segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FINAL GLORIOSA A 3 - Concurso "Cadeira de Sonho" [JC leva o caneco e pede que não sejam muito maus para ele daqui para a frente]

Fiz num novo post para não haver confusão com isto. Os três textos dos finalistas Bcool, JC e Francisco Correia vão a votos a partir de agora. Peço desculpa aos que tinham votando na altura em que a votação foi posta em pause. Com uma vénia, peço-vos que voltem a votar nesta caixa de comentários, mesmo que em ctrl v (o que quererá dizer que não acharam o texto do Correia motivo para mudança súbita). Eles andam aí e são aos 3. Votem, SEM DAR NÚMEROS, só no nome do atleta que vocês querem ver ganhar. E justifiquem-se, se estiverem para aí virados. 3, 2, 1...



Bcool


«-Que sorteio do caralho. Ainda por cima, o primeiro jogo é em casa - disse eu para o RR.
-No sweat, ganhamos cá e empatamos lá. Se o soneca e o gorilão eliminaram o Manchester, porque é que havemos de ser eliminados pelo -Liverpool ? - perguntou o RR.
-Deve ser isso, deve ... - insisti eu com o meu tradicional pessimismo - Achas que é natal todos os dias ?
-Então fazemos assim, se ganharmos cá, vamos lá - contrapôs ele.
-És maluco ou quê ? E o dinheiro ? Deves pensar que cai do céu ... - disse eu ao ver que a conversa já ia por maus caminhos, pois quando ele metia uma na cabeça, era a desgraça total.
-O dinheiro arranja-se e depois se não acreditas, qual é o mal em combinarmos ? - perguntou ao perceber a pouca convicção na minha argumentação.
Qualquer pessoa que tenha crescido na década de 80 lembra-se do grande Liverpool, aquele por mau comportamento dos seus hooligans (as mortes do Heysel) e por um árbitro cujo trabalho foi encomendado pela Uefa, foi impedido de sagrar-se campeão europeu antes dos ingleses serem banidos e que por duas vezes nos eliminou sem apelo nem agravo. Claro que o Manchester também parecia um rival temível e finalmente tínhamos ajustado contas com eles, mas com uma equipa a perder gás no campeonato, pois o Koeman não era tão objectivo como o velho, tinha grandes dúvidas que apesar do nosso apoio conseguissemos ganhar.
-Está bem então, mas só se ganharmos - concordei eu para acabarmos a discussão.
Acabámos de beber o balde de meio litro no ponto vermelho e avançámos para a revista, pois faltavam 5 minutos para o jogo e apesar de termos chegado umas horas antes, optámos pelas bifanas, pelas birras e finalmente pelos baldes de meio litro em vez de acompanharmos a entrada e o aquecimento dos jogadores. Já tocava o hino da champions e ainda nós estávamos a ser revistados, até parecia que éramos da Al-qaeda.
O jogo decorreu com bola cá, bola lá, cavilhada do gorila neles e o amarelo do costume, e salta o karagounis naquele seu jeito de fadista gingão. A roberta não mexia o cu e lá entra o descerebrado nelson para extremo direito, ou seja em 11 gajos só tínhamos 2 avançados, o nosso capitão lagartinho e a amélia.
Eis senão quando vivi um momento dejá-vu. Faltavam 5 minutos. Livre da direita, marcado pelo lagarto com precisão milimétrica e trufas lá para dentro. Nem vi bem quem, também não importava, mas imaginei que fosse ele, só podia ser ele. Ele que tinha acabado com o esganiçado no ano anterior voltava a marcar quando mais era preciso. Saltos, gritos, abraços, uns quantos mamem aí porcos, uma festa descomunal. Toca a defender até ao fim a precisosa vantagem. Valentes guerreiros, foram o nosso orgulho.
No dia seguinte, toca o telefone.
-Estou ...
-Já os tenho ? - diz-me o RR
-Tens ? Tens o quê ? - perguntei eu
-Os bilhetes claro. Quer dizer, não os tenho, mas já fiz a reserva, são 750 balas cada um.
-750 ? És maluco, onde vou eu arranjar 750 balas agora ? - gritei eu
-Não me interessa, prometeste agora desenrasca-te. Vou agora para a merda da Cosmos, que os chulos dos oliveirinhas são os únicos que vendendo a viagem e garantem o bilhete para o jogo. Pago com tarjeta e depois logo me dás. - Conclui ele, não me dando hipótese nenhuma de argumentar.
Onde eu me fui meter - pensei para com os meus botões depois de desligar o telefone - Não pode ser, não posso ir a Liverpool, não tenho dinheiro.
Mas era certo e sabido, que me ia desenrascar e 15 dias depois, quarta às 7.30 já estávamos trajados a rigor na Portela. Que pica do catano, primeira viagem com o Benfica, um avião vermelho descolava com 300 e tal almas a cantar, a tirar fotos e a dizer as maiores baboseiras. Todos irmanados num sentimento comum, o Benfiquismo mais puro.
Liverpool não é um sítio particularmente turístico, por isso, poucos são os sítios onde aceitavam euros. Ainda por cima era tudo caríssimo e a comida uma merda. Tanto andámos que lá encontrámos a Cavern. Birra aqui, birra ali, tirámos umas fotos ao lado dos Beatles. Estávamos na galhofa, a cantar Ninguém pára o Benfica olé ó, quando uns bifes simpáticos informaram-nos que iríamos perder, pois os Reds estavam em grande forma.
Grande forma sem dúvida, ainda há 15 dias perderam conosco - argumentámos convictos.
Pois, mas não sabem o que é o the Kop, o ambiente é fantástico e os adversários borram-se todos - insistiram eles enquanto nos pagaram outra birra.
Logo veremos quem ganha - afiançámos nós depois de mais umas quantas em jeito de despedida.
Realmente o ambiente estava fantástico, 3.000 portugueses cantavam e puxavam, não haviam Diabos, nem NoName. Éramos só Benfiquistas. Quase sem darmos por isso, o estádio encheu-se e pela primeira vez percebi o que era o ambiente mítico do Kop. Não havia, homem, mulher, criança ou velho que não cantasse a uma só voz You'll Never Walk Alone. Também nós cantávamos, mas ver, ouvir e sentir 40 e tal mil almas a comungar uma união foi esmagador.
Pois se éramos menos, teríamos então que ser mais persistentes, mais aguerridos, mais Benfica e foi o que fomos ... Desde o primeiro minuto que nunca parámos, sempre os 3.000 a uma só voz, explodimos de alegria quando o nosso Lagartinho mandou um míssil  de fora da área e deu a primeira estocada. Agora tinham que marcar 3, e nós éramos o Benfica, não íamos deixar a nossa equipa sozinha.
Quando eles se uniram à deles e carregaram, nós respondemos com mais força, ajudando a defesa. Gargantas ao alto que aqui joga o Glorioso. Ele eram as bombas do Gerrard, a imprevisibilidade do Luis Garcia, o matacão Crouch a meter o Anderson no bolso, mas o Luisão dava-lhe forte luta. Pior que o Crouch era o Moinantes, que não sendo rápido, era bem melhor que o matacão. Mas nada parecia mudar o destino.
Como habitual o soneca estava a dormir em campo, por isso saíu para dar lugar ao grego gingão. Desesperado o Benitez lança o maluco do Cissé, troca o Moinantes pelo Fowler e lança o velho panzer alemão. Perante tal ataque, sai a roberta que mais uma vez pouco ou nada fez e entra o Rocha, assim já tínhamos 3 centrais para os 3 avançados deles e ainda o Alcides na direita a ajudar nas bolas paradas.
De repente começa a ouvir-se na lusa bancada:
Mi, Mi, Miccoli
Mi, Mi, Miccoli
Mi, Mi, Miccoli
A pulga italiana ia entrar, mal os bifes sabiam que seria ela a acabar com o sofrimento e a atropelá-los com uma estonteante bicicleta, a 10 metros de todo um povo, de irmãos, de amigos desconhecidos, todos unidos, todos Benfica.
Era a alegria do povo e não, não era o Mantorras, era o :
Mi, Mi, Miccoli
Mi, Mi, Miccoli
Mi, Mi, Miccoli
Se até aí, era difícil ouvirem-nos durante muito tempo seguido, pois os bifes em maior número e muito afinados, estiveram sempre atrás do seu clube, com a estocada final perceberam finalmente que era dia de Benfica e que as goleadas do passado mais não eram que uma memória distante ... Diante deles um gigante se anunciava, enquanto uma senhora num português mal amanhado nos informava que iríamos ficar retidos após o fim do jogo. Para nós era tinto, queríamos era celebrar a união entre a equipa e o público, numa simbiose perfeita, embora eles estivessem naquele cinzento azulado e nós de vermelho ...
E o jogo meus amigos, o jogo não acabou quando o árbitro apitou ... Nem quando os nossos heróis nos vieram agradecer e nós a eles por um momento inesquecível nas nossas vidas ... Nem quando no meio de um cachorro, uns bifes rendidos nos vieram dizer:
-Congratulations. You deserved entirely ...
Nem mesmo na festa do autocarro, onde ébrios, sóbrios, todos sem sono, revivemos pequenos momentos duma grande alegria, discutindo qual o melhor golo, quem fora o melhor, porque o pior não interessava ali, quando tivémos mais receio que aquela bola entrasse e então surge novamente:
Mi, Mi, Miccoli
Mi, Mi, Miccoli
Mi, Mi, Miccoli
Nem sequer acabou no vôo, onde a malta já cansada, depois de passar num exíguo John Lennon, foi adormecendo o sono dos justos, enquanto uns resistentes reviviam as incidências fora do campo, pois dentro dele todos as conhecíamos ...
Eram 4.00 de quinta-feira e somos recebidos por uma pequena multidão que nos tomou pela equipa, dizendo coisas do género:
-Não conheço este, deve ser um acompanhante
Então percebemos que nos adiantámos aos heróis e sendo assim imediatemente eu e o RR pensámos no mesmo.
-Vamos esperar por eles aqui - antecipa-se o RR
-Claro, assim como assim, esta manhã já está perdida - concordei eu - Olha é menos um dia de férias
E assim foi, o jogo só acabou quando os recebemos e tirámos uma foto com o herói da primeira mão, um gigante na humildade, pois cansado como deveria estar, como nós, não se furtou ao autógrafo e à foto da praxe. Esta é uma daquelas fotos que por mais anos que passem nunca nos esqueceremos do dia em que tivémos a certeza que o Benfica podia ser campeão europeu ...
Infelizmente, a ida a Barcelona já não nos traria igual sorte ...»




JC



«A mais bela não-história de benfiquismo

 “Senti que o Benfica me corria nas veias no preciso momento em que tirei aquela fotografia ao lado do Manuel Bento, estávamos no ano de 1981, à saída do apronto matinal da equipa, num dia como tantos outros em que o meu pai me levava a ver os treinos daqueles que eram os seus ídolos e que posteriormente viriam a ser os meus.”

Podia ter sido assim, mas não foi. Apesar de todos os benfiquistas que conheço terem uma bonita história para contar sobre as origens do seu benfiquismo, é com enorme tristeza - e com alguma vergonha à mistura - que vos digo: eu cá não tenho nenhuma.  Por diversas vezes dou comigo a tentar perceber quando foi que me tornei benfiquista. E, não chegando a conclusão alguma, penso em como gostaria que houvesse uma história deliciosa associada a esse momento. Não vale a pena iludir-me: sou uma espécie de órfão, filho de pais desconhecidos, completamente votado ao abandono no que concerne à instrução clubística. Por outro lado, e para não me deprimir em demasia, prefiro pensar que sou um autodidacta do benfiquismo. 

Há quem diga que foi um primo do meu pai - “benfiquista doente” como lhe chamaram – o principal responsável pela minha paixão clubística, ainda que ninguém saiba explicar-me muito bem como. Talvez por ter sido ele quem me levou ao Estádio da Luz para ver o Benfica x Steaua naquela épica excursão da Casa do Benfica de Évora, numa viagem alucinante de oito horas até Lisboa dentro de um autocarro apinhado de gente entre cerveja, garrafões de tinto e um intenso cheiro a ganza, parando em cada tasca que se encontrava na berma da estrada porquanto uns reclamavam da necessidade de aliviar a bexiga e outros de enchê-la. Acontece que nesta altura já eu tinha 16 anos e o meu benfiquismo desmedido estava perfeitamente diagnosticado. Não obstante, agradeço ao primo a magnífica excursão. Só voltei a ver algo semelhante no filme “Delírio em Las Vegas”.

Gostava de acreditar que a influência veio da parte do meu pai. Impossível. Apesar de benfiquista, a verdade é que se lhe pedirem para indicar nomes de jogadores que fazem parte do nosso plantel actual, lembrar-se-á, porventura, do Luisão (certamente por este já estar no Benfica há 387 anos) e do majestoso Pablo Aimar (porque seria uma heresia nunca ter ouvido falar de Deus). Não mais do que isto. Inadmissível, até porque o meu pai tem televisão. E lê jornais. E desconfio que até consegue ver pornografia na internet. Não encontro, portanto, explicação plausível para que não saiba o nome dos jogadores do seu clube. 

Ou, se calhar, até encontro: simplesmente não é grande apreciador de futebol, e se ainda se vai mantendo a par da actualidade do Benfica é porque gosta de trocar uma ou outra palavrinha comigo sobre o assunto. Nada de muito profundo, claro, é tudo na base do “grande Benfica!” quando ganham, ou “aqueles chulos pagos a peso de ouro não jogam nada!”, quando perdem. Mas sempre com um ar de entendido no assunto.

Se há conclusão à qual estou perto de chegar é a de que o meu pai é benfiquista por influência minha. A confirmar-se, e para terminar em beleza o processo de evangelização, terei de levá-lo a ver a Luz um destes dias, não lhe dando assim a hipótese de vir acusar-me mais tarde de lhe ter faltado enquanto filho. Aliás, é precisamente a única coisa que posso apontar ao meu pai dentro daqueles que são os deveres paternos universais: o facto de nunca me ter levado a ver um só jogo que fosse do Benfica. Dir-me-ão que não é das falhas mais graves que um pai possa ter para com um filho. É imperdoável e traumatizante, digo-vos eu.

Perante isto, e para que Alice* não venha a sofrer das minhas angústias, resolvi associá-la no Sport Lisboa e Benfica. Melhor ainda: associámo-nos os dois. Temos uma diferença de três números nos cartões. O primeiro passo para a sua história de Benfica está dado e eu, não tendo a minha, quero fazer parte da história dela. Quero levá-la ao estádio, comprar-lhe a camisola do seu jogador preferido e mostrar-lhe aquelas bancadas pintadas de gente no mais belo tom vermelho e branco que já se viu. É com ela que quero respirar o Benfica, viver a alegria das vitórias e sofrer  cada derrota como se do maior revés das nossas vidas se tratasse. 

Às vezes sonho connosco. E sonho que estamos juntos, neste e noutros Fevereiros, numa euforia crescente que nos leva o coração à boca quando ainda faltam três meses para andarmos aos berros pelas ruas, de lágrimas nos olhos, agarrados a estranhos como se de irmãos de sangue se tratassem e desfilando no mais belo cortejo de felicidade que algum dia saiu à rua.
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*Alice estava destinada a pertencer aos melhores. Era inevitável: seria benfiquista. Preocupado com a educação da sua filha – nascida num meio de forte influência sportinguista -  o pai de Alice resolveu associá-la no Sport Lisboa e Benfica no dia em que ela completou três meses de vida. Desde esse momento que Alice é portadora do número mais extraordinário e da foto mais adorável que algum dia virá a ter num cartão de identificação. Apesar dos tenros cinco meses de idade e dos 2000 km que a separam do Estádio da Luz, a sua história de benfiquismo já está a ser traçada. A história de benfiquismo de Alice começa agora. E começa aqui.»





Francisco Correia



«Mística


Numa altura em que se volta a usar o termo “onda vermelha”, numa altura em que assistimos a autênticos “massacres” por parte da nossa equipa de futebol, apetece-me escrever sobre mística…a mística benfiquista, que infelizmente só aparece em determinados momentos, mas que todos devemos diariamente demonstrar e transmitir...é a nossa alma!

A frase que melhor define Mistica, não está em nenhum dicionário da Porto Editora..foi proclamada por um grande senhor, de seu nome Bella Gutuman: “Chove? Faz Frio? Faz Calor? Que Importa, nem que o jogo seja no fim do mundo, entre as neves das serras ou no meio das chamas do inferno... Por terra... Por mar... Ou pelo ar, eles aí vão, os adeptos do Benfica atrás da equipa... Grande... Incomparável... Extraordinária... massa associativa!"

O meu pai, o meu tio, o meu irmão, os meus primos, sempre me ensinaram a ser do Benfica. Recordo com muitas saudades os dias em que saíamos de manhãzinha de Coimbra, em autênticos desfiles, com os cachecóis e bandeiras presos no vidro, almoçávamos já perto do velhinho estádio..mala aberta..leitãozinho...vinho para os “velhos” e sumo para os petizes..era uma festa..um dia sagrado..aprendi assim a ser do Benfica!

Os tempos mudaram, o estádio mudou, os jogadores passam, os técnicos passam, os dirigentes passam, mas a mística tem que prevalecer..devemos passar este sentimento às futuras gerações, devemos cultivar este sentimento…ninguém sente como nós! A “onda vermelha” tem que estar presente em todos os jogos…seja nos estádios ou seja em pensamento!

Apesar da minha juventude, vivi muitas alegrias e tristezas em ambos os estádios, mas guardo para mim dois episódios distintos, decorridos em 2010, que demonstram tudo o que significa BENFICA.

9 de Maio, data em que celebrámos o 32º titulo! Porquê?? Por tudo o que se passou nessa época, mas acima de tudo, porque, pela primeira vez celebrei um titulo dentro do estádio…em nossa casa..com todos vocês..junto do meu querido Pai!

Lembro-me, como se fosse hoje, que, a primeira reacção após o apito final, foi um sentido abraço regado por muitas lágrimas… lágrimas de alegria…sentidas..lágrimas de duas pessoas que viram o Glorioso a ser “levado ao colo” por milhões de adeptos espalhados pelos quatro cantos do mundo, ao longo de um campeonato que nos queriam roubar..! 

3 de Outubro, dia em que vencemos o “Braguinha” por 1-0. Estavam comigo três amigos escoceses, adeptos do Hearts de Edimburgo, que fazem questão de visitar o Estádio da Luz sempre que estão em Portugal e de ver algum jogo, se possível. Conhecem o nosso plantel, perguntam por jogadores que já não vestem o manto sagrado, criticam tácticas, sabem os nossos cânticos...enfim..são dos nossos...vivem o clube como nós!

Imaginem só quem foi para eles o melhor jogador do Hearts?? Fácil...nada mais nada menos que Bruno Aguiar, um produto das escolas do Benfica! Pergunto porquê..(confesso que achei estranho.."He scored two goals against Glasgow Rangers..we won that match..and in that year he was the top scorer of the team with 15 goals!" Será por isto que gostam do SLB?? É capaz de ajudar.

Olho para o presente campeonato…e o sentimento é o mesmo..temos a melhor equipa..o melhor plantel…mas isso é insuficiente..vamos ter que lutar o triplo…!
O 12º jogador dos nossos rivais veste quase sempre de preto e tem nome…o nosso veste de vermelho e chama-se MISTICA!

Estou certo que o país vai parar novamente em Maio..que todos os estádios serão autênticos infernos para os nossos adversários! Portugal, Angola, EUA, Brasil, França, Suiça, Austrália..todos vão assistir à celebração do 33º titulo..são imagens que deveremos guardar para sempre e mostrar às gerações vindouras !

Não dou lições de benfiquismo a ninguém… limito-me a transmitir o que há-de melhor neste mundo…a mística do glorioso!

E PLURIBUS UNUM»


 Fim da votação! JC vence com 8 votos contra 5 do Correia e 4 do Bcool. Agrada-me que a maioria de votos dos leitores tenha ido para o texto que, para mim, é o melhor. É sempre bom quando há sintonia entre escriba e seus comentadeiros. 

Um abraço ao Bcool por ter chegado à final e nos ter presenteado com um texto cheio de fervor benfiquista - uma boa história que, apesar de nem sempre atingir a excelência performativa em termos de escrita, consegue emocionar-nos.

Outro ao Correia que teve de ir a correr escrever um texto e não se saiu nada mal. A referência ao técnico húngaro só lhe fica bem, embora já fosse tempo de a maldição acabar e vermos um novo caneco europeu no Museu.

Ao JC, os sentidos Parabéns e a possibilidade de, por um mês, ser insultado à grande pelos anónimos, Manueis e Antónios Maia que por aí andam. Vais querer fugir antes da primeira semana. De qualquer forma, a partir de hoje, JC é escriba deste vosso tasco à beira-vinho plantado.

Obrigado a todos pela participação. 


30 comentários:

João Duarte disse...

BCool - 7, foi uma grande jornada
JC- 9, é a minha historia
Francisco Correia - 7, bruno aguiar não é aquilo que faz tilitar mais.

Pedro disse...

Ricardo,

Só mudo uma coisa...em vez de um mês para dois, dá um mês a três!

Abraço
Pedro

Diogo disse...

3 grandes textos, todos merecem uma semana de escrita e a ultima fica para aquele que tiver mais comments aos seus textos.

Bcool, a tua história lembra-me a de um primo que fez a mesma viagem que tu.

JC, no sábado levei pela primeira vez o meu puto à catedral, ele tem 3 anos e já canta alguma das músicas. Quando estava em casa dos meus pais, pedia ao avó para colocar a música do Sr. Luis ao almoço, em loop. Ficou maravilhado e eu orgulhoso. Revejo-me nas tuas palavras.

Francisco, bela história de pai e filho. Vivi algumas com o meu pai no antigo templo.

Como só pode haver um vencedor o pódio fica assim JC, Francisco, Bcool.

Ricardo, se calhar uma semana é pouco, um mesito a casa 1.

Abraço a todos

Constantino disse...

(comentario upgradado)

Ponto prévio(mudaste as regras de forma a não haver complicações, mas tenho que arranjar aqui qualquer coisa) Para mim isto só se decide com 15 dias para cada um... (isto é conversa de leitor, não sigas o conselho... quem perde tem que sofrer na pele e sentir a derrota lá bem fundo... tão fundo que vai acabar por abrir mais um blog)

Bcool - epah óh almancilense, o texto era para ser nota 10 não fossem as imprecisões historicas: simão lagarto? Nuno Gomes amélia? Cruzamento para o 1-0 na Luz foi do Petit... a roberta é o Beto? O homem não foi substituido am anfield... ate fez a assistencia para o 2-0 (na verdade era um remate que ia sair pela linha lateral e apanhou o miccoli no caminho).

JC - isso de não saber como começou o benfiquismo também é doença que me afecta a mim. Mas é tão bom pensar "não sou sobredotado mas sou inteligente o suficiente para saber qual o Maior do Mundo sem que ninguem me tivesse que dizer". E eu tenho uma agravante: os meus pais gostam tanto de bola como eu de levar porrada... e no entanto... de vermelho e branco me visto.

Chico Correia - tenho duvidas que alguem que diga que o Bruno Aguiar foi o melhor jogador de um qualquer clube de primeira divisão possa perceber de bola... tens que ver melhor com que pessoas vais à bola. De resto este texto está prestes a ser obsoleto pois em maio vais ter o "episodio que vais guardar para ti" com mais carinho. Muito bom também.

No total dos prós e contras... voto Bcool.... mas mantenho o ponto prévio inicial..

Abraços a ambos os dois.

Rui disse...

JC, uma bela não-história de benfiquismo com a qual certamente muitos de nós nos identificamos.

(E a filha de JC só poderia ser benfiquista)

eupensopelaminhacabeçaeusoulivre disse...

Francisco 6
Bcool 8
JC 10

A história da Alice, bem eu sou pai, a minha relação com os meus filhos é ... especial...logo a ternura do relato é sublime... o mundo carece desta poesia maior - os afetos maiores... desculpem a mariquice...

Pedro Cordeiro disse...

Boa tarde,

Mais 3 grandes textos. O meu voto final vai para o Francisco Correia, por já ter vivido emoções semelhantes.

Pedro Cordeiro

Rui disse...

Reparo que a minha votação original foi "perdida", mas faltava ainda um texto, logo vou tentar de novo.

BCool - 10
JC - 8
Francisco Correia - 7

Maquinista de Azeitonas disse...

Que fiquem os três!!! Alternem os dias e fiquem todos!

Tendo que escolher, voto no Bcool.

Diego Armés disse...

Final rasgadinha com um futebol agradável. JC confirma o favoritismo. Para mim é dele o melhor texto.

Os outros dois relatos merecem respeito (ainda que o do Bcool me toque mais - merece a medalha de prata).

Ulrich Haberland disse...

Todos os textos são muito bons, parabéns aos 3 escribas.
Seria muito bom os 3 poderem partilhar a "cadeira de sonho".

Voto: JC

Anónimo disse...

Cada um a seu jeito, gostei dos 3, mas o Francisco ganha. Comigo basta pôr aquela frase do Béla Guttmann que eu voto logo no texto para prémio nobel.

Anónimo disse...

Bom dia!

Eu ia votar no Sá Pinto, mas o Godinho antecipou-se..! :)

O meu voto final vai para o texto do Francisco..mas sou da opinião que o moderador devia dar "tempo de antena" aos 3!

Mário Lobeiro

Anónimo disse...

JC

Anónimo disse...

Já que não podem ganhar os 3 texto, voto no Francisco Correia

João Moreira

David Duarte disse...

Boas! Ora três textos sobre a mistica do Benfica. Três textos que finalmente fazem um apenas jà que nos revemos em cada um deles. Aqui vai a minha pontuação:

Bcool : 9. Porque exprime bem a loucura que é ir ver um jogo do Benfica noutro pais, a epopeia que é e que começa sempre da mesma maneira quando não somos o maluco que faz a proposta :"és maluco ou quê? E o dinheiro?".

JC : 7. Revejo-me bem na expressão "autodidacta do Benfica". Nao porque o meu pai não seja doente do Benfica, antes pelo contrario é daqueles que até enerva os benfiquistas. Mas porque nunca me impôs o Benfica.

Francisco Correia : 7. Texto mais fraquinho quando comparado com os outros dois. Ao não quereres dar lições de benfiquismo a ninguém (o que te fica bem) travaste um bocado a emoção que é apoiar o Benfica. Levas a mesma nota que o JC pois citaste aquele que até hoje melhor exprimiu por palavras o que é a mistica do Benfica : o grande mas diabolico Bella Guttman.

David Duarte disse...

Ops, esquecime que não era para dar notas mas para fazer o podium. Ora aqui vai:

1° Bcool
2° JC
3° Francisco Correia

Hattori Hanzo disse...

Estou com o resto do pessoal: deveriam ter todos hipóteses de voltar a escrever aqui. Tendo de escolher iria pelo Francisco mas a diferença é muito pouca.

XerifBill disse...

1º - JC
2º - Francisco
3º - Bcool

Francisco disse...

Parabéns ao JC!

Por respeito à Alice não vou enviar estes textos para a CD da Liga..! :)

Confesso que só participei com o intuito de me convidarem para almoçar na Trindade...mas não tive sorte nenhuma! eheh!

Um grande abraço ao JC e ao Bcool

POC disse...

Fodasse! Então e o meu voto? Um gajo não se pode distrair um bocadinho...

Hattori Hanzo disse...

Epá ó Ricardo... ainda não percebeste quem é o "Manuel"? É o Joseph Lemos que há uns anos veio para aqui insultar tudo e todos porque as coisas só poderiam ser discutidas lá dentro, que era assim uma família.

Ricardo disse...

Francisco, estás à mesma convidado para a Trindade. Aliás, o jantar deste blogue pode ser que seja lá. Com um convidado muito especial.

Hanzo, Manuel e Joseph Lemos para mim são só nomes de tartarugas.

POC disse...

Rui Gomes da Silva. Ele anda nos blogues. Ou o Benfica gosta que alguém ande.

Acredito piamente nisto.
O Sporting de Lisboa quis, com esta brilhante Direcção, controlar os ânimos na internet, daí ter "comprado" os principais em troca de "miminhos", como estarem mais envolvidos com o clube, etc.. Não acho mal.

Se Rui Gomes da Silva for um defensor do Benfica como eu, mesmo que ache outras opções mais viáveis, então podemos todos sentarmo-nos à mesa. Isto partindo do princípio que o Ricardo me manda um Wild Card.

Senão, fico a torcer por fora :)

Unknown disse...

Em primeiro lugar parabéns ao JC pela vitória.
Parabéns também ao Francisco que me conseguiu emocionar com a descrição das idas ao estádio com a familía.
Mas gostava de inquirir que raio de contabilização foi essa pois eu contei 8, 5, 5 e não 9, 5, 3 - Será que os Oliveirinhas andam por aqui a mudar as clasificações ?
Obrigado a todos os que me preferiram e aos outros que não me preferindo elogiaram os meus escritos.

JC disse...

Primeiro que tudo um abraço aos meus adversários e um muito obrigado pelos magníficos textos plenos de benfiquismo. É graças às vossas contribuições que esta vitória tem algum valor.

Bcool: invejo a experiência que viveste e tão bem relataste. Ainda não perdi a esperança de passar por algo semelhante nesta encarnação.

Francisco: muita coragem e determinação para escreveres um texto desses em autêntico contra-relógio. Eu não teria conseguido escrever uma décima parte.

E agora, conforme está escrito nas regras do concurso, sou obrigado a agradecer ao Ricardo por me conceder esta oportunidade de ser insultado por tudo e por todos.

Compreendam que por ora não consigo escrever mais pois é um momento de grande emoção para mim. Até hoje, a única coisa que tinha ganho numa competição foi uma entorse na tibiotársica direita.

Ricardo disse...

Bcool, enganei-me. Tens 4 votos. Desculpa, não contei um. Mas não são 5, como dizes. O David Duarte só tem direito a votar uma vez, embora tenha feito dois comentários. Abraço.

David Duarte disse...

Que porra de democracia é essa se o meu voto não vale por dois?!?

Diego Armés disse...

Parabéns ao blogue, que conseguiu uma contratação de nível. E parabéns também ao blogue, pela iniciativa (pena a parte da democracia, que é sempre aborrecida, mas vá, sempre entretém). E agora venham de lá ostextos, que eu já comprei pipocas (e tomates).

Anónimo disse...

Grande tanga.
A votação esteve aberta muito pouco tempo.
O texto do Bcool é o melhor de todos.
O do correia realmente foi esgalhado às três pancadas.
Deixem lá o Bcool escrever mais umas patacoadas.
Saudações Benfiquistas.