domingo, 29 de maio de 2011

Quo vadis, Benfica?

Obrigado, Ricardo. Infelizmente receio não estar à altura do desafio. Há mais de 15 anos que a minha paciência e tolerância benfiquistas não cessa de se esgotar e, no presente, depois da desastrada temporada e do que se pode prever da próxima, tenho dúvidas se ainda tenho paciência para aturar a coisa em que se tornou o Benfica ao longo desses anos. Tal como na política, é a mesma sensação de futilidade, de impotência e de “não valer a pena”, as sucessivas direcções, tal os governos, olham os sócios e adeptos como meros contribuintes líquidos e submetidos ao formalismo eleitoral.

Felizmente, o inimigo — tal qual, sem aspas — por estupidez e cegueira cultural, não consegue fazer o que seria óbvio, a tantas vitórias não corresponde um crescimento que, sendo evidente, nomeadamente nas estruturas de poder e comunicação social — onde é quase totalitário — não tem correspondência com o sucesso estatístico. E, garantidamente, não pode mudar a matriz basicamente regionalista, o que não deixa de ser um pobre consolo para o benfiquismo, a sensação de grandeza por falta de comparência do rival.

Diz-se, como verdade absoluta, dentro e fora do Benfica, que o rival tem e nós não uma “política desportiva” e era minha intenção abordar o tema, com certa profundidade. Porém, aqui chegado, surgem as dúvidas e a insegurança. Será que os companheiros podem ajudar, fazendo contributos sobre o que entendem por “política desportiva”? Notem que não é um desafio, é apenas resultante da necessidade de conhecer, no interior do benfiquismo, o que se sente sobre esta questão magna que separa o sucesso do insucesso, os vencedores dos falhados, fato que vimos talhando paulatinamente.

Um exemplo: o treinador Aleksander Donner, precisou de dois anos para tirar o andebol do Benfica da mediania e ser campeão. Foi despedido, como prova de gratidão. Contrataram um “doutor” em andebol, meteram-se numa guerra com as estruturas académicas do rival e vai no terceiro ano de insucesso desportivo e três campeonatos para o rival. Veremos se não vai acontecer no futsal, onde André Lima foi despedido depois do título europeu.

Estão a ver o porquê das minhas dúvidas?

31 comentários:

LDP disse...

Um contributo sobre “política desportiva”?

Aqui vai:
"Pinto da Costa está a ser investigado pela Polícia Judiciária por alegados crimes fiscais relacionados com a transferência de jogadores de futebol.
De acordo com o Correio da Manhã, há suspeitas de que elevadas quantias provenientes de luvas pelas transferências de jogadores tenham sido transferidas para paraísos fiscais, e que colocam o presidente do FC Porto no epicentro das investigações.
As autoridades detectaram vários casos de fuga ao pagamento de impostos usando a Imobiliária de Cedofeita na qual Pinto da Costa é sócio maioritário. A contabilidade da Imobiliária de Cedofeita já foi passada a pente fino e de acordo com informações recolhidas pelo Correio da Manhã os peritos financeiros estão a ultimar os relatórios da investigação onde surgem indícios de prática de crimes fiscais." - http://desporto.sapo.pt/futebol/primeira_liga/artigo/2011/05/24/pj_investiga_luvas_de_pinto_da.html

Hà coisa de dois anos:
"O Tribunal da Relação do Porto, que apreciou os recursos de Pinto da Costa e António Araújo, considerou válidas e legais as escutas telefónicas do processo "Apito Dourado", avança esta segunda-feira o 24Horas.
Pinto da Costa, no seu recurso, pôs em causa o facto de o conhecimento dos indícios de crime ter sido obtido «por acaso», unicamente por intermédio das conversas interceptadas, explica o jornal diário.
O 24Horas avança que os juízes deram parcialmente razão ao presidente do F.C. Porto e reduziram-lhe a caução de 25 mil para 10 mil contos, além de anularem a proibição de contactos.
Os juízes aliviaram aliviaram a pressão sobre o líder portista dando razão ao seu advogado, quando este argumenta que as escutas não podem servir para indiciar dois crimes de tráfico de influência, puníveis até três anos de prisão, uma vez que as intercepções só podem ser utilizadas se o ilícito tiver moldura penal superior a três anos. Assim, com recurso às escutas telefónicas, só podem ser imputados ao dirigente do F.C. Porto dois crimes de corrupção desportiva e um de falsificação de documento por cumplicidade.
Em causa está uma alegada festa de prostitutas com Jacinto Paixão, Manuel Quadrado e José Chilrito, que a PJ desconfia que terá sido combinado por telefone entre o empresário e Pinto da Costa. Foi depois desta conversa esta alegada conversa que Araújo foi posto sob escuta.
O ex-sócio de Reinaldo Teles numa empresa imobiliária fundamentou o seu pedido de anulação das escutas num despacho em que a juíza de Gondomar reconhecia não ter tido tempo para ouvir e controlar um primeiro período de três meses de escutas, explica o jornal diário. Mesmo assim, Ana Cláudia Nogueira autorizou um segundo mês de intercepções."

é no minimo salutar para a justiça portuguesa que umas escutas que podem ajudar a que o cancro seja combatido sejam anuladas. E porque? Porque quem decide os processos, e sua derivada conclusao, baixa os braços (e abre as pernas) dizendo "não ter tido tempo para ouvir e controlar" essas mesmas escutas.

Obrigado Justiça portuguesa!

Hattori Hanzo disse...

Bem vindo ao blog. Bom primeiro post. Quanto ao desafio: em parte concordo contigo - neste momento não a temos, com o presidente do clube, que já está há 10 anos a mais parecer um toupeira do inimigo do que defensor do clube. Ao mesmo tempo perdem-se as referências e valores do clube. Infelizmente como eu já vi por aí escrito o Benfica está-se a transformar num clube que utliza as manhas do Porto e tem os resultadosdo Sporting e isso não é o meu clube. Só discordo na questão do futsal: André Lima não era treinador e duvido que alguma vez o seja, era mais um amigo da equipa. Não te esqueças que após a vitória da Uefa Cup perdeu o campeonato e Taça quando tinha claramente a melhor equipa e sempre ganhou com muita dificuldade os campeonatos no ano anterior. Se queres comparar ao caso do andebol, podes fazê-lo no caso do futsal, mas anteriormente quando Beto Aranha é despedido e substituído por André Lima por "os meninos" o acharem demasiado disciplinador.

Pedro disse...

O problema do Andebol é que os jogadores estavam TODOS contra o Donner. E a situação era ou correr com jogadores ou correr com o treinador. A solução escolhida foi a mais fácil...se foi a melhor nunca saberemos.

Ricardo disse...

Boa estreia, Armando.

Bem, o que nos pedes é algo complexo, não se pode resumir facilmente em dois ou três tópicos. Mas cometo a heresia. Para TODAS as modalidades, tem de haver uma e uma só voz, uma ideologia conjunta baseada nestas premissas:

- O Benfica é um clube vencedor. Quem chega, tem de apreender de imediato essa ideia e construir dentro de si uma mentalidage ganhadora - Isto serve essencialmente para que se evitem os momentos, e se este ano houve momentos destes, em todas as modalidades!, em que, na altura decisiva, os jogadores parecem pouco capazes, pouco ambiciosos, pouco mentalizados para o que é a única forma de encarar o desporto quando representando o Benfica: vencer.

- a relação com o Porto deve ser, exactamente como dizes, encarada com a noção certa das coisas: eles não são rivais, não são adversários, são inimigos. Nesse sentido, e já que eles nos vêem assim e que para eles uma vitória contra nós é o maior feito, há que construir uma mentalidade colectiva de ambição em ganhar, em enxovalhar, em golear o Porto. Retirar o medo, o trauma psicológico que existe neste momento em relação ao Porto e dar-lhe uma construção na ambição, na vontade de vencer, na procura por uma desforra dos últimos anos. Isto é essencial, porque sem isto pode-se ganhar muitas vezes mas não se ganham troféus. Este ano é um exemplo disto: as prestações de todas as modalidades não foram más mas não foram excelentes porque, no confronto com o Porto, nas horas decisivas, perdemos. É isto que tem de mudar rapidamente.

- Uma cultura Benfica, baseada em cada vez mais jovens formados no clube nas principais equipas. Isto é fundamental. Mesmo que continuemos a comprar jogadores (e convém comprar apenas grandes jogadores), pelo menos para a segunda linha devem começar a entrar os jovens vindos da formação e empréstimos pela primeira divisão. Uma identidade Benfica aliada à qualidade dos jovens - têm de ser bons, claro, não serve serem integrados apenas por serem da formação. Esta proposta fará com que os jogadores evoluam dentro do Benfica, construam uma ideia colectiva coerente com a idiossincrasia do clube e poupará uns milhões absurdos gastos em sul-americanos sem valor que acabam emprestados durantes anos connosco a pagarmos-lhes os ordenados.

- A abordagem à má arbitragem e aos poderes corruptos do futebol português tem de ser eficaz e simples. Não pode haver conversas para o exterior, ambíguas e pouco claras. Quando há que apontar falhas, fazem-se vídeos dos erros evidentes, convocam-se conferências de imprensa e divulgam-se as incongruências claras e conhecidas. Atirar para o ar umas balelas, enquanto se patrocina a entrada de Fernando Gomes na Liga ou se senta Joaquim Oliveira na tribuna VIP não é política desportiva nenhuma. É a política dos amigos. É a política do Vieira acima do Benfica. E isso tem de acabar.

- Rui Costa tem de decidir se quer continuar a ser subjugado a uma função de mero assistente de técnico ou se quer tomar as rédeas das contratações e das suas funções de Director-Desportivo. O silêncio ensurdecedor que já dura uns meses só vem confundir os adeptos e reforçar a ideia de que Jesus e Vieira controlam o departamento sem que o Rui participe em quaisquer tomadas de decisão. Tem de ser homenzinho: se não o respeitam, saia. Pode começar aí uma nova era para o Benfica.

Muito mais havia a dizer. Por ora, e porque vou agora comer panquecas que a minha menina está a fazer especialmente para mim neste Domingo ensolarado, ficamos por aqui.

E, mais uma vez, bem-vindo, Armando. Tenho a certeza que vais revolucionar a blogosfera benfiquista.

Armando disse...

Boa, Ricardo, não esperava menos. Porém, quando se trava uma guerra, em simultâneo tem que se cuidar do nosso interior, da retaguarda, alimentar, vestir, dar de comer, continuar a educar o povo, etc., sem esquecer que o máximo do esforço deve ser concentrado na guerra e que outra pode ser outra senão a destruição do poder vigente no nosso futebol e organização desportiva?
Um dia destes, mais que um relatório de danos, tentarei explicar como deveria ser travada a tal guerra,que dado o carácter religioso do inimigo teria que ser nada santa, começando pela recusa de ceder à tentação dos métodos vigentes acima do Douro e alastram e infectam, o Minho, por exemplo, como mostraste no bem humorado comentário sobre a digressão bracarense.

Anónimo disse...

HUMILHADOS SEUS FILHAS DAS PUTAS! SOIS UMA GRANDE MERDA, IDE PARA A GRANDE PUTA QUE VOS PARIU! CAMPEÕES NO GALINHEIRO! 5-0, 2-0, 3-1, 2-1, 21! A CULPA É DOS ARBITROS DE VOCÊS SEREM BURROS COMO O CARALHO!

Anónimo disse...

Anónimo das 17:02, se continuares a investir (marrar) dessa forma sou obrigado a espetar-te três pares de farpas nesse costado. Estás mesmo a pôr-te a jeito. Estás, estás!!!

Bandarilheiro-mor da V.N.Barquinha

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Armando disse...

O anónimo, cobarde genético quanto baste, educado no "calor da noite" do alterne, alimentado pela sopa cultural dos Superdragões, um provável filho da "Noite Branca" ou do "Bando de Valbom", um espirro de masturbação mal dirigido, gasta o seu tempo, que não vale nada, claro, apenas como contribuinte ao lixo, não reciclável da Net. Sei que não vale a pena responder a este tipo de vermina, só que às vezes apetece-me, apenas como pretexto.

Anónimo disse...

TU E MAIS QUANTOS Ó FILHA DA PUTA? NÃO TE CHEGOU ESTE ANO? GOSTAS DE SER HUMILHADO PANELEIRO DE MERDA? 5-0, 2-0, 3-1, 2-1, 21! VAI LEVAR NO CU Ó PALHAÇO, MUITO GOSTO DE ME RIR COM AS VOSSA INCOMPETENCIA E BURRICE, JÁ SEI A CULPA É DOS ARBITROS, SOIS MESMO TRISTES!

Anónimo disse...
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Armando disse...

E, por favor, Ricardo, não censures, deixa que a vermina se exponha e se refastele ao sol da sua parasitária e inútil forma de vida. O inimigo é um clube fascista, melhor, neo-fascista,tal como o país, a diferença reside na aparente liberdade de expressão, daí que as entradas originárias dessa forma de estar e ser sejam necessárias para que possam ser compreendidas determinadas atitudes. Uf!

Miguel Nunes disse...

Vou contar uma história relacionada com o Donner. Não sei se corresponde totalmente à realidade, mas foi assim que ma venderam. E quem a vendeu, é alguém que naquela altura era uma pessoa muito importante nas modalidades do Benfica. É alguém que continua ligado ao SLB, mas agora em funções no Seixal.

Com o Donner, muitos foram os períodos da época em que os treinos chegaram a ser bidiários. A intensidade era de tal forma elevada, que do treino de manhã para o da tarde, os jogadores não tinham sequer vontade de sair dali. Ficavam pelo pavilhão a dormir em colchões e a jogar Playstation em TVs providenciadas pelo SLB para que os jogadores tivessem entretenimento.

O Donner foi campeão, mas muitos foram os jogadores que não quiseram que ele continuasse. A razão, parece óbvia. A cultura de exigência máxima, dá muito trabalho. Quem fez a cama ao treinador, foram os próprios jogadores.

Na actualidade, o que me parece, e reforço, PARECE, é que para a maior parte dos jogadores das modalidades do Benfica, o que importa é chegar ao Benfica. Esse é o ponto alto das suas carreiras. Chegando aí há que desfrutar dos beneficios sociais que daí decorrem (sair com mulheres mais belas, ser conhecido e reconhecido). Enquanto que no FC Porto, o topo, o ponto alto, não é chegar lá. É vencer lá!

Honestamente, se as modalidades são só para muitos atletas passearem a sua vaidade, então há que considerá-las. Tem de haver pressão. Não há resultados, então fecha-se, passa a amador. Seguramente que haveria maior exigencia e maior preocupação da parte de todos os jogadores.

Ricardo disse...

Armando, não é censura, é serviço público. No caso deste quadrúpede (com respeito aos quadrúpedes), nem sequer foi pelo conteúdo, foi mesmo pela repetição. Deixemo-lo em esporrádicos episódios.

PB, não duvido absolutamente dessas tuas fontes. Não conheço ninguém no Benfica e não tenho dados fiáveis para dizer se isso é ou não verdade. Mas aquilo que contas faz-me todo o sentido. Basta-me acompanhar, como acompanho, as modalidades para saber que a exigência máxima não está presente no Benfica. Faço aqui uma ressalva, de entre as modalidades: a equipa de hóquei. Acho que está bem dirigida, por um homem honesto, trabalhador, disciplinador, motivador e amigo dos atletas. É a excepção. No resto - vólei, andebol, basquetebol e futsal, entre outras - não sinto que a exigência e cultura de vitórias existam ao máximo.

Pedro, o maior perigo é quando deixamos que essa conversa de que os jogadores não estavam com o treinador apareça. Isso é conversa fiada. Têm de estar com o treinador.

E concordo com o Hattori: em futsal, o Lima não dava as garantias necessárias.

Já agora, dois pontos positivos neste Domingo: a vitória na final da Taça de Portugal em Andebol (depois de uma meia-final fantástica contra o Porto, embora a equipa tenha revelado a mesma bipolaridade transversal a todas as modalidades) e a vitória em Basquetebol que pôs a final em 3-3. Agora é ir vencer a negra ao Dragão Caixa. Aventura quase impossível, tendo em conta que, desde que o pavilhão existe, acho que só ganhámos lá uma vez. O velho trauma.

Anónimo disse...

donner nao foi despedido. fez exigencias faraonicas e saiu. insucessos? perdemos os campeonatos, mas ganhamos varias taças nestes 3 anos. e ha que dar merito a quem ganhou, ao menos no andebol fazem-no sem trafulhice. ah, e fomos a uma final europeia em andebol. deve ser habitual...

andre lima saiu, sim. quando ele entrou so se ouvia que nao era homem para o lugar. e estamos bem servidos de treinador no futsal.

no basket vamos a jogo 7, e o porto contratu joao santos com desonestidade, atraves do entao seleccionador. mas ganhamos a taça da liga e os 2 campeonatos anteriores.

no hoquei ganhamos a taça cers e so nao vamos ganhar o campeonato porque a batota e ainda maior que no futebol. vejam o candelaria-porto, ultimos 96 segundos e comprovem-no. na ultima jornada o porto recebe o 3º classificado, e pelo sim pelo nao ja fez o anuncio da contratacao do treinador dessa equipa e do seu melhor jogador...

no volei ganhamos a taça e fomos finalistas no campeonato.

Anónimo disse...

o anonimo la de cima pode ficar-se com os 12-2 que o porto levou do benfica.

ou entao com as escutas que provam que o porto ganhou com corrupcao. alias, tudo o que ganhou nestes 30 anos...

Anónimo disse...

AINDA BEM QUE ACHAS ISSO Ó BURRO É POR ISSO QUE NUNCA VAIS SAIR DA MERDA E CONTINUAR A SER FODIDO POR HAPOEIS!

Diana Maia disse...

"o que não deixa de ser um pobre consolo para o benfiquismo, a sensação de grandeza por falta de comparência do rival."

Não poderia concordar mais com a primeira parte da frase ("o que não deixa de ser um pobre consolo para o benfiquismo").

Já a segunda parte ("a sensação de grandeza por falta de comparência do rival"), enfim, nada de novo com os anos vai cheirando a mofo e à medida que o Futebol Clube do Porto vai pisando firmemente o solo do protagonismo europeu e mundial os seus detractores nunca vão largando esse discurso que os mantém à tona e com uma réstia de sanidade mental para encarar aquilo em que o seu benfica se tornou. Falam de colossos, quando muitos deles nunca viram o seu clube erguer aquela Taça grande da Champions League, nem uma pobrezinha e desvalorizada Taça Uefa (quem desdenha quer comprar já dizia o ditado).

Quanto aos títulos, sinceramente a mim a muitos portistas também só interessa os que estão por vir e para já temos mais dois em disputa, por isso podem ir colocar uma Taça Latina que nunca foi contabilizada para adiar o inadiável. Dá-nos na mesma, a sério...

O Barcelona também tem na sua forte base regional uma força estrondosa que ninguém nega nem desvaloriza (exceptuando os ventos aziados de Madrid, claro). No FCP ninguém se preocupa que nos cataloguem de regionais, bairristas, pequenos etc, etc...

Porque enquanto eu vir o meu clube a triunfar eloquentemente e a saber estar entre os grandes do futebol europeu, não precisamos que nos chamem de colossos, até porque temos uma diferença que dificilmente poderemos ultrapassar para podermos auto entitular-nos de tal: os euros, o carcanhol, a pasta!

Mas o benfica nos seus orgasmos privados e ilusórios, vive nessa realidade ficcionada de que são um colosso que não ganha nada na europa há meio século e tem uma situação financeira que ninguém sabe bem onde pára...

Não me vou alongar mais, apesar de tudo respeito o SLB e também tenho pena daquilo em que se tornou. Mas a boa verdade é que nunca vi o benfica de outra forma. Bem hajam.

Ricardo disse...

Tina, faça um exercício: leia o seu comentário como se estivesse a ler um comentário de um benfiquista. Vai perceber que a arrogância, a mania da grandeza, o mau ganhar e o desrespeito pelo adversário não são exclusivos de alguns adeptos do Benfica.

Também seria interessante que a Tina, já que vem tão recorrentemente a um blogue de um clube que desvaloriza tanto, em vez de debitar a cartilha oficial do Papa, pudesse iluminar-nos os corações com uma opinião fundamentada sobre os posts que comenta. É que vir para aqui evangelizar papalvos torna-se contraproducente: primeiro, porque ninguém lhe vai comprar a mercadoria; depois porque faz figura de beata de Igreja.

Ricardo disse...

Anónimo, já aqui defendi, quando achei que era merecido, o trabalho e o sucesso de algumas modalidades. Mas este ano temos de repensar bem quais são os objectivos do clube. Repare que até ao momento não fomos campeões em nenhuma modalidade - a derrota em Vólei para mim roçou o escandaloso, tal era o favoritismo que tínhamos e a o obrigação, sim a obrigação, de ter ganho - e muito dificilmente sê-lo-emos, já que restam apenas Basquetebol, Hóquei (nestas teremos de rezar aos santinhos todos, tal é a aventura épica que se nos depara) e Futsal - é a única esperança real, esta e mesmo assim, tendo em conta as performances após a perda da UEFA, pouco provável.

Isto não pode chegar, anónimo. Segundos lugares e finais perdidas não podem chegar para acharmos que está tudo bem.

Hattori Hanzo disse...

Concordo com o Ricardo e com o PB. Parece-me que nas modalidades de pavilhão não há cultura de exigência e depois são os resultados que se vêem:daí raramente nas modalidades em que se é campeão se costuma repetir o título (há excepção do basquetre nos dois anos anteriores e antes no Futsal). Quanto à conquista de Taças é muito bonita, mas o mais importante são os campeonatos e esses não caem para o nosso lado...

Diana Maia disse...

Ricardo, a cartilha de eu ser portista e vir ler este blog já gastou. Até porque assumo sem qualquer complexo de que acho interessante ler os posts que aqui figuram e intentar uma discussão e um debate de pontos de vista. Por favor, já cansa e já não pega. Sou portista e venho ler isto e daí? Não sou menos apaixonada pelo meu clube só por ler o seu blog e colocar com todo o respeito aqui as minhas opiniões, as quais o Ricardo rebate como muito bem entende e nem sempre com a elevação que eu merecia que me dirigisse. Se não gosta que eu comente, apague e pronto, aí desistirei de perder o meu tempo.

Relativamente a arrogância e altivez, gostava que me explicasse pois não me foi possível perceber como me apresenta esse argumento, quando num anterior post tenta fazer passar o seu slb por "colosso". Por ventura alguma das coisas que disse é mentira? Que o slb não ganha títulos internacionais há meio século? Que o FCPorto é um clube de estaleca europeia e mundial e que já convive com os peixes grandes há 2 décadas? Consegue negar isso? Então não vejo onde está a arrogância no meu discurso e muito menos a comparação com os ataques lunáticos de que por vezes padecem alguns benfiquistas.

"Tina, faça um exercício: leia o seu comentário como se estivesse a ler um comentário de um benfiquista." - a esta respondo com todo o gosto: se este fosse um comentário de um benfiquista eu só poderia pensar uma única coisa - de que a pessoa em questão não estaria na posse de todas as suas faculdades mentais!

Tal como fiquei atónita com o acto desesperado do ranking cuja fonte é um outro blog benfiquista(!) para comprovar que o benfica ainda é um "colosso".
Aproveito para deixar aqui uns dados que, como compreenderá, são um bocadinho mais credíveis:

- Ranking UEFA 2011 - http://kassiesa.home.xs4all.nl/bert/uefa/data/method4/trank2011.html
(tem em conta a performance dos 5 anos anteriores)

- Ranking IFFHS 2011 - http://www.iffhs.de/?10f42e00fa2d17f73702fa3016e23c17f7370eff3702bb1c2bbb6f28f53512
(baseada na performance até 30 de Abril de 2011)

- Ranking baseado no nº de títulos europeus - http://www.eurotopfoot.com/gb/histgb1.php3
(apenas contabiliza Taça dos Clubes Campeões Europeus, Champions League, Taça UEFA e Liga Europa)


Pois como expliquei no meu post e sendo brutalmente realista, nem o meu Porto que tem sido feroz e tem ganho o seu espaço no contexto europeu e mundial com todo o mérito pode ser considerado um "colosso", porque lhe falta (ao Porto e ainda mais aos outros clubes portugueses) ... DINHEIRO! Aquilo que os clubes de potência têm a rodos. O Ricardo não vê jogadores de nomeada nesses clubes transferirem-se directamente para nenhum dos nossos (a não ser que estejam desvalorizados ou não joguem com frequência). Abra os olhos por favor...

E enquanto continuarem com essas almofadinhas de colosso para se confortarem, as coisas não irão mudar muito. O Porto não vê o Benfica como inimigo, mas apenas como o maior rival (de momento, noutras épocas foi o Sporting ou Boavista) e cuja pseudo supremacia está a ser gravemente posta em causa. Se deu imenso gozo esta época? Ai se deu! E sabe porquê Ricardo? Porque iam ganhar tudo, surpreender a europa subestimando vergonhosamente um rival que tinha sido tetracampeão na época anterior... erro crasso!

Bem haja Ricardo

Armando disse...

Caro/ a XTina, os meus cumprimentos, as divergências - eufemismo... - não me impedem de respeitar um/a inimigo/a. Ok, vivemos a hegemonia portista, já tivemos a hegemonia do Benfica. Há, no entanto, uma diferença - et vive la différence! - nenhum título, daqueles que fazem a estatística, foi caso de polícia. Tendo a bondade de poder aceitar o episódio Calabote, recordo-lhe: perdemos. Pelo contrário, o Porto ganha sempre.
Cumprimentos.

Diana Maia disse...

Caro Armando antes de tudo agradeço a sua educação e respeito pois garantidamente que são mútuos da minha parte.

Relativamente a tudo o resto não irei rebater nada mais, pois seria outra conversa em círculo e que jamais levará a entendimento das partes. Mas recordo-lhe que o único título no qual o FCP foi sancionado - com 6 pontos de prejuízo - mesmo assim não colocaram em causa a conquista título nacional (e por via de decisão tomada ilegalmente, como recentemente já foi confirmado em sede de tribunal). Já se falarmos nos 2 últimos títulos do Benfica, uma retirada de pontos decretaria inevitavelmente um outro campeão que não o clube da Luz. Mas como tão bem disse, não houveram "casos de polícia", apenas jogadores do FCP que foram castigados de forma leviana e após cumprirem a sua pena, veio a confirmar-se que o castigo deveria ser um terço daquilo que eles cumpriram. Mas águas passadas não movem moinhos e a promessa feita pelo grupo de dar o grito de revolta foi amplamente cumprida este ano ("Somos Porto e vamos voltar a vencer").

Mas de qualquer modo o Armando ainda não é um dos (grandes) benfiquistas que consegue explicar com a teoria da conspiração/corrupção todo o sucesso internacional do FCP que (sejamos sérios) a nível de palmarés é até cruel comparar com o do SLB. Bem haja Armando, boa noite

Armando disse...

Acho muito estimulante a androgenia de XTina, gosto do jogo de sugerir e esconder. No entanto, o texto acima, sem qualquer prejuízo da minha anterior avaliação, decepcionou-me. Fala de subjectivismos e o uso destes demonstra, sempre, falta de razão. Não são. por exemplo, as decisões judiciais que justificam tais ou tais factos, é a credibilidade dos mesmos. No caso, a credibilidade não existe, nem nas polícias nem na magistratura, a corrupção é impossível sem esta aliança. E não se trata de uma teoria da conspiração, trata-se do Porto, portista, uma região decadente, onde tive o quase desgosto de ter nascido e o "quase" refere o facto de não ter tido oportunidade de poder escolher. O facto não faz que censure os meus pais pelo infausto acontecimento, afinal os acidentes existem, dos mesmos resultam vítimas, no caso: eu.

Diana Maia disse...

Triste essa sua concepção do Porto e do norte Armando. Mas é a sua e não a minha felizmente. Nasci orgulhosamente no Porto e sou portista por gosto e convicção. Moro em Lisboa há 13 anos e não acalento ódios a nenhuma das cidades, prefiro manter esta vivência mais sadia que infelizmente o Armando não tem e que partilha com tantos mais benfiquistas que encontram os "mauzões" todos do mesmo lado, ignorando alegremente os que consigo coabitam.
Tal como eu o desiludi, o senhor agora também me desiludiu, pois o reiterar das teorias da conspiração furtando-se a explicar uma extensão da mesma ao nível internacional, para poder justificar o sucesso do seu rival é o discurso de quem não quer olhar aos seus erros ou fraquezas e apenas quer resgatar algum alívio de consciência na constante desvalorização das conquistas alheias, por mais contundentes que elas sejam ao longo dos anos.
Mas tudo na paz Armando, enquanto essa mentalidade se mantiver nada se transforma e assim vamos vivendo. Boa noite.

Armando disse...

Com as necessárias desculpas aos companheiros por este quase diálogo com o/a caro/ a XTina, preciso esclarecer ponto, não sem antes expressar o meu genuíno interesse em manter a sua consideração: amo o meu Porto, cidade, muito doridamente e já amei, uma partilha que só talvez a psiquiatria possa explicar, o seu FC do Porto, não é passado, uma vergonha que queira esconder no meu armário de cadáveres, vazio, felizmente.O que odeio na minha cidade natal é a indiferença, o desprezo das élites, a excelência que existe como em nenhum outro lugar do país, desprezarem a coisa, o serviço público, deixando-o nas mãos de arrivistas e pequenos vigaristas, tornando o nosso Porto naquilo que é: um lugar decadente, onde não existe nem lei nem ordem.

Há 28 anos fugi do Porto, escolhi frequentar um curso, como álibi, que não existia no Porto. Foi uma decisão com custos, tive que tirar outro, aquele que queria de facto, ainda que não me arrependa, sou daqueles que pensa que as escolhas têm preço, custos. Não fui para Lisboa, a também muito amada Lisboa - outra vez, a psiquiatria...- por acidente, sentimental ou outro, menos ainda por necessidade e nesta dualidade emocional, uma coisa aprendi: o amor é um lugar muito difícil.

Desculpe

Diana Maia disse...

Fiquei elucidada Armando, muito obrigada por despender do seu tempo de análise ao seu (novo) clube do coração esta extensa explicação.

Cada qual tem a sua vida, o seu percurso e as suas perspectivas que são moldadas pelos caminhos que palmilhamos. Continuo a discordar de si, mas não serei intolerante a este seu ponto de vista, pois não tenho esse direito. E esse "cancro social" da intolerância pela diferença de opinião, leva-nos tantas vezes (e não só no futebol) a antagonismos idiotas.
Bem haja Armando, foi um prazer debater consigo

Armando disse...

Cara XTina, desculpe a brincadeira com o/a e a androgenia. Falei em psiquiatria, porque o FC do Porto era o meu clube, excepto quando jogava com o Benfica. E eras um prazer muito gratificante ir para a central do velho Antas e merecer o reconhecimento e o respeito dos portistas que me rodeavam e a forma afectiva como perdoavam a deriva quando o Benfica jogava com o Porto, apreciando o meu contido sofrimento e recordo uma final da Taça de Portugal, a única disputada em Agosto, nas Antas e os cumprimentos e abraços finais, sem ponta de ressentimento. Não mudei de clube e aceito que não seja compreensível que o FC do Porto fosse, então, o meu segundo clube. Foi assim, um mini desastre cósmico, o que prova que mesmo a produção em massa, moldada, pode ter defeitos.Gosto de me sentir assim, desajustado, único no defeituoso.

É também um prazer renovado partilhar da sua gentileza. Peço-lhe, no entanto, que não se exceda no uso do açúcar.

Diana Maia disse...

Caro Armando, não sei precisamente o intuito da sua última frase, no entanto devo garantir-lhe que não utilizo açúcar pelo menos desde o final da minha infância. Gosto de alguns doces, mas não consumo açúcar de adição. Bem haja