sábado, 28 de maio de 2016

HÁ 64 ANOS O PORTO E SALAZAR PERDERAM POR 8-2 COM O BENFICA


A memória tem curiosidades que fazem da História não um conto ficcional mas a preservação da verdade. Por muito que os ignorantes continuem escamoteando uma maioria de títulos ganhos através de manobras ilegais e corruptas, reescrevendo o passado como melhor lhes convém, o tempo e os factos históricos encarregam-se de lhes ensinar o que é um facto e o que é uma mentira.

Ao contrário do Benfica, que foi sempre um clube visceralmente livre e democrático, Sporting e Porto não poderão puxar para si galões da mesma estirpe. Os exemplos são vários e escuso-me a enumerá-los - vão ler livros com palavras, muitas, e muitas letrinhas, se estiverem para isso. Se persistem na ignorância, já não será problema dos que conhecem a História para lá dos preconceitos e falsidades atirados à parede a ver se colam.

Há 64 anos, o Futebol Clube do Porto inaugurava o seu estádio. A data de 28 de Maio não é fruto de um acaso mas a consequência das ideologias dos dirigentes do clube, que acharam por bem colar de forma indelével à História do clube a data que comemorava a revolução que deu origem ao Estado Novo. E assim nasceu o Estádio das Antas. Com pompa, circunstância e a idiossincrasia que, anos mais tarde, teria o seu apogeu na era actual que todos conhecemos. No fundo, faz sentido: um clube que decide inaugurar o seu estádio num dia que comemora o início da instauração de um estado ditatorial tem tudo para chegar até aos nossos dias tal qual chegou: transversalmente corrompido e corrupto.

Para visitante, claro, o Benfica. Uma espécie de ditadores versus liberais, com a esperança portista a residir numa humilhação aos gajos "vermelhos" que tinham eleições democráticas e tudo. O resultado não podia ter sido mais esclarecedor: 8-2 para os comunas, sem apelo nem agravo. E assim se inicia, a 28 de Maio de 1952, um ódio visceral e profundo aos que clamam pela liberdade. 60 anos depois, o ódio atingiu laivos de demência e boçalidade. Talvez um dia, quando estes corruptos que dirigem o clube morram e apareça gente nova, o Porto possa voltar a ser um clube honrado como até à década de 50. Talvez. Só depende dos adeptos a inversão de paradigma. No entanto, pela amostra geral, percebemos que muito dificilmente o clube algum dia conseguirá ser verdadeiramente grande. É que viver na sombra de outro nunca fez crescer ninguém.

8-2. E a gigante Taça foi para o Comité da Luz.


2 comentários:

João Figueiredo disse...

Não sejas ingénuo.Qualquer conversa com um exemplar médio de adeptos do FCP revela duas coisas, 1) um completo ódio visceral ao Benfica, a Lisboa aliados a uma crença também ela inexplicável, em todas as patranhas socialmente transmitidas sobre o país a Sul do Mondego; e 2) a necessidade de ter e acreditar neste alvo do ódio, como forma de compensar problemas estruturais e culturais decorrentes de algum complexo geográfico.

Enquanto estas forças estiverem em acção, esquece qualquer atitute racional.

RDS disse...

Olhe que foi antes. A 13 de Março de 1928 conseguiu o FC Porto estatuto de Instituição de Utilidade Pública. Algo que ao Benfica só foi concedido em 1960 já depois de ter ganho a Taça Latina. O presidente do FCP em 1928 era Abílio Urgel Horta, fascista convicto, o mesmo que em 1952 inaugura o Estadio das Antas no dia 28 de Maio.

Aqui

http://em-defesa-do-benfica.blogspot.com/2011/03/fc-porto-fascista-porco.html