segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
É só um cheirinho
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
100%
Feliz Natal a toda a família benfiquista (e que logo tenhamos a prenda que todos desejamos e merecemos) e como primo pelo fair play, os votos são extensíveis a todos os loosers que vêm atrás de nós, mesmo aqueles que mostraram o seu espírito natalício ao agredir o desgraçado do motorista que por azar conduzia o namorado da Inês Simões.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Opção (muito) discutível
- o Benfica ainda tem uma hipótese de passar à fase seguinte. É certo que muito remota mas real. Isto, só por si, devia ser razão suficiente para que entrassem em campo os melhores. A ideia de que desistimos de um objectivo (mesmo que ele seja praticamente impossível) antes de esse mesmo objectivo ser impossível, causa-me apreensão. O Benfica não pensa em impossíveis. Muito menos quando eles não são, apesar de tudo, impossíveis.
- Depois da eliminação na Taça de Portugal, seria importante uma vitória. Se possível, da forma mais clara que conseguíssemos. Ora, não é a meter as reservas que temos mais probabilidades de conquistar essa vitória. É fundamental evitar empates ou mesmo derrotas. Neste sentido, acho que é arriscar demasiadamente num plano que, se não der certo, deixará todos (jogadores, adeptos, dirigentes) ansiosos e pouco libertos para o jogo que tem de ser para ganhar frente ao Nacional.
- Se é para aproveitar este jogo para testar soluções (tanto na observação de alguns jogadores como na mudança de modelo de jogo), não se pode mudar mais de meia equipa. Ninguém testa nada mudando 6 ou 7 jogadores, isso está mais que visto em futebol. No máximo 3, um em cada posição, para ver como reagem os jogadores à equipa e não o contrário. Num ambiente colectivo mais forte, é mais fácil um jogador conseguir singrar e mostrar valor. Num ambiente em que se mudam, como dizem os jornais, Binya por Maxi, M. Victor por Sidnei, Bastos por Katsouranis, Balboa por Amorim, Urreta por Reyes, Gomes por Aimar e Cardozo por Suazo, para além de não se conseguir perceber onde a equipa melhora (se melhorar) corre-se o risco de ver em campo uma equipa desligada e de queimar, aos olhos dos adeptos, jogadores que, num ambiente mais favorável (com menos mexidas na estrutura-base da equipa), poderiam ser reais mais-valias.
Por mim, era meter a carne toda no assador e ir em busca dos 8 golos. Nem mais nem menos. E, se fosse para poupar jogadores, poupava os 3 mais utilizados. Não é razão falar-se na poupança de mais de metade da equipa quando o nosso jogo é só na Segunda-Feira. O Porto não jogou ontem? Não joga no Domingo? Os jogadores não são profissionais de futebol? Não ganham o que nós nunca ganharemos e não sabem que têm de jogar, por vezes, 2 e 3 vezes por semana? Essa conversa da poupança já chateia. Acho que até tem um efeito mais negativo que positivo metermos os titulares a descansar. Para além de terem perdido a eliminatória para a Taça, perdem ritmo de jogo e fome de vitória para esquecer o último resultado. Hoje seria o cenário perfeito para acabar com essa fome e preparar, com dinâmica de vitória, o jogo contra o Nacional.
Por tudo isto, discordo totalmente da opção de Quique.
Se já era quase impossível darmos 8, com a equipa que está escalada para jogar hoje, pergunto-me se conseguiremos sequer ganhar. E isso é arriscar em demasia.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Não, afinal quero ser jogador de futebol...
Mais tarde no campo do Matuzarense, eu de barquinho ao peito, electricista de coração, chegava na Casal de 4 e treinava no pó ou na lama, com amigos da mesma idade e alguns com habilidade para a coisa… Jogos no fim de semana, flatulências nauseabundas nas carrinhas e passear gloriosamente pelo distrito. E nem aí fui descoberto! Porque é que não abri o livro, como se diz na gíria, num jogo em que havia alguém importante a ver? Chamavam-me e diziam: “Vens para tal sítio assim assim, pagamos-te um balúrdio e tu só tens que jogar à bola todos os dias…”
Jogar à bola todos os dias e ter uma conta bancária volumosa… Que mais se pode querer?
Quando era pequeno e assistia a jogos do Benfica e quando corriam mal, uma das formas que tinha de me confortar era pensar para mim: “Não há problema, quando eu for grande, vou jogar para lá e ganhamos sempre…” Era com a maior das naturalidades que acreditava nisto. Porém cedo o sonho se foi desvanecendo e a percepção das minhas qualidades futebolísticas limitadas ajudou. Ok, não há problema, sou bom na escola, hei-de arranjar aí um curso que me pareça bom e ter uma profissão... Bom, agora que tenho o curso e a profissão, jogo à bola de vez em quando e não tenho uma conta bancária volumosa. Pois é…
Um dia destes estava num bar aqui em Vilamoura e vejo chegar um carro fenomenal: um Maserati não sei quantos com matrícula italiana… Quem é que salta lá de dentro enfiado numas calças coiso e tal, numa camisa xpto e com um relógio reluzente, portanto caro? O bronzeado Rui Costa, esse mago da bola, esse poeta dos relvados, para não lhe chamar maestro que isso toda a gente chama.
Ora eu, que não tive a fortuna de ser jogador da bola ali estava, a beber o meu cafezito, depois de um dia de trabalho num contentor de uma obra, a olhar preocupado para o galgar dos minutos, subtraindo mentalmente cada um que passava ao número de horas que me restava de sono. E o Rui Costa feliz, de férias, sendo que as férias dele, basicamente, são não jogar à bola por um período.
Foi depois disto e de ter cumprimentado o simpático e acessível artista que pensei: “Não, afinal quero ser jogador da bola… Ah, não, já não dá… Ok, amanhã às nove na obra!”
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Fim de carreira
Apesar da desilusão por ter perdido em dias seguidos duas finais dos Campeões Europeus, sabia que o meu trajecto como jogador estava, ainda assim, muito acima do que era esperado. Tinha vencido por 5 vezes o troféu mais ansiado por todos, tinha sido considerado o melhor jogador de todas as 7 finais que havia disputado. Estava na hora de arrumar as botas.
Nesse dia em que a sorte não quis nada comigo, enquanto das varandas dos prédios as pessoas me aplaudiam de pé, enquanto o cão vinha pedir uma festa e consolar-me, no meio do pátio, em cima da linha de meio-campo, eu agradecia aquele apoio incansável ao longo de duas longas semanas àquele público fantástico, agradecia especialmente à senhora que bebia suminhos de laranja na varanda do topo sul, agradecia o apoio incansável daquela empregada que esticava a roupa na varanda da Central e, emocionado, abandonava o campo com o sentido de dever cumprido.
Abandonava o futebol já veterano. Sentia que a minha altura tinha chegado. Os meus 12 anos não me permitiam manter o nível exibicional que até ali tinha deliciado a plateia. Saía triste por abandonar o futebol, mas feliz por tudo o que o futebol me tinha dado. Tive propostas para jogar em campeonatos menores, como o campeonato semanal em Vale de Rãs e o 24 horas no pavilhão do Pego, mas achei, na altura, que o pão com chouriço e o sumol de laranja com que me acenavam para prolongar a minha carreira eram insuficientes. Apesar de tentadores, não os achei suficientes para que a bola continuasse a rodar sob os meus pés. Além disso a família pedia-me encarecidamente que voltasse. Que voltasse a casa. E eu acedi. O jantar já estava frio.
[Este texto já tinha sido postado no meu outro blogue, Um Homem Não Chora, mas achei que fazia sentido recuperá-lo para um lugar mais futebolístico. Qualquer queixa que queiram fazer, façam o favor de se dirigirem ao Paquete de Oliveira deste blogue, que não existe mas que, ainda assim, receberá com agrado e dedicação as vossas palavras.]
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Talvez porque foi fácil...
(Mais tarde veio o post do Americano, mas que não se refere à vitória de Domingo…)
É estranho como reagimos com tanta naturalidade a uma vitória por seis a zero. Eu falo por mim… Pelo contrário, cada vez que os gregos marcavam mais um no outro dia, era uma faca que me espetavam no peito. A dor crescia a cada golo e quando o jogo acabou fiquei numa tristeza profunda, pelo menos durante umas horas. Mas agora, cada vez que dávamos mais uma ao Marítimo, não regozijava proporcionalmente à tristeza que acumulava, quando encaixava mais uma dos gregos… Visto do lado do goleador, pareceu-me tudo muito normal. E pensava calmamente: “o futebol é assim e tal, os gajos também tiveram azar e a gente sorte, na volta ainda levam outro…”
Será que reajo assim por ser benfiquista? E porque, mesmo que nos últimos anos não tenha tido muitos motivos para celebrar, exista uma qualquer áurea de vitória, associada a este estádio evolutivo, que me leve a interpretar com naturalidade uma vitória por 6-0? Não, deve ser porque gosto de coisas difíceis…
Líder
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
A frio...
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Qualquer coisa...
Esperava poder estrear-me em melhor hora e aguardava por isso mesmo, que esses bons tempos regressassem para poder explanar aqui o meu futebol de letras (e aqui letras são mesmo letras e não aquela espécie de arte que o Aimar executa).
Já deve haver quem pense: “Pois, este é daqueles que só quando as coisas vão bem é que apoia e se manifesta, quando corre mal não sai da toca (ou ninho para nós aves de rapina).” Não é isso, é que ao contrário de certos poetas que procuram a melancolia e sentimentos soturnos para se inspirarem, a minha inspiração é mesmo a glória do Glorioso. E não havendo essa fonte, seco também…
Depois desta introdução descontraída, talvez para amenizar o clima tenso que se vive por aqui, gostaria então de concordar com o Ricardo e com o seu post anterior. De facto, a equipa e o treinador precisam de tempo… Sim, é verdade que se podem enumerar algumas situações pontuais em que claramente se verificaram erros de Quique na análise ao jogo e de determinadas escolhas goradas. Mas na minha opinião, resultaram exactamente do facto deste ainda se encontrar num estágio de aprendizagem e/ou habituação da peculiar realidade que é o futebol português.
Depois de esfriados os ânimos (ou desânimos) que estes últimos desaires nos provocaram, acho que podemos e devemos continuar a depositar esperanças neste grupo. Sim Sérgio, quando dizes que já não acreditas e falta qualquer coisa, compreendo perfeitamente (talvez no momento em que li, a identificação com tal posição fosse total), mas pergunto: que qualquer coisa é essa que leva o Quim a abrir a capoeira ou o árbitro a não apitar e apitar e a bola na baliza e o golo sem valer, ou os Gregos irem lá ao 4º minuto e molharem a sopa e em 4 remates, 4 golos, etc.. Essa qualquer coisa é o que torna isto do futebol engraçado, que não tem graça nenhuma quando nos toca no osso…
Vou então continuar esperançado num bom desfecho, pelo menos até que não me dê um vipe autofagico inerente à minha condição de benfiquista quase acéfalo…
Ultras!
Assim é que não: o gajo tem patilhas que parecem suíças!
Já vi este filme em tantas ocasiões que acho que desta vez prefiro ficar no café do cinema a beber gin-tónico e a fumar cigarros. E, se ligarem a televisão, a meio de um gole, começarei a ver golos dos outros, ininterruptamente, enquanto uns palhaços na bancada assobiam e dizem "eu não disse? eu avisei que este Benfica assim começava a perder" nunca entendendo que foram eles uma das principais razões para que uma ideia colectiva, um projecto, não tivessem podido subsistir e sobreviver à crítica acéfala de grande parte dos que amam (amam?) este clube. E esses palhacinhos estariam na linha da frente, se necessário fosse, já daqui a uns meses, quando o Manuel José ou o Luís Campas começassem a "inventar" onzes e a empatar jogos em casa. E nessa altura eles teriam, claro, toda a legitimidade e toda a força para a crítica (os palhacinhos acham sempre que têm legitimidade para a crítica, mesmo que ela seja inspirada pela ingestão de uma dose grande de mata-cérebros logo pela manhã).
Então eu abstenho-me de falar em equipa nova, técnico novo, direcção desportiva nova, de um facto que não interessa para nada que é a realidade de virmos de um 4º lugar, de uma época horrível, de precisarmos de tempo (sim, de tempo, senhores, as equipas novas, com treinadores novos, com dirigentes novos, depois de horríveis épocas, precisam de tempo, essa palavra que vos causa urticária mas que define tudo quando se pensa e analisa a nossa situação) e de, e é aqui que eu desisto porque simplesmente na lógica bipolar autofágica de muitos benfiquistas esta palavra não tem sentido, apoio. Apoio nas horas más (ou, no caso, nas horas assim-assim, que, acho eu, ainda estamos a um ponto do primeiro e à frente dos rivais directos, acho), meus caros, apoio nas horas más, já tinham ouvido falar neste conceito? Ah foram formatados para dizer que o Benfica é o maior e que vamos ser campeões, como acontecia há uma semana (não foi há 1 mês sequer, foi há uma semana), e agora estão formatados para dizer mal de tudo e que assim acabamos a época em posições de descida, como agora acontece? Então força nisso! Aquele Suazo já te parece andar a falhar golos a mais, não parece? Na próxima ida ao Estádio, a ver se lhe mandas umas caralhadas e uns apupos jeitosos, pá! Não sentes falta de poder soltar a tua estupidez latente? O cabrão do espanhol, com tanto apoio que tinha concentrado nele e na sua equipa, não te estava a deixar libertar e aliviar as frustrações, que é, afinal, para isso que vais ver o Benfica.
O Gin-Tónico estava razoável. Na televisão, entrevistavam um adepto do Benfica. Parece que com o Campas o Benfica não vai a lado nenhum. Era bom era que o Quique voltasse.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
A quente...
Alergia ao 1º lugar???
Inadmissível que uma equipa que joga bem como jogou dos 45 aos 60 minutos passe o resto do jogo a ver o adversário a trocar a bola.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
2ª feira...
2 notas apenas:
- David Luíz vem duma lesão, não tem nenhuma experiência com Sidnei, porque o Miguel Vitor não teve uma oportunidade, ele que com Sidnei já tinha secado os calimeros?
- Jogámos num inferno grego, que poucos já conheciam. Não teria dado jeito o único jogador que conhece aquele ambiente???
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Cuspidelas
Fico sempre maravilhado quando um qualquer dos nossos jornais desportivos, perfeitamente em transe com uma qualquer (magra) vitória (quase sempre do glorioso), e na vertiginosa possibilidade de não ter muito mais a dizer para além de: “o clube X facturou uma batatinha e ganhou” - empreende uma demente fuga para o desconhecido e decide fazer capa com aquilo a que eu chamo de facto do siso. E facto do siso porque, geralmente há uma loucura latente e, principalmente, porque estamos perante uma facto (não poucas vezes uma estatística) arrancado(a) a ferros, mas FERROS mesmo! Já viram onde tento chegar?
Pois:
SIDNEI ENTRA NA HISTÓRIA COM 3 GOLOS NAS PRIMEIRAS 7 PARTIDAS (Exclusivo Record)
“NÃO VOU FICAR POR AQUI”
Primeiro que tudo, há aqui uma pérola, logo dada de barato quando se chama a isto um exclusivo…
É uma grande capa e o desenvolvimento no interior não lhe fica atrás! Algures encontramos um quadro com os defesas goleadores da história do Benfica, encabeçado pelo grande Humberto Coelho com 56 golos. Grande não sei…é que quando vou a ver, o pé frio do Humberto Coelho, à 8ª jornada da primeira época no clube não tinha um único golo…nada…nada de nada. Que vergonha. Não há dúvida, o Sidnei vai ser o defesa mais goleador da história do Benfica, é só dar-lhe tempo!
Estas estatísticas são mesmo fantásticas e ajudam-nos a entender melhor o jogo. É por isso que acho que ainda há trabalho a fazer neste capítulo. Penso, aliás, que o que se tem feito até aqui é de um amadorismo arrepiante. Temos que levar a estatística do jogo mais além, aprofundar a análise e chegar aos dados que realmente interessam.
Tenho uma proposta: Monitorize-se, mas com meios, as cuspidelas que um jogador dá durante o jogo, de jogo para jogo, de competição para competição. Compile-se os dados e chamem-se os estudiosos para interpretar. Dúvidas? Eu dou um lamiré:
A cuspidela é uma realidade essencial para entender o estado físico e anímico do jogador. Provavelmente todos vocês já jogaram à bola, sabem como surge essa saliva “seca” enquanto se joga, sabem como está relacionada com o cansaço, os nervos, etc. Gostaria de ver um jornal de grande tiragem a estudar a fundo o número de vezes que o Nuno Gomes cospe nos primeiros 3 jogos de cada temporada, e assim melhor podermos avaliar o preparador físico.
Já estou a imaginar a malta no café, comentando:
- Viste? O Aimar ontem só cuspiu 13 vezes durante os 90 minutos face às 17 do jogo de domingo passado...Está mesmo em crescendo de forma!
- Vi, vi! E o Miguel Victor, 31 cuspidelas...o puto estava nervoso, mas para o fim a cadência já só estava em 1 cuspidela por cada 7,5 minutos, já estava a ficar mais entrosado.
Isto sim, seria jornalismo e claro, o adepto agradeceria – provavelmente até treinadores! Por enquanto, teremos que nos contentar com o que temos e esperar que os nossos 3 grandes jornais vão crescendo e aprofundando esse inolvidável talento e queda para a estatística.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
A possibilidade de o Benfica voltar a ser Benfica
sábado, 15 de novembro de 2008
Da Amadora, com fome.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Dá-me lume
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Aii..Aii..Aii..Aii..Aii Aimar...Cucurrucucu Suazo...
Acho que sonhei com um passe de primeira - de letra - em que a bola saía aí uns 30 e tal metros por cima de um defesa e apanhava o avançado em corrida
terça-feira, 28 de outubro de 2008
A puta da simetria OU serei obsessivo-compulsivo?
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Hertha 1 – 1 SLB
Antes de tudo mais:
- Acho estúpido perder a fé num treinador em Outubro. Ainda mais estúpido o é na actual conjuntura benfiquista, em que é imperativo crescer, deixar de voltar repetidamente à estaca zero.
- Vi este jogo na área de serviço de Aveiras, no regresso do emprego.
Sento-me à mesa. Bom lugar. A televisão tem som alto. Estou próximo q.b. Ok.
O Jornalista lê a ficha de jogo. Comento, mentalmente, com o outro adepto benfiquista que tenho dentro de mim e vê todos os jogos comigo: “Este 4-4-2 do Quique não soa um bocadinho anacrónico? Sei lá, pouco sofisticado; como que saído dos anos oitenta. Parece que hoje em dia, a ser 4-4-2, é sempre qualquer coisa com uma figura geométrica não-rectangular incorporada (tipo losango)?”.
Olha! Na transmissão dizem que joga o Binya e não o Yebda. “Quique! Não! Quique, não! O Binya não… Chiça penico. Ainda para mais com este 4-4-2. Epá, então mais vale tirar um dos avançados e pôr o Carlos Martins. Sempre compensa. Sempre ficam 2 gajos no miolo a saber o que é uma bola. Quique! Nãoooooo!
O jogo começa.
(A meio do 1º tempo) – Pois e tal que o Cardozo é um grande valor. Grande pé esquerdo. Sim… Mas olha lá: O gajo é pastelão como o camandro, mas à força toda…e fino, também! O gajo não curte muito disputar bolas, e quando o faz fá-lo sempre com visível enfado. E com o insucesso daí decorrente. E depois há aquele talento indiscutível, que partilha com o Nuno Gomes, de estar sempre exactamente no sítio para onde o GR não chutou, ou o defesa, ou mesmo para onde o ressalto quis que a bola não fosse. E quando vai na direcção dele (ou do NG), bate ligeiramente à frente dele e passa-lhe por cima. Lindo!
Minuto 39 – Bynia acerta um passe a 3 metros, apesar de o companheiro não conseguir dominar o esférico à primeira.
Minuto 41 – Binya tenta receber uma bola, escapasse-lhe e acaba por ir parar aos pés de um jogador do Benfica.
Intervalo – Estes gajos são fraquinhos, equipa macia. Estaria tão ao nosso alcance…
2ª Parte – Suazo por Cardozo. Obrigado.
Existe uma desalentada resignação (futebolística) quando, após 45 minutos de Binya, o vemos voltar a subir ao relvado. Só experimento sensação igual naquelas noites em que, já bem tarde, e com uma fome descomunal, se olha para aquele pacote de bolachas manhosas e bafientas, que resistiram à última década fechadas num pote na despensa, e se resolve comer aquilo, sem água sem nada, que só há da torneira e sabe a lixívia.
O jogo recomeça. Suazo, de facto, é outra coisa.
Minuto 51 – Golo de Di Maria (exibição inconsequente, até aqui e até final). Ia falhando... Mas isto está bom…podemos marcar mais destes, em contra-ataque. Reyes ou Suazo vão fazer estragos. Quiçá o Nuno.
Minuto 66 – Carlos Martins junto à linha lateral. Boa! Vamos tratar de ter mais bola que isto está a começar a escapar. Fortalecer o meio-campo, gosto…Carlos Martins por Katsouranis. Não! Quique, não! Isso não. Não Quique! Tira o NG, o Reyes, o Di Maria…Porra, tira o Suazo…o Katsouranis não! Não é por ele! É que Binya e Carlos Martins sozinhos aí no meio…não pá! Não Quique!
Minuto 74 - …
Fim do Jogo. Punheta! 17º Jogo em território Germânico sem ganhar…e este esteve bem ao alcance. Levanto-me. Vou à casa de banho. Passagem pelo urinol, lavar as mãos…Sabonete, carregar no botão, água e upa…fechou-se. Carrego no botão e menos de um segundo depois a torneira volta a secar. Agora pressiono o botão durante alguns instantes…largo e…foda-se…a úlcera que terei aos 40 dá os primeiros passos…então mas a puta da torneira não se mantém aberta? Vou ter que lavar as mãos vez à vez? Suspiro…
Eu tenho um sonho…Eu sonho com dia em que a civilização humana, mais evoluída e cultivada, se reúna em torno de si mesma, e do mais singelo dos consensos surja a convicção plena de que um ser humano qualquer, a uma distância de uma simples casa de banho pública, possa ter uma torneira, com um manípulo para a abrir e a fechar…a seu belo prazer! AH! E QUE A NOSSA EQUIPA FAÇA SENTIDO…TAMBÉM SONHO COM ISSO!
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
"O Burro"
- 12 jogos, 9 vitórias e 3 empates, 28 golos marcados e 3 sofridos!!!
- Liderança na Premier e no grupo da Champions
Podem dizer, "no Chelsea também eu", mas lembro que isto foi obtido quase sem Drogba, quase sem Essien, e ainda com lesões em Joe e Ashley Cole, Ricardo Carvalho, Ballack e Deco, obrigando a dar minutos ao Di Santo e a fazer de Belletti um médio bem razoável.
Uns pedem tempo, outros conquistam-no...
P.S. - Este post é oportuno por 2 razões: primeiro o Benfica joga hoje, pelo que logo à noite isto já deve ter descido na página. Segundo o Chelsea joga este fim de semana com o Liverpool e o registo pode piorar. Mas fique bem claro, acredito que Scolari vai limpar os reds, pena não ter lá o Simão para ajudar!!!
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Prémio Cepo da História do Benfica
- King - 4 votos (12 %)
- Manuel Damásio - 6 votos (18 %)
- Artur Jorge - 19 votos (57 %)
- Pinto da Costa - 4 votos (12 %)
Ganhou o suspeito do costume, nada de novo. Enquanto alguns preferiram esquecer dirigentes e técnicos e dedicar o seu voto aos que, de facto, chutam (no caso do King, tentam chutar) a bola, outros - a grande maioria - optaram por apontar chumbadas aos que decidem por fora. Se, para mim, a fraca votação em Damásio constitui alguma surpresa, visto ser este, aos meus olhos, o responsável máximo da degradação pós-94 do nosso clube (ainda mais do que Artur Jorge, sim), já a votação em Pinto da Costa, entre a ironia, o humor e, talvez, a luta pela verdade desportiva, está nos valores esperados.
O prémio fica, assim, atribuído ao "coisas bonitas" e também está muito bem. Ainda que custe a muitos, a verdade é que há uma grande parte dos benfiquistas que inveja o leão Sá Pinto. Eu invejo.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Nightmare...
Era para escrever sobre o jogo(?!) de ontem, mas como não sei se o site é só para maiores de 18, e também não sei como pôr bolinha no canto superior direito do ecrã, é melhor não.
No entanto, tenho de deixar uma palavrinha para o regresso do "meu" nº1:
Obrigado Moreira, espero que tenha sido a primeira de muitas titularidades!!!
sábado, 18 de outubro de 2008
(Chego um pouco atrasado – tive uma mialgia de esforço e passei a semana em trabalho de ginásio, só ontem comecei a fazer corrida – será recorrente, primazia ao fim de semana para, domingo a domingo, dar o meu melhor de mim em prol da equipa!)
Bom… - pega numa mini Sagres e gira os dedos em torno do gargalo, introduz o polegar na garrafa, roda novamente e retira-o produzindo um som tamponado. Finalizado o ritual com resultados satisfatórios, dá dois goles consecutivos e arrebanha alguns amendoins da taça ao centro da mesa. – Bom, junto-me aos escribas aqui ao lado embriagado pelo benfiquismo com que começamos; é galvanizante e sabe bem. Está-se bem aqui! Venho para ficar, Benficar.
Sou um benfiquista autodidacta. O meu pai não gostava de futebol, nunca me levou à bola. Mas havia qualquer coisa. Tenho a perfeita noção da cor preferida ser o vermelho, bem cedo. Deve ter havido influências externas, admito, mas conservo a firme convicção que era inevitável, que não poderia ser de outra forma! Encontrei o Benfica, ou o Benfica encontrou-me, e começou essa viagem que a partir de agora partilharei, o mais possível (na medida certa?), convosco. Parte da viagem já foi partilhada com o Ricardo, o bípede com quem mais discuti o Benfica (basta dizer que fui pela primeira vez ao estádio – o antigo – com ele e com o pai dele, que não bastando ter iniciado o filho a ver o Benfas fez o mesmo pelo filho do próximo, há que realçar a nobreza da acção!). Hoje orgulho-me do telefonema que o meu pai me faz após os jogos do Glorioso, para dividir a desilusão ou partilhar a ilusão feita de fintas e golos de encher o olho – é fã daquele espanhol, o Reyes – “o tipo tem um bom remate!”.
Fica o compromisso de seguir o trajecto Encarnado de perto, ensaiando umas análises à Luís Freitas Lobo… – Olha o gajo, já armado ao pingarelho! Não, não é nada disso, é uma maneira de dizer. Eu quando tentei triplo salto também o fiz à Nelson Évora, enchi o peito, inclinei as costas para trás e corri, corri, saltei e aterrei três passadas depois e a 3,47m da tábua, apesar de não ter conseguido homologar o resultado. É que o meu vizinho da frente disse que o vento estava a favor e acima da velocidade regulamentar. Foi pena.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
O meu primeiro post
Fica bem um gajo apresentar-se no primeiro post, certo? Então cá vai disto:
Sou o Americano, um maluco que o Ricardo conheceu na blogosfera, e que resolveu convidar (provavelmente sob o efeito de álcool ou drogas) para contribuir para este blog, que como é óbvio se vai dedicar muito ao GRANDE, ENORME E GLORIOSO BENFICA!
Resolvi escrever já porque daqui a pouco joga a Portugal, e não me quero desconcentrar...
Como disse sou “o” Americano, benfiquista fanático, sócio, accionista (comprei 100 contos de acções numa altura em que o meu ordenado era 80 contos!) e dono dum cativo desde que existe a nova Luz. Curiosamente não nasci benfiquista, até porque nasci nos EUA, e quando cheguei cá em 85 nem sabia o que era futebol. Felizmente tenho um primo mais velho que me explicou rapidamente que aqui não havia football, basketball, ou baseball, apenas o nosso futebol e que acima do futebol estava o nosso Benfica. Era daqueles que tinha o quarto cheio de posters daqueles jogadores que na altura me pareciam um bando de labregos de bigodaça, mas que rapidamente aprendi serem símbolos do maior clube do Mundo. Interiorizei os ensinamentos, e por ironia do destino ele foi viver mais tarde para os EUA, mas eu por cá fiquei para dar continuidade ao legado da família.
Para finalizar, aviso novamente que sou fanático benfiquista, por isso se de vez em quando for algo rude na defesa das minhas posições, não levem a mal, o Benfica liberta o melhor e o pior que há em mim. Prometo que a partir de agora só voltarei a escrever quando houver algo de jeito para comentar, espero que seja para comentar as centenas, milhares de vitórias que o nosso clube nos vai proporcionar.
Saudações benfiquistas!!!