VOU FICAR CALADINHO, PENSA O BRUNO
BdC tem estado muito calado. É natural, só vale a pena falar quando o Benfica está na frente. Já sabemos que LFV lhe facilitou a vida, este ano, nem foi preciso ter mérito em nada.
Mas o que BdC não está a ver bem é que o Porto está a ganhar, e com agentes num caminho de intimidação da arbitragem pela violência jamais visto (a não ser que acredite que aqueles arruaceiros que visitam centros de estágio e vandalizam casas de familiares de árbitros que, supostamente, prejudicam o porto nas arbitragens, o fazem por iniciativa própria). PdC não quer perder este campeonato, não pode perder este campeonato. São cinco anos sem tocar nessa taça. A equipa do Bruno vai ter (pelo menos) dois confrontos diretos com o fcp. E poderá, muito bem, ser gamada. Em ambos!!! Qual o árbitro com coragem para se sujeitar a esse tratamento de violência que é, hoje, a consequência natural da perda de pontos ou dos "prejuízos" ao fcp? E as equipas de Conceição, com aquela raça que dá porrada do princípio ao fim, sem terem problemas de cartões? Vai ser um miminho.
Se BdC não abrir a boca, este estado, este clima de intimidação e procura de poder, instala-se em dois tempos. Já foi assim anteriormente. Se a comunicação do SLB disser alguma coisa, vai sempre cair em saco roto. Estamos a cinco pontos. No início do campeonato!!! Parecerá sempre conversa de mau perdedor, por mais razão que se tenha. Mas a equipa do Bruno está à frente. Tem tudo, mas tudo, a perder. E tudo contra, também, num campeonato tão longo. JJ faz sempre bosta, sempre, mas sempre, é já uma lei do Futebol. Em algum ponto da sua carreira numa época, JJ inventa e faz um cocó monumental em três ou quatro jogos fundamentais.
O fcp, além de estar a recuperar a arbitragem, tem do seu lado uma estrutura, um staff e uma massa adepta bem mais habituadas a ganhar do que o Sporting.
A questão é simples. Eu avanço a hipótese que Bruno ficará caladinho, sem dizer nada. Vai esperar pelo primeiro motivo para abrir a boca, o que será, no mínimo, arriscar muito.
Ficar calado e perder este campeonato para o fcp, mesmo que fique à frente do Benfica, não serve os propósitos de um presidente do Sporting, de um presidente digno desse nome e da instituição. Ficar calado será equivalente a afirmar que o maior objetivo da sua vida, e a razão primeira da existência desta presidência, é prejudicar o Benfica, única e exclusivamente, e acabar o campeonato à frente do rival, mesmo que não o ganhe. E isto, embora possa ir de encontro à vontade de uns quantos retardados, será o princípio do fim. Fica calado, por favor, Bruno. Acredita que foi só por falares tanto que perdeste dois campeonatos. Assume a mediocridade desse teu antibenfiquismo o resto da tua carreira como presidente, é só o que te peço.
19 comentários:
O que tu queres sei eu... O Bruno de bocarra aberta beneficia muita gente... menos o Sporting.
Como sportinguista quero-o calado até ao fim do mandato.
Convenhamos que se o FCP é isso tudo - e eu acredito que sim - não é por o Bruno falar que as coisas duvidosas deixarão de ser feitas.
O Sporting é o principal adversário de si mesmo. Quanto menos falarem JJ e Bruno melhor.
Claro... o sporting e o fc porto vão virar ponteiros um para o outro quando o recente escândalo dos emails demonstra a podridão em que estava envolvido o futebol português com o estado lampianico..
Mais urgente do que o campeonato é eliminar este faz de conta existente em que o Benfica controla tudo e todos, desde a colocação nos programas desportivos de comentadores "independentes", da divulgação secreta da cartilha em que os comentadores afetos ao emblema não passavam de uns fantoches, da transmissão tendenciosa dos jogos na btv com efeitos já existentes nas tomadas de decisão no VAR, até a influencia evidente no setor da arbitragem com ratos de esgoto( ou melhor padres e sacerdotes ) a fazer o trabalho sujo comandados pelo slb.
Mais importante que este campeonato, o essencial é devolver a verdade desportiva a esta competição !
O mais recente "escândalo" dos emails existe na cabeça de alguns doentes. Mas é evidente que nada daquilo influenciou o que quer que fosse, diretamente, bem como os vouchers. Uma coisa é dares dinheiro, ofereceres viagens e pagares a prostitutas para que te favoreçam o clube, sendo que, se não o fizerem, descem de categoria. Este é um esquema bem montado e funcional. Emails e vouchers é o desespero de dois clubes que não ganham a verem o seu maior inimigo a ganhar. Não defendo os emails, e imagino que LFV seja o responsável máximo dessa estupidez monumental. Mas é estúpido, acima de tudo, porque é inconsequente, ilegal, ou qualquer coisa lá perto, e abriu mais uma porta para a crítica.
Resta dizer aqui que, tirando uns quantos mais orientados, a maior parte dos sportinguistas são antibenfiquistas de convicção, e muitos portistas também. A verdade desportiva esteve a bater na porta ao lado, durante mais de vinte anos. Mas agora não há grandes questões, só as pontuais. Proença é sportinguista e pro sporting, mas. como bom sportinguista, é, acima de tudo, antibenfiquista. Verificou-se durante a carreira, vai-se vendo agora. O Porto voltou aos cascudos, à intimidação, e está a conseguir alguns frutos. E a comunicação do Benfica vive sempre a tentar desviar as atenções dos pacóvios, para que não vejam o dinheiro que LFV e amigos arrecadam.
O Benfica a controlar tudo e todos é de uma demência tão avançada que nem comento. É como recorrer a bruxos. É um caso de psiquiatria, tão somente. A grande diferença do Benfica do ano passado para o deste ano é que LFV achou por bem destruir uma defesa com três jogadores de luxo e um velhote por uma defesa com três jogadores muito abaixo dos mínimos necessários (Grimaldo está sempre lesionado), e o tal velhote, que está mais velhote ainda. Com Ederson, Grima a bombar, Lindel e Semedo, ou com substitutos à altura, Benfica era penta todos os dias. Lamento dizer-te, mas nada, nada, mesmo nada daquilo que fez BdC é responsável pela situação do Benfica agora. Apenas um responsável, e chama-se Vieira.
A maior parte da programação da BTV é um nojo, um asco absoluto. E consegue, mesmo assim, ser um milhão de vezes superior à sportingTV, nem tem discussão.
Quanto à verdade desportiva, é exatamente o que descrevi. LFV não investiu, sporting e porto fizeram-no, e bem, e lutarão pelo campeonato a dois, até janeiro. E o porto não quer perder. Eu apenas me vou rir da mediocridade de alguns sportinguistas, caladinhos em segundo lugar, felizes por estarem à frente do Glorioso, mas com algumas roubalheiras, com copyright fcp.
Sê feliz na tua demência.
Estás enganado, Duarte. Eu acho que o Benfica, depois daquilo que fez LFV na "preparação" desta época, não tem nada a dizer, pelo menos até janeiro. Joga-se sem um sector completo, e isso é muito difícil.
Eu só quero ter um registo, para mais tarde mostrar a todos os meus amigos antibenfiquistas (tenho uns quantos) como são medíocres e toscos. Eu prevejo alguma roubalheira para o porto, nos jogos com o sporting. Rezo, mas mesmo, para que seja muita, e altamente escandalosa, daqueles casos em que o VAR não pode dizer nada. Muito amarelo poupado, foras de jogo inexistentes tirados ao sporting, faltas marcadas ao contrário e um jogador dos vossos ou dois expulsos. Porque achar que o VAR resolve os problemas da arbitragem é, no mínimo, inocente. Não resolveu nem vai resolver.
É só isso que espero. BdC falar ou não falar, para mim, vai dar ao mesmo. Eu prefiro-o calado, porque me cansa a estupidez e a pequenez, mas isso sou eu. Por outro lado, nalguns casos diverte-me. Mas, mesmo assim, calado é como gosto mais de o ter.
Então estamos de acordo em pelo menos uma coisa: BdC calado é um poeta.
Mas com a resposta percebi uma coisa: achas que o Bruno ficará calado se ficar à frente do Benfica, mesmo que em 2.º. Estás enganado, parece-me. Claro que há muitos antibenfiquistas, mas face ao investimento feito, ao "parlapiê" (lá está) e ao número de anos em que está à frente do Sporting sem oposição visível, um título perdido será tão cobrado face ao Benfica como ao Porto.
Paulo Bento ficou 4 vezes à frente do Benfica e acabou por ter de sair porque já ninguém o aguentava. Mesmo num contexto de não investimento em que as pessoas são mais compreensivas, que nem sequer é o que agora se verifica.
Quanto à roubalheira, veremos. Espero que não tenhas razão, mas não sou bruxo.
Caro Filipe Rebelo,
1. Ainda que por diferentes motivos, vai BC e vou eu.
2. Conforme alguns ainda hoje recordarão, muito foi o estardalhaço em direcção ao Benfica (principalmente) aquando da chegada de JJ ao SCP. Conhecedor da casa que havia deixado, o motivo era (e ainda hoje é, ainda que em menor medida) apenas um: medo. Estavam todos borradinhos do poderio do Benfica e havia que atacá-lo: desse por onde desse, fosse de que forma fosse. O decôro, esse, não é para aqui chamado: não quando em jogo está o mais primário instinto de sobrevivência.
3. Pelo exposto, o “nível sonoro” de BC surge-nos como directamente proporcional ao “grau de perigosidade” que atribui, única e exclusivamente, ao Benfica: se recentemente tem-nos brindado com um mais que merecido descanso nesse capítulo, tal comportamento significa somente que, no respeitante ao Benfica e com as devidas cautelas, dali não sente que deva ter grande coisa a temer. Por motivos que já aqui explanei recentemente, considero que está correcto na sua apreciação.
4. Neste seguimento, a tua tese, ainda que racional e lógica, encontrar-se-á, contudo, “ferida de morte”: uma vez que a racionalidade e a lógica não são nada para aqui chamadas. Salientaria, aliás: sobretudo na área que estamos a tratar.
5. Se BC aprecia ver o FCP a vencer? Se deseja vê-lo sagrar-se campeão? Não em detrimento do SCP. Mas, se tal significar que, com isso, o Benfica desce para a 3.ª posição da hierarquia nacional (e, consequentemente, para a LE – com todos as desvantagens desportivas e financeiras inerentes), então essa mesma condição, ainda que subalterna, é, aos seus olhos, perfeitamente suportável.
6. Porque uma coisa é ter um “vizinho” a relembrar-nos diariamente do seu próprio sucesso: vendo-o prosperar mesmo nas nossas barbas, enquanto definhamos, lutamos pela sobrevivência. E, a isso, ainda juntar o facto de ter de digladiar-se com o mais poderoso clube do norte.
7. Outra, completamente diferente, significaria retirar o Benfica da equação logo à partida: assegurando, desde logo, a subtracção de um candidato ao título, a participação na LC, as vantagens desportivas e financeiras inerentes, a que se junta o facto de, mesmo perante o insucesso, haver sempre a possibilidade de olhar para o lado e constatar quem esteja ainda pior.
8. 1.ª prioridade: SCP campeão. 2.ª prioridade: Benfica não sê-lo. O mesmo é aplicável ao FCP. Em qualquer das duas: o Benfica entala-se sempre.
9. Porque ambas as partes sentem não conseguir prosperar perante um Benfica forte, o (infame) acordo passa, fundamentalmente, por um pacto de não-agressão mútuo: concentrando forças no “combate” ao Benfica. Em estrita cooperação, aniquilar o Benfica e, no final… que ganhe o melhor. Fazê-lo no Eden ou sobre cinzas… indiferente. Não sou eu quem o confirma: é a história desportiva do exotismo vigente.
10. Arriscaria mesmo que, sob esta condição, 9 em cada 10 adeptos do SCP e FCP assinariam de cruz: ad eternum. Para, em seguida, dormirem com um sorriso nos lábios. Como há muito não o fazem.
11. Se o Benfica (ainda) possui os recursos para dar a volta? Sim. Este plantel, apesar de toda a porcaria que tem mamado incessantemente e de há longo tempo a esta parte na “teta” do Benfica, ainda pode ser bem sucedido.
12. Só que não será: na medida em que, regra geral, o clube não tem revelado possuir os instrumentos necessários com vista a superar-se na adversidade. E não falo de uma adversidade na qual, à falta de habituais titulares, existem Ederson ou Sanches na retaguarda e prontos a avançar. Falo de uma adversidade feita de “pele e ossos”: onde o que há é o que está à vista, que tem de ser cirurgicamente aplicada e muito bem espremida.
13. Nunca o Benfica recente o conseguiu fazer. Regra geral, necessita beneficiar de qualidade superior com vista a ser bem sucedido: só no tempo de JJ conseguiu, numa única ocasião, superar o FCP perante “armas” relativamente semelhantes. Ainda assim, cumpre recordar, num plantel que tinha, entre outros, Talisca como suplente.
14. Em suma, este Benfica pode, em potência, fazer coisas bonitas: mas, de cima a baixo, não tem gente com a qualidade e mentalidade para conduzir quem de direito a realizá-las. É algo de quase perceptível até no ar que se respira.
15. E, sinceramente, sendo certo que o resultadismo ajuda muitas vezes a detectar uma manta gradual e perceptivelmente mais curta, surpreendem-me as reacções geradas: ao caso, perante tão pouco. Porque, apesar de nunca ter merecido particular eco no passado, sempre lá esteve muito do que (correctamente) hoje se aponta: ao caso, facilmente perceptível para quem estivesse na disposição de retirar os óculos de sol vieiristas e trocá-los, por uma vez que fosse, por uns ou do clube, ou da honestidade intelectual.
16. Do alto das limitações que me são inerentes, tenho uma ideia relativamente límpida sobre o que ali há a fazer: no curto, médio e longo prazo. À luz do fortalecimento que, à devida dimensão, isso poderia significar para o actual Benfica: não o direi, aqui ou em lado algum.
17. Porque a origem do maior problema do Benfica não está nos jogadores, equipa técnica, direcção ou adversários directos. O problema de fundo do Benfica reside nos próprios benfiquistas: os únicos que, a cobro de inadmissíveis justificações, têm protelado gravíssimos problemas de há longo tempo a esta parte. A troco da bola que entra. Ou, quando não entra, de cimento, betão ou, simplesmente, banha-da-cobra.
18. Enquanto benfiquista, não me posso permitir contribuir para a perpetuação desta realidade. O meu contributo activo não pode ser passível de ser desvirtuado e utilizado por forma a alimentar este Benfica, a fortalecê-lo. A este Benfica, há que deixá-lo “passar fome”. Porque todos os reparos tidos ao longo dos muitos/demasiados anos de nada têm valido à luz de uma conduta primitiva e infantil, há que investir na única solução que conferirá a necessária dose de realidade: a falência (por si só) do “projecto”.
19. A queda do Benfica: como posso eu permitir-me assistir a algo do género sem nada fazer?
20. Simples. Por forma a, na minha modesta contribuição, habilitá-lo a que, um dia, os seus possam facultar-lhe a oportunidade de se reerguer com ainda mais força. O que, nos presentes termos, não é possível.
Bem hajam e, espero, até breve. Seria bom sinal.
nada, o slb não controla nada....
nada....
a recusa intelectual de uma verdade demosntrada uma e outra vez, é de facto um apoio argumentativo bem fixe!
Duarte, eu acho MESMO que BdC ficará calado, sim. Tu, em particular, podes ter ficado aborrecido com quatro anos de PBento, por ver o SCP sempre atrás do Porto, mas o que via a grande maioria era o Benfica atrás do scp, independentemente do resto. As idiossincrasias de um clube são difíceis de contornar. Nós também temos as nossas, e sabemos bem ao que leva a burrice e a estupidez.
O máximo que vejo BdC a fazer é queixar-se de uma ou outra arbitragem que não lhe corra de feição, mesmo contra o fcp isso poderá acontecer. Mas o conteúdo e "teor" da queixa serão sempre diferentes. Acredito que em momento algum será referido o nome dos aliados, e será sempre um ataque à arbitragem em si.
Caro Redmist, deixe-me começar por dizer-lhe que eu nunca abordo tema algum sem ser com muita lógica e racionalidade. Até o caos tem descrição física e matemática, embora, neste caso, estejamos a falar mais de psicologia do que de outra coisa qualquer. Eu, por acaso, acho mesmo que uma grande maioria dos sportinguistas é antibenfiqusita, ao contrário do comum adepto portista, que é culturalmente menos evoluído e mais arruaceiro, mas que tem um orgulho enorme (e bem) na sua maravilhosa cidade e no seu clube. Por serem mais toscos, por um lado, e mais "aguerridos" por outro, defendem a sua dama até às últimas consequências. Prova do que digo? Conhece vozes críticas no Benfica, como o "Ontem", vozes críticas a BdC no sporting também, mas agora pense onde andam os blogues de opinião e oposição a PdC, daqueles feitos por portistas de gema, daqueles que dão a cara nos estádios e nas assembléias? O porto toca a reunir muito mais rapidamente do que qualquer adepto dos grandes de Lisboa, disso não tenho dúvidas.
A primeira emoção/sentimento/frustração/motivação que move BdC, e que vem da educação que teve, vem daquilo que a maioria dos sportinguistas bebe desde que são pequeninos, e é o antibenfiquismo. Não menosprezar nunca o poder que tem o ódio, capaz de se sobrepor ao mais nobre dos sentimentos.
Claro que ambas as parte sabem que não podem prosperar perante um Benfica muito forte, e não podem mesmo. A responsabilidade de estarmos muito mal lançados para o título, este ano, é exclusiva de LFV, senão o Benfica arriscava-se a ganhar 8 ou 9 em cada dez títulos, com os dois presidentes actuais dos clubes rivais.
Quanto aos seus últimos pontos, sobre a situação no Benfica, estou de acordo com o tom geral daquilo que diz. Não estamos num bom caminho, é certo. Mas aqui não se atiram toalhas ao chão, garanto-lhe.
Como já lhe disse antes, Pedro, esse ódio é caso para psiquiatria. Está ao nível dos bruxos de Vieira.
E, se realmente quer pensar nisto com o cérebro, em vez de usar a bílis, veja onde é que o Benfica está neste momento. Grande controlo que temos das instituições, essa afirmação é de génio. LFV decide destruir um sector de luxo praticamente inteiro, e substitui-lo por um grupo de amigos curiosos, mas o Pedro deve achar que estamos a cinco pontos porque dominamos tudo e todos. Ou porque dominávamos tudo e todos até maio, mas a partir de agosto as coisas mudaram, devido a um fenómeno paranormal. Ou, se calhar, quer dizer que o Benfica ainda controla tudo e todos, para assegurar... o terceiro lugar!!! Uau, belíssimo argumento. Ou será que agora sim, está tudo certo na arbitragem,e que o Benfica já não domina nada porque... o sporting e o porto estão à frente.? Quer que eu aplauda estes "raciocínios"?
Ao referires que, aqui no Ontem, ninguém atira a toalha ao chão, depreendo necessariamente que a tua interpretação do meu futuro comportamento é o equivalente a, precisamente, fazê-lo. Não é. Se o faço é, precisamente, por ainda importar-me. Contraditório? Só à primeira vista. Escarafunchemos:
No universo benfiquista, quantas pessoas possuem verdadeiramente um conhecimento profundo relativamente à realidade do clube? Apesar de todos os meios hoje disponíveis com vista a obtê-lo: seguramente, não muitas.
Desse pequeno universo, quantas pessoas possuem uma capacidade média para, com saber, sabedoria e ética, interpretar esse conhecimento, reflectindo e encontrando soluções aplicáveis aos superiores interesses do Benfica? Seguramente, ainda menos.
Do panorama acima descrito, quantas dessas pessoas encontras, actualmente, nos quadros directivos do clube? Do panorama acima descrito, quantas dessas pessoas encontras incluídas nos “debates” públicos (os únicos com amplo alcance) à vida do clube?
Eu respondo: 0.
A ignorância e a irracionalidade só podem fazer proliferar a ignorância e irracionalidade. Se a isto juntares desonestidade intelectual por parte de quem devia elucidar, tens uma fórmula “pescadinha de rabo na boca” para a perpetuação do presente estado de coisas.
Ao caso, tens sócios votantes que, grosso modo, são perfeitos ignorantes e irresponsáveis no respeitante aos destinos do clube. Qual a condição com vista a separar “o trigo do joio”?
A prestação de provas? O conhecimento aplicado? Não: a antiguidade. Um método sobretudo assente naqueles que pagaram mais quotas ao longo do tempo. Um método que valida a qualidade de um sócio somente assente na sua disponibilidade financeira. Que dá primazia do ter ao ser.
Que o próximo Borges Coutinho tenha direito a 1 voto e um qualquer infiltrado de clube adversário a 50: actualmente, não só ninguém faz a mais pequena ideia, como ninguém se importa.
Face ao panorama acima descrito, em que bases assenta então a legitimidade da presente direcção para, expectavelmente, perpetuar-se por duas décadas na liderança do clube? Na ignorância e irracionalidade dos seus, em muito potenciada pela própria direcção: a qual, naturalmente, terá todo o interesse em protelar tal estado de coisas, na medida em que só este permitirá assegurar a sua perpetuação no poder.
Não vou sequer detalhar os métodos aplicados com vista a potenciar tal estado de coisas: são sobejamente conhecidos e ainda agora terás mais uma demonstração disso mesmo, com a antecipada apresentação de contas a assumir uma óbvia e desesperada procura em tapar o sol com a peneira e fazer a possível contenção de estragos.
Pelo meio, um plantel mimado, aburguesado, educado para aparecer nos bons momentos, mas que foge na adversidade. A que acresce um treinador que, ao invés de admitir as devidas culpas e pedir desculpas, diz-se revoltado. Possivelmente, por nem todos os benfiquistas (ainda) serem bovinos.
Por fim, adeptos que adoram lavar-se em ideologia e encher a boca com termos como “democracia” ou “liberdade”: sendo seguro que, regra geral, comportam-se, promovem e perpetuam no tempo aqueles que mais têm emporcalhado tais conceitos.
Em qualquer sociedade evoluída, sobrar-nos-ia o escrutínio da comunicação social. Azar: nasceste em Portugal. Onde tens um canal do clube que, ao invés de procurar defender os superiores interesses do clube e ainda que principescamente pago por aqueles que trai, limita-se a difundir propaganda directiva, cuspindo de cima a abaixo no respectivo código deontológico.
A isto, junta-se a colocação estratégica na imprensa e canais da concorrência de dirigentes, mandatários, funcionários e demais marionetas: todos com a coluna vertebral feita num 8, enquanto vociferam incessantemente aos 7 ventos uma cartilha que juram não existir.
Nesta espécie de Benfica, tudo tornou-se político. Ao caso, a mais baixa política.
Qual o expoente máximo da crítica ao actual panorama?
Uma blogosfera (ainda) feita de pessoas, regra geral, bem-intencionadas: mas sem capacidade de abrangência efectiva quer para elucidar a larga massa adepta, quer para despertar a criação de um qualquer movimento alternativo devidamente estruturado. Nos presentes termos, de uma impotência ainda mais incisiva que a dos tempos da proibição do direito de reunião ou associação.
Quão deprimente é isto, em 2017, para uma colectividade desta dimensão e importância?
Assim, o sistema revela-se contraproducente, porque:
- Não adaptado à realidade e necessidades actuais.
- Viciado.
- Gerido por indivíduos incompetentes e de má-fé.
- Designados e protelados no tempo por arbítrio de larga franja de adeptos ignorantes, os quais têm um peso excessivo e injustificado nos destinos do clube, em razão de:
A) A incapacidade para, em boa razão e fé, tomarem as mais adequadas decisões para o clube.
B) As profundas consequências que, dessas decisões incapazes, resultarão para o futuro de terceiros e do clube.
Assim sendo, é do superior interesse do benfiquista:
A) Não contribuir sob qualquer forma para alimentar o presente estado de coisas, pautando-se pela total ausência nas mais diversas expressões ou manifestações do clube.
B) Adoptar uma postura passiva e expectante, deixando o presente rumo seguir o respectivo caminho: isto é, deixando-o cometer os inevitáveis erros, típicos de quem, sem os instrumentos e recursos necessários, encontrar-se-á numa posição progressivamente fragilizada, até ao seu inexorável declínio (aguardado em surdina por muitos, dentro e fora daquelas instalações).
Custará mais tempo, recursos, gerações e dissabores? Sim.
Em que medida? À luz do padrão verificado na última década e meia, em larga medida: isto é, demorará consideravelmente mais tempo do que aquele que, por norma, seria necessário.
Do pensamento metódico e imparcial, resulta como relativamente límpido que, enquanto não forem tidas algumas reformas:
A) A nível nacional, na educação ou lei da imprensa, com vista a habilitar a necessária evolução no pensamento e critério de avaliação humano; e/ou
B) A nível interno, na direcção do clube ou crítica escolhida para debatê-lo, visando os fins acima descritos mas, desta feita, por iniciativa do próprio clube.
Entender um mero blog de internet enquanto mecanismo de viragem do actual processo em curso revela: ou ingenuidade, ou sobranceria. Apesar da diferente nobreza das origens que os despertem, qualquer um deles conduz, invariavelmente, ao mesmo resultado: irrelevância.
À luz da dimensão e força da “maré” que nós, no nosso barquinho a remos, enfrentamos, não há sequer o risco de, parando de remar, sermos levados com a maré: sê-lo-íamos sempre, mesmo que dispuséssemos de um barco a motor a funcionar 24 sobre 24.
Para quê fazê-lo, então?
Para espairecer? Quando pretendê-lo fazer, vou ao jardim ou à praia. Para desabafar? Na medida em que permita evitar andar a pintar muros ou lançar petardos, admito a sua utilidade. Como não costumo conduzir as minhas frustrações nesse sentido, não corro esse risco. Para entreter? Lamento, mas nem tenho uma bola vermelha no nariz, nem me chamo Batatinha.
Não se trata, portanto, de mandar a toalha ao chão. Trata-se de evitar fazer a figura do tipo que anda no jardim, de um lado para o outro, a abanar um boné enquanto diz espantar girafas. E que, quando confrontado com o facto de, ali, não existirem girafas, refere: “Pois não, espantei-as todas!”.
Trata-se, ao invés, do facto de, muito simplesmente, isto estar de uma forma que, independentemente do que faças… não vale a pena. E criticares aquilo que, directa ou indirectamente, alimentas, só atribui mais pozinhos de insanidade e sadomasoquismo à coisa.
RedMist, estes seus últimos três comentários deixaram-me perplexo. Com o primeiro estou totalmente de acordo, e espantado pelo raciocínio, pensava que era o único que sabia fazer contas do nº das pessoas que realmente andam neste mundo sem serem apenas figurantes. São muito poucas, e também acrescem às necessárias capacidades cognitivas a formação certa, ou seja, esse bom cérebro tem que ser alimentado por uma boa escola de pensamento e uma cultura que permitam a elevação do espírito e o raciocínio lógico, pelo menos.
Com o segundo, estou de acordo até chegar à blogosfera. A blogosfera é o que é, e dificilmente será mais. Nos blogues não associados às cartilhas dos vários regimes tenta-se discutir assuntos, abrir olhos, alertar e chegar a conclusões. Mas sabe quantas pessoas seguem blogues, regularmente? Blogues com conteúdo informativo de relevo? Muito poucas. Muito, muito poucas. Porque já quase ninguém lê. Assim, a blogosfera poderá ser pouco mais do que uns tipos que escrevem e lêem a escrever para outros tipos que também lêem e que também escrevem para os primeiros. É muito circular.
No entanto, é de lá que saem algumas figurinhas. A importância dos blogues é tanta ou tão pouca que LFV contrata profissionais do lambecuzismo por aquilo que neles vão regurgitando. No nosso, já nos tentaram calar várias vezes, e denigrem os nossos nomes sempre que podem.
Mas o que me deixou mais perplexo ainda foi o seu terceiro comentário destes últimos três, com o qual não estou NADA de acordo.
Contemplação porque não há mais nada a fazer e deixar passar o tempo até que desapareça mais de metade da população mundial é o que nos espera, com as alterações climáticas. Remediar e enterrar os mortos, é o que faremos nas próximas décadas, a começar já. O CO2 não desaparece assim, em tempo útil, não reduz sem ser por processos naturais, e a maioria da população mundial não tem inteligência nem formação que venha de uma boa escola de pensamento e de uma cultura avançada para que se una em torno desta desgraça.
Agora, com o Glorioso? Nem que morra a gritar. Tudo o que LFV faz cheira muito mal, e não é nenhum gás que contribua para o efeito de estufa. É um homem, e cairá como todos. A questão é se vai ser mais cedo ou mais tarde. Não tem que cair quando ele quiser, nem tem que estar velhinho, podre e agarrado a uma cadeira.
Caro Filipe Rebelo,
Agradeço e estimo profundamente o tempo e esforço empregues no seu raciocínio. Permite-me, ainda que em tom de despedida, somente contrapor com o seguinte:
Há quanto tempo existe o “Ontem” ou a blogosfera? Quais têm, invariavelmente, sido os (esmagadores) resultados nas urnas? Qual tem sido a quantidade e qualidade da oposição ao actual estado de coisas?
Reeleições reiteradas, em modo passeio, sem debate ou propostas conhecidas, perante uma concorrência inexistente, pífia ou, quando digna desse nome, que avança com o único intuito de igualmente ser absorvida por aquilo que, supostamente, critica: esta realidade tem tido tanto de factual como de inalterável.
Quão pobre é isto?
Quão pobre é uma colectividade desportiva que, ao invés de olhar para isto de forma francamente preocupante, preocupa-se apenas com a bola que entra ou sai?
Quão pobre é uma massa adepta que não detecta ou, pior, nega-se a admitir que, para esta realidade, muito contribuíram (porque disso tira proveito) estes últimos 15 anos de “política” directiva?
Quão medíocre é tudo isto? Quão sombrio se afigura o futuro de algo assim? Quão embrutecidos estamos nós enquanto massa adepta e/ou sociedade civil?
Porque muito do que aqui fica escrito é, conforme referes, escrutinado de cima a baixo pelos visados (eu, que iniciei há uns bons tempos atrás um blog, não foram necessários 5 posts para me começarem a rondar nas imediações do trabalho, ao que, saturado da grunhisse alheia, apaguei-o), compreenderás que, tecendo comentários a favor ou contra, estes espaços constituirão sempre um “barómetro” público, através do qual toda a porcaria instalada modelará (e protelará) o seu comportamento: umas vezes aumentando o grau de indecência, outras diminuindo-o, consoante as sensibilidades do momento o justifiquem.
Mas esse comportamento, essa índole, essa premeditação, estarão lá sempre, fazem parte da respectiva natureza de quem de direito. Nem lá estão, aliás, para outra coisa senão isso. Quem, aliás, tem tais comportamentos, revela, com a mais perfeita de todas as clarezas, aquilo ao que verdadeiramente vem: servir-se, apoderar-se, protelar-se, embrutecer: custe o que custar, sob todos e quaisquer meios que justifiquem tal fim.
Não me permitirei alimentar, ser “barómetro”, instrumento ou “idiota útil” de algo assim. Daí a opção (admito que controversa, desconcertante e, seguramente, dolorosa)… do silêncio. É que, no silêncio, na invisibilidade, torna-se mais difícil perceber o que aí virá. Se quiseres, um pouco à semelhança da tal “maioria/minoria silenciosa”: mas, quiçá, passível de um dia, quando menos se espere, intervir.
O exemplo que dás, embora nobre, é, aos meus olhos, desajustado/não aplicável ao caso em apreço: porque, no caso do aquecimento global, beneficias já de uma larga comunidade científica (a facção imparcial, claro está) que, de há longo tempo a esta parte (com mais visibilidade, desde os anos 70, sob a presidência de Carter) vem alertando e discutindo essa temática.
Ao caso do Benfica, além do debate ser bem mais recente e espaçado no tempo, é como se tivesses uma espécie de “comunidade científica” a dizer: “Bem, os aspectos A, B e C são preocupantes, inexplicáveis, inadmissíveis ou até inconstitucionais, mas… o clube é tetra, tem estádio e centro de estágio, os adeptos estão contentes, tem o Jonas e a bola entra.”.
Ou seja, esta “comunidade científica” ainda não dá o “aquecimento global” do Benfica como algo verdadeiramente existente ou, no limite, preocupante.
E a outra “comunidade científica” (a do clube) profere aos 7 ventos que ele nem sequer existe.
Somos nós, uma franja de um povoléu que, dada a sua insignificância, nem de uma espécie de “GreenPeace” se pode apelidar, quem para já vai dando o alerta.
A reflexão que importa ser tida é sobre o que, em última instância, merecerá principal primazia: se o egocentrismo e o prazer pessoal que resulta da escrita/publicação pública sobre esta matéria; ou se, ainda que significando necessariamente o corte com a anterior opção, a defesa, no longo prazo, dos superiores interesses do clube.
Pode parecer um contra-senso. Podes até concluir tudo isto ser um perfeito disparate. Merecerá, contudo, a devida e ponderada reflexão. Há muito que fiz e conformei-me com a minha.
Sabes onde assenta a minha “luz ao fundo do túnel”?
Que espaços como este sejam um pouco como os Velvet Underground: os quais, no seu tempo, pouco foram reconhecidos, mas que tiveram uma profunda influência naqueles que, em seguida, surgiram.
Bem hajam pela vossa militância e boa natureza. Deus vos dê saúde para arcar com esta cruz.
Eu não acho o exemplo desajustado, acho-o assimétrico, porque não é, de facto, a mesma coisa. Mas anda lá muito perto. Vou seguir o seu estilo de pontos ou alíneas:
1) A esmagadora maioria dos cientistas de hoje está de acordo que o aquecimento global tem (também) causas antropogénicas. 2) Nós somos amplamente avisados, desde a escola, e continuamos a ter comportamentos aberrantes e asininos, próprios de quem acha que tudo se resolve e tudo é reversível. Não é mesmo.
3) Saltam-nos factos aos olhos, como os recentes furacões, com alguns momentos de violência que acontecem (melhor, aconteciam) um em cada meio milhão de anos. E achamos o quê? Ok, vamos lá remediar isto. Alteramos o quê? Zero! Uma nação que elege uma besta como presidente dá-nos o melhor exemplo do que é ser-se "pessoa" neste planeta.
No Benfica não são cientistas que falam e avisam, somos nós, aqueles que decidem ter uma voz crítica, que se chegam à frente. A nossa eficácia? Estranhamente semelhante à dos cientistas na questão falada. Vamos para o abismo, e continuaremos a ir. Alertamos e ninguém faz nada, continua tudo estúpido, a viver apenas o momento. A diferença? O aquecimento global começou, mesmo a sério, na revolução industrial. Não o podemos parar de repente nem reverter, mas podemos desacelerar. O Benfica de Vales e Vieiras é bem mais recente, mas é um objeto bem diferente do clima, com diferenças também de dimensão e enquadramento, o que faz com que seja alterável num período de vida de uma geração.
Mas este espaço de intervenção, para mim, não é um espaço de ego, muito menos de prazer pessoal. Sou um tipo preguiçoso, que faz muita coisa mas que preferia morar em frente a uma praia com palmeiras e muitos animais, o ano inteiro. Talvez ter um amigo golfinho e mergulhar com ele, em apneia. Talvez até morrer por lá, e ter os restos devorados pela bicharada. Passar os dias em contemplação e pouco mais. Ah, e olhar a s estrelas de noite, talvez com um telescópio.
No entanto, eu pura e simplesmente, sinto que prefiro morrer tentando. Da minha experiência, o caminho para chegar a um fim é onde passo a esmagadora maioria do meu tempo de vida, e é, em última análise, aquilo que me define.
Saudações benfiquistas, amigo
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