quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Um caso de falta de leite
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Nuit et brouillard
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Salviola, o Jardel de Coimbra e outros disparates
- O melhor Benfica da época? Durante meia hora, provavelmente, sim. Dois golos, várias oportunidades, pressão sobre o adversário. Não foi tão bom como o ano passado, mas foi bastante bom. Claro que fazer dois golos quase antes de o jogo começar ajuda. Mas tentar fazê-los também. É esta mudança de atitude que se aplaude. E ao mesmo tempo se critica: onde é que ela andou? E não me lixem: isto não tem a ver com questões físicas, técnicas ou tácticas: é uma questão mental. O ano passado entrávamos em campo com vontade de atropelar o adversário e...às vezes atropelávamos mesmo. Vamos lá, Jesus. É este o caminho para a Terra Prometida (de certeza que já alguém tinha feito este chiste, mas aqui fica na mesma).
- E o resto? Bom, o resto foi muito parecido com o que temos visto: quando acabou o gás de Gaitán o meio campo voltou a ser tenrinho. Aí a diferença de qualidade fez o resto, mas a jogar assim arriscamo-nos a dissabores frequentes. Mas em casa com o Rio Ave pode ser.
- Destaques individuais? Sálvio, claro. O Ricardo só tem elogios para o rapaz e ele dá-lhe razão. Acho que vamos ter um desgosto quando o Vieira não accionar a cláusula de compra em Junho. Dois golos de cabeça de um extremo são sempre uma anormalidade. Se esse extremo não tem pescoço (o que dificulta o “gesto técnico” do cabeceamento) ainda tem mais valor. Saviola, também. Mas eu nunca o vejo jogar mal (defeito meu, com certeza). O Gaitán parece ter mais vontade de trabalhar, mas dá a sensação de não aguentar 90 minutos. Já é um progresso: preocupa-me menos que não possa do que não queira. Pela negativa, Cardozo. Não desenvolvo muito porque detesto falar mal de jogadores do Benfica. Se jogou mal tinha uma boa razão para isso (provavelmente esteve até às tantas e distribuir comida aos sem-abrigo de Lisboa – os jogadores do Benfica quando jogam mal é por razões nobres, não tenham dúvidas).
- Do outro lado, João Tomás. 34 anos, e ainda tinha lugar no plantel de qualquer dos grandes (já para não falar da selecção, que andou a testar os Edinhos desta vida). Sábado (mais) uma exibição extraordinária, com dois golos e uma bola no poste (reparem na posição em que ele está neste lance, de onde vem a bola, e de como ele a coloca magistralmente). Jogador completo, profissional de mão-cheia, mas o empresário deve ser o Darren Lamb.
É um dos jogadores mais injustiçados de sempre. Sábado, para não variar, voltou a sê-lo: o que é que fez para merecer ser assobiado na Luz? Veio para cá por meia dúzia de tostões, fez golos em barda no pior Benfica de sempre, e saiu por 5 milhões (muito dinheiro na altura). Nunca teve, que eu saiba, nenhuma palavra incorrecta para com o clube. Obrigado, João, e desculpa qualquer coisinha.
- A expulsão do Coentrão: se calhar foi muito inteligente. Eu acho que foi chico-espertice, e não gostei. Gostava de ver sair uma punição exemplar para estes lances. Jesus, isto é o Benfica. Não gostamos disto. E não, o facto de o Special One (“El especial”, “il speciale” ou “o sacana que ganhou tudo para o Porto” como é conhecido noutras línguas) o fazer não é desculpa.
sábado, 18 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Estratégias de compra e venda
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Ontem vi-te no Estádio da Luz reforça o plantel
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
A César o que é de César!
domingo, 12 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Confiança...
A discussão anda na boca de todos, ou quase todos, e tem ofuscado os juros da dívida pública e falências e FMIs e outras pantominices que fazem o dia-a-dia do nosso triste país.
Naturalmente, a discussão anda também aqui, e claramente, é o sítio onde tem sido discutida de forma mais brilhante e clarividente. Li o post anterior e os respectivos comentários e tenho a firme convicção que estão bem perto do busílis da questão - quero com isto dizer que não opinaria melhor.
Mas quero opinar mais, sobre uma nuance que é discutida, sim senhor, mas não vai onde eu gostaria que fosse. É assim:
Fico possesso com a cabecinha dos nossos jogadores, tão fraquinha que é! Em termos de atitude mental é das equipas mais fracas que vi jogar este ano. E porquê?
- Porque são fracos da cabeça? Sim, mas não chega…
- Por causa do Jesus? Sim, mas não justifica…
- Por influência do LFV? Epá, sim…mas nem tanto ao mar nem tanto à terra…
Então mas porquê?
Enquanto penso nisto, disperso-me um pouco e relembro estórias do mundo do futebol: daquelas que os jogadores contam quando se reformam, de treinadores que não dirigem palavra aos jogadores e presidentes que nunca aparecem e coisas que tal… Sempre achei estas estórias esquisitas porque a malta até pode ser incompetente, mas tratando-se das suas carreiras, custa-me a acreditar que não se esforcem. Os dirigentes e afins hão-de querer que a equipa ganhe, certo?
Eu acho que sim. E então penso em como será o dia-a-dia nos corredores do estádio, ou do centro de estágio do Benfas. E depois lembro-me de uma entrevista que o Diogo Luís (lembram-se?) deu a comparar o Toni e o Mourinho: ele contava que durante o treino se falhasse um par de cruzamentos o Toni batia palmas e dizia que para a próxima era melhor; já o Mourinho o obrigava a ficar mais meia hora depois do treino só a cruzar. Já estão a ver onde quero chegar? Já estão a pensar no Porto? Pois, eu também, mas só um bocadinho, porque eles são uns sebosos e como exemplo deixam muito a desejar. Mas uma coisa é certa: nenhum jogador do Porto, que se arme em campeão das dúzias, anda tranquilo nos corredores lá da toca onde habitam. Porque em cada esquina deve haver um gajo de bigode a arrotar a alho e a cheirar a casa de alterne para lhe fazer logo sentir que escolheu o caminho errado para a felicidade. Tenho a certeza. Como tenho a certeza que todos os clubes ganhadores terão o mesmo tipo de estratégias (embora mais elevadas) de “motivar” os seus activos.
E é isto. A malta farta-se de falar no que está diferente em relação ao ano anterior, mas esquecem-se do que não mudou, do que se mantém desde os tempos em que fomos treinados por um lobotomizado (e um pouco antes, para ser verdadeiro – mas é sempre bom denegrir o gajo que levou uma pêra do Sá Pinto – viram como o fiz outra vez?); e o que se mantém é esta tolerância para o fracasso, para a fraqueza. Os jogadores sabem que quem se lixa é o clube, ou o treinador, ou o treinador e o clube.
Será que me perdi? Espero que não. Apenas queria dizer que há clubes em que os jogadores têm confiança nas suas qualidades e outros clubes onde os jogadores têm confiança que se fizerem uma triste figura alguém os vai surpreender num corredor do estádio a arrotar a alho e bom…há clubes onde os jogadores não têm confiança…
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
O preço da falta de atitude
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Assim de repente, na pausa para o cigarro...
Vou precisar de tempo para enumerar todas as merdas que vi...talvez no feriado...
sábado, 4 de dezembro de 2010
Um talento que dá sono
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Olhão bem aberto
No entanto, a Jesus ouvi coisas estranhas, por serem incoerentes. Ouvi Jesus falar no jogo de Aveiro como o jogo em que "a equipa esteve equilibrada". Ora, a equipa esteve equilibrada porque as peças do todo estiveram no sítio certo - coisa que andamos a pedir aqui há mais de dois meses. Jesus só viu em Aveiro como deveria jogar ou viu antes mas foi casmurro? Qualquer uma delas não descansa este pobre coraçãozinho encarnado.
Sem provas dos nove para tirar, espera-se que a equipa, JÁ EQUILIBRADA, possa fazer um bom jogo e mostre aos adeptos que podemos contar com ela para o resto da época. Temos tanta qualidade que é um crime desperdicá-la por factores mentais ou má disposição das peças no terreno. Este Benfica, bem organizado, pode ser a máquina mortífera do ano passado. Não duvidem disto. Para a goleada de mais logo:
Roberto
Maxi, Luisão, D. Luiz, Coentrão
Javi
Amorim, Martins, Gaitán
Saviola, Cardozo
Vidência: o Saviola hoje marca três golos.