sábado, 18 de outubro de 2008

(Chego um pouco atrasado – tive uma mialgia de esforço e passei a semana em trabalho de ginásio, só ontem comecei a fazer corrida – será recorrente, primazia ao fim de semana para, domingo a domingo, dar o meu melhor de mim em prol da equipa!)

Bom… - pega numa mini Sagres e gira os dedos em torno do gargalo, introduz o polegar na garrafa, roda novamente e retira-o produzindo um som tamponado. Finalizado o ritual com resultados satisfatórios, dá dois goles consecutivos e arrebanha alguns amendoins da taça ao centro da mesa. – Bom, junto-me aos escribas aqui ao lado embriagado pelo benfiquismo com que começamos; é galvanizante e sabe bem. Está-se bem aqui! Venho para ficar, Benficar.

Sou um benfiquista autodidacta. O meu pai não gostava de futebol, nunca me levou à bola. Mas havia qualquer coisa. Tenho a perfeita noção da cor preferida ser o vermelho, bem cedo. Deve ter havido influências externas, admito, mas conservo a firme convicção que era inevitável, que não poderia ser de outra forma! Encontrei o Benfica, ou o Benfica encontrou-me, e começou essa viagem que a partir de agora partilharei, o mais possível (na medida certa?), convosco. Parte da viagem já foi partilhada com o Ricardo, o bípede com quem mais discuti o Benfica (basta dizer que fui pela primeira vez ao estádio – o antigo – com ele e com o pai dele, que não bastando ter iniciado o filho a ver o Benfas fez o mesmo pelo filho do próximo, há que realçar a nobreza da acção!). Hoje orgulho-me do telefonema que o meu pai me faz após os jogos do Glorioso, para dividir a desilusão ou partilhar a ilusão feita de fintas e golos de encher o olho – é fã daquele espanhol, o Reyes – “o tipo tem um bom remate!”.

Fica o compromisso de seguir o trajecto Encarnado de perto, ensaiando umas análises à Luís Freitas Lobo… – Olha o gajo, já armado ao pingarelho! Não, não é nada disso, é uma maneira de dizer. Eu quando tentei triplo salto também o fiz à Nelson Évora, enchi o peito, inclinei as costas para trás e corri, corri, saltei e aterrei três passadas depois e a 3,47m da tábua, apesar de não ter conseguido homologar o resultado. É que o meu vizinho da frente disse que o vento estava a favor e acima da velocidade regulamentar. Foi pena.

1 comentário:

Ricardo disse...

Valeu a pena esperar pelo debelar completo dessa lesão. Muito bem-vindo, caro bípede.

Esse salto à Nélson Évora foi do caraças. Não te sabia capaz de tamanhas proezas.

(off-topic total: mandei-te mensagens para o móvel. Eu estou sem ele desde quarta-feira. Fica para a próxima)