quarta-feira, 31 de agosto de 2011

umas coisinhas...

1. Volta e meia o PC maravilha-me com a sua capacidade de convencer jogadores (e respectivos empresários) a abdicar dos interesses próprios em prol dos interesses tripeiros. Se o empresário do palito está a dizer verdade, e lhe prometeram que o vendiam por 20m€, por que raio assinaram um cláusula de 30?

2. Gosto do Paulo Bento (na selecção) e do Ricardo Carvalho, mas olhando para o passado de ambos, esta salganhada cheira-me mais a culpa do zé-do-risco-ao-meio do que propriamente do Carvalho. Mas é só um palpite! Vai na volta estou enganado...O certo é que a ser culpa do PB pode significar o início de problemas de balneário...e onde é que eu já vi isso? É que no zbording tem piada, mas na selecção nem tanto!

3. Postiga e Djaló?!?!...isto é coisa para ofuscar a fantástica e surreal venda do Roberto...
(é que basicamente os gajos quase pagaram o Elias com estes dois monos...)

Dá Deus nozes a um Jesus sem dentes

Sim, esqueçam. Dediquem-se a outras áreas da vida igualmente interessantes: plantem na vossa marquise de Massamá aquela buganvília que andam a namorar sempre que vão aos Domingos ao Continente; façam longas e saudáveis caminhadas pelo Cais Sodré e acabem na Tasca do Cid às 9 da manhã a comer torresmos e ovos cozidos; tenham filhos para alimentar o ego ou para esquecer a depressão; matem os filhos quando eles crescerem; pintem a casa com aquele salmão que a vossa Maria vos anda a pedir há mais de 10 anos; oiçam consecutivamente o extraordinário álbum “Linda Sónia”, do Nel Monteiro, que vos chama do palanque giratório daquele café em Trás-os-Montes onde vão embebedar-se nos Julhos quentes; vistam a tanga fio dental de leopardo que a sex shop de Odivelas teima em apresentar-vos todos os dias, no vosso caminho para o comboio; ponham um rímel e aquela sombra para os olhos que há tantos anos vocês anseiam por experimentar. O que quiserem. Mas esqueçam, por favor, o campeonato.

Bem sei que o poder da ilusão - ou o mero desconhecimento desse dom tão extraordinário que é a antecipação dos acontecimentos – é capaz de levantar ventos e tempestades tais que o adepto meio que fica inebriado pelo perfume de um jogar selvático, instintivo, vertiginoso e ofensivo. Sim, o Benfica tem momentos de sublime coragem e talento atacantes, puro deleite aos olhos, aos sentidos e ao coração. E, por esse facto, nos deixamos tão facilmente levar na onda empolgada da esperança sem razão. Mas pensem mais um bocadinho, leiam o que o nosso timoneiro diz com atenção e, depois de fazerem todas as contas, concluam: não vamos vencer o campeonato.

Para Jesus, o que verdadeiramente importa é o processo ofensivo. As questões defensivas, diz o nosso líder, são questões de somenos. Importante, fundamental mesmo!, é treinar os mecanismos que produzam futebol espectáculo e, caso a ampulheta do tempo e a inspiração do momento estejam connosco, golos. Mas só se os elementos decidirem juntar-se numa orgia festiva de futebol de ataque com finalizações acertadas. Caso contrário, paciência, ficará para outro dia. O risco, diz quem sabe – ou seja: o nosso guru -, é a forma como vê o futebol. Que importa sofrer 2 se se marcam 3? Ou que importa se se sofrem dois e só se marca um, se aquele perfume, aquela coragem, aquele vertiginoso jogar estiverem presentes? Nada, absolutamente nada.

Aprendamos com Jesus, porque é ele quem nos avisa: o 433 - que aqui neste tasco lançámos ainda a época ia em forma fetal e que ele tem sido forçado a usar, embora algo consternado - não é mudança nenhuma em relação ao 4132 da época passada. Razão? Aimar está mais avançado no terreno. Extraordinário pensamento. Não fosse o facto de Aimar ser indubitavelmente um médio e de não jogarmos agora de forma suicida com dois extremos e apenas um gajo no miolo, e a gente quase acreditava. Mas calma. Não julguem que Jesus, apesar de querer vender-nos a banha da cobra, estará convencido com esta mudança (que para ele não existe). Esperem pelo próximo jogo, que ele vos trará todo lampeiro aquela táctica boa com que ele decidiu iniciar o campeonato e com ela perder dois pontos logo de entrada.

É que a Jesus ninguém convence de nada. Temos um lateral de qualidade superior? Temos, mas não joga. Jesus crê na possibilidade de escolher os piores para assim provar que ele é que tem razão. E, se nada disso sair provado, há-de ter sido culpa de seu Pai, sempre tão irado e propício a fúrias divinas que mudam os destinos dos jogos. Temos um extremo puro no plantel? Temos, mas vai ser emprestado. Isto porque – e, uma vez mais, teremos de recorrer à sapiência do líder – “temos 3 extremos para um lugar”, expressão com que ainda hoje, 3 dias depois de a ter lido, me debato, sem compreender que espécie de pensamento subversivo será este. Temos um óptimo substituto de Aimar para o último terço dos jogos e uma alternativa de grande qualidade em certos jogos, até para gerir bem a condição física do mago? Temos, mas encostamo-lo a uma faixa, que é para tirar de lá aquele espanhol irritante que só por ter andado a marcar golos em catadupa não saiu mais cedo do onze. Temos um extremo que, faça chuva, sol, perca 300 bolas por jogo, não tenha o mínimo conceito de jogo colectivo, joga sempre? Temos, e por Jesus continuará porque – palavras do mestre - parece que lá para os segundo e terceiro terços do campeonato dele veremos coisas bonitas.

Façam como vos digo: dediquem o vosso tempo a outras áreas de diversão. Assim, tal qual está mentalmente o nosso técnico, por aquilo que diz, por aquilo que pensa, pelo que nos quer vender e pelas opções que faz e as que se antevêem, o Benfica não será campeão.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Back to the primitive

Voltei de férias. Vi uns resumos, falei com benfiquistas de confiança e de todos os lados ouvi relatos do recital de futebol contra o twente. Fiquei curioso; e hoje era dia de matar a curiosidade...

Antes de tudo o mais, quero só dizer que este fim de semana vi 4 jogos de bola (para tirar a barriga de misérias): os dois manchesters, o real e o benfas!

Estão a ver a moral com que me sentei em frente à TV às 20h45...mas passou-me rápido! Primeiro, o nevoeiro. Depois, um remake da época passada. Deu logo para matar a moral toda.

Dá para ver que não se aprendeu nada. É a mesma mentalidade de sempre. Saber se acabamos em primeiro ou segundo (ou terceiro, vá...) não depende de nós, depende do Porto. Se tiver um Jesualdo acabamos em primeiro, se tiver um AVB acabamos em segundo. Sim, porque vamos continuar a fazer merda, a dar casas, como hoje podia ter acontecido, mesmo com domínio total (mas não controlo) e vantagem numérica. É neste momento que me ocorre a analogia com o Roberto. É que o Roberto foi sempre motivo de divergência, até chegar o Artur. Agora já todos concordam - porque já todos sabem o que é bom, é mais fácil saber o que é assim assim. Não quero tirar valor ao Roberto, mas bom é o Artur!
E esta conversa toda para quê? Bom, para dizer que ainda temos dois "Robertos": LFV e JJ. Eu sei que estou a esticar a metáfora até ao limite das fibras da analogia, mas pensem bem: parecem que são bons, têm grandes momentos, mas dão grandes casas...não podemos confiar neles!

Hoje, uma equipa competente, uma equipa de champions, teria acabado com o jogo muito antes do apito final...mas não, podia ter dado empate tão fácil como deu 2-0!

P.S. Eu ainda acho que o Cardozo é o terceiro "Roberto", mas pronto, reconheço que o affair Cardozo é complexo demais para ser resolvido assim, num simples P.S. ...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

17 anos de incompetentes

Quem conhece este blogue sabe perfeitamente que não raras vezes nos dedicamos a sovar as decisões da Direcção do clube. Não é difícil, diga-se, visto que o Benfica tem sido gerido nos últimos 17 anos por autênticos incompetentes que desconhecem a identidade do clube, desrespeitam os seus adeptos e apenas se movem pura e simplesmente pelos interesses pessoais que têm.

Já tivemos de tudo: desde o panasca que levava sovas da mulher e que decidiu construir, a mando da sua querida esposa, uma capela junto ao Estádio - panasca esse que foi o maior responsável pelo adormecimento do gigante quando decidiu revolucionar um plantel e equipa técnica; o outro, de qualidade superior e, esta, integrada nos princípios fundamentais do benfiquismo.

Tivemos depois o ladrão, um gajo que, ao contrário do Pinto da Costa, em vez de andar a roubar os adversários, decidiu roubar o próprio clube - o benfiquismo tem, de facto, coisas extraordinárias - e que ainda hoje anda fugido do país a clamar inocência.

Depois tivemos o sonhador ébrio, aquele que, conservado em vinho tinto, se apressou a construir alguma coisa possível de entre os escombros deixados pelo ladrão. Mas este sonhador ébrio, além de se dedicar às crenças e ao benfiquismo exacerbado, era também capaz das maiores alarvidades verbais. Frases como: "quero que o Roger se foda!", "Estou farto de benfiquistas", "Benfiquista sou eu e mais 20", "as modalidades não deviam existir", "não me interessa o título de basquetebol" ou aquela que viria a ser profundamente simbólica porque totalmente repetida à exaustão por aquele que se lhe seguiu: "prefiro trabalhar com lagartos". O sonhador ébrio era assim: um poço de incongruências e decisões dúbias. Entre elas, claro, está a opção de meter no clube o actual Presidente, o mentiroso.

O mentiroso começou a ganhar nome dentro do clube e rapidamente se percebeu ao que vinha: atirar o sonhador ébrio para um canto e governar, depois de extinguir o Alverca, o maior de Portugal. Desde esse dia fatídico - mas também, sejamos justos, quem teve colhões para aparecer com uma ideia melhor nesses tempo? - o mentiroso reina sem oposição o Benfica, fazendo o que bem quer e lhe apetece, mentindo consecutivamente aos sócios, desrespeitando as suas vontades, trazendo para o clube incompetentes e adversários e, o mais evidente, com uma taxa de sucesso desportivo no futebol que roça o ridículo: 11 anos, 2 títulos nacionais. E o mentiroso, como 90 por cento dos benfiquistas gostam que lhes vendam banha da cobra e, se possível, que ainda lhes enfiem a linguinha da cobra intestino acima, vai continuar, feliz e contente, por mais uns aninhos. Até que alguém olhe para o lado e perceba que o mentiroso e o ladrão não eram assim tão diferentes. Mas o futuro ao futuro pertence.

Panasca, ladrão, sonhador ébrio e mentiroso. Cá estão os 4 estarolas dos últimos 17 anos. Os responsáveis por esta autêntica caminhada no deserto que persiste em não acabar. Só um clube grandioso como o nosso pode aguentar 20 anos de tanta incompetência e manter (e até aumentar) a sua base de apoio.

O Benfica é muito grande. Pena é que nem sempre muito inteligente.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Umas notas do fim do mundo

- Se Roberto vale 8,5 milhões, quantos vale Artur? De facto, os abutres que andaram um ano inteiro a dizer que o Benfica não podia jogar com o espanhol só queriam mal ao clube. Bons, bons, são aqueles que, independentemente do valor dos jogadores, os defendem à exaustão só porque não querem criticar nada no Benfica, na sua Direcção ou especificamente no Presidente que apoiam. Esses é que são bons.

- Confirmam-se as ideias primeiras: Emerson dá para o campeonato nacional (exceptuando os jogos com os outros 3 de qualidade superior), nada mais do que isso. Fico é a pensar por que razão está um gajo muito melhor sentado no banco...

- Não há qualquer tipo de estratégia colectiva na forma como a equipa pressiona. Não raras vezes vemos, bem, os dois da frente em pressão sobre os centrais, direccionando a bola para as laterais, só que o resto da equipa, especialmente os extremos - e especialmente Gaitán -, não segue a pressão exercida pelos da frente. Resultado: os médios têm de subir mais do que deviam, abrem espaços entre eles e a defesa e os defesas, vendo jogadores soltos de marcação a bombear bolas para esse espaço, dividem-se entre subir o bloco ou recuar. Neste instante de dúvida, surgem golos. Já ocorreram dois e mais se adivinham.

- Jorge Jesus, por alguma razão que nos escapa, parece ter aversão em ter em campo simultaneamente Aimar e Witsel. Coisa estranha, já que, além de os dois serem jogadores que individualmente são dos melhores do Benfica, juntos criam uma dinâmica e consistência impossíveis de superar quando não jogam juntos e são ou substituídos por outros ou jogam em posições que não as deles - Witsel não é nem será nunca um 10.

- Gaitán terá de sair da equipa por uns tempos. É demasiadamente clara a falta de solidariedade colectiva. Nem que seja como forma de o ensinar esse valor tão nobre da humildade. O Jorge D., do Centro de Jogo, já o disse há uns tempos. Concordo totalmente.

- Cardozo pode perfeitamente funcionar num 433 como este. Disse-o antes e repito-o hoje. Quem viu a jogada do segundo golo e o excelente primeiro golo faça o favor de rever as notas que tinha sobre o paraguaio. Não tem técnica? Alguém me explique como é possível marcar aquele golo sem técnica. Não sabe jogar com os 3 jogadores de trás? Alguém me explique como é possível não saber jogar rápido em transição e fazer o que ele fez no segundo golo.

- Witsel no golo de Nolito. Um compêndio que devia ser lido aos muitos idiotas que proferem a frase mais estúpida dos manuais das imbecilidades futebolísticas: não se pode criticar o jogador por rematar à beira da baliza. Claro que pode. E deve, se o jogador tem uma solução mas fácil de fazer chegar a bola às redes. E ela ali estava: passe para Nolito, deixando o defesa e o guarda-redes fora do lance e o seu companheiro com a baliza aberta. A este gesto é que não se pode encontrar qualquer erro. Perfeito. De um jogador acima da média.

- O maior perigo para o Benfica nos dias que correm? Jorge Jesus. Ou antes: a incapacidade de Jesus para admitir os próprios erros e aprender com as boas soluções que se lhe apresentam. Por vezes, acidentalmente. E um treinador que põe o seu ego à frente dos interesses da equipa será sempre, por mais qualidade que tenha (e ele tem, muita), um treinador limitado.

- A eliminatória está muito longe de estar resolvida.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ao intervalo...

Primeiro, queria pedir desculpa por não ter participado na discussão que iniciei no post anterior. Gostava de o ter feito, mas os últimos dias tiveram demasiadas obrigações para vir aqui ao tasco.


Entretanto, queria escrever já algo sobre o jogo que estamos a ver por duas razões:


  1. Porque ainda tenho esperança que ao intervalo o JJ emende esta merda, e eu quero bater no ferro quando ainda está quente...
  2. Porque não vou ter tempo depois, nem hoje nem nos dias seguintes... (peço já desculpa pela ausência de resposta aos hipotéticos comentários - mas preciso mesmo de desabafar convosco!)


Então é assim:


FODA-SE! BURRO QUE AQUELE HOMEM É!

Ok, ok, chega para o Gil Vicente (espero que sim...) mas não é assim que lá vamos.

Ficam claras várias coisas. Tecnicamente o Benfica é competente, tacticamente não o é. O espaço dado no processo defensivo é embaraçoso. E sabem, o que me lixa nem é isso. O que me lixa é falhar-nos uma das características mais importantes para ganhar uma prova longa: saber controlar um jogo. Como vimos o ano passado, o super-porto foi construído com muitas exibições menos boas, mas foda-se, controlando o jogo! Uma equipa como o Benfica, se não consegue controlar o Gil Vicente com dois golos de vantagem...epá...que incompetência.


Pronto, eu sei, havemos de melhorar. Acredito que sim. Acho mesmo que sim.

Mas começo a discernir duas características de JJ que me irritam cada vez mais, no limiar do insuportável. A primeira é que o gajo não evolui, nem uma equipa dele. Independentemente das saídas e entradas ele e a equipa já deviam ser mais espertos, pragmáticos. A segunda é que o gajo teve sorte na primeira época com o Ramires e sorte terá nesta com o Witsel; é que ele tem uma ideia/conceito de jogo que não sabe equilibrar tacticamente. Só através de um jogador que calhe mesmo a jeito. Não sabe equilibrar a coisa com táctica e posicionamento. Só com um fora de série coast to coast! E esta primeira parte mostra isso: equipa completamente desequilibrada.


E para acabar: Esta ideia de bastarem 2 gajos no miolo para as equipas fáceis e só colocarmos 3 para a CL ou os grandes é um disparate.


Outro disparate? O Jara!


Espera...começa a 2a parte e sai o Aimar para entrar o Witsel? Ok, agora tenho a certeza que o JJ come merda a todas as refeições do dia, e às conchas de sopa.




E pronto, gosto muito de vocês, mas agora vou de férias! Fica aqui o desabafo, que as próximas semanas tratarão de destroçar (espero!) ou então...

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vender o Cardozo

Sim, vender o Cardozo.

Mesmo quem aprecia e defende o Cardozo sabe quais são os seus defeitos, penso que há unanimidade em relação a isso. Assim não vos maço, digo apenas que mesmo apresentando uma ou outra qualidade excepcional de goleador, tem cinco ou dez(!) defeitos inaceitáveis. Mais, há um ano que me cheira que a sua veia goleadora, e a tese dos 20 ou mais golos por época, beneficiam de estar numa equipa muito atacante. Afinal, até o Pena (demorei 5 minutos a lembrar-me do nome do gajo – é este o nome não é?) foi goleador cá no burgo.


NÃO COMPRAR NINGUÉM.

Sempre que vejo uma notícia de contratação de um avançado fico arrepiado. Não tem sentido. Aliás, só tem sentido a saída do Cardozo se não se contratar ninguém. Porque se for para ele sair e vir um Almeida qualquer, é melhor deixarem-se estar!

O que eu queria era a porta aberta para o Rodrigo e o Nelson Oliveira. Porque nem todos os jogadores são o Witsel e jogam nas horas ainda sem sequer saber o nome de todos os colegas.

Vou fazer uma comparação que me vai sair cara na caixa de comentários: O Mourinho também andou a caçar com o Postiga, e foi caça grossa! – Eu sei que o Postiga acabou na rua da amargura futebolística (Sporting), mas esse exemplo mostra que um avançado precisa de confiança, e precisa de espaço para poder aparecer e não acho nada arriscado partir para uma época como a nossa apostando na juventude do Rodrigo e do Nelson, sempre secundada pela experiencia do Saviola e a estupidez estroina do Jara.

Ah, para não falar que em termos económicos nem se discute: vende-se um jogador que tem tendência a desvalorizar e abre-se caminho à valorização de dois jovens, de enorme potencial, ainda por cima sendo um deles português!

Os melhores tascos da blogosfera - Parte 1 - Os (Im)parciais e os Fernandos Gomes

Antes de mais, anuncio que a escolha é da exclusiva responsabilidade deste que vos escreve e que, ao contrário do que daria muito jeito, não recebi nada por debaixo dos panos para andar a publicitar outros blogues. Infelizmente, porque preciso muito de comprar várias camisolas do Benfica (Nolito, Witsel, Garay, Artur, Maxi, Amorim, Capdevila, Gaitán, Saviola, Cardozo, Bruno César, Javi, Matic, Jesus, Barbas, Coluna, José Augusto, Águas), mas, tendo em conta o orçamento, só posso comprar uma. É daquele que falta ali na lista dos nomes. É argentino. Tem um cabelo frondoso. É Pablo. Pronto, já não digo mais nada.

Eles não me pagaram em géneros mas têm pago ao longo dos anos (meses, nalguns casos) com muito regalo de leitura, o que é, convenhamos, uma belíssima forma de pagamento. Eu pelo menos gosto. Acho que o Diabo de Gaia ia discordar de mim. E o Proença conhece alguém que é mais "bolos" (nos dentes).

Ora bem, dividindo isto tal qual está na listinha amaricada da barra lateral, temos os gloriosos - "Eusébios" -, os menos gloriosos mas ainda assim dignos - "Yazaldes" -, os farsantes (que não o "Ovas de Esturjão", que é um blogue de respeito) - "Fernando Gomes" - e os gajos que decidem analisar isto tudo de uma forma mais apaneleirada - "(Im)parciais".

Começando pelo fim, destaco:

Jogo Directo - O Filipe, só pelo tempo que dedica a este projecto, merecia uma estátua. É um amante do fenómeno mas transpõe esse amor para um trabalho exaustivo ao qual se dedica de alma e coração (nota-se-lhe nos textos a entrega). Nos últimos tempos, tenho discordado dele na forma como sobrepõe o estudo estatístico à análise pura e dura, parecendo-me que a poeira matemática anda a corromper um pouco a sua (excelente) capacidade analítica sobre o jogo. Mas é um blogue de referência. E depois tem um nome fino, que é sempre engraçado. Parece que o estou a imaginar na Foz, numa casa monstruosa em frente ao mar, a dizer ao jantar para a esposa: "Obsequia-me a salada? Reflicto neste instante profundamente sobre se deve Villas-Boas persistir no trilho de Mourinho ou se a melhor opção teria sido quedar-se no Porto por mais uma época".

O Banco da Mexicana - É verdade que tem andado muito silencioso, principalmente o Caneleiras, que é um escriba de alto quilate. Se não fosse o Dartacão, aquilo começava a ganhar bicho. É, no entanto, um blogue com os seus pontos altos. Principalmente porque dá para um estudo social fantástico: a azia sportinguista em relação ao Benfica atinge laivos extraordinários de sentimento de inferioridade. Só por isso, Banco, mereces a referência. Um abraço, Tio.

Centro de Jogo - Este é daqueles que prefere ser engraçado a cair em graça. Já aí está há algum tempo mas parece não ser muito conhecido. É normal. Eles sabem do que falam e falam com propriedade sobre a bola. Quem é que se interessa por isso? O que a malta quer é umas caralhadas, umas brincadeiras, uns textos cínico-humorístico-parvos e toca a andar. O Centro de Jogo é um excelente blogue para quem quer aprender as vertentes mais profundas do futebol. Excelentes escribas, enorme capacidade de análise do jogo, conhecimento, inteligência, humildade. Recomendo a todos. Mesmo ao Manuel Machado, ainda que saiba que só lhe vai servir para o confundir ainda mais. Ele tem o chato hábito de vomitar sempre que não entende alguma coisa.



Nos "Fernandos Gomes" tive durante uns tempos dois blogues portistas de respeito. Mas depois percebi que afinal era só fachada. Na altura de um gajo comentar lá, o provincianismo bacoco e a falta de abertura à discussão revelaram-se. Tirei-os da lista. Depois pus o blogue mais portista da blogosfera: o 442. Escrito por um portista/vitoriano que, dado ter vindo ao Mundo numa praia em pleno mês de Agosto na Nazaré, sofreu logo queimaduras graves das quais nunca se recompôs totalmente. Este trauma teve como efeitos secundários gerar várias aventuras ao longo da vida de Master Kodro que pareciam ter saído de um filme húngaro de baixa qualidade: desde a vez em que foi apanhado em pleno Estádio D. Afonso Henriques a masturbar-se na casa-de-banho com uma fotografia de Pinto da Costa, acontecimento insólito que levou as gentes de Guimarães a aplicar-lhe uma medida punitiva, a qual consistia em colocá-lo na Praça da Oliveira atado à própria Oliveira, a receber excrementos de todos os elementos da claque do Vitória, enquanto tinha de dizer nomes de jogadores vitorianos dos últimos 30 anos. Só se lembrou do N´Dinga e do Basílio, o que enfureceu as gentes minhotas a tal ponto que acabou sem dentes, ensanguentado, junto à Medieval, sem cuecas e apenas com um cromo muito antigo no bolso. Felizmente, os sovadores não viram de quem era o modelito e seguiram para outras paragens, deixando o pobre escriba nuns modos muito pouco civilizados. No bolsinho da pochete, junto à pulseira ortopédica, Master Kodro guardava e apertava, em prantos, a cara quase desfeita de um cromo antigo, fazendo a figura parecer chorar, por entre o papel macerado. Repousava na mão do escriba o jovem Jorge Nuno, ainda de óculos enormes, altiva e frondosa cabeleira e a braçadeira de "Delegado" no cimo do braço. Sim, Kodro sofreu as agruras de ter fingido ser quem não era e os vitorianos deram-lhe a resposta que mereceu. Mas que ninguém duvide, que ninguém nunca ponha em causa: Master Kodro é um "Fernando Gomes" de eleição. E, se saiu da lista da barra lateral, foi por um e apenas um motivo: o cheiro a merda era muito forte e transpirava para o resto dos blogues.


domingo, 7 de agosto de 2011

O 4-2-Gardel-3 da minha ilusão

Decididamente estou cansado das explicações tácticas que nascem debaixo das pedras. Anda para aí uma praga de especialistas em basculações, apoios frontais, transições intermediárias, espaços entre-linhas e crepes de nutella que às vezes dou por mim a olhar ao espelho sem saber se devo cortar a barba na diagonal ou se a gilette deve procurar os corredores laterais e só depois subir em construção pelo meio. Imaginem que, entre tanta teoria tão acertadamente errada, cheguei a pensar que o futebol era afinal um jogo de sudoku com grau de dificuldade 100 estrelas e que só iluminados de outras galáxias o poderiam de facto entender. Mas depois vi jogar o Aimar e passou-me logo.

Voltei a fazer a barba com a velha técnica e sem teoria nenhuma a não ser aquela que me diz que devo fazer muita espuma só porque é giro. O Benfica também fez espuma hoje. Aquela espuma que as grandes ondas levantam e mantêm no ar enquanto se aproximam da costa. Vemo-la ao longe, devagarinho, e imaginamos o tempo e a força que as ondas trarão quando aterrarem em nós - os jogadores do Arsenal sentiram uma coisa parecida na segunda parte, com a variante destas ondas não serem boas para surfar, porque enviesadas, diagonais e dadas a repiques e carambolas. Foi, de facto, lindo de ver.

Os especialistas terão achado talvez que a velocidade não foi a adequada, que o gesto técnico, ensombrado pela quezília táctica, foi deveras prejudicial ao momento fatal de toda a conjuntura específica da circunferência em movimento. Uma pena, claramente. Não tivesse sido o lado marginal do jogo e, então sim, os teóricos dir-nos-iam que, sim senhor, foi um bonito momento de futebol. Eu, como não sou teórico nem técnico, prefiro a beleza das coisas simples. Ou a simplicidade do belo, o que, sejamos sinceros, não sendo o mesmo, é-o.

Mas - perguntam-se os iluminados nas suas cadeiras em frente a ecrâs com qualidade de excelência - terá sido um... 433, 442, 451, 352? E a estatística, meus caros, a estatística? Quantos passes com a unha direita terá dado Gaitán? Quantas vezes terá respirado Nolito antes do remate fatal? Que percentagem de suor terá pingado Javi Garcia? Tudo questões altamente pertinentes e que, bem contabilizadas, nos darão a prova final de que Aimar, afinal de contas, será um jogador medíocre, isto porque terá levantado a perna direita 50 vezes mais do que levantou a esquerda - o que, como é sabido nos mais extraordinários laboratórios futebolísticos, significa que não terá dado os apoios que a equipa precisava. Esta coisa dos apoios, esquerda, direita, centro, frente, atrás, por cima, por dentro, de mergulho ou em voo rasante, é uma coisa fundamental para a compreensão da bola rolante. Sem apoios, meus caros, esqueçam, comecem a vossa vida noutro planeta. Sem apoios, nada. E Aimar, que, dizem as estatísticas mais apuradas!, é fraquíssimo nos apoios. Apoia-se geralmente com o dedo grande do pé direito, não deixando que a equipa usufrua da sua capacidade no mindinho do pé esquerdo. Não fosse este pormenor - mas que traduz toda a sua incapacidade! - e Aimar seria, como todos os anormais pensam, porque desconhecem a força dos números, um bom jogador, vá, arrisco mesmo dizer, um jogador bonzinho.

É pena que Aimar queira saber pouco dos números. Ele prefere os neurónios sem matemática.


sábado, 6 de agosto de 2011

"Outros entreter-se-ão a meditar sobre torneios e troféus de particulares e sobre historiais de taças latinas dos tempos dos bisavós", Mundo Azul

A ostentação da ignorância e o orgulho boçal pelo desprezo ao passado sempre foram características singulares dos pobres de espírito. No caso dos portistas - a sua generalidade, entenda-se -, não é diferente. A pobreza de espírito advém do facto de serem uns novos-ricos. Pior: novos-ricos através de actos corruptos. O que gera este híbrido sem quaisquer mais-valias: nem tem a dignidade e a ancestralidade dos valores nem, porque é corrupto, o mérito da riqueza que angariou.

A Taça Latina tem um peso na História das Competições Europeias extraordinário. Foi ela que originou a Taça dos Clubes Campeões Europeus, foi ela que, pela primeira vez, juntou, a um nível já condizente com o prestígio que ainda hoje exibe, grandes equipas e uma competitividade nunca antes vista. O mérito da conquista, esse pertence ao Benfica (e a Barcelona, Real Madrid, Milan, Stade de Reims), mas todos os que nela participaram e todos os que a quiseram no seu museu merecem, sem sombra de dúvidas, todos os elogios e o nosso respeito. Falar em "taças latinas dos tempos dos bisavós", além de uma profunda estupidificação da alma e de um orgulho imbecil em ser-se verdadeiramente mentecapto, é faltar ao respeito ao futebol. Não surpreende, é certo: um adepto de um clube que sempre faltou à verdade desportiva compreende-se que tenha outros princípios, seguramente mais dignos e menos antiquados.

Desprezo pela História, ignorância e orgulho boçal nestas premissas. É isto o adepto portista comum. Não espanta: se o próprio clube, corrompido transversalmente por caciques corruptores, promove a ignorância e o desprezo pela verdade, seriam os novos adeptos a pugnar por outros valores? Basta o exemplo que, no fundo, explica tudo: a mentira e a falsidade são tais que até a data de fundação foi corrompida. Haveria melhor forma de explicar ao mundo o que o Futebol Clube do Porto de Pinto da Costa é?




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O que os adeptos do Sporting vão cantar sobre Domingos lá para Dezembro

(música fabulosa recomendada pelo anónimo portista)

Incompatibilidade de Gênios

João Bosco

Composição: João Bosco/Aldir Blanc

«Dotô,
jogava o Flamengo, eu queria escutar.
Chegou,
Mudou de estação, começou a cantar.

Tem mais,
Um cisco no olho, ela em vez de assoprar,
Sem dó falou,
sem dó falou ,que por ela eu podia cegar.

Se eu dou,
Um pulo, um pulinho, um instantinho no bar,
Bastou,
Durante dez noites me faz jejuar

Levou,
As minhas cuecas pro bruxo rezar.
Coou,
Meu café na calça prá me segurar
Se eu tô
Devendo dinheiro e vem um me cobrar

Dotô,
A peste abre a porta e ainda manda sentar
Depois,
Se eu mudo de emprego que é prá melhorar
Vê só,
Convida a mãe dela prá ir morar lá
Dotô,
Se eu peço feijão ela deixa salgar
Calor,
Mas veste o casaco veste casaco prá me atazanar

E ontem,
Sonhando comigo mandou eu jogar
No burro,
E deu na cabeça a centena e o milhar

Ai, quero me separar»

Twente, Dedé, Aimar, Roberto

- Calhou o Twente. Quanto a mim, é o adversário ideal numa perspectiva de que, se não estamos aptos a passar um adversário com o valor dos holandeses, será preferível irmos tentar vencer a Liga Europa. Ou seja, é suficientemente forte para se constituir como, se for ultrapassado, um bom degrau para a fase de grupos e suficientemente ao nosso alcance para o conseguirmos. No fundo, trata-se de um filtro de qualidade: se o ultrapassarmos, estaremos mais aptos a poder ter uma boa prestação na maior prova de clubes do Mundo. Caso o não consigamos, prefiro ter uma boa prestação desportiva na Liga Europa aos milhões - que nem sequer serão muitos, se a prestação for desastrosa, como no ano passado. Venha o Twente para sabermos, como diz o Ney Matogrosso, se nascemos para enfrentar o mar ou faroleiro.

- Dedé pode vir já esta pré-época, dizem alguns jornais. Seria uma excelente notícia. Dedé é um óptimo central, com uma margem de progressão fantástica. Com Luisão e Garay como titulares, Dedé teria um ano para ir entrando paulatinamente na equipa e poder, com a provável saída de Luisão no final da época, manter a qualidade e o espírito de liderança no centro da defesa. Para além de que as alternativas que temos não nos dão segurança para uma longa época que se avizinha.

- Aimar pode sair? Não me façam rir. Se Aimar sair, contem com menos um.

- O fundo chama-se... Zaragoza Sports Arena XXI? Acho que as coisas começam a ficar mais esclarecidas.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tacuara faz golos para lá de Almeida

Não sei se têm algum fundamento as notícias que nos falam numa possível troca de Cardozo por 15 milhões mais Hugo Almeida mas espero, com toda a força deste e de outro mundo qualquer, que sejam mais umas pasquinadas para acéfalo comprar.

É possível que as pessoas que vão ao estádio assobiar o Cardozo sejam estúpidas - mais do que possível, é um facto indesmentível -, mas a realidade, essa doidivanas que nos força a aceitarmos as coisas tal qual elas são e não como gostaríamos que fossem, é a de que o Cardozo é um tipo de jogador raríssimo nos dias que correm e, sobretudo, para aquilo que o Benfica pode pagar.

Sim, eu também gostaria de ter o Drogba ou o Villa, quem sabe o Rooney ou o Lisandro, imagine-se um Falcao ou um Eto´o, sim, eu também sonho mas tenho o péssimo hábito de por vezes acordar, o que é de facto uma grande chatice. O Benfica andou mais de 15 anos à procura de um goleador e os seus adeptos a suspirarem por alguém que acertasse consecutivamente com a bola nas redes - nesses 15 anos ganhámos umas duas taças e um campeonato, passámos pela maior seca de títulos de toda a História do clube e, só muito a custo, lá nos fomos endireitando, sendo que ainda levamos a espinha um bocadinho torta. Se esse período negro se deveu ao facto de não termos tido um ponta-de-lança digno desse nome? Claro que não foi o factor principal mas ajudou à festa, se me faço entender. Enquanto andámos com Hassans, Valdires, Marcelos, etc, etc, etc, talvez devêssemos ter gravado bem todos os jogos na memória para os revermos agora. Podia ser que os epítetos que uns quantos imbecis (que, afinal, não são tão poucos quanto isso) gostam de gritar ao Óscar de repente deixassem de fazer sentido naquelas cabecinhas cheias de estrume pestilento.

A saída do Cardozo do plantel principal, a acontecer, será sempre uma machadada nas aspirações da equipa para esta época - convém que as pessoas tenham isso presente. E, por isso mesmo, só deverá (deveria?) ocorrer por valores que tornassem impossível a recusa de uma proposta milionária. Falem-me em 25 milhões de euros e eu digo: não gosto que vás, paraguaio, mas aceito a decisão dos que mandam. Falem-me em 20 milhões de euros e eu gosto menos, mas ainda assim aceitarei. Tudo o resto - trocas com Almeidas e outros gajos da mesma (fraca) qualidade ou baixar os 20 milhões de euros - para mim é heresia. E uma clara prova de que no Benfica pensa-se mais na imagem de bom vendedor do que em ser um clube de futebol de sucesso.

Caso o Cardozo saia, espero que, a haver uma entrada, ela seja de um jogador inequivocamente bom - isto quer dizer: mil vezes melhor que o Almeida. Se não conseguirem esse gajo transcendentalmente bom, não comprem ninguém. Guardem o dinheiro, paguem o que devem e dêem oportunidades ao Mora, ao Jara e a dois putos com uma qualidade óbvia, Rodrigo e Nelson Oliveira. Transformem o jogo do Benfica num 433, com avançados mais móveis e deixem-se de merdas.

Rui LOLiveira e Costa

Que Rui Oliveira e Costa é um tonto, já todos sabíamos. É um facto documentado, provado e arquivado - ninguém duvida por um segundo da sua condição de atrasado mental e até, para gáudio geral, alimentamos essa sua deficiência cerebral na esperança de que ele nos ilumine com pedaços de opinião retirados directamente da próstata em tubo galopante até sair pela boca, sem quaisquer resquícios de células inteligentes.

O que não sabíamos - embora talvez desconfiássemos, tendo em conta as fabulosas prestações opinativas sobre todos os outros assuntos - era que Rui Oliveira e Costa, abordando temas do seu próprio clube, consegue ser um perfeito ignorante, quase, quase no nível de ignorância que atinge quando aborda outros universos de opinião. Desde a troca de continentes a um originalíssimo talento para a deambulação pela língua neerlandesa, passando pela introdução de novas letras a nomes castelhanos, Rui Oliveira e Costa esmera-se e sai, sem sombra de dúvidas, com a pontuação máxima na prova dos boçais.

Há, no entanto, algo em que Rui Oliveira e Costa é muito bom: na ingestão de quantidades astronómicas de whisky antes do programa começar. O que me causa uma reacção exasperante de dor porque detesto ter algum gosto semelhante a tamanha alimária.

O sportinguismo está, com este paineleiro, muito bem defendido. Que assim continue, que nós temos sempre a primária necessidade do riso.









quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O 433

Não sei se estão a ver.


Para averiguar do estado de Jesus

Confesso a minha enorme curiosidade em relação à equipa que entrará de início hoje à noite: Jesus dará provas de maior flexibilidade/adaptabilidade às condicionantes do jogo - vantagem na eliminatória, tipo de adversário, factor "fora de casa" - ou, como é seu hábito, manter-se-á fiel e restringido ao seu esquema, não abdicando das suas ideias, mesmo que, num passado recente, elas tenham sido tantas e tantas vezes negadas pela realidade?

Parece-me que este jogo, mais do que o jogo em si - do qual, apesar de difícil, se espera que resulte a passagem ao play-off da Champions -, será o primeiro farol que iluminará toda a época que se avizinha.

Pela minha parte, estou muito curioso para saber se Jesus acha que deve entrar como visitante com dois extremos ou se tem a noção de que em certos jogos, especialmente fora e especialmente em jogos europeus, terá de juntar um homem a Javi Garcia e moldar a equipa para um esquema que lhe permita mais segurança em posse e menos vertiginosas correrias e desequilíbrios.

Estou curioso mas quase seguro de que Jesus optará por levar as suas ideias até ao fim e, esperemos que não, morrer com elas. Parece-me que, com a lesão de Pérez, as únicas alterações serão a entrada de Nolito para o lugar de Gaitán e deste para a ala contrária, expondo mais uma vez Javi Garcia a um trabalho de sapa num espaço enorme de terreno, sozinho e pouco apoiado. Para além desta alteração, é provável que Jesus retire o melhor jogador da equipa e aquele que liga toda a equipa para colocar Witsel numa posição que não é, a meu ver, a que explora de forma adequada as suas qualidades. Espero um 442 desequilibrado e propício às investidas dos turcos pelos corredores laterais e à posse em superioridade numérica no meio-campo. Jesus queira que esteja enganado:







Eu optaria pelo 433, aproveitando a qualidade de Witsel e Aimar - em simultâneo e não um como alternativo de outro, porque são jogadores completamente diferentes - no miolo para uma posse de bola segura, com qualidade, fluida, capaz de abrir espaços e criar situações de constantes combinações entre os médios, os extremos e o avançado - Saviola, claro, porque me parece ser o melhor para o jogo mais cerebral que temos de fazer, por um lado, e mais dado a transições rápidas, aquando da recuperação de bola com o adversário desequilibrado. Ficaria assim:




Independentemente das escolhas, o que é fundamental já sabemos o que é: passar a eliminatória. Se possível, com classe e de forma categórica.

Viva o Sport Lisboa e Benfica!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pausa para publicidade

São vários os pedidos de benfiquistas para que troquemos links, numa clara demonstração de que este blogue só não ganha o prémio de centésimo melhor blogue benfiquista porque é, de facto, mauzinho. Mas tem público, não muito, dependendo do clima e das marés, mas algum e, não raramente, de enorme qualidade. Aos que nos pediram trocas de links e nós fizemos como se não fosse nada connosco peço que não levem a mal: preferimos ter apenas os que nos agradam e os que verdadeiramente conhecemos; não queremos uma interminável lista de blogues na barra lateral porque ela, tal qual os escribas desta tasca, é muito dada a dores de cabeça sempre que tem muito para ler. Preferimos ficar com poucos, mas bons. E os outros bons que nós não conhecemos, paciência, ficará para outra oportunidade.

De qualquer forma, hoje venho publicitar um blogue, coisa que acho que é estreia universal no tasco e que deverá ter motivos altamente duvidosos. Tem. É de um amigo meu, ficam já a saber, que é para não terem dúvidas do enrome facciosismo que rege as opções deste blogue - alguém ainda tinha?

Se o blogue tem qualidade ou não, prefiro que o visitem e façam o vosso julgamento. Eu acho que tem mas admito que posso estar a ser inundado pela grande amizade que tenho ao escriba. Vejam por vós mesmos:

O (meu) Benfica 2011/2012.


Esta é para ti, Rui, vê se gostas da prendinha:







segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Genial, Presidente, genial!

«A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, vem confirmar que chegou a acordo com o Real Zaragoza SAD para a transferência, a título definitivo, do atleta Roberto Jimenez Gago. A transferência do referido atleta, bem como da totalidade dos direitos económicos, foi concluída pelo valor de 8.600.000 (oito milhões e seiscentos mil) euros»


Se isto for verdade, deixem-me prometer já aqui uma coisa: mandarei fazer uma t-shirt com a cara do Roberto e usá-la-ei no jantar de comemoração do blogue que está para acontecer. Se acharem pouco, prometo usá-la nos jogos todos do Benfica desta época.

8,6 milhões de euros pelo Roberto? Eu li bem? Nós vendemos o Roberto por quase 9 milhões de euros? Adoro o Vieira! Presidente genial, eu sempre disse. Tudo bem, ganhámos 100.000 euros mas perdemos uma época com este tronco na baliza mas, foda-se, não sejam exigentes, é um negócio da China, da Tailândia, do Nepal, da Ásia toda, da Europa, da América, é um negócio sublime a todos os níveis!

Roberto, que até ontem era a contratação mais imbecil de sempre, é agora a venda mais genial da História do Benfica.

Obrigado, Saragoça. Não vos bastava terem-nos vendido o Aimar, seus malucos, agora ainda nos dão este presente de pré-época. Prometo comprar uma camisola vossa ainda este ano.

Uma pergunta, porém, fica já no ar: qual o jogador, ou jogadores, do clube espanhol que o Benfica vai contratar?