quinta-feira, 27 de novembro de 2008
2ª feira...
2 notas apenas:
- David Luíz vem duma lesão, não tem nenhuma experiência com Sidnei, porque o Miguel Vitor não teve uma oportunidade, ele que com Sidnei já tinha secado os calimeros?
- Jogámos num inferno grego, que poucos já conheciam. Não teria dado jeito o único jogador que conhece aquele ambiente???
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Cuspidelas
Fico sempre maravilhado quando um qualquer dos nossos jornais desportivos, perfeitamente em transe com uma qualquer (magra) vitória (quase sempre do glorioso), e na vertiginosa possibilidade de não ter muito mais a dizer para além de: “o clube X facturou uma batatinha e ganhou” - empreende uma demente fuga para o desconhecido e decide fazer capa com aquilo a que eu chamo de facto do siso. E facto do siso porque, geralmente há uma loucura latente e, principalmente, porque estamos perante uma facto (não poucas vezes uma estatística) arrancado(a) a ferros, mas FERROS mesmo! Já viram onde tento chegar?
Pois:
SIDNEI ENTRA NA HISTÓRIA COM 3 GOLOS NAS PRIMEIRAS 7 PARTIDAS (Exclusivo Record)
“NÃO VOU FICAR POR AQUI”
Primeiro que tudo, há aqui uma pérola, logo dada de barato quando se chama a isto um exclusivo…
É uma grande capa e o desenvolvimento no interior não lhe fica atrás! Algures encontramos um quadro com os defesas goleadores da história do Benfica, encabeçado pelo grande Humberto Coelho com 56 golos. Grande não sei…é que quando vou a ver, o pé frio do Humberto Coelho, à 8ª jornada da primeira época no clube não tinha um único golo…nada…nada de nada. Que vergonha. Não há dúvida, o Sidnei vai ser o defesa mais goleador da história do Benfica, é só dar-lhe tempo!
Estas estatísticas são mesmo fantásticas e ajudam-nos a entender melhor o jogo. É por isso que acho que ainda há trabalho a fazer neste capítulo. Penso, aliás, que o que se tem feito até aqui é de um amadorismo arrepiante. Temos que levar a estatística do jogo mais além, aprofundar a análise e chegar aos dados que realmente interessam.
Tenho uma proposta: Monitorize-se, mas com meios, as cuspidelas que um jogador dá durante o jogo, de jogo para jogo, de competição para competição. Compile-se os dados e chamem-se os estudiosos para interpretar. Dúvidas? Eu dou um lamiré:
A cuspidela é uma realidade essencial para entender o estado físico e anímico do jogador. Provavelmente todos vocês já jogaram à bola, sabem como surge essa saliva “seca” enquanto se joga, sabem como está relacionada com o cansaço, os nervos, etc. Gostaria de ver um jornal de grande tiragem a estudar a fundo o número de vezes que o Nuno Gomes cospe nos primeiros 3 jogos de cada temporada, e assim melhor podermos avaliar o preparador físico.
Já estou a imaginar a malta no café, comentando:
- Viste? O Aimar ontem só cuspiu 13 vezes durante os 90 minutos face às 17 do jogo de domingo passado...Está mesmo em crescendo de forma!
- Vi, vi! E o Miguel Victor, 31 cuspidelas...o puto estava nervoso, mas para o fim a cadência já só estava em 1 cuspidela por cada 7,5 minutos, já estava a ficar mais entrosado.
Isto sim, seria jornalismo e claro, o adepto agradeceria – provavelmente até treinadores! Por enquanto, teremos que nos contentar com o que temos e esperar que os nossos 3 grandes jornais vão crescendo e aprofundando esse inolvidável talento e queda para a estatística.