A semana europeia não começou nada bem para o Benfica.
Depois do desaire da equipa B em Inglaterra, hoje assistimos a uma derrota expressiva dos sub-19 frente aos miúdos do Zenit.
Cabe à equipa principal inverter a tendência desta semana daqui a umas horinhas. E bem que precisamos de uma vitória, é o único resultado que nos interessa tanto enquanto Benfica como para servir a ambição europeia.
Hoje vamos precisar de um Benfica muito mais forte do que aquele que temos visto toda a época. Hoje a equipa tem de dar o salto qualitativo que todos ansiamos. Hoje tem de ser o inicio de um ciclo com rotinas e sistema de jogo a carburar a alto nível.
Não há espaço para erros tácticos, para a exposição de jogadores de qualidade questionável para este nível nem para facilitismos ou medo.
A um ataque cheio de liberdade e qualidade criativa, é necessário criar o entrosamento perfeito entre os seus membros. Não dá para ter um dos 4 jogadores a aparecer a espaços. Jogando o Talisca, está na hora de este começar a participar com mais vivacidade no jogo ofensivo da equipa.
A uma defesa comandada exemplarmente pelo capitão da equipa, é necessário acabar com os erros de casting. Está na hora de a defesa se tornar coesa e eficaz nos seus processos. Nesta altura já não se aceitam as barracas do Jardel nem os buracos do Eliseu. Jogará o Almeida? Tem de defender melhor do que aquilo que tem feito e talvez evitar grande envolvências ofensivas.
A tudo isto é crucial o meio-campo, para mim a zona mais desequilibrada das ideias de Jorge Jesus. Esta zona de terreno tem sido somente uma zona de passagem, com a equipa a depender da qualidade de quem ataca para chegar ao golo e de quem defende para não sofrer. A um nível de Champions é essencial um meio-campo coeso, dominador e capaz de gerir os equilíbrios da equipa. Pede-se um meio-campo que saiba construir, que saiba fazer as compensações defensivas, que saiba fechar e que saiba libertar elementos para o envolvimento ofensivo.
Mas hoje há algo que merece ainda mais atenção do que estas questões técnico-tácticas.
É a postura. Hoje exige-se um Benfica campeão, um Benfica com estofo. Uma equipa sem medos.
É que aquele benfica borrado já é uma presa comum tanto para o Hulk como para o Villas-Boas. Hoje não lhes podemos facilitar o trabalho. Hoje temos de ser Benfica.
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