... e quem merece ser destacado é o presidente Luís Filipe Vieira. Também Jorge Jesus, mas acima de tudo o presidente do Sport Lisboa e Benfica e por inerência da Benfica SAD é o elemento comum à recuperação do desempenho europeu do Benfica. É certo que nada conquistámos até ao momento, mas paulatinamente os resultados vêm sendo consistentemente melhores.
Ainda tenho atravessada aquela deslocação à Pedreira, pois não fosse mais uma Robertada e o Benfica teria ido a Dublin, tendo sido eliminado por uma equipa que estava mais do que à sua mercê. A verdade, é que não há critério mais objectivo que o ranking da UEFA e se é verdade que estamos a lutar para chegar ao 8.º lugar que nos garanta o acesso directo ao pote 1 (será que é verdadeiramente benéfico ?), também não deixa de ser verdade que no início da época 2013/14 iniciaremos a época no 6.º lugar.
Atenção, não confundir o início da época, com o final da mesma, pois só são relevantes para efeitos de escolha de potes a colocação no final das épocas, visto que um lugar no início de uma época apenas reflecte 4 épocas, enquanto o ranking é sempre definido por 5 épocas desportivas. Ou seja, neste momento, o que é relevante é o actual 10.º lugar que pode ainda ser melhorado para o 7.º lugar. O 6.º lugar é meramente virtual e será alterado durante a próxima época em função do desempenho desportivo da próxima época.
Há 10 anos, aquando da entrada do presidente finalizámos a época no 72.º lugar, que mesmo assim já era melhor que o lugar em que o Benfica se encontrava no final da época 2001/2, onde com Vilarinho, Toni (por pouco tempo é verdade) e Jesualdo a época acabou com o Benfica na mais baixa posição de sempre nos últimos 20 anos, o 91.º lugar.
É este 10.º lugar o melhor lugar de sempre ? Não. Em 1996/97, terminámos a época em 5.º lugar, sendo a prova que apesar de maus desempenhos na frente interna, com Damásio ainda o Benfica teve capacidade competitiva na Europa para capitalizar aquele maravilhoso Benfica Europeu construído por João Santos e continuado por Jorge de Brito (que infelizmente nos desequilibraram financeiramente). Mas mais, com toda a certeza que o Benfica na década de 60 se tivessem existido rankings, depois de 2 títulos e 2 finais, dificilmente não teria o Benfica liderado o ranking da UEFA durante 2 ou 3 anos.
No ranking da Champions competição que se iniciou em 92, o Benfica apenas está em 24.º lugar, bem atrás do Porto 9.º classificado. No entanto, quando a UEFA faz o ranking para a Taça dos Campeões/Champions League 1955-2013, o Benfica já aparece em 7.º lugar, à frente dos rivais do norte que aparecem no 10.º lugar.
A possibilidade de esta época o Benfica igualar o Porto em termos de ranking da UEFA está à distância de 2 vitórias com o consequente apuramento para a final. 3 vitórias ou 2 vitórias e 1 empate assegurarão a ultrapassagem, mas acima de tudo o Benfica deve lutar para ganhar não pelas posições que ocupe no ranking da UEFA, mas pela glória desportiva. Com Jesus, o Benfica ficou perto dos grandes gigantes, falta agora dar o passo definitivo e entrar no Olimpo conquistando a glória.
O primeiro obstáculo no caminho é o Fenerbahçe, mas chegados aqui já não podemos deixar de sonhar com Amesterdão como à 2 anos sonhámos com Dublin. Esperemos que desta vez possamos quebrar a maldição do húngaro. Uma época de sonho é uma época de glórias múltiplas. Ficar perto não conta, dá estatuto e ranking, mas não glória.