O plantel do Benfica tem sido muito curto:
Artur; J.César; Maxi; Eliseu; A.Almeida; Jardel; Luisão; Samaris; Cristante; Enzo; Talisca; Nico; Olá John; Salvio; Lima; Derley.
Portanto 16 jogadores, dos quais 5 estão tocados/lesionados e 1 está ainda muito alheado da realidade da equipa.
Esta pausa irá permitir recuperar lesões e fazer uma maior integração táctica dos novos jogadores. Além disso, os trabalhos arrancam com um jogo para a taça na Covilhã. Está criado o cenário ideal para recuperar jogadores, trabalhá-los, dar-lhes ritmo e criar rotinas.
Saber aproveitar ao máximo estes próximos 15 dias é essencial para o que nos espera.
Se o Benfica beneficiou de um calendário mais soft até ao momento, agora irá encarar um muito mais exigente. É essencial arrancar para os próximos jogos com os tais 16 jogadores em óptima condições e com o número de opções aumentado para 23.
Benito, Lisandro, Pizzi, Bebé, Jonas e Nélson. E já agora porque não Sílvio e até o Jara?
Excluídos destas contas irão continuar o Amorim, Fejsa e Sulejmani.
Depois de uma fase com bons resultados (nacionais) e más exibições, o Benfica parte para uma fase da época onde terá de jogar muito mais para não claudicar.
Arranca a Taça de Portugal, temos jogos decisivos para a manutenção na Europa e o campeonato vai apertar.
Após o jogo com o Sporting da Covilhã iremos ao Mónaco. De seguida temos uma deslocação a Braga, uma recepção ao Rio Ave, outra ao Mónaco, uma deslocação à Madeira para enfrentar o Nacional. Segue-se a ida à Rússia e a Coimbra e chegamos a Dezembro, mês que arranca com uma menos exigente recepção ao Belenenses mas que de seguida traz o Bayer à Luz e nos leva ao Dragão.
Pelo meio, em princípio, aparecerá mais algum jogo da Taça de Portugal.
O que posso dizer individualmente e tacticamente sobre o Benfica do presente que acho ser importante destacar para a preparação do Benfica dos próximos meses?
• É preciso resolver urgentemente a situação da baliza. Se o Júlio César é mais um erro de casting então que se entregue as luvas ao P.Lopes e se comece a trabalhar para o mercado de Janeiro.
• O Maxi, jogando bem ou medianamente, é essencial para a identidade desta equipa.
• Chega de Jardel. O Lisandro que trabalhe sobre os vários erros que cometeu no último jogo e agarre a titularidade.
• Eliseu é força, potência e velocidade. Faz pouca diferença dos processos ofensivos e abre um buracão no momento defensivo. O Benito não serve? Há sempre o útil e disciplinado A.Almeida.
• Samaris não é 6 e o Cristante ainda menos. Nesta posição o grego chega para o normal do nosso campeonato mas em jogos mais exigentes talvez a escolha deva recair no André Almeida.
• Enzo? Craque que cresce com um 6 atrás. Até Janeiro/Fevereiro, mantendo este esquema, dificilmente veremos o melhor do argentino.
• Salvio não é Markovic nem Gaitán mas é excelente no seu jeito de puro extremo e desequilibrador na linha.
• Nico é um génio desperdiçado na linha, atrapalhado pelo Eliseu e condicionado pelos processos defensivos.
• O Talisca decididamente não é jogador de meio-campo. Sente-se melhor atrás do avançado, onde tem mais tempo para decidir, mais facilidade para progredir e mais espaço para rematar. Se é jogador para um grande Benfica? Ainda não me convenceu. Tem qualidades, tem golo, mas assim que o jogo sobe de exigência torna-se uma nulidade. Não acredito no seu talento mas que me prove errado.
• O Ola John tem tudo técnica e fisicamente. Uma maior entrega ao jogo e uma abordagem mais confiante aos lances e pode vir a ser um caso sério nesta Liga.
• O Lima é um avançado lutador, trabalhador e que oferece toda a dinâmica no ataque que a equipa pede. No entanto, parece ter perdido o seu faro de golo. O brasileiro parece ter-se esquecido da baliza. Um avançado nunca pode perder aquela tendência de procurar o remate e a finalização.
• O Derlei não oferece (ainda) metade do que o Lima oferece mas tem aquela urgência de golo que todo o ponta de lança precisa.
• O Jonas pode vir a ser a solução para esta questão ofensiva.
• O Nelson, o Bebé e o Pizzi são opções para o ataque das quais não sabemos o que esperar ainda. Trazem características muito diferentes e podem vir a ser mais-valias.
• Continuo apologista de um 4-3-3. Neste sistema a inexistência de um puro seis seria atenuada, o rendimento do Enzo seria exponenciado e o talento do Nico seria explorado ao máximo. Com Salvio na direita e Ola John na esquerda, era uma questão de escolher entre o Lima, Derlei, Jonas e Nelson o que estivesse mais inspirado.
• Sou adepto de Old School. Neste caso refiro-me a livres, tanto directos como indirectos. Quero ver um Benfica sem as mariquices dos livres de laboratório (já conto 64 mal executados em 65 realizados). Espero por um trabalho sério na marcação dos livres directos e também por um maior aproveitamento das torres encarnadas nos livres indirectos.
Para aqueles que quiserem saber, informo desde já que não, não recebo 4M para treinar a equipa nem recebi mais de 80% de votos para liderar o clube. Sou só mais um daqueles adeptos chatos com a mania que podem ter uma opinião e partilhá-la.
Tu és o meu amor
Seja onde for
1 comentário:
Engraçado, penso o mesmo do Talisca. Espero estar errado, obviamente.
Enviar um comentário