segunda-feira, 14 de junho de 2010

Se beberes, não vuvuzeles.

Hoje acordei de um terrível pesadelo: uma vuvuzela, entre sons estridentes de elefantes em orgasmos, gritava-me ao ouvido. A princípio, meio ensonado, julguei que a vuvuzela que eu ouvira era produto de uma imaginação escorrida de tanto jogo mundialista que andava a ver. Mas não. Era uma vuvuzela à portuguesa! A cheirar a bafo de farinheira e chouriço assado! Com resquícios de sardinha e lábios de mosto! Com bedum bafiento nascido da mistura de peixe com toucinho, de vinho com aguardente! Não estive de modas: acerquei-me da janela, em posição de ataque, protegendo-me devidamente com cotonetes XXL nos ouvidos, e disparei um "Vai prá puta que te pariu ó meu cabrão do caralho!". O homem, compreensivelmente embriagado, achou o meu linguajar bastante ofensivo e não esteve de modas: "Eu vuvuzelo as vezes que eu quiser, pá!". Foi este "pá" no fim de tão grande eloquente afirmação que me pôs os vuvuzelos em brasa, logo, não estando de modas mas sem modos, enfiei-lhe com método certeiro a vuvuzela por entre as curvas do cerebelo.
E não é que a vuvuzela, feita funil fétido, disparou uma chuva de merda?

4 comentários:

Bailey disse...

LOL

Já não temos nem tempo nem paciência para estes gajos e as suas vuvuzelas irritantes! O próprio público não se ouve.

Acabem com isso.

Anónimo disse...

Excelente!!

Realmente... quem anda sempre a apitar na merda da vuvuzela só pode ter merda nos cornos.

MATEM AS VUVUZELAS!!

Anti-vuvuzelas disse...

Enorme título. Acrescentaria apenas:

"e se não beberes, também não vuvuzeles".

Nunca vuvuzeles!

Abraço.

JNF disse...

Ainda hoje, ao sair de casa, já estavam a vuvuzelar. Ai Portugal, Portugal...