Começo pelo fim, e avento já qual foi o momento crucial do jogo. Foi o falhanço do Meireles quando apareceu isolado e rematou de primeira, ainda o jogo estava empatado. Este momento encarna na perfeição aquela que é a característica que mais abomino na genética do jogador português, fundamentalmente do médio. Até os naturalizados tinham esse defeito. Têm uma aversão ao golo que me faz mudar de cor. Eu, como jogador de futeboladas de bairro, avançado-cepo que sempre fui, sempre me orgulhei de tendencialmente marcar os golos fáceis e falhar os difíceis. O jogador português, o médio português, nunca, mas nunca marca isolado aos dez minutos. Ou se marca é porque lhe sai bem o remate de primeira em trivela de letra. Nunca, mas nunca, tenta receber a bola e colocar rasteira de um dos lados do guarda-redes. Não, isso não. Porque o futebol é mais que golos.
Quanto às merdas, isto anda uma estrumeira. Ando há meses a conjugar depreciações injuriosas para descrever o Queiroz, e agora já o esqueci. Contra o Chipre aqueles jogadores deveriam conseguir ganhar até sem treinador. Chego à conclusão que não se pode avaliar um marinheiro se lhe damos um bote furado. Quais furos? Eu digo: Danny (este gajo é pago para jogar à bola?), Quaresma (tens sorte de isto não ser a França se não tiravam-te a nacionalidade!), Sou-o-maior-Nanny, o Miguel de Chelas, entre outros…
Mitos. Mais concretamente o mito do Sporting ter uma formação fabulosa.
Vamos por partes. São, de facto, os melhores do mundo a fazer extremos…ou será que não? Vejamos: se tirarmos o Figo, que foi claramente um feliz acaso – como o Rui Costa o foi no Benfica – com que ficamos? Ficamos com uma parafernália infinita de extremos e coisas do género, cheias de técnica, cheias de mania, incapazes de ser alguma coisa de jeito para lá do campeonato nacional a não ser que joguem numa equipa em que os outros dez não se importem de trabalhar para a vedeta/brinca na areia brilhar. O Cristiano Ronaldo salta um pouco fora deste perfil mas é porque saiu muito cedo do sporting, havendo uma influência positiva importante na conclusão da sua formação em Manchester. Mas quando falamos de selecção então não há dúvidas. Estes gajos não se dão bem a jogar com outros portugueses iguais a eles, podendo-se concluir de forma genérica que a formação do sporting tem sido negativa para a selecção.
Mas bolas, os gajos são os melhores do mundo a fazer extremos e coisas do género!
Tenho uma proposta. Legisla-se, em termos de federação e liga, que o sporting, sempre que tenha um jogador de 17 anos com potencial, é obrigado a cedê-lo, a título definitivo, para o fc porto. Aí, ainda irão a tempo de lhes ensinar o que é uma equipa, explicar o que fazem em campo os dez gajos com camisolas iguais à que traz vestida, entre outros pequenos detalhes que fazem alguma diferença quando se tenta ganhar um jogo a cepos como o chipre ou a noruega, já nem falo de ganhar a equipas de futebol…