A 11 de Junho, num texto ao qual chamei “Paciência Para Vitória”, escrevi o
seguinte:
“Paciência e tempo. São dois conceitos
essenciais para o trabalho de Rui Vitória no Benfica.
Mais do que se analisar estatísticas teremos de observar o trabalho desenvolvido.
Mais do que se analisar estatísticas teremos de observar o trabalho desenvolvido.
O normal é um treinador só ao segundo
ano ter montada uma equipa à sua imagem e estar preparado para vencer tudo. Com
Jorge Jesus foi um pouco ao contrário. Primeiro ano de empolgação, segundo ano
de desastre e só dois anos depois se colheram os frutos do seu trabalho.
O Rui Vitória terá a pressão e
obrigação de chegar ao Tri. Nós temos a obrigação de não dificultar o trabalho
ao treinador, ou pelo menos de evitar injustiças.”
“A Supertaça e a Taça já foram, temo
uma contagem de 4 derrotas nos 4 jogos com os rivais e estamos também a 8pts da
liderança.
O mínimo exigível é que hoje se fique a 5, que se elimine o Zenit e que sejamos Tricampeões.
Que hoje se junte à vitória uma boa exibição e maior evolução. Só assim o Rui Vitória recupera margem de manobra.
Quero muito poder voltar a dar-lhe o benefício da dúvida.”
O mínimo exigível é que hoje se fique a 5, que se elimine o Zenit e que sejamos Tricampeões.
Que hoje se junte à vitória uma boa exibição e maior evolução. Só assim o Rui Vitória recupera margem de manobra.
Quero muito poder voltar a dar-lhe o benefício da dúvida.”
Pois bem,
A paciência esgotou-se. A margem de manobra não foi conquistada. O benefício da
dúvida evaporou-se.
Como eu disse, mais do que analisar estatísticas temos de analisar o
trabalho desenvolvido. A estatística pontual é o que é. A estatística de
resultados é o que é. O trabalho realizado é o que arrasa qualquer boa vontade.
O tempo passou e o futebol continua fraco.
O tempo passou e as ideias continuam básicas, escassas e aos trambolhões.
O tempo passou e as ideias continuam básicas, escassas e aos trambolhões.
É um problema perder com o Sporting? É um problema perder com o Arouca? É um
problema perder com o Porto? É problema perder com o Galatasaray? É um problema
perder outra vez com o Sporting? É um problema perder mais uma vez com o
Sporting? É um problema empatar com o Astana? É um problema perder com o
Atlético? É um problema empatar com o União?
É.
Mas maior é aquele problema que se vê tanto nas derrotas como nos empates como nas vitórias. Pior é este problema com que somos constantemente confrontados quando vemos a nossa equipa jogar.
Por mais água que o treinador beba, é preciso muito mais para a equipa começar a jogar.
2 comentários:
Eu desconhecia o futebol do Rui Vitória. a pré-época foi horrível mas eu desvalorizo. Contudo, no primeiro jogo eu lancei o veredicto à sua incompetência. Podem dizer que sou mesquinho mas quando ele manda para o jogo o Mitroglou com dois treinos e que não jogava há meses num jogo de tamanha importância (vide o jogo 2-0 com o Vilas boas para a Super Taça em 2010 e sua influência no psicológico a época toda) e vi tudo à minha frente. Em geral tenho pouco feeling para bola mas desta fez foi na mouche!
Os jogadores do Benfica jogam a três velocidades: devagar, devagarinho e parados (tática excelente para quem gosta da calacice). Jogo aos solavancos, pontapé para a frente e fé na Virgem, exagero de passes para o lado e para trás, muitos passes errados, pontapés livres e cantos mal cobrados, a quase ausência de remates de fora da área, desmarcações quando calha, deficiente pressão no adversário, afunilamento do jogo, ausência de garra à Benfica... Eu não sou treinador, mas parece-me que tudo isto se afina com treino, com trabalho duro e competente, com uma cultura de exigência no grupo de trabalho. Isto não é maneira de jogar para o Benfica. O Benfica é o Benfica, Rui Vitória! O Benfica tem jogadores para fazer muito melhor. Ó homem, você até escreveu um livro sobre futebol...
Só mais um reparo, Rui: um líder tem de se impor e tem de exigir. Um verdadeiro líder não tem necessidade de ser grosseiro, como alguns que conhecemos, mas rijo, lá isso, tem de ser.
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