sábado, 19 de agosto de 2017

O Bernardo Silva de Rui Vitória



Este miúdo é um dos dois maiores talentos que saíram do Seixal - o outro é Bernardo Silva. Incompreensivelmente, não tem tido a confiança do professor Vitória, reforçando aquilo que venho dizendo há algum tempo: ao contrário do que se diz, o professor está longe de apostar verdadeiramente nos jovens da nossa formação. As apostas surgem mais por necessidade extrema do que por verdadeira convicção. Claro que depois teve mérito na forma como manteve algumas opções mas apostar de facto nos jovens é optar por eles em detrimento de consagrados; não é apostar neles quando não há mais ninguém.

Com Samaris e Fejsa de fora, é incompreensível que o miúdo não tenha sido chamado - mesmo que Augusto fosse, como vai ser hoje, a prioridade para titular. Ja o disse em Junho e repito: Pedro Rodrigues será o Bernardo Silva de Rui Vitória.

10 comentários:

Anónimo disse...

O caro autor tem muita razão naquilo que diz, esta ali um senhor talento um jovem com muito futebol nos pés.

João Silva disse...

Augusto não tem qualidade para limpar as chuteiras de Pedro Rodrigues.

Ganondorf disse...

Não se deve apostar apenas porque sim, por vezes o melhor para o jogador é sair para jogar e, depois voltar mais forte. O Benfica tem o Diogo Gonçalves e João Carvalho, para extremo e médio mais ofensivo, existem várias opções o que significa que ambos os jogadores vão ter poucas oportunidades de jogar, ou então jogam os últimos 10 ou 5 minutos de jogo quando já estiver tudo resolvido. Nesse caso concordo que não são verdadeiras oportunidades e, não é a melhor forma de trabalhar um jogador jovem e em crescimento. Com a lesão de Fejsa e com o último jogo de castigo para Samaris o Rui Vitória chamava o Pedro Rodrigues para o banco num jogo e depois, acontecia o que, o normal seria não ser convocado tão cedo. Se o jogador tiver realmente qualidade, não tenho dúvidas que um dia terá o seu lugar na equipa, porque sinceramente não estou a ver o Benfica cometer o mesmo erro duas vezes. As apostas em Renato Sanches, Lindelof, Nelson Semedo e Ederson, em parte, foram por necessidade, mas desde que foram a jogo nunca mais saíram da equipa. O Pedro Pereira teve oportunidades na pré-época falhou o teste por isso tem que sair para jogar e não ficar mais um ano parado apenas a treinar, faz tudo parte de um processo de aprendizagem e crescimento do jogador.

Miguel Costa disse...

Na minha opiniao o criterio nao deve ser formacao ou consagrados. Deve ser qualidade e prontidao para assumir o lugar. O Pedro Rodrigues tem qualidade mas acho que ainda nao esta pronto, em termos de intensidade e agressividade. Vai fazer-lhe bem uma epoca na 1a liga, de preferencia numa equipa media-alta.
Talvez uma das razoes do sucesso dos meninos do Vitoria seja a percecpcao do momento em que estao prontos, eles e a equipa. Excepcao para Varela, por necessidade.

Anónimo disse...

Tremenda injustiça. Concordo com a análise ao potencial do Pêpe - é também o meu preferido da actual formação, um craque dos pés à cabeça - mas o que disse de Rui Vitória não é justo. Houve muitas vezes André Almeida e jogou Semedo, Pizzi e jogou Renato, Jardel e Lisandro e jogou Lindelof, Julio César e jogou Ederson. O que me parece é que não há o fetiche da formação só para poder hastear essa bandeira moral. E os resultados sustentam as escolhas de Vitória.
Pêpe neste é bom demais para ficar o ano inteiro a ver jogar Fejsa ou Samaris. O empréstimo ao Estoril vai dar-lhe o que ele neste momento precisa - minutos na 1ª liga - e para o ano (ou em Dezembro) cá estará a mandar no nosso meio-campo, por muitos e bons anos desejo eu. Se assim não for, dou a mão à palmatória e a razão ao meu caro amigo.

Anónimo disse...

Estava já a caminho do Estoril. Espero que estejas errado quanto a ele.

joão carlos disse...

sim estas certo o rui na maioria das vezes só aposta nos jovens quando precisa ou esta obrigado mas depois se eles correspondem não os deixa cair.
mas sempre é uma melhoria outros houve que nem quando precisavam apostavam nos jovens e se por mero acaso fossem aposta caiam logo de imediato.

neste caso acho que existe muito mais do que não querer apostar no jogador, eventualmente uma questão de incompatibilidade de feitios.

ChakraIndigo disse...

http://www.lateralesquerdo.com/pt_PT/2017/08/19/pedro-rodrigues-no-estoril-decisoes-que-fazem-sentido/

Penso que o Benfica tem um plano de carreira para este talento, bem como outros de que são exemplos o Ruben o João Gonçalves e o Diogo
No entanto ser jovem de grande talento nem sempre implica vir a ser um grande atleta, depende de tantos factores aleatórios dos quais nem sempre o mais importante é o talento, e no mundo empresarial em que o futebol se tornou então ...

Não concordo com a afirmação de que apostar em jovens talentos implique que seja em detrimento de consagrados, o que deve ser tido em conta é a qualidade e o que o jogador pode trazer ao grupo - p.e., o Renato Sanches é o paradigma nestes casos, não temos um jogador com características para ultrapassar rapidamente linhas, para desgastar as linhas defensivas adversarias, para variar de jogo de troca de passes para jogo de rotura permanente, e vamos buscar á formação essas características porque nesse momento existia o Renato senão a opção seria pelos consagrados, pela experiência, pelas rotinas, pela simbiose já criada com a dinâmica de grupo, e com esse pequeno pormenor, a de que o grupo "aceita" um corpo novo apenas se for diferenciador ou um talento óbvio.

Para mim o RV é um grande condutor de individualidades (tipo Zidane) , e hoje quem estuda as dinâmicas de grupo conclui que a felicidade é o bem primordial a atingir no relacionamento dentro de um grupo para atingir os objectivos individuais e comuns, e esse é o maior predicado do RV, porque aceita e inclui, e faz parte sendo líder aceite naturalmente e com naturalidade, sem berros, sem tiques e sem autoritarismos, apenas sendo o que é.

O caso Bernardo é um daqueles casos em que baseado no presente fazemos deduções não muito bem estruturadas. O Bernardo era na altura um grande talento, foi desaproveitado e provavelmente as decisões sobre a sua carreira nao foram as melhores para nós Benfiquistas, mas na óptica do seu empresário, da sua saúde e futuro financeiro, na vertente empresarial do Benfica foi um óptimo negocio, porque a analise tem de ser feita com os dados disponíveis quando se decide ou então fazer o que os mercados financeiros fazem-jogar com os "futuros".

A minha emoção queria o Bernardo com a gloriosa camisola vestida, mas a razão dos negócios infelizmente não deixou.Nós só conseguiremos evitar transferências como a do Bernardo quando pudermos suportar vencimentos no mínimo tres a quatro vezes superiores ao nosso tecto salarial.

Viva o Benfica!

Rui Graça disse...

O miúdo está farto de ter oportunidades e joga "zero"... Qual Bernardo Silva, qual Renato, qual quê... quando se nasce com talento é para sempre, não é com treinos que ele aparece. E é isso que o prof. Rui Vitória "topou" desde que o viu. O resto, é folclore de empresários e "papás" que julgam que têm no filho o euromilhões...

José Rama disse...

RV segue a agenda imposta pela estrutura de dar visibilidade a quem pode render dinheiro a mais curto prazo.