O ano de 2020 trouxe-nos eleições no Sport Lisboa e Benfica. Umas eleições especiais visto que foram de longe as mais participadas na história do clube e também aquelas onde Luís Filipe Vieira conseguir menor percentagem de aprovação.
Estas eleições trouxeram-nos também João Noronha Lopes.
Durante anos e anos ouvimos os benfiquistas queixarem-se dos
atropelos de Vieira enquanto acrescentavam sempre um “mas” - mas não existe oposição credível.
Pois bem, Noronha Lopes trouxe ao universo benfiquista a
dita oposição credível. E esta é uma oposição que não poderá desvanecer-se. O
Benfica precisa dela presente, atenta e exigente.
A oposição liderada por João Noronha Lopes conseguiu na sua
primeira aparição, em um par de meses, chamar a si quase 38% dos votantes. Esta
oposição fez Vieira ter menos de 60% de votantes. Esta oposição aniquilou por
completo a figura que é Rui Gomes da Silva. Esta oposição motivou os sócios a
movimentarem-se para tornarem estas eleições as mais participadas de sempre.
Noronha Lopes conseguiu reunir à sua volta excelentes
benfiquistas e excelentes profissionais. Soube dar voz ao benfiquismo de
Paneira. Soube recusar os aliciamentos que a direçcão de Vieira lhe acenava.
Soube distanciar-se de Rui Gomes da Silva e soube reconhecer o valor do
Movimento Servir o Benfica e chamar para junto de si o Francisco Benitez. Soube
chegar aos benfiquistas e até soube perder.
Esta oposição credível conseguiu tudo isto mesmo sem
debates, mesmo sem a cobertura da BTV, mesmo sem os votos das casas e
afiliações e mesmo sem os votos dos vários colaboradores e funcionários do
Sport Lisboa e Benfica.
E portanto com ou sem Noronha Lopes, com ou sem a liderança
de Noronha Lopes, esta oposição não se pode retirar do dia a dia do clube. Nós
sócios temos de a manter viva e activa.
O futebol cria uma sombra enorme e essa sombra é amplificada
quando figuras mediáticas são as caras do que se passa neste desporto.
Para o arranque deste novo mandato Vieira contratou Jorge Jesus, deu maior
palco a Rui Costa e até colocou Luisão mais próximo da equipa. São três figuras
fortes e mediáticas e a centrarem as atenções de todos – benfiquistas e não só.
Além disso, Rui Costa tornou-se pela primeira vez vice-presidente e assim
sucessor natural do actual presidente. Se juntarmos a tudo isto os vários
problemas que Vieira tem tido com a justiça e também as várias saídas do clube de
figuras do seu círculo próximo, não me admiraria nada que de repente, pela
sombra, Vieira se retirasse por “motivos de doença”.
E é a tudo isto que se tem passado nos bastidores, a tudo isto que está a
acontecer na enorme sombra do mediatismo de Jorge Jesus, Luisão e do novo Rui
Costa, que a oposição – aquela oposição credível – deve também estar atenta.
Esta sombra deve ser iluminada pela Luz do benfiquismo.
Liderada ou não por Noronha Lopes, com ou sem Noronha Lopes,
este novo movimento que se criou no Benfica na época eleitoral não se pode
perder, não pode ser desperdiçado.
Passaram mais de 2 meses desde as eleições. Já deu para
lamber as feridas. Agora é para construir sobre tudo o que foi conquistado.
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