sábado, 19 de setembro de 2009

Venho aqui dizer que não tenho nada a dizer.

Com o início de época, os benfiquistas partiram-se em vários grupos opinantes (os que-já-sabiam-que-o-Jesus-era-o-maior-e-esperam-goleadas-todas-as-semanas, os muito-surpresos-mas-optimistas, os prudentó-optimistas, os assim-assim, os que-estam-à-espero-do-regresso-à-normalidade, os que-esperam-o-cataclismo-final, etc...). Não sei onde me inserir. Nem sequer sei bem o que sentir.
A minha vida de adepto benfiquista está, infelizmente, manchada por constantes e tortuosos falhanços do clube nos momentos cruciais, às vezes antes. Por isso, precisarei de vários anos a ganhar regularmente para acreditar sem desconfiar.
Estou naquela fase em que, se por estapafúrdio lógico o plantel e equipa técnica fossem trocados com os do Barcelona, eu ainda estaria aqui com receio do futuro e com dúvidas em torno da capacidade de Messi manter um rendimento constante, ou de Iniesta desequilibrar num jogo contra o Porto. Eu sei que não tem sentido, mas são muitos traumas no lombo, é mesmo assim.
Mas também não quero estar aqui a ignorar todos os sinais positivos. Um gajo não se deixar contagiar por aquela vibração feita de esperança, que anima um adepto ainda longe do campeonato estar garantido, é como comer um robalo de mar no Furnas do Guincho com uma mola no nariz e só a tirar para a última garfada. É uma boçalidade do tamanho do défice do Sporting e tira a graça (quase) toda à coisa.
...e eu não quero ser boçal. Não quero correr o risco de sermos campeões e eu ter passado o campeonato todo de máscara cirúrgica anti-euforia nas fuças e a lavar as mãos com desinfectante depois de cada goleada.
Os sinais de melhoria estão aí. Vocês já os conhecem e caso contrário, há aí gente melhor habilitada para vos elucidar! A extensão dessas melhorias, duvido que alguém saiba, pois até Deus, se existisse, andaria aparvalhado com a deslobotomia que fizeram ao Di Maria, ou mesmo ao Coentrão, tentado pela diabólica fantasia de Aimar, incrédulo com a força de veludo do Queniano, ou mesmo invejoso da omnipresença de Javi Garcia…
Pronto! Calma...Calma que um campeão não se faz assim. Não é num ano, é preciso estabilidade, estrutura...ainda há-de chegar uma batalha ingrata onde havemos de perder estes sebastiões todos…
O que é que eu estou para aqui a dizer? Nada! Eu nada! Não tenho nada a dizer; vão jogando, vão jogando...que estarei a torcer - e já agora, porque não - a acreditar!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sublime 2

Obrigado a todos os intervenientes que me proporcionaram um final de tarde de pleno deleite em Belém...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Dou-te oito doces em troca de um melão salgado

Do jogo, já quase tudo foi dito. Uma viagem grátis e fabulosa ao Benfica, com direito a hotel de 8 estrelas e visita guiada a um futebol desarmante, explosivo e louco. Obrigado.

Quero destacar 4 momentos da noite:

- Aimar, com o Setúbal em posse de bola à saída da sua área, antecipa um erro de um jogador setubalense e, sempre em velocidade e voltado para a baliza, ganha a bola, fá-la voar sobre o último adversário, recebe-a na coxa, depois ampara-a no pé como veludo e, à saída do guarda-redes, um toque ligeiro devolvendo a bola à sua pátria, a baliza. Aimaravilhoso.

- No mesmo lance, Saviola, que assistia a tudo não como jogador mas como adepto - como se apenas ali estivesse porque pagou bilhete mais caro, para a zona do relvado -, vendo o seu espaço, que era de fora-de-jogo, invadido pelo tsunami aimaresco, recusou o brinde e abriu alas ao protagonista. Saviolúcido.

- Saviola, em momento de delírio, finta 3 jogadores como fintava há uns anos as crianças do bairro argentino onde vivia e, de frente para o guarda-redes, decide rematar em vez de passar a bola a dois jogadores isolados. Má opção, porque o golo estaria sempre mais perto através do passe e não do remate. Mas quantos de nós, em peladinhas, depois de deixarmos 3 gajos para trás, passamos a bola? Há na vertigem da jogada perfeita o dilúvio do egoísmo. E, estando já 6 bolas no saco, aceitamos a teimosia, Javier. Da próxima, passa a bola.

- Jorge Jesus, a ganhar por 6-0, via-se no banco como que enfurecido, exigente, louco, sedento de golos, mais golos, de jogadas de ataque, de futebol. Começa no treinador a impressão digital da equipa. Quando, dentro de campo, a ganharem por 6 ou 7, os jogadores vêem o seu técnico na linha lateral a barafustar e a exigir mais, fica mais fácil a uma equipa tornar-se melhor. E este Benfica é-o, de facto. Muito pela qualidade dos jogadores que tem, evidentemente, mas inequivocamente pela qualidade do treinador que tem. E isso, para alguns que faziam a análise não ao seu trabalho mas à sua gramática, espero que esteja a ser um bom sapo de engolir. Ou oito sapos, se quiserem.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sublime!

Obrigado a todos os intervenientes que me proporcionaram uma noite de pleno deleite na Catedral...