Assunto importante:
http://www.futebolfinance.com/novas-regras-para-transferencias-e-salarios-de-jogadores
Para quem não conseguir abrir a notícia, ou não estiver com paciência, destaco uma parte:
"De acordo com um alto responsável da UEFA, a proposta dos maiores clubes Europeus sugere que apenas seja permitido aos clubes gastar 51% das suas receitas na aquisição de novos jogadores e nos seus salários."
Agora, o que eu escrevi aqui, no dia 13 de Janeiro:
"A Deloitte fez um brilhante relatório que apresentou a solução para o futebol português, mas poucos lhe ligaram, porque entre outras coisas obrigava a uma drástica diminuição dos custos com pessoal, o que obrigaria por sua vez a apostar no formação e em jovens baratos, em vez de se poder fazer aquelas magníficas comprinhas de 3 milhões de euros em que rodam comissões para todos. Há um rácio que atrofia(va) quase todos os clubes portugueses que é custos com pessoal/proveitos totais, um rácio que tinha de se encurtar drasticamente para desafogar as finanças dos nossos clubes. O que é que se fez em 2008/2009 quando sabíamos de antemão que ia haver uma diminuição nas receitas correntes (devido à ausência da Champions)? Aumentou-se os custos com pessoal."
Andam a brincar, em breve o Benfica vai pagar e bem...
http://www.futebolfinance.com/novas-regras-para-transferencias-e-salarios-de-jogadores
Para quem não conseguir abrir a notícia, ou não estiver com paciência, destaco uma parte:
"De acordo com um alto responsável da UEFA, a proposta dos maiores clubes Europeus sugere que apenas seja permitido aos clubes gastar 51% das suas receitas na aquisição de novos jogadores e nos seus salários."
Agora, o que eu escrevi aqui, no dia 13 de Janeiro:
"A Deloitte fez um brilhante relatório que apresentou a solução para o futebol português, mas poucos lhe ligaram, porque entre outras coisas obrigava a uma drástica diminuição dos custos com pessoal, o que obrigaria por sua vez a apostar no formação e em jovens baratos, em vez de se poder fazer aquelas magníficas comprinhas de 3 milhões de euros em que rodam comissões para todos. Há um rácio que atrofia(va) quase todos os clubes portugueses que é custos com pessoal/proveitos totais, um rácio que tinha de se encurtar drasticamente para desafogar as finanças dos nossos clubes. O que é que se fez em 2008/2009 quando sabíamos de antemão que ia haver uma diminuição nas receitas correntes (devido à ausência da Champions)? Aumentou-se os custos com pessoal."
Andam a brincar, em breve o Benfica vai pagar e bem...
16 comentários:
Era a unica maneira de formar uma equipa competitiva.
Com jogadores de qualidade.
Ja se sabe que não são baratos, mas se formos campeões compensa.
Um abraço Benfiquista
Maestro, discordo completamente. O que Balboa (não) faz qualquer jovem nosso fazia. Aimar não tem justificado o pago por ele. Carlos Martins, idem. Yebda não trouxe nada de novo, etc. O Benfica, por outro lado, deixou sair de borla 3 ou 4 jogadores que podiam ficar no plantel sem aumentar as nossas despesas.
Mas independentemente de tudo o que referi, há um ponto que para mim é essencial: o Benfica não pode gastar o que não tem, não pode investir a pensar que "se for campeão compensa", até porque isso não é necessariamente verdade. O Benfica teve uma gestão irresponsável que levou a que em Dezembro se tivesse que endividar o clube em mais 12 milhões de euros, acto que eu considero do mais irresponsável que vi nos últimos anos. Além de esta opção de gestão vir em contraciclo com toda a economia global, e sabendo que a UEFA vai apertar cada vez mais a malha no que toca à saúde financeira dos clubes. O Licenciamento de Clubes já existe há vários anos, e não duvido que mais ano menos ano poderá haver um caso em Portugal dum clube qualificado desportivamente, mas que vai chumbar nos critérios financeiros, podendo com isso ficar fora da Europa, como já aconteceu noutros países...
Como eu não percebo nada da poda, pergunto-te directamente, Americano:
Se não formos campeões ou não conseguirmos o acesso à Champions na pré-eliminatória, quais serão os efeitos reais e imediatos para o clube devido a essa falta de injecção de capital?
Acho que tem sentido, já que alertas e tens alertado há uns tempos para este problema, que possas fazer uma antevisão da possível crise. Só para que nós, os gajos que não percebem desta matéria, possamos saber com que contar.
Maestro,
também discordo. Concordo que tenhamos tido a necessidade de apostar mais forte em alguns jogadores de qualidade mas discordo da ideia de que não se podia ter feito melhor. O Balboa é o exemplo mais claro - gastar 4 milhões de euros num jogador que, enfim, dificilmente, por aquilo que tem mostrado, jogaria a titular em qualquer equipa da Liga Sagres é simplesmente estupidez.
Enquanto isso, o Léo vai a custo zero. Assim fica difícil.
Ricardo, fazemos o seguinte: se não ficarmos em 1º ou 2º (Eusébio nos valha), e tendo nessa altura já dados concretos referentes ao 2º trimestre, e quem sabe do 3º, prometo nessa altura fazer um post mais detalhado sobre o assunto. Em traços gerais, se isso acontecer, acho que LFV se vai pôr a andar, e quem entrar encontrará o clube em tal estado caótico que terá de fazer 2/3 anos de contenção para recuperar o clube (pelo menos). Se formos à Champions, talvez baste apertar um pouco o cinto, e com a euforia que daí pode advir, talvez o aumento de receitas até possa tapar este buraco, ou melhor cratera, agora aberto. Mas para já não quero adiantar mais, só quis referir esta possível medida da UEFA porque vai claramente ao encontro daquilo que eu defendo que o Benfica tem de fazer, mas que infelizmente não fez.
Fair enough, Americano.
Antecipam-se receitas, cumpre-se o rácio e a dança das transferências segue...
Americano, conheces a Lei "Salva Calcio"?
Cumprimentos.
Não Maestro, podes antecipar a receita numa óptica de tesouraria, receber já em vez de receber ao longo dos 10 anos de contrato (por exemplo), mas contabilisticamente apenas o proveito da época poderá ser tido em conta para o rácio. Eu conheço o trabalho que a UEFA faz, o que eles pretendem, e não será assim tão difícil pôr isso em prática. Mas mais do que a UEFA obrigar ou não, acho é que é uma medida de gestão que tem de ser posta em prática, isto se quem decide for responsável e estiver preocupado com a saúde futura do clube.
Preocupa-me que estejamos a endividar o clube de uma forma irrecuperável e que a vertente desportiva não consiga colmatar esse facto.
Este ano é muito importante. Urge vencer o campeonato ou, se não conseguirmos o principal objectivo, ficar em segundo e passar a pré-eliminatória da CL.
Até lá, não teremos dados suficientes que permitam traçar uma situação real. Seja ela catastrofista ou optimista.
Abraço!
A minha mulher já me estava a chamar há 10 mintuos para o jantar e esqueci-me de acrescentar o seguinte: não sei se trabalhas na área, mas vejo que há interesse em debater os assuntos financeiros do Sport Lisboa e Benfica.
Se quiseres, posso-te indicar, ou enviar, alguns textos relacionados com as SAD's, quer se trate de legislação nacional ou normativos emitidos pela FIFA/UEFA, entre muito mais conteúdo interessante.
Abraço.
...o primeiro post não apareceu!
Tinha escrito, mais ou menos, o seguinte:
"De acordo com um alto responsável da UEFA, a proposta dos maiores clubes Europeus sugere que apenas seja permitido aos clubes gastar 51% das suas receitas na aquisição de novos jogadores e nos seus salários."
Afinal, em que ficamos? Proveito, Recebimento ou Receita? Bem sei que são ópticas distintas...
Ainda não li a notícia, em detalhe. Porém, sei que o 'Futebol Finance' tem qualidade e o Henrique está sempre atento às novidades no mundo do futebol. Em tempos, ainda colaborei com ele, mas agora, por manifesta falta de disponibilidade, não tenho contribuído com novos conteúdos.
Não quero ser pretencioso, mas a verdade é que estou bem por dentro destes temas, por uma razão principal: encontro-me a elaborar Dissertação de Mestrado, em Contabilidade (Internacional). Já analisei 'n' relatórios & contas de clubes europeus e li dezenas e dezenas de artigos científicos, nacionais e estrangeiros, sobre o tratamento contabilístico dos activos intangíveis (leia-se direitos desportivos dos jogadores de futebol) nas SAD's. O meu tema tem exactamente a ver com a aplicabilidade/impacto da norma internacional que regula estes activos, no desporto/indústria que nos apaixona.
Cumprimentos.
Catenaccio, a área interessa-me muito, a minha formação é em contabilidade e o futebol é a minha paixão, pelo que agradecia imenso que troques umas informações comigo por mail, e quem sabe que um dia me mostres a tua dissertação :)
Amigos Americano e Ricardo
Não tenho grande formação em areas contabilisticas mas confio nos que la estão, nomeadamente no grande Rui Costa.
Penso que o capital que foi investido no principio desta epoca foi bastante para um clube como o Benfica, principalmente porque foi a segunda epoca seguida, mas se ele o gastaram é porque tem possibilidade de pagar.
O Benfica é o clube em Portugal que faz mais receita com publico no estadio, marketing e no futuro quando acabar o contrato com os manos oliveirinhas o Benfica vai ganhar muito mais tambem em transmissões televisivas.
Muito mais que todos os outros.
Acho eu, que não sou grande entendido.
O que eu gosto mesmo é de bola...
Um abraço Benfiquista para os dois.
Caro Maestro, tanto não tem que em Dezembro tivemos que pedir mais 12 milhões ao banco para gestão corrente. Se dúvidas existissem, ficaram esclarecidas nesse momento. Quanto ao grande Rui Costa duvido que ele opine ou perceba muito dessa área, logo ele joga com o que lhe dão, talvez confiando em quem decide a gestão financeira do clube. E esses podem perceber, mas tal como muitos políticos que estão no último ano de mandato, querem resultados imediatos, não se preocupando com o que se passará depois. É a minha opinião desde o início da época, e infelizmente a operação financeira de Dezembro confirmou as minhas piores suspeitas.
Americano,
rcunha.futebolista@gmail.com
O teu endereço não está visível...
Não sei até que ponto essa medida será viavel, mas 3 consequências teria de certeza: 1ª Reequilibrar as finanças dos clubes; 2ª tornar o mercado muito mais barato, pois já nem Real Madrid poderia pagar 40 ou 50 milhões por um jogador; 3º A aposta obrigatoria na formação, com os consequentes dividendos no futebol português e respectiva selecção nacional
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