Já estão marcadas as eleições do nosso clube. A escolha será entre o nada e o único Presidente ilegítimo da História do Benfica. Abster-me-ei em nome da Mística.
Votei LFV e, sobretudo, no Sport Lisboa e Benfica em 2003 e 2006. Desde as ilegitimamente antecipadas de 2009 a que se seguiu a abstrusa alteração dos Estatutos Democráticos do Clube, que tenho votado em branco.
Desta vez estou na dúvida entre a abstenção e a anulação do voto. Se o fizer será a perguntar por que LFV ainda NÃO CUMPRIU a promessa - o que nem me admira, é só mais uma - de fazer o psicopata arrivista, sentar as nalgas em Tribunal, para fazer o 'ónus da prova' no caso dos vouchers e a consequente tentativa do denegrir da imagem do Clube na estranja.
Tal como a tradição, a nossa Mística, já não é o que era ! ... Ainda assim espero que o "novo paradigma" (nã posse rire que fique feie!) nos permita continuar a vencer.
e porque é que não aprece mais ninguém? Porque é que não te candidatas tu? porque é que não existe oposição neste momento? Vai lá e vota em branco, mas vai, quem sabe se os brancos não atingem um melhor valor que os 6% ou menos do bruno carvalho?
Ao mesmo nível do nosso rival sporting... largam a dúvida e a acusação e batem em retirada! Achas mal e achas que podes fazer melhor pelo nosso Benfica? O Benfica é um clube pluralista e os sócios agradecem... Concorre!!! Faz como o BdC porque se não o fizeres és ainda pior do que ele... esse, ao menos, concorreu e assumiu!
O Presidente não é ilegítimo, porque foi eleito pelos sócios.
O que pode preocupar um Benfiquista, é, porque não aparecem outros candidatos credíveis, com ideias para o nosso clube, que façam o actual presidente melhorar a sua performance, que dê uma alternativa aos insatisfeitos?
Será porque os insatisfeitos não passam daquela "meia-duzia" expressa pelos resultados eleitorais? Será porque num universo de dezenas de milhares não há uma pessoa capaz? Que mova influencias e meios para concorrer, promovendo a diversidade a democracia no nosso clube?
Isto é que deve ser perguntado, porque de criticas, e muitas justas, estamos largamente conhecedores, mas de atitudes praticas nada se avista no horizonte, e, de vez em quando aparece um Bruno Carvalho ou um Rangel para piorar o panorama.
Há uma pergunta que me faço há tempos: se o presidente que temos é o bisnau que se apregoa, se não interessa ao Benfica, vamos votar em quem? No juiz? No BC da cidade do Porto? No José Veiga? Em quem? Digam-me lá! LFV tem defeitos, como eu os tenho e não há quem os não tenha. Tem cometido erros na direção do Benfica? Tem, e muitos. Mas tem obra feita e ganhos desportivos (tenham em consideração o futebol e as outras modalidades, no masculino e no feminino) como nenhum presidente antes dele conseguiu. Criticá-lo? Sempre que seja necessário, sempre! Exigir mais? Todos os dias! Substituí-lo? Por quem, porra?
Esses dois primeiros carneirinhos que comentaram não percebem o que é amar o Benfica sem amar o Vieira. Não sabem distinguir as duas coisas e depois dá nesta mentalidade de caca que se vê.
Nau, a média de "ganhos desportivos no futebol masculino" de LFV é de 1 campeonato de 3 em 3 anos (mais coisa menos coisa). Eu posso estar enganado, mas é capaz de haver na história do SLB presidentes que perdiam um de 3 em 3 anos, portanto és capaz de não querer ir por aí. Não te deixes iludir com a história de o Benfica só existir desde 2000, o Benfica existe desde 1904.
A pergunta fulcral é mesmo o "por quem". LFv é um atentado ao benfiquismo. Pode ser um bom gestor, mas em termos de benfiquismo é zero. E basta ver que quando a coisa corre mal ele desaparece, quando corre bem aí anda ele todo lampeiro.
O Ricardo, como outros, não se revê nisto. Não se revê nas negociatas com o Atlético, com o amiguismo com o Mendes e associados, com a forma como as AGs passaram a ser um incómodo, de como se mudam estatutos para favorecer uns e eliminar outros. Estão no seu direito. Na questão de ir lá, se ir votar em branco/nulo diminui a percentagem de aprovação para níveis sub-coreanos, então é de ir lá. Pode ser que dê força a uma alternativa.
Agora o Luis Bernardo da Comunicação do Benfica a tratar da intercionalização da marca do Benfica? Com o Guerra? Mas o Vieira endoidou? A unica forma de desenvolver a "Internacionalização do Benfica" é começar por tentar fazer aquilo que o tornou grande e respeitado na Europa: ganhar a Champions.
Revejo-me em tudo quanto o R.B. aqui afirma. Em tudo, mesmo. E, extensivamente, à opinião do Ricardo, excepto num ponto. Definitivamente, prefiro "dar-me ao trabalho" de ir votar em branco.
O Vieira sabe que não pode sair do Benfica. A história diz-lhe que não... Vide Veiga, Damásio, Vale Azevedo e agora até o Rangel... Não é o interesse do clube que o move, é o poder, a influência e a protecção que está inerente...
1. O desporto está pobre. Bafiento. Estagnado. Previsível. À exacta semelhança da nossa sociedade: medíocre. Um pouco por todo o lado, exemplos disso não faltam. Nunca tivemos tanto ao nosso dispor: sem que, contudo, tão pouco tenhamos feito com todos esses recursos.
3. Os benfiquistas olham entre si e perguntam-se: como foi possível chegar a este ponto? O que aconteceu? O que mudou? Quando foi que perdemos contacto? Quando foi que nos permitimos tamanha desresponsabilização sobre o nosso destino? Em tempos de tão propagandeadas abundância e glória, permanecem, contudo, no seu âmago, intrigados com o que terá acontecido a todo o seu pulsar.
4. A uma vitalidade única: porque genuína, desinteressada, de quem se entrega totalmente. De olhos fechados: porque confia, crê, ama. Sem nada mais pedir em troca.
5. De outros tempos: quando tudo não era aparência, programado, blindado. Vazio. Fachada. Quando a tudo quanto hoje é colocado no topo da pirâmide se sobrepunha, sempre, a força dos ideais. O fogo na alma. A vontade imparável. O sentimento.
6. Quando o passado não era sinónimo ou motivo de medo, nem o presente a glorificação de uma só mentalidade e/ou forma de ser/estar. Dos bons contra os maus. Não. Existiam, fundamentalmente, Benfiquistas. Diferentes entre si, mas desejando, acima de tudo, o melhor para o clube: sempre acima de qualquer individualidade – para humildemente servir, jamais servir-se.
7. Este deveria, só por si, ser motivo da maior das honras. Mas não: não nos tempos que correm. Hoje, tal assume somente a forma de um meio com vista a alcançar um dado fim. Do ser mais simples ao mais letrado: todos nós assistimos ao que se verifica e, independentemente da maior ou menor capacidade de interpretação e/ou explicação, percebemos imediatamente ao que vem A ou B.
8. Podemos querer ofuscá-lo. Não querer acreditar. Mudar de conversa. Apontar os erros dos outros. Procurar fugir a esta realidade assistindo somente aos jogos, assim fazendo por esquecer tudo o resto. Não é possível. Não por muito tempo.
9. Não quando ultrapassada a última das linhas de resistência: a da ignorância. Quando, mais do que a bola que entra ou sai, fama, dinheiro ou poder, procuramos verdade. Quando, mais do que defender dado indivíduo ou colectivo, assiste-nos a defesa dos superiores interesses do clube. De algo que tanto nos deu, que é tão superior a todos nós, que por cá há de permanecer quando partirmos.
10. Como se alicia alguém assim? Que maior recompensa poder-lhe-á ser oferecida? O que propor-lhe com vista a tornar-se no que já não é? Não é possível. Não para um adepto assim. Não para um Benfiquista.
11. É tangível o desespero e incredibilidade pela inexistência de alternativas. Mas de alternativas a sério: não das que avançam somente procurando o mesmo dos que já lá estão. Com gente séria. Competente. Bem intencionada. Inspiradora. Capaz de recuperar o clube da noção vazia, processada, consumista e imediatista em que o transformaram.
12. Um clube assim, mesmo pavoneando-se com troféus e lucros, é, aos meus olhos, o mais pobre de todos eles. Uma instituição ligada à máquina. Moribunda. Sem quaisquer anticorpos para enfrentar as vicissitudes da vida: a qual, a seu tempo, fará por colocá-lo no devido lugar da cadeia alimentar.
13. Embriagados pelo imediato, pelo óbvio, pelas vantagens individuais: todas as (aparentes) alternativas “notáveis” cedem. Uma a uma. À sua vez. Segura e previsivelmente: todas. Porquê?
14. Porque nunca verdadeiramente o foram. Por sentirem-se derrotadas à partida. Por não terem o que é preciso. Por não quererem verdadeiramente vencer: somente pertencer, ainda que a algo no qual não se revêem.
15. Uma verdadeira alternativa não se compromete. Não debilita as suas linhas. Não desiste à 1.ª contrariedade. Aguenta. Persiste. Enfrenta a tormenta: e resiste! Um ano. Dez anos. Os que forem necessários. Mas recusa e resiste. Sempre! Cospe no lema “se não podes vencê-los, junta-te a eles”, contraponho com um “antes quebrar, que torcer”.
16. Porque só assim ocorre a mudança que verdadeiramente interessa. Que perdura. Que produz resultados. Prova disso são todas as pseudo-alternativas que, ao longo do tempo, foram-se juntando a LFV. O que mudou verdadeiramente desde então? Nada. Porque nada podiam fazer. E porque nada tinham verdadeiramente a oferecer.
17. Toldados por um inerente e compreensível desejo de segurança e estabilidade, pela bola que (por ora) vai entrando, bem como por visões apocalípticas de um futuro sem LFV que toda aquela máquina propagandista faz por incessantemente recalcar na mente dos adeptos: estes vão-se recusando a aspirar a algo melhor.
18. E, enquanto assim for, esse alguém, invariavelmente, não surgirá.
19. Porque, adeptos assim, não merecem os melhores para os mais importantes lugares. Adeptos que dão incondicionalmente os respectivos votos a LFV estão, com isso, a afastar os melhores. A apoiar tudo aquilo que presentemente se verifica: ao caso, inclusivamente a inexistência de alternativas para o cargo, realidade para a qual LFV em muito contribuiu – ainda que não pelos motivos desejáveis.
20. E, inerentemente, a abrir a porta a todos quantos têm semelhantes práticas: os menos capazes, sem valores ou escrúpulos. A uma mediocridade cujo único objectivo assenta em também eles fazerem parte da horda. Sem qualquer outro propósito que não a visão deles próprios enquanto fundamento incontornável de tudo o demais.
21. Assim, não há clube que resista.
22. Todas as bolas dentro da baliza ou propaganda do mundo não mudam uma vírgula a esta realidade: por detrás de toda a aparência, o Benfica está a desaparecer perante os nossos próprios olhos. O clube que outrora amámos está cada vez menos lá. As semelhanças são cada vez mais ténues, vagas.
23. Um exclusivo daqueles para quem actos democráticos são um empecilho, autores de um emaranhado estatutário sem precedentes na democracia nacional e que somente fomenta o clientelismo e a protelação no tempo dos mesmos de sempre. Daqueles que, à 1.ª contrariedade, queixam-se só não falhar quem não decide.
24. Como se, actualmente, o universo benfiquista tivesse qualquer outra acção na vida do seu clube que não a de meros consumidores, contribuintes.
25. Eu, como tantos outros, observo o panorama e, meio aterrado, concluo invariavelmente há muito tê-los ultrapassado em tudo aquilo que verdadeiramente interessa. Topo-os à distância. E verifico, com um misto de regozijo e repugnação, ideias e termos serem abusivamente apropriados por gente com palco a mais e valor a menos.
26. Porque o fazemos então? Porque persistimos?
27. Por liberdade.
28. Por manifestação tangível de uma corrente benfiquista alternativa: descontente, descomprometida, que pensa pela própria cabeça. Que não se revê no presente lamaçal. Militante. Resistente. Que se alimenta de verdade. Com o único discurso certo, porque honesto e actual. Sem tretas, sem folclore, sem banha-da-cobra.
29. Pelos motivos certos. Por todos nós: Benfica.
30. E por crença de que as AG do século XXI – a blogosfera – possam, na medida possível, contribuir para o surgimento da alternativa a que todos aspiramos. Que, nas nossas palavras, esse alguém encontre o conforto e confiança necessários ao desafio.
31. Acredito que, mais do que de “notáveis”, essa alternativa nascerá das bases. De uma alternativa invisível. Sem palco, mas com os motivos certos. Com a capacidade para abanar a mediocridade vigente.
32. Nunca subestimo a capacidade de uma só pessoa para mudar o estado de coisas. E se, do meio de toda a tralha que usa e deturpa as nossas ideias, resultar ter conseguido chegar a esse alguém: então todo esse esforço terá valido a pena.
33. E ela, seguramente, existe. Se não no Benfica, onde?
Meus caros consócios, o facto de LFV não ter adversários foi porque eleição após eleição convida adversários para integrar as suas listas. E como ele sabe que "eles" querem é tacho, dá-lhes um tachinho para não comerem o seu grande Tachão. LFV tem feito um trabalho desportivamente meritório no clube e no dominio completo das estruturas do futebol(FPF). Mas financeiramente "esconde" um buraco que quando for revelado afetará o SLB durante décadas. A propaganda profissional implementada (Guerras e afins) dá os seus frutos mas mais tarde ou mais cedo vai acabar(como tudo), e aí...vou ter pena de ser benfiquista.
23 comentários:
... "Abster-me-ei" ...
ahahahahahah!!!
FDGP!
Votei LFV e, sobretudo, no Sport Lisboa e Benfica em 2003 e 2006. Desde as ilegitimamente antecipadas de 2009 a que se seguiu a abstrusa alteração dos Estatutos Democráticos do Clube, que tenho votado em branco.
Desta vez estou na dúvida entre a abstenção e a anulação do voto. Se o fizer será a perguntar por que LFV ainda NÃO CUMPRIU a promessa - o que nem me admira, é só mais uma - de fazer o psicopata arrivista, sentar as nalgas em Tribunal, para fazer o 'ónus da prova' no caso dos vouchers e a consequente tentativa do denegrir da imagem do Clube na estranja.
Tal como a tradição, a nossa Mística, já não é o que era ! ... Ainda assim espero que o "novo paradigma" (nã posse rire que fique feie!) nos permita continuar a vencer.
Saudações Benfiquistas
Saudações Benfiquistas
RMC
Ris de quê, jumento?
e porque é que não aprece mais ninguém?
Porque é que não te candidatas tu?
porque é que não existe oposição neste momento?
Vai lá e vota em branco, mas vai, quem sabe se os brancos não atingem um melhor valor que os 6% ou menos do bruno carvalho?
Ao mesmo nível do nosso rival sporting... largam a dúvida e a acusação e batem em retirada! Achas mal e achas que podes fazer melhor pelo nosso Benfica? O Benfica é um clube pluralista e os sócios agradecem... Concorre!!! Faz como o BdC porque se não o fizeres és ainda pior do que ele... esse, ao menos, concorreu e assumiu!
12:15, ficas assim tão dorido do autor do post abster-se nas próximas "eleições"?
Também eu Ricardo! Nunca votei nele e jamais o farei! O mal que tem feito ao clube é superiormente maior do que o bem...
O Presidente não é ilegítimo, porque foi eleito pelos sócios.
O que pode preocupar um Benfiquista, é, porque não aparecem outros candidatos credíveis, com ideias para o nosso clube, que façam o actual presidente melhorar a sua performance, que dê uma alternativa aos insatisfeitos?
Será porque os insatisfeitos não passam daquela "meia-duzia" expressa pelos resultados eleitorais? Será porque num universo de dezenas de milhares não há uma pessoa capaz? Que mova influencias e meios para concorrer, promovendo a diversidade a democracia no nosso clube?
Isto é que deve ser perguntado, porque de criticas, e muitas justas, estamos largamente conhecedores, mas de atitudes praticas nada se avista no horizonte, e, de vez em quando aparece um Bruno Carvalho ou um Rangel para piorar o panorama.
Viva o Benfica!
Há uma pergunta que me faço há tempos: se o presidente que temos é o bisnau que se apregoa, se não interessa ao Benfica, vamos votar em quem? No juiz? No BC da cidade do Porto? No José Veiga? Em quem? Digam-me lá!
LFV tem defeitos, como eu os tenho e não há quem os não tenha. Tem cometido erros na direção do Benfica? Tem, e muitos. Mas tem obra feita e ganhos desportivos (tenham em consideração o futebol e as outras modalidades, no masculino e no feminino) como nenhum presidente antes dele conseguiu. Criticá-lo? Sempre que seja necessário, sempre! Exigir mais? Todos os dias! Substituí-lo? Por quem, porra?
Esses dois primeiros carneirinhos que comentaram não percebem o que é amar o Benfica sem amar o Vieira. Não sabem distinguir as duas coisas e depois dá nesta mentalidade de caca que se vê.
" é superiormente maior "
Tá bem... compreendi-te !
Nau, a média de "ganhos desportivos no futebol masculino" de LFV é de 1 campeonato de 3 em 3 anos (mais coisa menos coisa). Eu posso estar enganado, mas é capaz de haver na história do SLB presidentes que perdiam um de 3 em 3 anos, portanto és capaz de não querer ir por aí. Não te deixes iludir com a história de o Benfica só existir desde 2000, o Benfica existe desde 1904.
A pergunta fulcral é mesmo o "por quem". LFv é um atentado ao benfiquismo. Pode ser um bom gestor, mas em termos de benfiquismo é zero. E basta ver que quando a coisa corre mal ele desaparece, quando corre bem aí anda ele todo lampeiro.
O Ricardo, como outros, não se revê nisto. Não se revê nas negociatas com o Atlético, com o amiguismo com o Mendes e associados, com a forma como as AGs passaram a ser um incómodo, de como se mudam estatutos para favorecer uns e eliminar outros. Estão no seu direito. Na questão de ir lá, se ir votar em branco/nulo diminui a percentagem de aprovação para níveis sub-coreanos, então é de ir lá. Pode ser que dê força a uma alternativa.
Agora o Luis Bernardo da Comunicação do Benfica a tratar da intercionalização da marca do Benfica? Com o Guerra? Mas o Vieira endoidou? A unica forma de desenvolver a "Internacionalização do Benfica" é começar por tentar fazer aquilo que o tornou grande e respeitado na Europa: ganhar a Champions.
Revejo-me em tudo quanto o R.B. aqui afirma. Em tudo, mesmo. E, extensivamente, à opinião do Ricardo, excepto num ponto. Definitivamente, prefiro "dar-me ao trabalho" de ir votar em branco.
O Vieira sabe que não pode sair do Benfica. A história diz-lhe que não... Vide Veiga, Damásio, Vale Azevedo e agora até o Rangel...
Não é o interesse do clube que o move, é o poder, a influência e a protecção que está inerente...
Os carneirinhos jumentos que andam por aqui até vão apitar se os benfiquistas com dois dedos de testa votarem em peso em branco.
1. O desporto está pobre. Bafiento. Estagnado. Previsível. À exacta semelhança da nossa sociedade: medíocre. Um pouco por todo o lado, exemplos disso não faltam. Nunca tivemos tanto ao nosso dispor: sem que, contudo, tão pouco tenhamos feito com todos esses recursos.
2. Vivemos tempos exasperadamente desinteressantes.
3. Os benfiquistas olham entre si e perguntam-se: como foi possível chegar a este ponto? O que aconteceu? O que mudou? Quando foi que perdemos contacto? Quando foi que nos permitimos tamanha desresponsabilização sobre o nosso destino? Em tempos de tão propagandeadas abundância e glória, permanecem, contudo, no seu âmago, intrigados com o que terá acontecido a todo o seu pulsar.
4. A uma vitalidade única: porque genuína, desinteressada, de quem se entrega totalmente. De olhos fechados: porque confia, crê, ama. Sem nada mais pedir em troca.
5. De outros tempos: quando tudo não era aparência, programado, blindado. Vazio. Fachada. Quando a tudo quanto hoje é colocado no topo da pirâmide se sobrepunha, sempre, a força dos ideais. O fogo na alma. A vontade imparável. O sentimento.
6. Quando o passado não era sinónimo ou motivo de medo, nem o presente a glorificação de uma só mentalidade e/ou forma de ser/estar. Dos bons contra os maus. Não. Existiam, fundamentalmente, Benfiquistas. Diferentes entre si, mas desejando, acima de tudo, o melhor para o clube: sempre acima de qualquer individualidade – para humildemente servir, jamais servir-se.
7. Este deveria, só por si, ser motivo da maior das honras. Mas não: não nos tempos que correm. Hoje, tal assume somente a forma de um meio com vista a alcançar um dado fim. Do ser mais simples ao mais letrado: todos nós assistimos ao que se verifica e, independentemente da maior ou menor capacidade de interpretação e/ou explicação, percebemos imediatamente ao que vem A ou B.
8. Podemos querer ofuscá-lo. Não querer acreditar. Mudar de conversa. Apontar os erros dos outros. Procurar fugir a esta realidade assistindo somente aos jogos, assim fazendo por esquecer tudo o resto. Não é possível. Não por muito tempo.
9. Não quando ultrapassada a última das linhas de resistência: a da ignorância. Quando, mais do que a bola que entra ou sai, fama, dinheiro ou poder, procuramos verdade. Quando, mais do que defender dado indivíduo ou colectivo, assiste-nos a defesa dos superiores interesses do clube. De algo que tanto nos deu, que é tão superior a todos nós, que por cá há de permanecer quando partirmos.
10. Como se alicia alguém assim? Que maior recompensa poder-lhe-á ser oferecida? O que propor-lhe com vista a tornar-se no que já não é? Não é possível. Não para um adepto assim. Não para um Benfiquista.
11. É tangível o desespero e incredibilidade pela inexistência de alternativas. Mas de alternativas a sério: não das que avançam somente procurando o mesmo dos que já lá estão. Com gente séria. Competente. Bem intencionada. Inspiradora. Capaz de recuperar o clube da noção vazia, processada, consumista e imediatista em que o transformaram.
12. Um clube assim, mesmo pavoneando-se com troféus e lucros, é, aos meus olhos, o mais pobre de todos eles. Uma instituição ligada à máquina. Moribunda. Sem quaisquer anticorpos para enfrentar as vicissitudes da vida: a qual, a seu tempo, fará por colocá-lo no devido lugar da cadeia alimentar.
13. Embriagados pelo imediato, pelo óbvio, pelas vantagens individuais: todas as (aparentes) alternativas “notáveis” cedem. Uma a uma. À sua vez. Segura e previsivelmente: todas. Porquê?
14. Porque nunca verdadeiramente o foram. Por sentirem-se derrotadas à partida. Por não terem o que é preciso. Por não quererem verdadeiramente vencer: somente pertencer, ainda que a algo no qual não se revêem.
15. Uma verdadeira alternativa não se compromete. Não debilita as suas linhas. Não desiste à 1.ª contrariedade. Aguenta. Persiste. Enfrenta a tormenta: e resiste! Um ano. Dez anos. Os que forem necessários. Mas recusa e resiste. Sempre! Cospe no lema “se não podes vencê-los, junta-te a eles”, contraponho com um “antes quebrar, que torcer”.
16. Porque só assim ocorre a mudança que verdadeiramente interessa. Que perdura. Que produz resultados. Prova disso são todas as pseudo-alternativas que, ao longo do tempo, foram-se juntando a LFV. O que mudou verdadeiramente desde então? Nada. Porque nada podiam fazer. E porque nada tinham verdadeiramente a oferecer.
17. Toldados por um inerente e compreensível desejo de segurança e estabilidade, pela bola que (por ora) vai entrando, bem como por visões apocalípticas de um futuro sem LFV que toda aquela máquina propagandista faz por incessantemente recalcar na mente dos adeptos: estes vão-se recusando a aspirar a algo melhor.
18. E, enquanto assim for, esse alguém, invariavelmente, não surgirá.
19. Porque, adeptos assim, não merecem os melhores para os mais importantes lugares. Adeptos que dão incondicionalmente os respectivos votos a LFV estão, com isso, a afastar os melhores. A apoiar tudo aquilo que presentemente se verifica: ao caso, inclusivamente a inexistência de alternativas para o cargo, realidade para a qual LFV em muito contribuiu – ainda que não pelos motivos desejáveis.
20. E, inerentemente, a abrir a porta a todos quantos têm semelhantes práticas: os menos capazes, sem valores ou escrúpulos. A uma mediocridade cujo único objectivo assenta em também eles fazerem parte da horda. Sem qualquer outro propósito que não a visão deles próprios enquanto fundamento incontornável de tudo o demais.
21. Assim, não há clube que resista.
22. Todas as bolas dentro da baliza ou propaganda do mundo não mudam uma vírgula a esta realidade: por detrás de toda a aparência, o Benfica está a desaparecer perante os nossos próprios olhos. O clube que outrora amámos está cada vez menos lá. As semelhanças são cada vez mais ténues, vagas.
23. Um exclusivo daqueles para quem actos democráticos são um empecilho, autores de um emaranhado estatutário sem precedentes na democracia nacional e que somente fomenta o clientelismo e a protelação no tempo dos mesmos de sempre. Daqueles que, à 1.ª contrariedade, queixam-se só não falhar quem não decide.
24. Como se, actualmente, o universo benfiquista tivesse qualquer outra acção na vida do seu clube que não a de meros consumidores, contribuintes.
25. Eu, como tantos outros, observo o panorama e, meio aterrado, concluo invariavelmente há muito tê-los ultrapassado em tudo aquilo que verdadeiramente interessa. Topo-os à distância. E verifico, com um misto de regozijo e repugnação, ideias e termos serem abusivamente apropriados por gente com palco a mais e valor a menos.
26. Porque o fazemos então? Porque persistimos?
27. Por liberdade.
28. Por manifestação tangível de uma corrente benfiquista alternativa: descontente, descomprometida, que pensa pela própria cabeça. Que não se revê no presente lamaçal. Militante. Resistente. Que se alimenta de verdade. Com o único discurso certo, porque honesto e actual. Sem tretas, sem folclore, sem banha-da-cobra.
29. Pelos motivos certos. Por todos nós: Benfica.
30. E por crença de que as AG do século XXI – a blogosfera – possam, na medida possível, contribuir para o surgimento da alternativa a que todos aspiramos. Que, nas nossas palavras, esse alguém encontre o conforto e confiança necessários ao desafio.
31. Acredito que, mais do que de “notáveis”, essa alternativa nascerá das bases. De uma alternativa invisível. Sem palco, mas com os motivos certos. Com a capacidade para abanar a mediocridade vigente.
32. Nunca subestimo a capacidade de uma só pessoa para mudar o estado de coisas. E se, do meio de toda a tralha que usa e deturpa as nossas ideias, resultar ter conseguido chegar a esse alguém: então todo esse esforço terá valido a pena.
33. E ela, seguramente, existe. Se não no Benfica, onde?
Meus caros consócios, o facto de LFV não ter adversários foi porque eleição após eleição convida adversários para integrar as suas listas.
E como ele sabe que "eles" querem é tacho, dá-lhes um tachinho para não comerem o seu grande Tachão.
LFV tem feito um trabalho desportivamente meritório no clube e no dominio completo das estruturas do futebol(FPF).
Mas financeiramente "esconde" um buraco que quando for revelado afetará o SLB durante décadas.
A propaganda profissional implementada (Guerras e afins) dá os seus frutos mas mais tarde ou mais cedo vai acabar(como tudo), e aí...vou ter pena de ser benfiquista.
Adamastásio,
A questão aqui é perceber se esse voto em branco não irá ser contabilizado em favor de vieira...
Jota Pê,
Quero acreditar que as coisas não chegaram a esse ponto.
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