sexta-feira, 30 de setembro de 2011
«O meu ídolo era e é Pablo Aimar. Gosto muito de o ver jogar» - Messi
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Se eu te fizer um broche, afagas-me a carequinha?
E estamos nisto: um homem abre o jornal, vomita, limpa o ranho, a baba e o resto de feijão verde à manga do casaco e volta a ler para ter a certeza de que leu mal.
Entretanto, no Bairro Alto, na Conde Valbom ou na Cedofeita, homens de calças-bege e ténis moderníssimos, escrevem tratados de jornalismo que fazem Cláudio Ramos corar de júbilo e bater duas punhetas seguidas em frente ao televisor que por esta altura está a passar o "Project Runaway".
É muito isto e não é nada disto: o jornalismo desportivo em Portugal existe, sim, mas na careca encardida de Alexandre Pais, homem de tal forma sublime que, de entre dois candidatos, fez o seu jornal acertar no errado, embora tenha passado a noite no twitter em louvores ao erro crucial. Sim, o jornalismo português louva o erro como nutella: cremoso e achocolatado. Com, dizem, laivos de nozes. Melhor faria Pais se enchesse o brilho da carcaça saliente com o dito produto. E pronto, ficava tudo bem ali, ao som de matraquilhos numa noite de aldeia. GOLO! E afinal a bola tinha ido ter ao colo da Dona Gertrudes que fazia mais um casaco de inverno para os netos que têm 40 anos.
Vai nisto e temos os franceses. Chegam de mansinho com Roqueforts e acabam em Bries, Camemberts e Moelleux du Revards. Ninguém percebe. Inventam coisas estranhas: desde uma corrida em bicicleta pelo país, em que participam os maiores génios drogados que este mundo já viu, até jornais desportivos. Alexandre Pais, quando soube que existia um tal de "L´equipe", enviou especiais enviados ao país das gordas professoras de "La grande bouffe" e de psicadélicos animais de Godard, e ficou na sua casa de Marvila a fumar cigarros electrónicos porque a saúde, a saudinha, é uma coisa muito preciosa.
De lá vieram, incrédulos, os energúmenos com queixas altamente legítimas: parece que por lá, pelas Franças, se fazia uma espécie de jornalismo decadente: dizia-se a verdade. "Horrível", exclamou Pais, entre lentilhas e um Kebab delicioso que havia comprado, porque é pela universalidade da espécie, num pequeno poiso nos Anjos, enquanto lia trechos de Olímpio Bento e dissertava sobre a beleza da escrita deste que foi surripiado pelo jornal concorrente: "Este Olímpio é que era, pá, precisamos de lamber mais os túbaros dos porcos!" e ria-se de forma bizarra, enquanto coçava os próprios num gesto que, na volta, trazia cheiros fétidos de noites passadas a ver as TeleVendas.
Dos franceses, diz a História, Pais e Serpa não gostam. São pouco dados à ficção. Melhor seria que se aventurassem pelos mundos apocalípticos das quezílias-quintenhinhas lusitanas. E portanto Pais e Serpa (e os outros que andam ainda a lamber os túbaros uns dos outros) não gostaram nada da lista que os franceses avançaram nos dias que correm sobre os maiores clubes europeus:
2. Milan, 330
3. Bayern, 288
4. Barcelona, 250
5. Liverpool, 237
6. Manchester United, 229
7. Ajax, 220
8. Benfica, 217
9. Juventus , 215
10. Inter, 184
(...)
11. FC Porto, 138
48. Sporting, 39
Eu concordo: acho ultrajante não ter em conta a extraordinária competência na arte do putedo ou os milhares de consagrados 20ºs lugares em estafetas de Telepizza.
Estes franceses são uns snobes do caralho.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Golos e Assistências - 12 jogos oficiais
Golos | |
Cardozo | 7 |
Nolito | 7 |
Bruno César | 4 |
Witsel | 2 |
Gaitán | 2 |
Saviola | 1 |
Aimar | 1 |
Luisão | 1 |
Assistências | |
Aimar | 4 |
Gaitán | 4 |
Saviola | 3 |
Cardozo | 2 |
Witsel | 2 |
Nolito | 1 |
Luisão | 1 |
R. Amorim | 1 |
M. Pereira | 1 |
Cuore rosso
As razões para tão grande afastamento são claras: a propositada ausência que me impus da modernidade tecnológica mais básica; um amigo que, tendo ficado encarregue da missão ultra-importante de mensageiro de golos, umas vezes se esqueceu, outras ficou sem saldo; a desesperante falta de interesse no futebol português além-fronteiras, facto mais que provado na inexistência de qualquer notícia, mesmo que de duas linhas, sobre este nosso campeonato no excelente Gazzetta dello Sport - Holanda, Rússia, Escócia, Roménia, até Hungria mereceram, mesmo que timidamente, uma ou outra referência na página sobre futebol internacional. De Portugal, zero. Fica para reflexão.
Por isso, podem adivinhar a sede de bola com que cheguei ontem à 11:10 ao Aeroporto de Lisboa. Pensei em ir ver um jogo qualquer de infantis, desde que uma das equipas envergasse camisolas vermelhas, só naquela de ficar mais próximo de assistir a uma bola pontapeada por jogadores vestidos à Benfica. Mas descobri, no café do Bairro, duas coisas: que tínhamos empatado no Dragão (o que, não sendo fenomenal, me deixou surpreendido - essencialmente, por aquilo que o Armando relata em posts anteriores, compreenda-se) e que havia jogo na Roménia. Estava, portanto, o dia preparado para uma ressaca de viagem em grande.
E, de facto, apesar de o resultado ter sido escasso, não pude ter melhor recepção: o Benfica está a jogar muito mas muito à bola. Falta-lhe só - e talvez tenha sido pontual, não sei, estive afastado - definir melhor os infinitos lances que cria de superioridade ofensiva. Não falo só do remate, mas dos dois, três passes anteriores à possibilidade de golo. De resto, uma delícia: segurança na defesa, circulação de bola exemplar, criação de espaços, apoios frontais, transversais, planetários, bola corrida, rápida, procura das laterais, mudança de flanco. Tudo. Esta equipa está muito bem trabalhada pelo nosso mister e, se continuar a evoluir, pode ser que o meu pessimismo com que parti para Itália se desvaneça e nasça em mim um homem novo, cheio de esperança.
domingo, 25 de setembro de 2011
O cansativo depois
Umas coisinhas sobre o Porto – Benfica, desde já avisando que não sou muito dado ao desmanchar das carcaças. O jogo foi um parto muito difícil e apesar dos cinco novos jogadores lançados de início, seria difícil esperar que a equipa conseguisse escapar à memória colectiva e esquecer a época anterior, particularmente os 5-0. Toda a primeira parte, sem menosprezar o valor do adversário, foi o espelho desse estado de alma. Felizmente, a equipa esteve bem, nunca se desconjuntando na organização defensiva e sobreviveu.
A segunda parte foi muito diferente, a equipa melhorou muito, em termos qualitativos e nesse aspecto foi muito superior ao adversário, exemplos são os dois golos e mais uns calafrios oferecidos aos adversários.
Resumindo, acredito que o Benfica tenha crescido competitivamente, dentro e fora do campo, no corpo e na mente. Podem acreditar, jogar nas instalações portistas e sobreviver, qualquer que seja a modalidade, é mais que difícil. Já estive em estádios onde o apoio às suas equipas não anda longe do fervor religioso, indefectível. Jogar nas “casas” portistas, a hostilidade e o ódio são quase sensações físicas. Por muito que os atletas sejam mentalizados para tais ambientes, eles nunca estão preparados, tal o espanto da coisa.
Foi muito mais que um jogo, diria que foi uma batalha ideológica e o facto tornou-se visível depois de o jogo terminar. Desde logo duas ideias: a diminuição do Benfica – jogar para o ponto – e a arbitragem, nomeadamente na palhaçada do uruguaio. Este está há vários na “casa”, sabe como funcionam as coisas. Noutra ocasião, o árbitro Jorge de Sousa teria posto Cardozo na rua – lembram-se da expulsão do paraguaio em Braga, no balneário? — o uruguaio, sabendo-o, lançou o isco. Que Jorge de Sousa não tivesse mordido, pode ser um sinal da complexidade dos tempos que vive o futebol português.
Outra questão foi a irrepreensível actuação da PSP portista, cuja passividade e colaboracionismo anteriores patrocinaram as calorosas recepções proporcionadas aos benfiquistas. Também aqui parece haver algo de diferente, talvez resultante da mudança de ciclo político e das condições vividas no país.
Veremos.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Coisas parvas
Venho aqui ao tasco depois de uns dias de ausência, leio um texto interessante do Armando sobre uma palermice que todo o sportinguista já arremessou contra um benfiquista, e depois abro a caixa de comentários de ambos os posts…e epá…get a life!
Vamos fazer um “what if”. Vamos então admitir que o Sporting é mais antigo que o Benfica. OK! Ganharam. São mais antigos. Uhuhuhuh!! E agora, são melhores por isso? São mais alguma coisa?
Alguém nos comentários falava de antiguidade, e do prémio para o clube mais antigo. Onde é que está o primeiro clube a ser fundado em Portugal (ou Lisboa, não sei bem o que se está aqui a discutir…) Ou vão argumentar que o Leyton Orient F.C. (1881) da Division One é maior clube/mais importante que o Arsenal F.C. (1886) ou que o Sporting ou o Benfica?
Sinceramente, get a life!
P.S.: Sportinguistas, se querem mesmo, porque querem e precisam, defender a vossa superioridade sobre o Benfica, façam como o porto e ganhem mais títulos que nós (títulos de futebol, que afinal, um momento de sinceridade aqui, é o que se discute, right?). É que ao menos o porto já tem por onde pegar, algo real e concreto, por oposição a um azucrinar completamente demente que é essa coisa da data de fundação e dos 16.000 títulos e não sei mais o quê…
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Ontem vi-te no Estádio da Luz: A fundação do SLB e o mais redondo oportunismo mil...
Mais tarde abordarei outra ficção: o sportinguismo de Cosme Damião.
Cumprimentos. Armando
domingo, 18 de setembro de 2011
A fundação do SLB e o mais redondo oportunismo militante
Trata-se da data de fundação do Sport Lisboa e Benfica, uma espécie de esqueleto que, segundo os sportinguistas, guardamos no armário do imaginário benfiquista. Segundo eles, o Benfica foi fundado em 1908 e não em 1904. Nesta última data foi fundado o Sport Lisboa, afirmam, coisa muito diferente do Sport Lisboa e Benfica que surgiu em 1908, em consequência da fusão com o Sport Clube de Benfica. Deixando de lado, a importante questão de saber se foi uma “fusão” ou uma “absorção”, é esta a lógica sportinguista e assenta numa premissa “irrefutável”: com a fusão desapareceram as entidades até aí conhecidas como Sport Lisboa e Sport Clube de Benfica e surge uma entidade nova, o Sport Lisboa e Benfica, logo o ano de fundação foi 1908. Simples, não é?
Esta ficção em forma de teoria pode parecer um preciosismo e não é, afinal trata-se de afirmar o direito de progenitura sportinguista no futebol da capital.
Esta reivindicação resulta de uma conveniente confusão entre “entidade” e “identidade”. Sendo indiscutível que em 1908, desapareceu a entidade identificada por Sport Clube de Lisboa, incorporada, fundida ou absorvida pela entidade Sport Lisboa, que além do espólio da referida extinta, falecida de morte natural, incorporou na sua identidade a referência geográfica “Benfica”, lugar onde passou a residir. Portanto, se a entidade Sport Lisboa, agora com nova identidade, continuou a existir, como pode falar-se em “fundação”? Já para não falar que a entidade conhecida pela nova identidade Sport Lisboa e Benfica, manteve tudo quanto era do Sport Lisboa: o emblema, ao qual acrescentou uma roda de bicicleta, tributo à falecida, a divisa e símbolo, além das cores, na bandeira e no equipamento, incluindo a sua estrutura associativa e dirigente. Resumindo, a entidade manteve-se, alterando apenas a identidade.
Esta questão, mais estúpida que absurda, poderia conduzir, a seguir-se a lógica do raciocínio sportinguista, à reinvenção de uma nova data para a fundação de Portugal. Aprendi que em 1143, com o tratado de Zamora, o país terá adquirido o estatuto de reino independente. Por comodidade, admitamos que já com a denominação “Portugal”. Só que o futuro revelava algumas chatices: em 1189, Portugal conquista o Algarve 1, com a tomada de Silves e em 1249, o resto algarvio, o Algarve 2, com a tomada de Faro, passando a chamar-se “Reino de Portugal e dos Algarves”. Estão a perceber, a História é uma aldrabice, Portugal foi fundado em 1249 e não em 1143! Tal como o Sport Lisboa e Benfica, fundado em 1908 e não em 1904.
Por pura diversão, eis outro absurdo: a minha companheira, através de um acto de registo notarial, aceitou incorporar na sua identidade o meu apelido. Será caso para dizer que a fui “pescar” à maternidade no seu dia de “fundação”?
Tenham juízo, que diabo, não é assim tão difícil compreender a diferença entre entidade e identidade. O engraçado é que muitos benfiquistas também parecem enredados nesta incompreensão, dando importância a uma pequena intriga. A entidade Sport Lisboa, mais tarde conhecido por Sport Lisboa e Benfica, foi fundado em 28/02/1904 e do facto existe o respectivo registo, o resto é o complexo de inferioridade e a frustrada tentativa de afirmação de uma progenitura que a História recusa, pesem as cabriolas e habilidades administrativas.
PS. As minhas desculpas por tantas repetições, foram necessárias para dar uma certa ênfase à demonstração.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Gostei!
Maxi – Por vezes faz uma ou outra falta desnecessária, o que me irrita profundamente, mas a entrega, e a capacidade que teve de ajudar o ataque, fazem esquecer esses pequenos erros. O Maxi de sempre!
Luisão – Adoro a ideia deste homem ficar 13 anos no benfas. Grande, no campo, no estádio, em casa, para todos transmite garra e vontade de os comer.
Garay – Boa companhia ao Luisão, não me apercebi de falhas relevantes.
Emerson – Não tem qualidade para o Benfica, muito menos para a CL. Não compreendo a atitude de JJ. Cometeu uma infantilidade inacreditável entregando a bola ao adversário ainda na nossa defesa, quando tentou fazer um drible (coisa que nunca devia de tentar na vida!). Um embaraço, um cromo a destoar totalmente.
Ruben Amorim – Cumpriu, mas em muitas situações ficaram expostas as suas limitações. Mas bolas, com o que tem jogado, entrar assim no onze para defrontar o MU não é fácil.
Javi – Adoro. Patrão. Este é dos poucos que quer ganhar sempre, custe o que custar.
Witsel – Não posso dizer que esteve mal, mas esperava mais dele. JJ devia de fazer umas alterações ao meio campo, que beneficiariam muito a Witsel e Aimar, mas ele não quer…
Aimar – Desgastou-se muito sem bola, e na primeira parte foi mais individualista do que costuma (devia) ser. Mas Aimar é Aimar, e para mim é sempre uma dádiva!
Gaitán – O Bom, o Mau e o vilão. Este gajo é tudo num só e irrita-me solenemente. Irrita-me porque tem tudo para deslumbrar. E sim, teve pormenores deslumbrantes, o mais importante deles o enorme passe de trivela para o Cardozo marcar. Mas também foi ele que perdeu a bola no golo do MU, e em muitas outras situações, em que arrisca só porque sim, ou quando deixa aos outros o trabalho de recuar, de recuperar. A minha convicção é que uma equipa de top não se pode dar ao luxo de ter um jogador com essa atitude. Ele julga que basta fazer o que faz, o que talvez seja culpa do JJ. Certo é que se fosse eu a decidir iria muitas mais vezes para o banco.
Artur – Coloquei aqui o Artur porque só agora me lembrei dele. Está tudo dito. É fantástico não pensar no guarda-redes.
Cardozo – Que grande exibição - não foi só o golo, que foi brutal, mas também tudo o resto. Quem segue este blogue sabe que eu tenho um pequeno problema com o Cardozo, mas ontem fez tudo aquilo que tenho dito que não faz. Ainda bem, ontem adorei estar mais enganado do que o zezé camarinha num bar gay! Para mim, o melhor em campo - e está tudo dito.
Nolito – Entrou bem, tendo ficado clara a sua influência em novo período de domínio do Benfica. Pena as oportunidades falhadas, mas o GR do MU não estava a brincar.
P.S.: Estou satisfeito, é claro que estou. Mas fiquei com a sensação que o MU estava também a pensar no Chelsea. Não foram só as mudanças no onze; tenho a sensação que se o jogo fosse a eliminar, se fosse realmente importante, teriam engrenado outra velocidade.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Prognósticos...
Às vezes pergunto-me: Se o Benfica está a viver as melhores épocas e a praticar o melhor futebol dos últimos 15 anos, porque é que estou sempre a criticá-lo? Porque esta insatisfação, que tantas vezes transparece neste blogue…
Julgo que a razão está no adversário. Neste caso o porto.
Nunca como agora senti tanta diferença entre as duas equipas. Talvez porque antes tinha análises menos racionais, mais emotivas. Mas mais do que isso, porque o porto não costumava ser assim tão bom. O porto do jesualdo era fraco, teve (tem) uma estrutura que por competência mas também corrupção conseguia potenciar o seu rendimento. E como jesualdo temos muito outros treinadores e plantéis, mais ou menos banais, que atingiram patamares de sucesso que não correspondiam ao seu valor. São outras histórias e vocês benfiquistas estão cansados delas. Houve a epifania Mourinho, mas mesmo aí o Benfica estava numa fase ascendente, aquele equipa do Camacho fez coisas interessantes e o Benfica vinha dum buraco enorme e sentia-se a equipa (clube) a crescer.
Agora não.
Neste momento do nosso futebol a palavra mais importante parece-me a competência.
O porto é das equipas mais competentes do mundo. Tão competente que transcende o real valor dos jogadores, que não considero assim tão extraordinário.
A minha enorme frustração, e a origem de tantas críticas é a falta de competência do Benfica.
Temos um plantel formidável. Estamos pelo menos ao nível do porto nesse capítulo. Com a mesma competência estaríamos ao nível dos melhores da Europa. Porque é isso que o porto é neste momento.
Não é só competência táctica, é também a competência de se ser profissional. O exemplo mais gritante é o Gaitán. Talvez o maior artista do nosso campeonato, mas claramente um incompetente, pouco profissional, um cancro que mina a integridade do órgão vivo que deve ser uma equipa. Compare-se James e Gaitán. Que diferença de atitude. Essa diferença vem de cima, essa diferença chama-se competência – do jogador, treinador, equipa técnica e direcção. Todos têm culpa no facto de Gaitán não ser tudo o que podia ser.
Por tudo isto acho que o Benfica vai perder hoje.
Logo agora, que poderíamos ganhar. Ganhar quase sempre. Sim, porque mesmo que ganhemos hoje será um fogacho, uma transcendência temporária, porque logo chegará um empate displicente na liga, ou uma eliminação incompreensível na taça.
Pela primeira vez sinto o porto muito superior, sem encontrar justificação para não estar nesse patamar. E é nesse patamar que deveríamos estar, que merecemos estar, essa glória de campeonatos conquistados e noites europeias inesquecíveis, míticas, em que as camisolas escarlates vergavam tudo e todos, tantas vezes que se chegava a tornar hábito.
Pela primeira vez, parabéns ao porto. Enorme competência.
P.S.: Ok, admito que ainda acalento a esperança de vitória, hoje e sempre; mas é só coração, que se recusa a ver o óbvio…
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
De Abrantes à Barquinha, com camisolas do Benfica
Quando?
Quando o futebol não chega - o que será mais preciso para renovar os contratos a Maxi e Aimar?
Quando o papel nem serve para ler nem para limpar o cu - o tipo de folha do jornal "Record" é áspero, desbota a tinta e não tem possibilidade de leitura. Um exemplo da desavisada utilização de recursos que tanta falta fazem ao planeta. A última tara do pasquim é a possibilidade de Capdevila rumar a outras paragens. Alguém explique ao palerma do Alexadre Pais que as inscrições acabaram há uma semana.
Quando não há argumentos contra a verdade - eles vêm, alguns tímidos, outros mais agressivos, comentam, insultam, falam noutras coisas. Argumentos que sustentem o que andam a dizer há anos a fio é que... nada. 16.000 títulos? Está bem, Marreco. Onde é que estacionaste a nave?
Quando um ex-Presidente do Sporting é apoiado pelas Associações de Braga e Porto - o que dizer? São muitos anos de submissão. Onde estará o Sporting Clube de Portugal? Este Sporting Clube do Porto não serve. E como poderia ter havido uma limpeza geral a estes corruptos se o primeiro tivesse aparecido e se tivesse unido a nós. Infelizmente o ódio ao Benfica é maior que o amor-próprio. E assim Pinto da Costa vai dividindo e reinando. Já chega deste futebol podre. Seara ou Hermínio. Tudo o resto é merda.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Acabe-se de vez com o Sporting
domingo, 4 de setembro de 2011
O ecletismo único do Benfica e a quase pena de um Sporting em desespero
Já pensaram bem nisto? O Benfica tem todas as modalidades mais competitivas e amadas pelo público: futsal, andebol, hóquei em patins, vólei, atletismo, basquetebol, boxe, judo. E todas de forma altamente competitiva. Que outro clube do mundo compete a este nível em tantas modalidades? Falo destas, que são as mais conhecidas, e deixo de lado muitas outras que também merecem todo o nosso respeito e nas quais os nossos atletas participam e fazem orgulhar o clube com as suas conquistas. Além do Barcelona, não me lembro de outro clube que possua este tão vasto leque de dinâmica e saúde competitivas. Se souberem, avisem.
No atletismo, Portugal (o Benfica, quase na íntegra) não ganhou nada. Mas fez bons resultados. E agrada-me especialmente que os grandes atletas portugueses sejam benfiquistas. Há muito que no atletismo o Benfica ultrapassou o Sporting na qualidade dos seus intérpretes. O campeonato nacional desta época só veio reforçar essa ideia. Parabéns, campeões.
Mas, como dizia no início, de tanto me preocupar com o Benfica, às vezes esqueço-me do orgulho que é ser deste clube, deste imenso clube, recordista de sócios em todo o Mundo, eclético, solidário, popular, vitorioso. E esqueço-me da sorte que tenho em não ser de outro qualquer, especialmente daquele clube do outro lado da estrada. Coitados. Cada ano que passa é um suplício maior.
E, neste cenário de clube a perder estatuto de "grande" (no futebol, entenda-se), os adeptos, sedentos de alguma coisinha que possam clamar aos céus ser deles, viraram-se para o futsal, modalidade que o Sporting pratica há não sei quantos anos, desde que andava a competir com o "Correio da Manhã", o "Jornal do Fundão" e o "Notícias de Arraiolos", mas que só verdadeiramente atingiu a popularidade e o respeito quando a ela chegou o glorioso. É o normal.
E é também por isso que, em ginásio pintado a Benfica, o Presidente dos lagartos teve a reacção que teve. É sintomático: o Sporting é isto: a cabeça baixa, o desespero, a impotência perante o Benfica. Está tudo dito. Aqui:
sábado, 3 de setembro de 2011
A importância da opinião antecipatória, o verdadeiro apoio ao Benfica (e um texto do Lateral-Esquerdo que os reforça)
Não há um limite para as vezes que queremos dizer e avisar, já de antemão, os benfiquistas da borrada que foi deixar Capdevila de fora. Fazemo-lo de forma veemente para que, primeiro, não restem dúvidas de qual a posição deste escriba sobre a absurda opção de Jesus e para que, como aqui gostamos de fazer, fique expressa, a priori, a nossa opinião.
Pedimos desculpa aos que usam os blogues para irem escrevendo consoante as marés, elogiando se os resultados são bons, criticando se não são satisfatórios. Aqui, cremos na importância da qualidade de antevisão dos acontecimentos. É que é esse o filtro que nos permite dar credibilidade ao que as pessoas escrevem e, mais importante, pensam. Analisar a posteriori, criticando ou elogiando, consoante os resultados obtidos, também é giro. Mas não chega.
Esse tipo de análise, muito recorrente na blogosfera, que passa pelo pedido acéfalo para que não critiquemos nada nem ninguém deixando a esperança e a ilusão tomarem conta das nossas vontades, pode servir para muita gente. Para mim, não chega. Prefiro dizer o que acho quando as opções são tomadas, ficando, para o bem e para o mal, umbilicalmente ligado às minhas opiniões. Parece-me mais digno, mais justo e menos hipócrita.
Claro que também é muito mais difícil porque para antecipar alguma coisa - e para antecipar, com razão, a maior parte das vezes - é preciso mais do que saber juntar umas palavras e "apoiar" o Benfica. É que esta coisa do "apoio" tem muita graça: eu farto-me de apoiar o Benfica. Seja no Estádio, em casa ou criticando uma opção. Veja-se o apoio que dei o ano passado, quando, após 2 jogos de pré-época, disse que Roberto não podia ser o guarda-redes do Benfica. Se alguém me tivesse ouvido na altura, talvez as coisas pudessem ter sido diferentes. Mas não. Andei uma época inteira a ter de ler uns imbecis a insultarem-me porque não apoiava o nosso guardião. No entanto, enganam-se redondamente: no Estádio, aplaudi sempre Roberto, cheguei a zangar-me com quem, ao meu lado, assobiava o espanhol sempre que a bola lhe chegava aos pés e às mãos. O que não faço, nem nunca farei, é deixar o Benfica entregue a um sentido acrítico, em que são apoiadas todas as decisões, mesmo que estando à vista de todas que irão ser-nos prejudiciais. Isso não farei nunca. E por gente como eu é que o Benfica teve de admitir que se enganou (desde Vieira a Jesus, todos engoliram o sapo) e foi ao mercado buscar um guarda-redes a sério. Por gente como eu mas podia ter sido só pela realidade. O grande problema é que a realidade às vezes não chega - precisa que alguns apontem logo à partida o que a realidade demonstrará.
Os outros, os que acham que ser do Benfica é "apoiar" estúpida e cegamente todas as decisões de quem o gere, andaram um ano a dizer disparates para agora se deliciarem com a liderança do campeonato, muito por culpa de um guarda-redes chegado a custo zero. É assim a vida. As opiniões têm o peso e a importância que cada um quer que tenham. E nem todos se acomodam à facilidade da análise vulgar e banal dos acontecimentos passados. Há quem veja mais longe, quem antecipe problemas e isso nada tem que ver com ausência de apoio. Pelo contrário: o apontar de falhas só fará com que o Benfica cresça e evolua para um nível superior na sua organização.
E é por isso que eu quero deixar bem claro a minha opinião: a não inscrição de Capdevila para a Champions League é uma decisão que pode manchar toda a época. Por aquilo que enfraquece, desportivamente, o Benfica numa prova altamente exigente e em que é fundamental ter jogadores da experiência e qualidade do espanhol, mas também, e talvez ainda mais importante, pela forma como prova a péssima noção de gestão de balneário que Jesus tem.
Os sinais, para quem quer ver, existem no passado e no presente. Claro que se pode sempre agarrar a esperança numa mão e esperar que ela nos carregue até ao fim. É uma opção. A outra é perceber sinais de destruição antes dela acontecer. Não é para todos e é por isso que muitos, não o podendo fazer, limitam-se ao insulto fácil e à hipocrisia do "apoio" ao Benfica. Não sabem mais, ensinaram-lhes o uso da trela e é com isso que vivem diariamente, odiando de morte quem se insurge contra os erros óbvios que maltratam e prejudicam os interesses do Sport Lisboa e Benfica. Repito: a não inscrição de Capdevila é um erro tremendo. Um erro tremendo. Que pode estragar uma época.
Como reforço da minha ideia, deixo-vos com o texto do PB, do Lateral Esquerdo, que é uma pessoa lúcida e inteligente e que sabe mais disto do que a cambada de imbecis toda junta que aqui vem debitar alarvidades. Aconselho-vos a voltarem aos vossos blogues de merda e a dizerem 100 vezes por dia "precisamos de apoiar o Benfica" ou como aquele outro, que debitava na televisão: "eu vou dizer todas as semanas que o Roberto é um grande guarda-redes, dos que dá pontos!". Pena o Artur ter chegado. Nós, abutres, nos confessamos:
«Gestão de recursos humanos. Onde se fala de Aimar e da exclusão de Capdevila.
"Estou impressionado com ele. É um número 10 com uma classe enorme. Entre mim e ele tudo é perfeito dentro do campo" Witsel sobre Aimar;