domingo, 7 de março de 2010

Benfica!

A infindável horda de fãs que me aborda na rua quando me reconhece como colaborador do Ontem Vi-te repete quase sempre o mesmo reparo, ainda que adocicado pela natural e melosa veneração que a minha presença impõe:


“Só escrevias quando o Benfica andava mal, agora que ganha andas caladinho!”


Bom, esta afirmação não podia andar mais longe da verdade, mas nestas coisas não basta ser, há que parecer.


Este cangalho de introdução para quê? Para desbridar o post numa ode benfiquista, a chicotadas de mea culpa.

Eu ainda tenho para mim que o presidente perfeito é um tanto ou quanto mais elevado que o nosso LFV. Mais, a construção desta equipa mostra o quanto inapto foi o mesmo LFV quando assumiu esse papel.

No entanto, aprendi uma grande lição nestes últimos anos, e em particular nesta última campanha. Mais vale um clube endividado que um clube frígido. Sendo que, a par das lides futebolísticas, as direcções de LFV têm sempre laborado em tornar o Benfica numa exponencialmente mais eficaz máquina de fazer dinheiro, acho que compensou o risco que se correu nas duas últimas épocas, com brutais investimentos. Basta olhar para o Sporting para constatar que a ponderação e razão, no futebol, andam de mãos dadas com o divórcio dos adeptos e o consequente arrefecimento da força do clube. O mais interessante é que o objectivo é alcançado independentemente de vir a ser campeão; neste momento a aposta já foi ganha!


É claro que se trata apenas de uma batalha vencida. Nem vou começar por enunciar as inúmeras batalhas que se travarão para perpetrar o salto de gigante de transformar um ano fugaz num verdadeiro ciclo de domínio, tal como aqueles que o Benfica já gozou no passado, ou que eu, percorrendo as minhas recordações, só assisti vindos do Norte.


Mas agora pouco me importa o futuro. Quero desfrutar deste presente tão inusitadamente saboroso, um deleite raro na vinha vida de adepto e que espero venha para ficar. E isto tudo devo a uma surpreendentemente sábia aposta de LFV no que me chegou a parecer (não foi?) uma simples fuga para a frente. E claro, não esquecer, o papel diferenciador de Rui Costa, a sua primazia na qualidade, fazendo aquilo que tantos impostores me prometeram mas que apenas por outra vez vi acontecer no Benfica: construir uma equipa!


Epá, vamos lá malta,

Força Benfica! Força, força, força Beeeenfiiiiiiiiiiiiiiiica!!!!!!

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