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terça-feira, 29 de julho de 2014

Análise aos "reforços" (I)

A praticamente dez dias de disputar a sua primeira competição oficial (e logo uma final), o Benfica apresenta no seu plantel principal cerca de trinta e seis jogadores. Entre saídas por empréstimo, vendas, dispensas e contratações, muita água vai correr debaixo da ponte da Luz até 31 de Agosto, como costuma ser hábito. No entanto, já se conseguem tirar apontamentos de alguns jogadores. Eis as primeiras impressões de algumas caras novas que se apresentaram para trabalhar com o plantel principal:

Djavan - Djavan, Djaveio, Djafoi, Djaandou. Nunca contou para Jorge Jesus, como aqui anunciámos ainda antes do seu primeiro treino. Um jogador trazido por Jorge Gomes, é bom relembrar. Que seja feliz em Braga e que o vínculo contratual de quatro anos celebrado com o Benfica passe depressa.

Luís Filipe - Apresentou-se num estado lastimável para um futebolista. Como se não bastasse, não exibiu um resquício sequer de qualidade nos jogos que disputou. Com Maxi, Cancelo, Almeida e, quem sabe, Sílvio, não há motivos para ficar no plantel. Que seja emprestado a um clube português, em vez de ser recambiado para a América do Sul, a ver se aprende alguma coisa.

Loris Benito - Ao contrário do que o Ricardo acha, Benito parece-me um bom jogador. Não é um lateral explosivo mas incorpora-se bem no ataque. Defensivamente para ser tão forte quanto Siqueira, pecando talvez na excessiva procura em "fechar o meio" quando a bola está no sector oposto ao seu. É muito jovem e tem escola. Tenho poucas dúvidas de que vai conseguir impor-se a curto/médio prazo.

Talisca - Positivamente surpreendido. Para quem jogava perto do ponta-de-lança no Brasil, Talisca adaptou-se fácil e rapidamente às exigências e ao conceito que Jorge Jesus quer. Excelente trabalho desenvolvido entre ambos. Um jogador bastante interessante para ser trabalhado com tempo. Independentemente da saída de Enzo Pérez, parece-me que Talisca vai assegurar com alguma facilidade um lugar no meio-campo do Benfica.

Franco Jara - Muita raça, muito lutador, muito trabalhador… mas contas feitas dá quase nada. Jara entra para o quinto ano de contrato com o Benfica (apesar de só ter cumprido uma temporada) com os mesmos vícios do primeiro dia e sem ter evoluído nada. A expulsão com o Marselha e o penalty falhado com o Ajax devem ter sido suficientes para assinar a sua dispensa.

Derley - Exibiu algumas qualidades técnicas que não são habituais num jogador com o seu perfil. Confesso que vi pouco deste avançado no ano passado, ao serviço do Marítimo, mas gostei do que vi nestes jogos particulares. Parece-me curto para titular, mas apresenta uma explosividade e presença física interessantes. Esperemos que não seja apenas um Hassan ou um Marcel que se farta de marcar golos em clubes do meio da tabela mas que quando dão o passo em frente desaparecem.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A lavagem para além da cerebral

A análise completa sobre os investimentos do Benfica nas dezenas de jogadores que acabaram dispensados, emprestados ou a rodar na equipa B (sem qualquer intenção de os trabalhar para a equipa principal e tapando lugar aos nossos jovens e a outros jovens de valor) ficará para mais tarde, quando o mercado fechar. Por ora, centremo-nos apenas em 4 casos que, diz a imprensa, estão a ser meticulosamente tratados pelo grande Presidente Vieira: Carlos Martins, Sidnei, Luisinho e Franco Jara.

Carlos Martins custou ao clube 2,5 milhões de euros.
Sidnei custou ao clube 7 milhões de euros.
Luisinho custou ao clube 1 milhão de euros.
Franco Jara custou ao clube 5 milhões de euros.

4 jogadores - entre dezenas e dezenas de outros que por aí andam aos caídos e que, mesmo comprados a preços baixos, todos juntos perfazem mais umas dezenas de milhões de euros -, apenas e só estes 4 jogadores que, reforço, neste momento não interessam ao clube, custaram ao Benfica 15,5 milhões de euros. Mas não custaram só 15,5 milhões de euros. Custaram ordenados, prémios, custaram espaço no plantel para outros jogadores. 

E foram apostas claras? Carlos Martins foi até 2010, depois foi emprestado e voltou a época passada para um contrato de... 4 anos - um ano depois, foi dispensado ("agora, se quiserem despachar-me, paguem", diz o Carlitos).

Sidnei ainda teve uma época em que apostaram nele, depois foi sendo relegado para segundo plano, depois emprestado e agora aos caídos na equipa B. Este rapaz só custou ao Benfica 7 milhões de euros, coisa pouca.

Luisinho nunca foi aposta para Jorge Jesus. Aliás, após uma boa exibição, ouviu logo do Mestre que havia jogadores para a Liga e outros para a Champions. É que nós tínhamos lá um gajo muita bom e este ano ainda temos um melhor - isto depois de termos tido um cepo chamado Emerson uma época inteira a titular. De laterais-esquerdos percebe o nosso Mister! 

Franco Jara, mais uma escolha pessoalíssima de Jesus após visionamentos televisivos de madrugada do campeonato argentino. Jogou uma época aos soluços, na segunda foi despachado pelo treinador que lhe augurava um futuro risonho e obrigou o clube a pagar 5 milhões de euros por ele. Uma ninharia.

4 casos. Apenas 4 casos. Podemos fazer o mesmo exercício para muitos outros jogadores, que descobriremos não só o exemplo do que é gestão danosa como ficaremos boquiabertos com o valor total de custo dos que agora não interessam ao clube. Só aqui, nestes 4 casos, estão enterrados 15, 5 milhões de euros. 

É preciso dizer mais alguma coisa sobre a competência desta gente? E acham que, quem anda há 13 anos no clube a cometer estas e outras façanhas, algum dia vai aprender? Ou este tipo de estratégia visa outras mais-valias que não a puramente desportiva? O dinheiro rola a grande velocidade no entra-e-sai do Benfica. Os títulos são mais do que muitos - falo dos títulos de investimento, claro. Os outros só dão chatices e até "nem deviam ter acontecido".