treinador de Casillas, jamais este havia assumido a titularidade da baliza do Real Madrid com 18 anos de idade ou jamais conheceríamos De Gea, muito menos no Man. Utd ou até Rui Patrício no Sporting, são opiniões; Na mesma frase, o nosso treinador faz questão de dizer que a melhor equipa é a que ganha, sendo que, por isso mesmo, o nosso rival é, ao momento, melhor que o Benfica que, no entanto, está próximo da hegemonia, apesar do tricampeonato do FCP, lá está, são ideias; Quando instado a apontar uma causa para as sucessivas perdas de objectivos no final da época passada, Jorge Jesus foge incessantemente à questão, acabando mesmo por não responder, isto é, acabando por não assumir qualquer responsabilidade, apesar de, já na fase final da entrevista, dizer que os insucessos de uma equipa são da responsabilidade do seu treinador… desde que o treinador não seja ele, claro; Jesus foi ainda lesto a admitir alguns momentos menos bons de Artur, dizendo que são erros que ele não pode controlar, mas assumindo méritos de quem se apresentou em bom plano como Matic, ou seja, os erros são dos jogadores, a evolução é do treinador, mais uma vez, nada de novo.

Em suma, foi uma entrevista que excedeu as piores expectativas, mas não chegou para as melhores expectativas, sendo surpreendente, pela abordagem de alguns temas, mas previsível pelas respostas de Jesus demonstrando ter-se preparado para a entrevista e que esta foi cuidadosamente estudada.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Varandas e tachos de incoerência

O aparecimento de Varandas Fernandes - um acérrimo crítico de Vieira nos últimos anos - como Vice-Presidente da Direcção, caso a actual vença as eleições, é (mais) um sinal de como vai o Benfica: os que detêm o poder aglutinam os seus críticos no seu círculo (Moniz também será Vice), evitando vozes discordantes e incómodas - a troco de quê ainda viremos a compreender; os que construíram oposição no passado, defendendo ideias impossíveis de sofreram alterações tão drásticas, vão, a pouco e pouco, caindo nas redes das promessas de tachos e vira-casaquismo elementar. 

A incoerência desta gente é tanta que não se importam, uns, de agregar ao seu projecto quem dele disse raios e coriscos e, outros, de aparecerem em listas representadas por pessoas que ferozmente criticaram e a quem acusaram de estar a prejudicar o Benfica. É um circo, uma verdadeira palhaçada ideológica.

Não se sabe, para além da Vice-Presidência, o que foi prometido a Varandas nem sequer é preciso - um homem que vira a 180 graus desta forma está mais do que apresentado. E ele é apenas mais um, neste circo de gente que ou tem o poder e dele abusa ou não tem e quer lá chegar, mesmo que a troco de uma mudança ideológica radical. O clube, esse, fica à espera mais uma vez. À espera de gente honesta e coerente. À espera de gente credível e séria. À espera de gente que ame o Benfica.

Tal como o país, este clube é dominado por gente que não o respeita e prejudica, com o aval sereno e solidário do povo que elege os seus governantes de forma acéfala. Mas há uma diferença: enquanto a larga maioria dos que votaram nestes políticos sabe hoje que foi enganada e começa a rebelar-se contra o engano e desrespeito, no Benfica a larga maioria vive num autismo sem paralelo, defendendo de forma injustificável o que não tem nem explicação nem justificação. 

O amor irracional e pouco lúcido pelo Benfica não explica tudo. Há gente que, de facto, mesmo com um machado em frente aos olhos a um segundo de se escarrapachar nas retinas, é capaz de dizer que aquilo serve para ajeitar as pestanas. 
 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A minha ideia para o Benfica - Parte 2 - Comunicação

Comunicação

Esta é uma área crucial que, em meu entender, tem sido explorada de forma deficiente. A Comunicação não deve ser um corpo estanque que apenas serve para uns comunicados pueris – normalmente apontando a alvos exteriores -, misturando desinformação com novelas mexicanas que nada favorecem à compreensão e conhecimento dos benfiquistas dos problemas/acções do clube.

A Comunicação deve servir, primeiro, para informar os adeptos, com o detalhe possível (algo mais interno deverá ser anunciado e discutido em Assembleias Gerais), de todas as acções e áreas estruturais do Benfica e, segundo, quando os alvos são extrínsecos, apontar, de forma inteligente aos visados. O Benfica não deve, na minha opinião, reagir a tudo o que mexe com Comunicados imberbes. Deve, antes, se decide apontar incongruências de arbitragem, responder a discursos de rivais ou refutar informação duvidosa por parte da Comunicação Social, planear e escolher criteriosamente a forma como o faz.

Um exemplo claro é a quantidade de Comunicados, muitas vezes dizendo quase nada, que o Clube tem lançado nos últimos tempos. Defendo, como resposta, quando o Benfica acha que o assunto merece uma acção, não tanto a opção de Comunicados no site oficial, mas a convocação de conferências de imprensa em que, através de um discurso firme, sólido, inteligente, por vezes irónico quando o assunto merece esse tratamento, defende o seu ponto de vista e põe a nu o que pretende refutar.

No caso das arbitragens, não basta colocar vice-presidentes em figuras ridículas nos programas semanais ou comunicar no site que o clube se sente “lesado”; exige-se muito mais: uma análise detalhada dos erros, comparando-os com situações similares que foram ajuizados de forma completamente diferente – tanto no próprio jogo, em favor do adversário, como em jogos dos rivais -, com recurso a imagens.

Este procedimento terá muito maior visibilidade, chegará a muito mais gente, pressionará os árbitros a uma maior justeza nas apreciações (não se pretende que nos favoreçam; pretende-se apenas que nos não prejudiquem) e ditará as leis que avisarão os demais que o Benfica está atento e pronto a revelar as diferenças de tratamento entre clubes.

Não sou um apologista do discurso vitimizador; durante anos defendi que não devíamos abordar tanto este tema mas após a época vergonhosa a que todos assistimos, este assunto não pode ser tratado com leviandade, antes com acções assertivas que defendam o clube das jogadas podres de bastidores deste nosso futebolzinho podre e corrupto. Se possível, com elevação e ironia pontualmente, para que a mensagem passe sem que tenhamos de cair num discurso chato, de coitadinhos, que nos não interessa nem é essa a nossa génese.

Aos adeptos, a informação tem de ser clara. Basta de comunicados que, em vez de informar, confundem ainda mais. São vários os exemplos de vendas de jogadores cujas cláusulas não entendemos. Não que sejamos burros, mas porque a informação geralmente vem em códigos. Isto não é informar, é desinformar, raiando muitas vezes o desrespeito, porque assente num discurso que é claramente voltado para o não entendimento claro das particularidades dos negócios.

Os adeptos e particularmente os sócios merecem saber em que moldes são feitas as vendas e compras, com que valores, que cláusulas têm, com que percentagem exacta fica o clube. Afastá-los dessas informações será sempre afastar o clube daquela que é a sua origem: de todos, um. E não mais do que isso: de todos, um.

No aspecto comunicacional ainda há muito a melhorar. Na Benfica TV, que tem melhorado mas que persiste ainda como braço armado da Direcção, o que é, do ponto de vista informativo e da opinião, um atentado claro à verdadeira democraticidade e pluralidade de vozes. Não defendo um canal de televisão em que constantemente se criticam as acções da estrutura (isso seria contraproducente), mas uma grelha de programação que equilibrasse bem a informação propriamente dita com espaços em que benfiquistas de todos os quadrantes pudessem dar as suas opiniões, preferencialmente gente anónima, que não tem nada a dever aos órgãos de soberania e que muitas vezes é esquecida ou calada.

Noutro espectro informativo, o Site oficial terá de ser reformulado e evoluído. O que existe é pobre, pouco funcional, nada interactivo e parco para um clube desta dimensão. Entendo que as vitórias devem ser empolgadas em detrimento das derrotas mas não consigo compreender que, muitas vezes, resultados menos bons sejam relegados para o total esquecimento ou que as crónicas sobre os jogos sejam de um alheamento da realidade e clubite aguda que mais valerá ler os jornais desportivos do que passar os olhos por textos absurdos de tão facciosos. Isto serve também para os comentários aos jogos na Benfica TV, em que, se se exige benfiquismo, não se pede um completo alheamento ao jogo e uma forma tão enviesada de ver lances e decisões arbitrais.

Há muito a melhorar mas também há que manter o que tem qualidade: programas como “Vitórias e Património”, as excelentes pesquisas de Alberto Miguéns (que acho que já não está na Benfica TV), os “Em Linha”, os jogos de todas as camadas jovens e modalidades e outros são inegáveis mais-valias para a divulgação e expansão do Benfica. Que outros se juntem à grelha de programação para que a Benfica TV seja, de facto, um canal de grande qualidade e benfiquismo.

Como projecto futuro, penso que a ideia de uma rádio do Benfica faria todo o sentido. Obviamente alicerçado num orçamento possível e numa plataforma que o tornasse viável. Seria mais uma estaca de Benfica para todo o Mundo.

À Comunicação tem de exigir-se também um ponto fundamental: a relação íntima com todas as outras áreas, a informação específica e detalhada de tudo o que se vai fazendo em todas as outras sub-estruturas. Como escrevi no post anterior, especialmente na área da “Gestão Financeira”, que é crucial para que os benfiquistas entendam de que forma estão a ser geridos os bens do clube.

Para Vice-Presidente, tenho vários nomes, tal como para Director de Comunicação, Director da Benfica TV, Responsável pelo Site e equipa em geral. Dou, portanto, alguns, sem que se esqueça que a premissa passa por perfis antes de nomes:

Ricardo Araújo Pereira, Ricardo Palacín, João Gobern, Carlos Daniel, José Eduardo Moniz, Pedro Ribeiro, Pedro Ferreira