segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Moltes gràcies, més que un club

"O resultado é óbvio: 5-1 para o Barcelona. Dois de Iniesta, dois de Messi e um na própria baliza do Pepe. O Real marca por Xabi Alonso.

Mourinho expulso, Guardiola tranquilo junto ao banco, mas com aquele sorriso a querer ganhar vida.

O Barça hoje vai dar um festival."

Escrevi isto hoje à tarde num blogue. Não de forma gratuita mas - e ao contrário da generalidade das várias opiniões que li e que defendiam um prognóstico de resultado equilibrado - porque, de facto, este jogo tinha uma boa probabilidade de acabar desta forma. O Barcelona não só é fortíssimo como equipa como o é ainda mais em casa e, mais importante, em jogos contra equipas de grande valia e que arriscam na forma como encaram o jogo. Quando esse adversário se chama Real Madrid, escusamos de falar na motivação extra que os catalães têm para um jogo deste tipo. Quando o treinador do Real Madrid se chama Mourinho e é o responsável pela eliminação do Barça na Champions do ano passado, é de mais motivação ainda, se é possível, que falamos e pensamos. Falamos numa super-equipa, extremamente motivada para vencer o adversário (por razões desportivas mas também culturais), que, é bom não esquecer, tem rotinas consolidadas ao longos de vários anos, ao contrário do Real Madrid.

Não era, pois, algo de estapafúrdio prognosticar uma goleada culé - ainda que não tenhamos visto (eu, pelo menos, não vi) gente a fazê-lo. E é isto que espanta e é isto que não faz sentido. A lição futebolística que o Barcelona deu hoje ao Real não é nenhuma surpresa e devia, portanto, ser expectável por quem analisa o futebol a um nível, digamos, profissional. Mas não. Ao ouvir as barbaridades dos comentadores da SportTv (na segunda parte; na primeira o stream deixou-me ter o prazer orgástico de ouvir os argentinos da ESPN; que génios da análise da bola!), ficamos com a sensação que esta gente, primeiro, nunca jogou futebol, segundo, nunca viu futebol, terceiro, nunca gostou de futebol e, quarto e mais importante, não merece falar disto que a todos apaixona e move. Em contraposição, como referi, ouvir os argentinos - um deles o autor daquela peça genial sobre Aimar e Saviola que há uns tempos coloquei aqui no blogue - é conhecer mais do jogo, é conhecer tudo do jogo, é amar ainda mais, se é possível e é!, esta coisa que passa por descobrir uma forma de, em dança, levarmos uma pérola até ao reduto último do adversário. O Barcelona ganhou, goleou e, muito mais do que isso, o Barcelona provou (pela centésima vez) que a inteligência ao serviço do jogo, o talento ao serviço do jogo, a rapidez de raciocínio ao serviço do jogo são absurdamente mais importantes do que as questões atléticas e até tácticas (se as entendermos como meras leituras estanques do posicionamento em campo). Esta gente - Xavi, Iniesta, Pedro, Villa, Messi, Bojan, Jeffren - tem altura para caber naquelas casas ancestrais, da Idade Média, que vemos em ruínas nas aldeias deste país. Estes anões, se os víssemos na rua, não nos pareceriam jogadores modernos, estrelas, vendedores de produtos de beleza. Apenas e só homens, vestidos sobriamente, entre uns treinos e uns jogos. Depois, em campo, gigantes do pensamento veloz e da técnica sublime, Deuses nos quais colocaram, como chip divino, todas as jogadas imagináveis e imaginadas por todas as crianças num pelado deste Mundo. Eles concretizam o que nos sonhou.


Ainda sobre este recital, dizer que:

- o Busquets fez um jogo perfeito. Não só é, do ponto de vista posicional, o melhor médio defensivo da actualidade, como não é médio defensivo nenhum. É médio, ponto. A forma como evolui no campo, deixando a que à partida seria a sua zona de acção, para interceptar passes e antecipar o que o adversário vai fazer, só é possível pela sua qualidade inegável mas porque a equipa é toda ela uma harmonia de jogos de compensações e conhecimento mútuo.

- a pressão que o Barcelona faz atinge, em vários momentos do jogo e contra equipas como o Real Madrid (que é constituída por cepos, claro), a perfeição. Mas o que assusta de tão genial e intenso nem é a pressão à saída do jogo organizado do adversário mas a capacidade de pressing que exerce um milionésimo de segundo depois da perda. É sufocante. É delirante.

- A posse. Tão e tão elogiada que será que vale a pena falar nela? Vale. Sempre. A posse é do estilo da rua, não é dos laboratórios. É lógico que é trabalhada ao extremo mas tem nela, dentro, na origem, o perfume da decisão de um miúdo de rua, entre futeboladas no meio dos estendais de roupa. É arriscada, dirão alguns. Nada mais falso. Esta forma de lidar com a bola, juntamente com a enorme capacidade de passe e recepção dos seus intérpretes e confiança no que o colega vai fazer, é a menos arriscada de todas. Por um simples motivo: é a mais simples. Há um estilo particular de o Barcelona tocar a bola que não se vê em mais equipa nenhuma no Mundo e, no entanto, ao nível da capacidade de desposicionar o adversário é a mais eficaz: um jogador toca a bola para outro, virado e correndo para ele e este que recebe não triangula logo nem passa para outro; toca directo no colega que a passou. Estes dois toques desvirtuam a marcação adversária porque a ilude a pensar que o jogo estagna naqueles dois metros que separam os jogadores catalães. Depois, sim, variantes, bola metida numa ala, bola metida nos centrais, bola vertical para um dos avançados. Tudo gira. E é tão bonito.

- O Villa é daqueles gajos que a gente quer ter se for fazer uma viagem ao Mundo durante dois anos. Fala todas as línguas, sabe que comida as culturas diferentes ingerem, é capaz de sair do seu país, ir viver para o meio dos índios e ser não como eles mas ser eles. Adapta-se de tal forma que devia vir a sua foto como exemplo de que Darwin tinha razão no que dizia.

- Iniesta. Eu não quero morrer sem ver este génio ser considerado o Melhor Jogador do Mundo. No papel. Em campo, para mim, ele já o é há dois milénios.




Um lamiré do Benfica Campeão (aleluia!)

O que me espanta neste Jesus 2010/2011 é que ainda não tinha percebido que tem de jogar com um médio que equilibre a equipa, seja Peixoto seja, preferencialmente, Amorim. E que não pode jogar simultaneamente com Aimar, Martins e Gaitán no meio-campo. Quando o Aimar se sentiu indisposto no jogo em casa com o Lyon, apareceu o Martins a 10 e o Peixoto a interior esquerdo. Grande joga, tudo certo, venha o Porto no Dragão! Chegados lá... inventa para caralho. Depois do Dragão, continua com a ideia peregrina de não dar ao Javi apoio nenhum no meio-campo. Resultados: levamos 3 do Hapoel e goleamos a Naval em casa num jogo em que podíamos ter mamado dois ou três golos. É só um médio de transições, Jesus, a qualidade no resto salta à vista! Anda lá, aprende com os erros, sê humilde.

O que me preocupa é que os melhores onzes e melhores jogos resultam sempre de o Jesus não ter a possibilidade de juntar Martins e Aimar, como hoje, em que não tinha o argentino. Sempre que os tem aos dois, mete-os no onze. Está na altura de optar por um ou por outro, tem de ser. Eu percebo que seja difícil deixar um deles no banco mas no ano passado ele fez isso e ninguém se queixou - Martins foi um óptimo 12º jogador muitas vezes.

Ou, a querer juntar os 2, tem de tirar Gaitán e não Amorim. Quanto ao argentino, só o vejo a segundo avançado neste esquema. A médio esquerdo faz desequilibrar a equipa e não explora as qualidades que tem individualmente. Ainda assim, e por a equipa estar mais equilibrada com Amorim, hoje já fez um jogo com outra qualidade.

O que me espanta é Jesus não ver isto. Como não tenho a presunção de achar que sei mais do que ele, deve haver aqui algum erro de análise da minha parte, com toda a certeza. Esperemos para ver os próximos jogos. Mas não me espanta que volte a entrar em campo com um meio-campo com Javi, Martins, Aimar e Gaitán. Lá casmurro é ele!


Tão xau!

domingo, 28 de novembro de 2010

O bom que é Aimar não jogar

Boas notícias, meus caros: Aimar não joga. Não, não estou louco nem tenho uma noção futebolística ao nível de Luís Campos. Aimar não jogar é provavelmente a melhor notícia que nos podiam dar. É que, não jogando Aimar, não há a possibilidade de Aimar e Martins jogarem ao mesmo tempo. Isto, juntamente com Gaitán na ala, tem sido o plano suicida de Jesus em grande parte dos jogos. Sem Aimar, vai Martins para onde deve estar (lembro, em relação a isto, que a últma vez que Martins jogou a "10" fez não uma, não duas, não três, mas quatro (4!) assistências. Na Champions!) e, esperamos nós, mete-se ali um gajo que realmente apoie Javi e equilibre a equipa - ou Amorim à direita ou Peixoto à esquerda.

Notas soltas:

- Depois das declarações e polémica em torno de uma suposta vontade de David Luiz em sair em Janeiro, espero bem que as palavras de Jesus sejam levadas a sério e que o brasileiro entre em campo hoje. O pior que podia acontecer seria desvalorizarmos um activo como David Luiz, dando-lhe razões para se desmoralizar e deixar de dar tudo pelo clube. Tem falhas óbvias, mas continua a ser um bom jogador que poderá ser excelente se for humilde o suficiente para querer aprender.

- Tendo em conta o resultado de ontem (Sporting, 1 - Porto, 1), livrem-se de perder pontos hoje. Sim, acredito no primeiro lugar, sempre acreditei. Porque temos muita qualidade no plantel, porque acho possível que este estado de espírito mude e a confiança chegue mas, acima de tudo, porque, como ontem foi evidente em Alvalade, o Porto é uma equipa boa mas com falhas e defeitos evidentes que, ao longo do Inverno, o farão perder pontos em alguns campos (além de que terão de vir jogar à Luz). É aproveitar todos os pontinhos que os gajos perderem. Começando hoje.

PS - Raramente escrevo aqui sobre outros clubes mas hoje... tem de ser. Depois de ter visto o Bettencourt em risos cúmplices sentado ao lado do máfio, perdi completamente o respeito pela grande instituição que é o Sporting Clube de Portugal. Até que esse ser rastejante e submisso saia da Presidência do clube, o Sporting não será mais do que um aprendiz de corrupto e, portanto, não será o Sporting honrado que sempre conhecemos mas apenas e só o Sporting Clube do Porto.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

We die...

O final de um dos meus filmes preferidos tem um momento que adoro. Nele ouvimos a protagonista ler a sua carta de despedida, escrita nos derradeiros minutos de agonia, e que dou por mim a repetir baixinho em situações que a minha memória julga apropriadas. Ontem voltou a acontecer.
O jogo impressionou-me bastante, menos pela sorte do Hapoel, que é circunstancial, mas pela exibição do benfica, pela postura dos jogadores. Olhava para eles e tinha uma sensação lúgubre, trágica, que ainda hoje me povoa o cérebro, tolhendo todas as tentativas de encontrar melhor maneira de encarar aquele jogo que não um funeral. E um funeral de quê, pergunto-me? Um funeral do sonho, da paixão, do êxtase louco e frenético que moveu aquela gente, de camisolas escarlates, durante a época passada...tal como no filme - é essa a ligação! - em que a protagonista tinha também vivido um amor intenso e hiperbólico, acima de tudo, impossível.
Fica o início da carta:

"[...] We die, we die rich with lovers and tribes, tastes we have swallowed, bodies we have entered and swum up like rivers, fears we have hidden in, like this wretched cave..."

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Jesus versus Israel OU a prova provada de que a Bíblia foi escrita no facebook

Eu não sei o que deu ao Jesus para andar a acompanhar este blogue. Não terá nada mais importante para fazer? Treinar uma equipa, por exemplo? É que já chateia. Venho aqui, peço ao homem que não ponha uma determinada equipa e ele, zás!, só para se armar aos cágados, mete a equipa que eu pedi que ele não metesse.

Hoje, Jesus, vou pedir a equipa que eu quero mas vou dizer-te para não meteres, que é para ver se a metes (muito confuso? deixa, eu depois explico).

Então, de trás para a frente, desde o espanhol manco ao manco paraguaio:

Roberto
Maxi, Luisão, D. Luiz, Coentrão
Javi
Amorim*, Aimar, Martins
Saviola, Cardozo*

Meio-campo povoado, pressão em todo o campo (agora diz-se: em profundidade e largura, que é muito mais gay) e capacidade de ter a bola (qualidade na posse, agora - gay) para assustar os gajos naqueles primeiros 20 minutos em que eles pensam que nos vão assustar. Laterais bem abertos e verticais (antes era "laterais a fazer o campo todo", que era muito mais macho), porque têm 4 médios de cultura posicional (antes dizia-se: "gajos inteligentes"; ok, o Martins não entra nisto), a dinamitarem aqueles laterais deles que são feios, maus e cujos familiares já rezaram na última semana 3.000 vezes a um Deus desconhecido.
Na frente, o homem triste a metê-las lá dentro. Elas que vêm dos dentes de coelho.

Ó Jesus, não ligues para esta merda que eu estou aqui a dizer. Faz exactamente ao contrário! Vai para lá com o Gaitán e o Salvio nas alas, que fazes bem. E a gente há-de ganhar. Nem que seja à PADRADA!


* caso não estejam em condições, Peixoto por Amorim (passa Martins para a direita) e Kardec por Cardozo.

E um Calipolense-Barça, que jogo seria?

Agora está na moda gostar mais do Di Maria, do Ronaldo, do Kaká, do Ozil, do Carvalho do que do Messi, Xavi, Iniesta, Villa, Busquets.

Eu não prefiro ninguém, gosto de todos!

Faz-me alguma confusão esta necessidade de ver as coisas a preto e branco. Ou gostas do Real ou gostas do Barça. Pá, eu gosto do Benfica! Ponto. Não tenho clube estrangeiro. Aliás, não percebo como é possível tê-lo. O Benfica ocupa-me o coração e a mente o suficiente para não haver espaço restante para amor a outro qualquer clube, muito menos estrangeiro. Gosto do Calipolense, de Vila Viçosa, porque ia aos fins-de-semana de férias vê-lo jogar num pelado frente ao Borbense. Eram manhãs agradáveis, com muito futebol mal jogado, gente com bafo a vinho e mães em gritarias loucas para os filhos e seus adversários, sempre na base dos mimos simpáticos - entre "vai para o caralho, o filho é meu!" e "ó meu ganda filha da puta, se tocas no meu Anselminho, levas com uma alheira nesses cornos!". Era bonito. E era pedagógico. Depois veio a internet. Veio o youtube e o tvgolo. E agora parece que não há um gajo à face da terra lusitana que não diga que torce pelo Barça, pelo Real, pelo Manchester.


Vão para o caralho. Eu gosto deles todos. E já me basta não ser capaz de ver o Benfica sossegado. Segunda, quando estiver a dar o Barça-Real, vou poder ter o prazer de ver futebol, apenas e só pelo futebol, sem nervoseira, sem gritos, sem raiva, sem choro, sem histeria. Não me tirem isso, por favor.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Selecção (natural)

Ontem foi um dia triste para mim: morreu um dos golos mais belos da História. Morreu e morreu prematuramente, acabado de nascer!, num relvado mágico, numa vaginal baliza desejosa de ser ela a via láctea para o lançar no Mundo.
Pudemos, no entanto, ver-lhe todos os contornos de golo-Deus, desde as feições físicas simétricas e rectilíneas ao gesto curvo, ascendente e depois descendente, da sua condição de golo divino. Embora novo, este vai ecoar em linha indiferente ao tempo, tocando passado e futuro, deixando na memória de todos o seu desígnio ancestral. O golo em si já existia, precisava só de quem o cumprisse. E Ronaldo fê-lo. Não ao Quim Berto nem ao N´Dinga ou ao Nilson; fê-lo limpando os calções sujos do Piquet na relva para depois, enviando pequenos duendes que vivem no terreno, pregar a pregos os pés de Casillas ao chão. E foi vê-la, à redondinha, feliz, ao encontro da rede. E foi gritar gol...

... depois chegou o atrasado mental do Nani e acabou a História.



O futebol devia ser como o boxe: ganhámos em 4 assaltos ao campeão do Mundo. Somos os novos campeões do Mundo!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A goleada preocupante

Jesus inventou e o Benfica... goleou. Desta vez, não contente com a entrada de 3 (!) jogadores que quase nada tinham jogado no campeonato, ainda achou que devia deixar o Airton entregue a si próprio, dando as alas do meio-campo a Salvio e Gaitán.
Correu bem. Correu bem mas podia ter corrido mal e a primeira parte não deu 2 ou 3 golos da Naval porque os seus jogadores falharam na finalização e por causa de duas bolas aos postes. Mas as oportunidades estiveram lá, as transições defensivas deficientes do Benfica estiveram lá, a pouca agressividade colectiva esteve lá, a incapacidade de entender a forma como a equipa defende de Gaitán esteve lá, estiveram lá todos os erros que vimos detectando num meio-campo pouco capaz de suster as transições ofensivas dos adversários, o que já não é novidade tendo em conta a pouca apetência dos jogadores que Jesus escolhe para entrarem no quarteto de meio-campo (principalmente os das alas).
Se Salvio mostra de jogo para jogo a qualidade que tem, tanto nos movimentos ofensivos como na compreensão do que deve fazer quando a equipa perde a bola, Gaitán faz desesperar qualquer adepto quando a bola não está em sua posse; se está, é de facto um talento nato, capaz de desequilibrar com criatividade e técnica apuradas; se não está, desiste do jogo, deixa o lateral sozinho, vem a passo, observa de longe o processo colectivo defensivo da equipa como se fosse o treinador, como se não tivesse de participar nessa coisa chata a que chamam... defender.



Se Jesus acha que com esta goleada deve continuar a apostar num meio-campo totalmente desequilibrado, estamos bem fodidos, estamos.

domingo, 14 de novembro de 2010

As merdas tácticas do costume

Há uma questão que não me sai da cabeça desde Domingo: "se toda a gente antecipava a hecatombe, antes do jogo, caso David Luiz jogasse na esquerda, como é que Jesus não a viu chegar?". E é neste ponto que me assusto: Jesus, só pode, viu-a chegar. Então levanta-se outra, bem mais grave: "Se a antecipou, por que razão a atraiu?". E aqui parece-me que só Vieira poderá responder.

Quanto a merdas tácticas: ora bem, depois do jogo contra o Lyon, pensei que o Jesus tivesse compreendido que a lição involuntária que resultou da indisposição de Aimar era para ser continuada. Isto é, Aimar e Martins, com um ala pouco culto do outro lado, ao mesmo tempo, não. A transição defensiva não fica assegurada minimamente, sendo que do lado contrário geralmente joga um jogador com poucos hábitos de organização defensiva: Gaitán. A solução, se Jesus quer manter este 4132, tem de passar por imitar o conceito do ano passado: no meio campo, um médio defensivo puro, trinco, mais posicional e em ajuda aos centrais - Javi ou Airton; um dos médios das alas mais culto tacticamente que assegure uma recuperação defensiva, que muitas vezes se junte a Javi e que saiba compensar a lateral do seu lado - Peixoto ou Amorim; um médio, na outra ala, mais vertical, isto é, que procure mais a profundidade e que, apesar de se desejar culto em termos de organização colectiva, possa ter dentro da equipa o espaço para desequilibrar e não estar tão preso à necessidade de recuperação - Salvio, Gaitán e, em certos jogos, Martins; um organizador de jogo puro, que, assegurado pelos médios que tem atrás, possa explorar a sua criatividade para dialogar constantemente com os dois avançados - Aimar, Martins ou Menezes (ainda que este não venha mostrando capacidade competitiva para jogar mais tempo).

A razão pela qual Jesus decidiu ignorar o bom jogo dos alas - Peixoto na esquerda, mais posicional, e Salvio na direita, em profundidade - e o que eles deram ao movimento colectivo da equipa no jogo frente ao Lyon (tal como Di Maria e Ramires no ano passado), é para mim uma incógnita dificilmente resolvida. Mas tenho um coração grande: já o perdoei (até porque, como digo em cima, imagino que haja mais para além da questão puramente táctica) e estou disposto a dar-lhe a oportunidade de redenção já neste jogo frente à Naval. Este jogo não vai poder provar se Jesus aprendeu a lição, visto que Martins não pode jogar, mas dará para tirar algumas conclusões - e não apenas tácticas, também ideológicas e de como Jesus e Vieira estarão por estes dias em termos de sintonia.

Dito isto, faço mais uma vez um pedido a Jesus: não ponha Sálvio e Gaitán nas alas ao mesmo tempo. Como já disse em cima: um médio mais posicional, outro que explore a profundidade. Foi você que inventou esta ideia, meu caro, com Ramires e Di Maria, agora não se perca e não comece a inventar equipas super-ofensivas que geralmente dão equipas super-desorganizadas e super-sofredoras de transições rápidas.


A minha equipa? Facinho, ué:

Roberto
Amorim, Sidnei, D. Luiz, Coentrão
Javi
Sálvio, Aimar, Peixoto
Saviola, Kardec




É para golear (se o Jesus não inventar)!








quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Benfica TV

Para uma criança de 29 anos como eu, ligar a televisão e ver um canal do Benfica continua a ser uma maravilhosa invenção. Lembro-me de sonhar com isto, quando via os canais do Barcelona, do Manchester ou do Real - um sítio onde só se falasse, sentisse e vivesse Benfica.
Por várias razões, não pude durante muito tempo acompanhar a programação para aferir da qualidade (ou falta dela) da mesma. Hoje em dia, por outras razões, posso e tenho acompanhado. O que dizer, então, da nossa Benfica TV?
Logo à partida, confesso a minha desilusão. Esperava mais, muito mais. Tanto em termos de conteúdos como em termos ideológicos. A ideia que perpassa quando nos colamos ao canal é a de que não há um plano estrutural orientado e organizado. As coisas parecem acontecer aos solavancos, consoante as circunstâncias e os momentos da equipa de futebol. Se o Benfica ganha, o jogo passa exaustivamente nos 3 ou 4 dias seguintes - quando digo exaustivamente, digo 6 vezes por dia; se o Benfica perde, o jogo não é repetido uma só vez. Isto para mim é sintomático da ideologia que precede a escolha na programação e que é, para minha desilusão, de alguma forma contraproducente para quem gosta de ver futebol e o seu clube, ganhe ou perca. O mesmo acontece nos programas em que é aberta a participação telefónica aos adeptos. Se o Benfica ganha, o tema é a vitória do Benfica; se o Benfica perde, o tema é o Andebol (caso tenha ganho), o Hóquei (caso tenha ganho) ou as razões superlativas por que os golfinhos nadam e são muito queridos (caso as prestações das principais modalidades não tenham corrido bem). Isto não é serviço televisivo e muito menos serve para os adeptos discutirem o seu clube. Se o conceito que perpassa pelo canal é o de que discutir Benfica só se ele ganha então o conceito está errado e merece revisão. Aliás, vários foram os telefonemas em que adeptos do Benfica se queixaram de não poder discutir e analisar empates ou derrotas do clube - com toda a razão, acrescento eu.
Depois há os paineleiros. São aí uns 4 ou 5 que pululam de programa em programa, aparecendo de manhã, à tarde e à noite. Um exemplo: no Benfica 10h, em que se discutem as páginas dos jornais e a actualidade benfiquista, é possível aparecer um comentador que, duas horas depois, aparece num programa sobre História do Benfica para mais tarde, 3 horas depois, aparecer a defender o Benfica para ainda e por fim à noite aparecer-nos a debater a jornada. Não arranjavam mais comentadores ou não há dinheiro para mais tachos? São un 5 que aparecem de hora a hora no canal. A ideia que dá é que vivem lá, têm uma tenda no estúdio, quando precisam de beber água descem até ao relvado e pedem ao homem que rega a relva que encha um baldinho com a mangueira para eles lavarem a cara que há mais um programa para ser feito. Há um ar amador em tudo isto, não sei explicar melhor.
No meio desta coisa, os anúncios. Uma repetição ad eternum dos mesmos e cansativos anúncios, sem graça, sem imaginação, exaustivamente egocentrados e egocêntricos. Com a força que este clube tem, não é possível arranjar parcerias que explorem de forma criativa outros pontos de vista e de venda?
Por fim, os conteúdos. Há-os maus, razoáveis, bons e excelentes. Nos maus, em primeiro lugar com destaque óbvio, estão aqueles programas em que se passam 2 horas a analisar uma falta que talvez tenha sido mal assinalada contra o Benfica - vemos especialistas em arbitragem, comentadores profissionais no corte de relva, advogados experimentados na arte da refutação socrática, ex-jornalistas sem emprego, jornalistas medíocres e uns outros, que ninguém sabe bem quem são, que aparecem com um ar pomposo discutindo tudo e nada sem dizerem coisa alguma. Neste circo faccioso, a lei é só uma: defender, de forma acéfala, todas as decisões de Vieira. Atenção: não é defender o Benfica, é defender Vieira. E é quase pornográfico, por vezes. Entendamo-nos: acho importante que se desmascare a porcaria e nojeira que é muitas vezes o futebol português; já não acho tanta graça quanto à forma e conteúdo, quando dou por mim a ver programas com zombies lá dentro. Mas mau, mau, mau é ver a fronha de dois bípedes a comentarem um jogo de futebol. Agora já não usam aquelas bolinhas à FM, mas continua a ser patético.
Nos razoáveis, incluo os serviços informativos, que, apesar de alguma censura (como falei antes), têm valor na forma como discutem o clube e trazem gente e temas de fora do futebol para discussão.
Bons, são vários: o programa "Debate", que traz a blogosfera para dentro do canal, é interessante e tem gente com valor a comentar. Embora, como já tive oportunidade de dizer ao Sérgio (um dos comentadores), o fatigante calcar na arbitragem e as teorias da conspiração me macem um pouco. Mas vê-se bem e tem a vantagem de trazer gente anónima (ou quase) para as luzes da Luz; o "Estúdio BTV", que é um programa de entrevista com uma celebridade e em que o apresentador consegue com relativa facilidade deixar os convidados discorrerem tranquilamente pela conversa - tudo isto no relvado e banco de suplentes do Estádio, o que, em termos de forma, funciona muito bem; o "Estrelas SLB", que é um programa em que conhecemos intimamente os jogadores de várias modalidades (é um dos meus preferidos).
No excelente, um programa que começou há pouco tempo e que aborda a História do Clube e seus intérpretes: "Vitórias e Património". A qualidade de pesquisa, historiografia e informação detalhada é do melhor que há em termos de conteúdos no canal. Que todos tivessem este patamar de excelência.

Resumindo, acho que a Benfica TV tem muito para crescer. Primeiro desafio: desalojar aquela gente mórbida que comenta tudo e mais alguma coisa. Segundo desafio: olhar mais para dentro e menos para as conspirações. Terceiro desafio: saber discutir o clube nas vitórias e nas derrotas. Quarto desafio: não ser um veículo umbilical da Direcção. Quinto desafio: arranjar desafios.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dificilmente não seremos vice-campeões

Estou dorido. Doem-me a alma e o corpo na mesma medida. Dormi mal, tive pesadelos, acordei durante a noite, readormeci. Sempre aquele número, 5, a martelar-me na cabeça, as jogadas de perigo, os golos, tudo numa confusão de sono e sonhos. Acordei.
Este terramoto exibicional irá ser acompanhado pela incontornável crítica: desde a mais lógica à mais absurda, iremos ser presenteados com um verdadeiro desfile de questões e problemas, de gente que adivinhara a hecatombe, de outra gente jurando que até os seus filhos fariam melhor que Jesus. A todas elas, num período de uma semana, por mais pífias que pareçam (e sejam), teremos de dar guarida e acarinhá-las: elas vêm da dor.
Haverá, no entanto, duas vertentes críticas distintas: as dos emotivos, que defenderão à exastão que a mudança de David Luiz para a esquerda foi a única e crucial razão para a tempestade e a dos táctico-existencialistas, que aprofundarão no plano mental (fraco) da equipa as suas opiniões, desacreditando ter sido por David Luiz que Hulk exerceu os seus poderes de super-herói azul.
Situo-me exactamente a meio, no ponto geodésico de todas as explicações. Revejo o meu post de ontem à tarde, lembro-me da frustração de o ter visto confirmado aquando da apresentação do onze e tenho pesadelos quando me lembro das coisas que chamei a Jesus durante o jogo. Naqueles 90 minutos, eu justifiquei a mim mesmo 50 razões para eu dever ser o treinador do Benfica e não o mestre da táctica da Reboleira. Mas, como quase sempre, estava errado. O Benfica não perdeu daquela forma apenas e só por ter deslocado David Luiz para a esquerda - ajudou e muito ao descalabro mas o desfecho final deve as suas origens não a uma opção pontual de Jesus mas a Julho e Agosto e à arrogância de dirigentes, treinador e jogadores de um clube que, infelizmente, está pouco habituado ao sucesso.
Recuemos então a esses meses fatídicos em que tudo brilhava para os lados da Luz: Jesus dava uma entrevista em que, no meio de um chorrilho de asneiras e falta de humildade, declarava dois pontos essenciais: o Benfica era candidato sério a ser campeão europeu e, cá no burgo, "dificilmente não seremos bicampeões". O mote estava lançado! Aos benfiquistas em êxtase, pouco habituados ao manjar que tinha sido oferecido na época passada, deram-se-lhes uns ares, uns afrontamentos de megalomania e alucinação: se Jesus diz, nós rezamos!, e começava assim a onda vermelha para o tsunami azul que encharcou os benfiquistas com um banho de bola na noite de ontem.
Com um mês de competição oficial, a dúvida instalava-se no coração dos adeptos: o que se passa com esta equipa? O modelo era o mesmo, as peças que entraram, não sendo da qualidade das que saíram, eram mais que suficientes para manter um registo de qualidade e no entanto a equipa parecia outra. Qual a razão?, questionavam de coração apertado, os benfiquistas, esquecendo que o plano mental foi, é e será sempre um dos motivos para a liderança vitoriosa. Ao Benfica não chega, nunca chegou, ter bons jogadores, o que fez a História deste Clube foi a capacidade de transcendência, muitas vezes com equipas inferiores à que hoje temos. Não chega dizer: vamos ser campeões; chega não dizer e agir como tal dentro de campo, como no ano passado em que, mal o primeiro pontapé na bola era dado, era ver os jogadores sedentos de glória, capazes de se superarem a cada momento.
Ora, uma política para o exterior (e interna?) baseada na bazófia e na frase populista, impregna todos os agentes desportivos desse mal e geralmente limita as suas capacidades. O Benfica, de facto, parecia o mesmo, tinha tudo para ser o mesmo, mas não era. E não será. Esqueçam o ano que passou, esqueçam as vitórias, goleadas e futebol de sonho com que se lambuzaram porque é agora, aqui, neste momento, que temos de estar todos concentrados. E ele é mau. Não por falta de qualidade, que é muita, mas por falta de humildade, de superação, de noção bélico-competitiva. Os 3 golos sofridos contra o Lyon, a derrota de ontem, a derrota na Alemanha não foram momentos de azar nem de má arbitragem, foram a sequência lógica de um discurso eufórico desfasado da realidade.
Por isso, meus senhores, podem vir com a conversa do David Luiz à esquerda e do Saviola no banco, podem dizer - e eu estou convosco - que ontem Coentrão deveria ter jogado como lateral. Mas tenham presente que o que fez ontem o Porto ganhar e o que fará o Porto ser campeão não é o Hulk jogar à esquerda ou à direita: é a qualidade dos seus intérpretes (que nós também temos) alicerçada numa vontade de ganhar (que nós também temos) e, de forma humilde, saber aproveitar o sucesso para construir um hábito. Que nós não temos.

A Derrota...

Não vi o jogo todo, mas acho que vi o suficiente (talvez até demais), para dizer o seguinte:

1. O Porto não tem melhor equipa que o Benfica, só melhor treinador.
2. Já vimos o que JJ tem de bom; a partir de agora veremos o que tem de mau.
3. (Com toda a crueldade que é inerente ao futebol,) sejam espertos: comecem a preparar as coisas para contratar o Domingos no próximo defeso. Seríamos melhores.

domingo, 7 de novembro de 2010

Porto - Benfica

A minha equipa para esta noite:

Roberto
Maxi Luisão D. Luiz Coentrão
Javi Garcia
Salvio Martins Peixoto
Saviola Kardec


Pedido ao Pai Jesus: por favor, não invente. Não me ponha o Coentrão a médio nem, POR AMOR DO SEU PAI, David Luiz a lateral.

Prognóstico: 2-0 para os campeões nacionais. Golos? Ainda bem que perguntam: Martins e Peixoto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dia de anos

Faço anos um dia depois de el mago, o meu jogador preferido neste plantel do benfas. Sim, sei que não será talvez o melhor, mas para aqueles que apreciam o seu futebol julgo ser fácil de entender!

Este parágrafo todo para vos mostrar a minha prenda de anos:









Sou um benfiquista feliz!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O nosso Benfica bipolar: do êxtase à depressão.

Apito final do árbitro, vêem-se as pessoas na bancada: uma tristeza, nem um sorriso. Os adeptos abandonam o estádio com uma estranha sensação: isto foi bom ou foi mau? Ninguém sabia dizer, enquanto olhavam para o chão imaginando degraus e fazendo contas às horas de chegar a casa.

Este Benfica é uma montanha russa de se lhe tirar o chapéu, há de tudo num só jogo, dá para fazer o pino, ver porcos a voarem, fazer concursos de hamburgueres comidos e ainda assistir a ópera. Nunca se sabe o que pode vir a seguir. Jesus, como maestro, dá o mote, calcorreando quilómetros entre as linhas de fundo e meio-campo: vocifera, barafusta, sorri, exaspera-se, dá em doido. No campo, os jogadores olham-no, incrédulos uns, outros tentando entender as directrizes traçadas a gestos de louco e caralhadas. Os adeptos vivem no meio disto tudo, ora esticando a goela para fora da boca, ora caindo numa chuva torrencial no coração, entre o sonho e asombra, perdidos de amores e desamores por uma equipa que dá e tira, tira e dá, como um nota de violino enferrujado. É bom, este Benfica, tal qual é mau, este Benfica. Temos de tudo, para todos os gostos. Mais Bem que Mal, no fim de tudo.



Algumas notas soltas, daquelas de peidar verdades falsas, de treinador de bancada:



- Já o disse antes, há pouco tempo, quando o GR do Benfica estava (e está?) nos píncaros: Roberto não é GR para o Glorioso.



- O David Luiz está a fazer de tudo para desvalorizar. Acho bem, sempre fica cá até ao final da carreira.



- O Luisão está feito um Rei.



- Maxi Pereira? Mini Pereira.



- Não me façam falar no Coentrão. Não tenho horas suficientes para tanto elogio. Que bomba. Foda-se.



- Ainda Coentrão: com toda a certeza do mundo, Coentrão a lateral. Não sempre, dependendo do jogo, claro, mas Coentrão a lateral. Aquele homem defende magistralmente e depois é dar-lhe espaço para embalar em foguetão. E agora uma coisa para levar tiros no cu por roubar goiabas ao nhô Lau: o Peixoto entra bem num esquema à frente do Coentrão, se à direita tivermos um gajo como o Salvio: permite equilibrar mais a equipa. No fundo, funciona de Ramires (salvo seja!) e o argentino de Di Maria. Mudam-se as direitas das esquerdas, mas a ideia do ano passado continua. Além disso, o Peixoto defende melhor se jogar mais à frente, compensando o Coentrão. You can shoot me now.



- Adoro o Javi Garcia. Apesar dos apesares. E de lhe faltar o Ramires.



- Adoro o Martins. O gajo a 10 é bom porque não é um 10, é um 8, um 6, um 7 e meio, um -10. Alguma coisa. E é gajo para saber meter as bolas para golo.



- O Saviola joga tanto. Não é possível não ver isto.



- Cabecinha de Kardec é ouro, meus amigos. Mas não é (ainda?) o Cardozo.



Dito isto, feliz e contente, espalhando quase só elogios, dizer apenas isto: aqueles 15 minutos finais são uma vergonha para um clube como o nosso. Aquilo é amadorismo ao mais alto nível. Não aceito que o Benfica, a ganhar 4-0 aos 75 minutos (com vantagem no confronto directo e com uma melhoria no goal-average), demonstre tamanha displicência, tamanha desconcentração, tamanha incapacidade para rolar a bola, tranquilamente, aproveitando os espaços que os franceses estavam a permitir. Em vez disso, uma equipa partida, nervosa, a cometer erros básicos. Uma vergonha. Espero que o Jesus mostre estes últimos 15 minutos a todos os jogadores 150 vezes até Domingo. Uma lição daquilo que não se faz em futebol, principalmente em vantagem tão descontraída.



Domingo vamos ganhar ao Dragão. Mas não nos livraremos de uma frangalhada real.