terça-feira, 27 de outubro de 2009

Orgásmico!

“Com o Everton é que vai ser mais a sério…” “Não, agora com o Nacional é que vamos ter um teste real…” Acreditem, não é o momento, não é sorte, não é conjugação de factores cósmicos. O Benfica joga mesmo muito, a sério! Eu próprio estava descrente, não queria acreditar, era bom demais para ser verdade, mas estou rendido. Ninguém pára o Benfica! As goleadas podem até deixar de ser tão frequentes, é certo. Podemos perder uns pontinhos por aí, o que já duvido um pouco. Mas o inegável é que esta equipa tem um querer, um alento, uma áurea especial… E depois, claro, tem 50 mil nas bancadas a delirar, a não acreditarem no que os seus olhos vêem, a ficarem emocionados, a exteriorizarem um benfiquismo tantas vezes adormecido, mas que agora saí à rua sorridente, confiante, sem fantasmas.
Obrigado por me terem devolvido o Benfica!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Festival!

O ano passado via os jogos do Barcelona e com uma pontinha de inveja pensava "Será que algum dia terei o prazer de ir à Luz e deleitar-me com futebol deste nível"?
Não sei quanto tempo mais vai durar, mas neste momento não sinto inveja de nenhum outro adepto do mundo...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Podem vir algumas derrotas, certamente que se irão cometer erros, mas para já só posso agradecer a todos, desde LFV, passando por Rui Costa, Jesus, os jogadores, e todos os elementos ligados ao futebol, terem voltado a devolver a honra e a glória ao MANTO SAGRADO!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O clube dos jornalistas

Já se sabe que em matéria de futebol toda a gente tem uma opinião. Pode ser mal fundamentada, mentirosa, credível, inteligente ou apenas um "isto assim não vai lá", mas toda a gente, sem excepção, diz o que quer, quando quer, como quer e ainda bem que assim é - não faria sentido a exigência de um mestrado sempre que alguém se decidisse a opinar sobre uma bola.
Mas, se a esta liberdade tecemos loas, a verdade é que não podemos deixar passar em claro a eterna fuga de opinião (ou semi-opinião) que os jornalistas desportivos a toda a hora cumprem. Escudando-se sob a camuflagem do direito da escolha pessoal, estes, questionados sobre a sua preferência clubística, preferem responder que são do Amiais de Baixo ou do Merelinese, dizendo em tom jocoso ser o "clube lá da terra". Ora, se a preferência por emblemas que militam pelos distritais do nosso futebol não deixa de ser louvável, visto que revela neles uma aguçada e extremamente criteriosa sensibilidade pelos mais precários clubes, causa alguma estranheza que, num universo de, digamos, 50 jornalistas que têm funções de destaque, nenhum sofra por um dos três grandes do futebol nacional. Há-de ser, quero acreditar, uma coincidência cósmica, uma improbabilidade estatística no país onde a estatística nem sempre bate certo. E, sendo assim, causa ainda mais incredulidade que o Merelinense, tendo em conta o seu grupo de apoio, não ganhe consecutivamente 10 campeonatos nacionais da primeira Liga.
Esta atitude, normalmente associada a um "jornalismo independente e imparcial", mais não é do que a repercussão equívoca de um país cujas fronteiras da independência moral e individual ainda não foram totalmente transpostas. É que pode parecer um assunto insignificante mas, a nosso ver, é um dos obstáculos à transparência exigível nos meandros da bola para a frente. Custaria assim tanto a um jornalista assumir-se benfiquista, sportinguista ou portista? E, se o fizesse, teria forçosamente a sua carreira em risco? Não me parece.
Casos há em que o clubismo é conhecido e nem por isso a objectividade e o profissionalismo são postos em causa por quem os lê, vê ou ouve. Dou como exemplo Fernando Correia, um jornalista inequestionavelmente talentoso, sério e, dentro das suas funções, imparcial. É sportinguista, assume-o e eu gosto disso. Com essa sua escolha, evitou que todas as semanas a sua clubite, aos olhos do público, mudasse, consoante uns e outros olhos o vissem. Mostra-se tal como é, diz ao que vem e, dito isso, deixa espaço para o mais importante: a sua função de jornalista. Não diz que é do Alandroal ou do Nelas, não se esconde sob a capa do "homem que dedicou a sua carreira ao futebol mas, estranhamente, não tem clube". Será assim tão impossível que outros lhe sigam as pisadas?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

I miss you already, i miss you all day

O futebol português está virado de pernas para o ar: umbrasileiro do Sporting marcou pela Selecção no Estádio da Luz e foi aplaudido; o seleccionador português entra em campo e é assobiado; o Ronaldo, depois de uma monumental caralhada há uns anos (e consequente monumental assobiadela recebida), sai sob um caloroso aplauso; o Liedson beijou as quinas na camisola; o Simão não festejou um golo marcado no Estádio da Luz; o Ronaldo saiu de campo aos 20 minutos de jogo e não reclamou.
A lista é interminável. Mas o mais estranho disto tudo é não vermos uma goleada do Benfica há um porradão de tempo. Há exactamente 9 dias. Calculo que, não jogando, seja de todo impossível golear mas, ainda assim, essa merda deixa-me deveras chateado.