segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um Glorioso 2013


A todos os Ontianos e respectivas famílias, um Glorioso 2013, pleno de sucessos a todos os níveis.
Sejam felizes.

Saiam muitos brindes a vocês, a nós, e ao Maior: o nosso BENFICA!




O erro de Descartes

«Reforços em janeiro? Os nosso grandes reforços serão o Aimar, o Luisão e o Carlos Martins, com quando os conseguirmos recuperar. Quando estiverem bem fisicamente, serão eles os reforços do Benfica»




0:23 - Jardel é isto. Nenhuma noção espacial, falta de enquadramento, lentidão, tempo e espaço ao adversário. Passou este princípio de época a cometer erros iguais a este. Como não deu golo na maior parte das vezes, as pessoas acham que Jardel substituiu muito bem Luisão. 


0:32 - André Almeida não é lateral. Deverá ser preciso repetir mil vezes mais para o Jesus compreender isso? O rapaz pode dar um bom médio-defensivo, com treino e método. Lateral nunca, porque não compreende os conceitos básicos da função e porque claramente não se sente bem adaptado à direita, onde tem de funcionar de um modo contrário ao que está habituado quando joga no miolo. Aqui, uma abordagem deficiente a um cruzamento vindo do lado contrário. Um erro que o seu companheiro, titular da posição há anos, também comete em quase todos os jogos.

0:41 - André Almeida, a solução óbvia para Jesus quando Maxi está indisponível, não respeita a linha defensiva, deixando Ghilas em jogo. Golo do Moreirense.

No vídeo não aparecem as dezenas de más decisões que André Almeida, Jardel e sobretudo Melgarejo foram tomando ao longo do jogo. Jogadores que não servem o Benfica, por diferentes motivos: Jardel porque simplesmente não tem qualidade para jogar no clube; André Almeida porque está a ser estragado numa adaptação sem sentido quando podia estar a ser especializado onde realmente pode ser bom e onde o plantel necessita de soluções - a médio defensivo; Melgarejo, porque está a aprender; poderá vir a dar um bom lateral-esquerdo, neste momento é apenas medíocre, expondo a equipa a constantes erros que já se pagaram a preço altíssimo e continuarão a pagar, especialmente nos jogos contra equipa de nível superior ao mediano.

O ano passado, porque estávamos em primeiro, decidimos não reforçar um plantel que necessitava de opções - a de lateral-esquerdo a mais ofensivamente gritante. Enquanto isso, o Porto reforçava-se com um ponta-de-lança e Lucho Gonzalez, cirurgicamente equilibrando o grupo de trabalho e indo buscar experiência e conhecimento do clube. O resultado já todos sabemos qual foi.

Esta gente que anda pelo Benfica - dirigentes, técnicos, lambe-botas estilo Gobern e outros - parece não compreender como aprender com os erros e fazer diferente. O Benfica precisa URGENTEMENTE de um central, de um lateral-direito e de um lateral-esquerdo. Mas precisa, ainda mais, de um médio que faça as posições 6 e 8 com igual qualidade, intensidade e experiência. Com a quantidade de jogos que teremos nos próximos meses, várias competições, lesões e castigos e com um meio-campo composto por 2 adaptados é preciso estar a gozar com esta merda para não perceber que é mesmo preciso ir ao mercado.

Se as nossas hipóteses de sermos campeões já são altamente reduzidas, se ainda acrescentarmos a cagança típica vieirista-jesusiana dos últimos anos e acharmos que podemos ganhar alguma coisa sem reforçar seriamente o plantel, então, meus amigos, encomendem as faixas. E no fim nem será mau para todos: dentro da estrutura do Benfica há vários sócios do Porto que agradecerão a ausência de actividade cerebral.

3 Pontos Positivos do Fim de Semana

1- Benfica em 1º do grupo, apesar de exibição medonha, tanto a nivel fisico, técnico e tático.

2- O FC Porto voltou a jogar com 1 só guarda redes. Depois de Braga(TP), Paris(LC) e Estoril(TL), só o Helton não chega.

3- O Sporting continua na luta para fugir ao último lugar do grupo. Foi assim na Liga Europa. Vai ser assim também para o campeonato.

PS: Um ano de 2013 só com vitórias para o Benfica e saúde para todos.

A aterragem



«Um homem atira-se de uma janela e, à medida que vai caindo, repete: "Até aqui tudo bem, até aqui tudo bem, até aqui tudo bem". Mas o que importa não é a queda, é a aterragem.»

 La Haine, Mathieu Kassovitz

domingo, 30 de dezembro de 2012

Moreirense-Benfica


Não, não vou falar da exibição deplorável que nos rendeu um pontinho no dealbar do jogo. O que me leva a escrever é o horário do jogo. Jogo às 16h00, para uma competição que até nem é das mais queridas para os clubes e público, em especial tendo em consideração os epítetos de taça da cerveja pelo qual é conhecida.

No entanto, o que se viu nas imagens da televisão foi um estádio quase cheio. No rádio falaram de 6.030 espectadores, no site da Liga os números oficiais indicam 6.100, a lotação completa do Estádio Comendador Joaquim Freitas. Estivesse a lotação completa ou faltassem os 70 espectadores, a verdade é que essa é uma imagem que fica na retina, um estádio à pinha, com público vibrante, mesmo que o jogo tenha sido de pouca qualidade devido ao relvado e à "vontade" dos jogadores.

Foto: ABola

Esse é outro dos problemas em Portugal, os relvados são de má qualidade e basta uma chuvinha, às vezes nem isso é preciso, para transformar o relvado num enlameado difícil para a prática do futebol. Sendo a LPFP a organizadora quer da Liga, quer da Taça da Liga, deixo aqui a ideia para reverem os regulamentos de forma a que os jogos realizados às 15 ou 16h00 aos fins-de-semana possam ser televisionados independentemente dos clubes que participam.

Se os clubes não conseguem atrair adeptos aos seus estádios, porque na televisão dá o jogo de outro clube, então o que isso nos diz sobre o produto, jogo de futebol, que supostamente estão a vender ? Supostamente  sim, porque há alguns que nem cobram os bilhetes. Diz-nos que são jogos com pouco interesse e portanto caberá aos clubes participantes desenvolver estratégias para atrair e fidelizar públicos pagantes, em vez de se condicionar os horários possíveis de transmissão.

Um jogo realizado às 15h00 em Portugal durante o horário de inverno, equivale a ser transmitido em directo às 7h00 em São Francisco, às 10h00 em Boston ou Newark, às 13h00 no rio de Janeiro ou em São Paulo, às 14h00 em Cabo Verde, às 16h00 em Angola e em grande parte da Europa Ocidental, às 17h00 em Moçambique, às 19h00 na Índia, às 21h00 na China e às 22h00 na Coreia do Sul e no Japão.

Não sendo o horário ideal para a Califórnia ou o Extremo Oriente, penso ser o horário mais equilibrado se se pretender levar a cabo um projecto de internacionalização da Liga Portuguesa. Mas primeiro, tem que ser alterado o Regulamento de Competições da LPFP e só depois é que quem detiver os direitos terá um horário compatível para levar a cabo essa tarefa de tentar disputar tempo de emissão com as outras ligas, nomeadamente a Premier League.

Mas para que a Liga Portuguesa seja um produto mais atractivo precisa de estádios mais cheios e de relvados em condições para que os jogadores possam explorar ao máximo as suas capacidades técnicas e tácticas em vez de se limitarem a lutar e a jogar aos repelões.

O futebol à tarde não é coisa do passado, é coisa do futuro.

SARA CARBONERO



Chocado com a falta de "gajas" nas suas conferências de imprensa, Jorge Jesus solicitou á SAD encarnada a contratação da jornalista Sara Carbonero.  Num "raid" a Madrid, José Eduardo Moniz convenceu a jornalista com o seu novo projecto para a Benfica TV. Acompanhando Moniz, Rui Costa convenceu o guarda redes Iker Casillas a acompanhar a sua esposa na viagem para Lisboa. O dirigente encarnado fez ver ao portero espanhol que, nesta fase da sua carreira, é mais prestigiante ser suplente de Artur Moraes do que Adán. José Mourinho apressou-se a dar o aval á transferência.

Entretanto o médico do Benfica, Bento Leitão, fez chegar a Filipe Vieira o seu incómodo. Disse ele: "Sr Presidente, no banco de suplentes é só "gajos"". Sensibilizado, Vieira contratou a massagista do Chelsea, Eva Carneiro.


Luisão, em nome do plantel já informou Jorge Jesus que os jogadores abdicam da sua folga semanal em troca de uma sessão bi-diária de banhos e massagens. O empresário de Bruno César também já reagiu a esta contratação: "O Bruno está super feliz com a sua condição de suplente".

Dentro das 4 linhas tudo na mesma para os lados de Alvalade. Após nova derrota, Marcos Rojo, numa entrevista exclusiva ao Porto Canal, afirmou: "No pasa nada. El Oporto continua vivo en esta Copa".


sábado, 29 de dezembro de 2012

Valderrama-Valdo


10 pressupostos do Modelo de Negócio do Manchester United


O Manchester United é uma companhia cotada na NYSE (Bolsa de Nova York) cujo negócio é a exploração da equipa de futebol e dos direitos de imagem que lhes pertencem. Não vejam neste post o advogar da adopção deste modelo para o Benfica, mas apenas pretendo salientar que este modelo tem algumas virtudes deveriam ser adoptadas, pois constituem boas práticas de gestão, nomeadamente implicam uma gestão estratégica que está preocupada não só com o dia-a-dia, mas fundamentalmente com o crescimento a médio prazo.

Alerto para os números no final do post, em especial para o crescimento das receitas de natureza comercial, pois elas representam a virtude do modelo de internacionalização adoptado pelo colosso inglês.

1 - "If we fail to properly manage our anticipated growth, our business could suffer."

Se falharmos na gestão correcta do nosso crescimento previsto o nosso negócio pode sofrer.

2 - "If we are unable to maintain, train and build an effective international sales and marketing infrastructure, we will not be able to commercialise and grow our brand successfully."

Se não conseguirmos manter, treinar e criar uma infra-estrutura eficaz de vendas e marketing internacionais, não seremos capazes de fazer crescer e comercializar a nossa marca com sucesso.

3 - "It may not be possible to renew or replace key commercial agreements on similar or better terms, or attract new sponsors. Our most important commercial contracts include contracts with global, regional, mobile, media and supplier sponsors representing industries including financial services, automotive, beverage, airline, timepiece, betting and telecommunications, which typically have contract terms of two to five years."

Pode não ser possível renovar ou substituir os principais acordos comerciais nas mesmas ou melhores condições ou atrair novos patrocinadores. Os nossos contratos comerciais mais importantes incluem contratos com patrocinadores globais, regionais, das comunicações móveis, dos media e outros empresas representando sectores incluindo o financeiro, automóvel, bebidas, companhias aéreas, apostas, telecomunicações que tipicamente têm contratos entre 2 a 5 anos.

4 - "Negotiation and pricing of key media contracts are outside our control and those contracts may change in the future. For each of the years ended 30 June 2012, 2011 and 2010, 32.6%, 39.8% and 39.4% of our Broadcasting revenue, respectively, was generated from the media rights for Champions League matches, and 59.0%, 51.4% and 51.3% of our Broadcasting revenue, respectively, was generated from the media rights for Premier League matches."

A negociação dos principais contratos de transmissão estão fora do nosso controlo e esses contratos podem mudar no futuro. Para cada uma das épocas acabada a 30 de Junho de 2012, 2011 e 2010 as receitas da Liga dos Campeões representaram respectivamente 32,6%, 39,8% e 39,4% e as receitas da Premier League representaram 59,0%, 51,4% e 51,3%.

5 - "European competitions cannot be relied upon as a source of income."

Não se pode confiar nas competições europeias como uma fonte de receitas.

6 - "Our business depends in part on relationships with certain third parties. We consider the development of both our commercial and digital media assets to be central to our ongoing business plan and drivers of future growth. However, we do not currently have retail, merchandising and apparel operations in-house."

O nosso negócio está dependente de parcerias comerciais com entidades externas. Consideramos essencial para a aplicação do nosso plano de negócios e como elementos de crescimento futuro o desenvolvimento das nossas capacidades comerciais e na área dos meios de comunicação digitais. No entanto, actualmente não detemos operações próprias de comercialização, merchandising e equipamento.

7 - "We are exposed to credit related losses in the event of non-performance by counterparties to Premier League and UEFA media contracts as well as our key commercial and transfer contracts. During the year ended 30 June 2012, those sources that represented greater than 10% of our total revenue were:



- Premier League (Broadcasting revenue): 19.9% of our total revenue;

- UEFA (Broadcasting revenue): 10.6% of our total revenue; and
- Nike (Commercial revenue): 10.5% of our total revenue."

Estamos expostos a perdas no caso de certas contra-partes nomeadamente as receitas de transmissão da Premier League e da UEFA bem como dos nossos principais parceiros comerciais e transferências de jogadores. Na época que finalizou a 30 de Junho de 2012, as fontes de receita superiores a 10 % foram:

- Premier League (receitas de transmissão) - 19,9% das receitas totais (ndb - +/- 79,14 M€)
- UEFA (receitas de transmissão) - 10,6% das receitas totais (ndb - entendem-se os prémios da UEFA +/- 42,15 M€)*
- Nike (receitas comerciais) - 10,5% das receitas totais (ndb - +/- 41,76 M€)
* - o site da UEFA refere apenas 36,4 milhões de euros entre Liga dos Campeões e Liga Europa

8 - "Matchday revenue from our supporters is a significant portion of overall revenue. During each of the 2011/12, 2010/11 and 2009/10 seasons, we played 25, 29 and 28 home matches, respectively, and our Matchday revenue were £98.7 million, £110.8 million and £105.8 million for the years ended 30 June 2012, 2011 and 2010, respectively. Match attendance is influenced by a number of factors, some of which are partly or wholly outside of our control. These factors include the success of our first team, broadcasting coverage and general economic conditions in the United Kingdom, which affect personal disposable income and corporate marketing and hospitality budgets. A reduction in matchday attendance could have a material adverse effect on our Matchday revenue and our overall business, results of operations, financial condition and cash flow."

As receitas de bilheteira nos nossos sócios/adeptos são uma parte importante das receitas totais. Em cada uma das épocas de 2011/12, 2010/11 e 2009/10 disputámos respectivamente 25, 29 e 28 jogos em casa e as nossas receitas de bilheteira foram de (ndb - aproximadamente) £98,7M (€122,5M), £110,8M (€123,3M) e £105,8M (€130,6M) nessas épocas*. A assistência aos jogos é influenciada por um número de factores, parte dos quais estão parcial ou totalmente fora do nosso controlo. estes factores incluem o sucesso da nossa equipa principal, a cobertura televisiva e as condições económicas do Reino Unido que podem afectar o rendimento disponível das famílias e os orçamentos ligados ao marketing corporativo. A redução nas assistências aos jogos pode ter um efeito material negativo nas receitas de bilheteira e em termos gerais no nosso negócio, resultado operacional, condições financeiras e cash-flow.
* - as diferenças em euros dependem da variação cambial

9 - "The markets in which we operate are highly competitive, both within Europe and internationally, and increased competition could cause our profitability to decline. We face competition from other football clubs in England and Europe. In the Premier League, recent investment from wealthy team owners has led to teams with deep financial backing that are able to acquire top players and coaching staff, which could result in improved performance from those teams in domestic and European competitions.

In addition, from a commercial perspective, we actively compete across many different industries and within many different markets. We believe our primary sources of competition, both in Europe and internationally, include, but are not limited to:

- other businesses seeking corporate sponsorships and commercial partners such as sports teams, other entertainment events and television and digital media outlets;
- providers of sports apparel and equipment seeking retail, merchandising, apparel & product licensing opportunities;
- digital content providers seeking consumer attention and leisure time, advertiser income and consumer e-commerce activity;
- other types of television programming seeking access to broadcasters and advertiser income;
- alternative forms of corporate hospitality and live entertainment for the sale of matchday tickets such as other live sports events, concerts, festivals, theater and similar events."

Os mercados nos quais operamos são extremamente competitivos, quer dentro da Europa quer internacionalmente e maior competição pode originar a redução da nossa rendibilidade. Os nossos competidores são outros clubes de futebol em Inglaterra e na Europa. Na Premier League, recentes investimentos de abastados donos de clubes levou ao surgimento de equipas com grande suporte financeiro que são capazes de adquirir jogadores e técnicos de topo que pode levar à melhoria dos resultados dessas equipas quer nas competições internas quer na Europa.

Adicionalmente, duma perspectiva comercial, competimos activamente em muitos mercados com empresas de diferentes sectores. Nós acreditamos que as nossas fontes principais de concorrência, são quer na Europa quer internacionalmente, incluem mas não estão limitadas a:

- outros negócios que procuram patrocínios corporativos e parceiros comerciais tais como equipas de desporto, outros eventos de entretenimento e grossistas de televisão e media digital;
- fornecedores de equipamentos desportivos que procuram comercialização, merchandising, e licenciamento de produtos e equipamentos desportivos;
- fornecedores de conteúdos digitais que disputam a atenção e tempo de lazer dos consumidores, receitas de publicidade e actividades de e-comerce;
- outros tipos de programação de televisão que concorrem para aceder às transmissões e receitas de publicidade;
- formas alternativas de concorrência por "corporate hospitality" e entretenimento ao vivo na venda de bilhetes tais como outros eventos desportivos, concertos, festivais e eventos gerais de entretenimento (teatro, cinema, etc.). 

10 - "Future intervention by the European Commission, the European Court of Justice (the "ECJ") or other competent authorities and courts having jurisdiction may also have a negative effect on our revenue from media rights. (...)The ruling held that any agreement designed to guarantee country-by-country exclusivity within the European Union (the "EU") (i.e. by stopping any cross-border provision of broadcasting services) is deemed to be anti-competitive and prohibited by EU competition law.

This decision has created uncertainty as to the commercial viability of copyright holders continuing to adopt the same country-by-country sales model within the EU as they have adopted previously. A change of sales model could negatively affect the amount which copyright holders, such as the Premier League, are able to derive from the exploitation of rights within the EU."

Intervenções futuras pela Comissão Europeia e Tribunal da Justiça Europeia (ECJ) ou outras autoridades competentes e tribunais com autoridade podem ter um efeito negativo nas receitas de transmissões televisivas. (...)A decisão do ECJ definiu que qualquer acordo visando garantir a exclusividade das transmissões país-a-país dentro da União Europeia (i.e. através de limitações à provisão de serviços de transmissão entre países) é julgado como anti-concorrencial e proibido pela legislação comunitária da concorrência.

Esta decisão criou alguma incerteza quanto à viabilidade comercial dos detentores dos direitos de transmissão continuarem a adoptar modelos de vendas país-país dentro da UE conforme adoptaram anteriormente. Uma mudança do modelo de vendas poderá afectar negativamente o montante que os detentores dos direitos de transmissão, tais como a Premier League, são capazes de retirar da exploração de direitos dentro da UE. 

Receitas Operacionais do Manchester United, excluindo operações com jogadores, em (milhões de libras):
Tipo de Receita      2011/12       2010/11       2009/10     2008/09
Transmissão            104,0          117,2           103,3           98,0
Bilheteira                   98,7          110,8           105,8         114,5
Comerciais              117,6          103,4             77,3           66,0
Total                       320,3           331,4           286,4         278,5
Total em euros*       397,7           368,9           353,5         327,4
*-câmbios a 30 de Junho de cada ano

As receitas de transmissão incluem os prémios de desempenho das competições da UEFA.
As receitas de bilheteira incluem bilhetes, cativos, receitas de corporate hospitality e esquemas de afiliação.
As receitas comerciais incluem patrocínios corporativos e técnicos, merchandising e licenciamento.

Fonte - ANNUAL REPORT PURSUANT TO SECTION 13 OR 15(d) OF THE SECURITIES EXCHANGE ACT OF 1934 of MANCHESTER UNITED PLC

Os meus melhores 11 marmelos de 2012





























sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Velhos capitães


O árbitro que melhora a visão para lá de Badajoz

«O melhor árbitro português da atualidade, Pedro Proença, está disponível para dirigir o primeiro clássico do ano, apesar do seu benfiquismo e das criticas de Luis Filipe Vieira.


Pedro Proença teve um ano em grande e tem as melhores expectativas para 2013. Um ano que irá começar com um Benfica - Porto a meio de Janeiro que pode começar a definir alguma coisa em termos de titulo. Pedro Proença é considerado o melhor árbitro portugues e um dos melhores do mundo na atualidade, tem a expectativa de ser nomeado para esse clássico do futebol português a 13 de janeiro. «Tenho essa expectativa e se não for o próximo isso acontecerá com toda a naturalidade».


Sobre as declarações de Luis Filipe Vieira, que chegou a pedir, após o Benfica-Porto, que Pedro Proença não dirigisse mais jogos dos encarnados, diz o árbitro internacional que «esse tipo de discurso já está gasto e não será assim que se dará um passo em frente no futebol nacional», na TSF
 
Se este rapaz for nomeado para o Benfica-Porto, deixo de ver futebol português até isto ficar limpo de vez. Até a falta de escrúpulos tem de ter um limite.

Crise? Qual crise?

Pai, o Benfica treina hoje no Vasco da Gama?

Foi esta a pergunta que o meu filho me fez quando chegamos perto do CC Vasco da Gama, esta tarde.

Não, o Benfica não treinava ali. Mas parecia. Parecia, aliás, mais um dia de jogo. E de casa cheia.

Para os portugueses parece não haver crise. Espero que assim seja , apesar dos indicadores dizerem o contrário.

Afinal, era ambiente de Estádio da Luz. Quando a bola começa a rolar, nada mais interessa.

Que jogo é este?


De facto, um clube diferente e eclético.

Dei-me hoje conta de um facto notável que simboliza a diferença e o ecletismo do Sporting: o Benfica teve um Presidente que roubou o próprio clube; o Porto tem um Presidente que rouba os outros clubes; só o Sporting teve um dirigente que não só roubou o Sporting como também roubou os outros clubes. O nível de ecletismo desta gente fascina-me.

Foi por isto que apoiaram inequivocamente ?


A Federação Portuguesa de Futebol passa uma rodada de caloteiros a todos os clubes, pior que isso destacando-nos na companhia de Porto, Sporting e Braga, e vocês ficam calados ? Não reagem ? Nem uma palavrinha ? Foi esta a razão do apoio inequívoco ? E já agora, quanto é que devíamos dos 11 milhões ? Desde quando ? E os outros ?

Mas então a SAD não era a credibilidade em pessoa, sem quaisquer dívidas vencidas, muito menos ao Estado ?

Para quem não sabe o que se passa, aqui fica:

"A Federação Portuguesa de Futebol pagou, esta quinta-feira, cerca de 11 milhões de euros à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) para saldar dívidas fiscais dos Clubes de Futebol, no âmbito do chamado “totonegócio”.

Este pagamento inclui dívidas de Clubes Profissionais (I e II Ligas) e Não Profissionais, nomeadamente o FC Porto, SL Benfica, Sporting CP e SC Braga.

Não foram abrangidos Clubes ou SAD’s que deixaram de existir ou que têm contenciosos de outra ordem, como processos de insolvência, ou mudaram a forma de organização nos últimos tempos. São eles o Estrela da Amadora, o Salgueiros, o Chaves, o Maia, a União de Leiria e o Boavista.

O pagamento destas dívidas fiscais possibilita que os Clubes apresentem as respetivas situações fiscais regularizadas perante os órgãos de licenciamento nacionais e internacionais e permite que os Clubes não devedores recebam as verbas a que tinham direito por via dos jogos sociais, algo que não acontecia enquanto o processo não fosse resolvido.

A Federação Portuguesa de Futebol saldou, desta forma, de uma só vez, cerca de 11 milhões de euros de dívidas dos Clubes, ficando com o direito de regresso sobre os mesmos, nomeadamente no que diz respeito às verbas oriundas dos jogos sociais.

A FPF agradece o envolvimento, o sentido de responsabilidade e cooperação do Sr. Ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar, do Sr. Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e das respetivas equipas governativas, bem como de todos os restantes envolvidos, nomeadamente os próprios Clubes e as Associações de Futebol Regional e Distrital, no sentido de fazerem chegar a bom termo as negociações sobre uma matéria que se arrastava há mais de 15 anos e cuja fase decisiva de resolução se iniciou há cerca de onze meses numa reunião onde estiveram presentes os Srs. Ministros, o Presidente da FPF e os Presidentes do FC Porto, SL Benfica, Sporting CP e SC Braga, numa prova cabal de que o Futebol, para além de ser uma atividade que honra os seus compromissos, consegue ter posições unidas na defesa dos interesses comuns." - in site FPF

Cada vez mais desiludido, não com esta cambada, mas com quem continua a arranjar desculpas para que esta corja se mantenha no poder.


Mensageiro Cósmico Damiânico

Na primeira vez que ouvi Jean-Luc Ponty a noite lá em casa tinha uns olhos tristes: o Benfica tinha perdido em Setúbal por 5-2, muitos golos do Yekini e a lareira queimava o Toni vivo em lume semi-brando. Ardiam-se sons longínquos de repetições de acordes de órgãos e remates à nossa baliza e havia, junto ao cão, umas cinzas de desespero que o meu Pai e eu chorávamos no tapete de Arraiolos.Tenho saudades de chorar o Benfica com o meu Pai nos tapetes da casa.

Faltava Kulkov, dizia o Toni envergonhado. Isto nós não ouvimos porque a televisão estava muda e o fogo alastrava pela sala com um cheiro a carvalhos ou então a Benfica, não me recordo. Havia um tom celestial e fúnebre, o meu Pai mexia compulsivamente nos toros e vociferava coisas indecifráveis, não propriamente asneiras mas esgares e insultos vorazes contra as labaredas. As pancadas que levantavam fogo pareciam gritar Cabrão do Yekini, Cabrão, o meu Pai avançava sobre a lareira com evidente regozijo, massacrando a zona lateral do lume de encontro ao sector central, de onde saía uma imensa nuvem de fumo e fogo. Yekini, Yekini, Yekini, as fagulhas crepitavam gritando o nome do nigeriano. Yekini, Yekini, Yekini. Cabrão do Yekini.

O fogo absorve todas as nossas misérias e solta-as numa grandiosa festa quente dos sentidos. Impossível reter por muito mais tempo o Yekini fechado junto às brasas; é deixá-lo ir pela chaminé, esfumar-se nas nuvens, quebrar a estratosfera, eclipsar-se no espaço. O momento é sempre o quase. Já foi, o Yekini morreu, resta-nos a dor que o Yekini deixou. 3 golos contra o coração, a vida ali tão vida, a morte tão morte. Abraço-me ao cheiro do meu Pai e dou-lhe o meu sangue de criança a ver se o Toni recebe este choro: mete o Kulkov, caralho. 

"Hoje aprendemos uma lição, há coisas que temos de mudar", parece dizer o Toni em mute. Leio os lábios do mister enquanto o "Cosmic Messenger" traz das colunas para a sala uma espécie de rendida absolvição. O meu Pai continua a olhar o fogo, conto-lhe o que li nos olhos do mister, ele beija-me, já chega de Yekinis. No dia seguinte, promete-me que o Benfica será campeão e que hei-de levar relva do Estádio da Luz para contar num futuro qualquer num blogue.

A relva está aqui. Fui campeão. O meu Pai também. Nós todos. E daqui a dois meses estarei no Ulrich Haberland para agradecer ao Toni ter dito, mudo, que o Kulkov tinha de entrar na equipa. E ao meu Pai aquele abraço de um choro que tivemos os dois no golo do Isaías já depois dos descontos.



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

"Avante, Avante p`lo Benfica"


Escrito por Félix Bermudes, a pedido do Pai Cosme Damião, este foi o 1º Hino do Benfica - "Avante, Avante p`lo Benfica" - datado de 1929, por altura do 25º aniversário do Clube.
Por ter sido considerado uma afronta ao Governo, em 1942 foi censurado pelo  regime do Estado Novo de Salazar. Sim, o tal que alguns “iluminados” ainda afirmam ter protegido o Benfica.. 
Acrescente-se que, entre muitos outros acérrimos opositores ao regime que fazem parte da imensurável riqueza histórica deste Clube, o autor deste diamante foi alvo do desporto favorito da PIDE, a perseguição.
Qualquer altura é boa para reavivar e/ou dar a conhecer tesouros inigualáveis como este em que se alicerça a nossa orgulhosa história.

Numa nota actual, em Março do ano que está a chegar ao fim, explicando as suas origens, intrínsecas às do Clube, o actual Hino do Benfica -  “Ser Benfiquista”, de 1953 -  foi destacado pelo conhecido jornal norte americano “New York Times”, que salientava aos seus leitores que o Hino “pretende mostrar que ser adepto do Benfica é mais do que ser apenas um adepto do futebol”.
Pretende e mostra, digo eu. Simplesmente porque é inequivocamente cantado com o fervor de um indescritível e imutável orgulho e devoção por algo que é mais do que um Clube de futebol.

"Avante, Avante p`lo Benfica"

“Todos por um!” eis a divisa,
Do velho Clube Campeão,
Que um nobre esforço imortaliza,
Em gloriosa tradição.
Olhando altivo o seu passado,
Pode ter fé no seu futuro.
Pois conservou imaculado
Um ideal sincero e puro.
Avante, avante p’lo Benfica,
Que uma aura triunfante Glorifica!
E vós, ó rapazes, com fogo sagrado,
Honrai agora os ases
Que nos honraram o passado!

Olhemos fitos essa Águia altiva,
Essa Águia heráldica e suprema,
Padrão da raça ardente e viva,
Erguendo ao alto o nosso emblema!
Com sacrifício e devoção
Com decisão serena e calma,
Demos-lhe o nosso coração!
Demos-lhe a fé, a alma!
Avante, avante p’lo Benfica,
Que uma aura triunfante Glorifica!
E vós, ó rapazes, com fogo sagrado,
Honrai agora os ases
Que nos honraram o passado!




Reforços em tempo de crise

Apesar de ter dito que não haveria reforços em janeiro, Jorge Jesus não recusará qualquer prenda que Filipe Vieira lhe possa dar. E se tiverem o seu aval, melhor ainda.

A meu ver, o Benfica precisa de alternativas para Maxi e Matic. André Almeida não é jogador com categoria suficiente para jogar no Benfica. Quanto muito, na Taça da Liga. E mesmo aí, como se viu em Olhão....

Não abundando dinheiro, a lógica seria o recurso à equipa B. Cancelo, Rosa, Pimenta podiam ser soluções. Mas, tendo só Matic e Enzo, Jesus nunca recorreu a estes jogadores. E agora com Aimar e Carlos Martins, esqueçam....

Na minha opinião, com o dinheiro de uma possível venda de Bruno César, na ordem dos 5M, chegava e sobrava para contratar 2 jogadores experientes, bons e que jogam em Portugal: Leandro Salino e Custódio.

Salino já provou que é um bom lateral direito e boa alternativa a Maxi. Está em fim de contrato. Custódio é um dos melhores 6 do campeonato. Aquela posição não tem segredos para ele. Com a idade que tem, não seria muito caro.

Trocando Bruno César por Salino e Custódio, o plantel ficaria mais equilibrado. Podem jogar na Liga Europa e muito importante, já foram treinados por Jesus no Braga. E eram opções.

PS: Alertado pelos sempre atentos seguidores do Ontem, confirmei que nem Salino nem Custódio foram treinados por Jesus no Braga. Fica aqui o meu pedido de desculpas a todos.

Que jogo é este?


Já foste convidado para o casório?


Bota-dentro

Regressei aos acimentados, 8 longas épocas depois. Uma miséria. Quando descobri que estava a jogar futebol já tinha deitado o corpo no chão, fingindo uma queda mais ou menos aparatosa que não passou de um voluntário deitar-me em câmara lenta em cima da linha da área porque o chão parecia mais digno do que andar a fintar com os olhos. Há momentos em que o corpo troça de nós, aos gritos - queremos correr mas não vamos; queremos marcar à zona, porque somos tacticamente irrepreensíveis, mas nem o homem-a-homem nos salva; queremos pensar, mas como, se os olhos só vêem aquela garrafa de água gelada em cima das bancadas?

 O maior problema deste regresso prende-se com o facto de os outros correrem. Não fosse dar-se esse fenomenal acontecimento de os outros conseguirem correr e, tenho a certeza, eu teria sido o melhor jogador da minha equipa naquele recanto junto aos ferros onde me recostava, feito touro no estertor da morte, a fingir que alguém me lançava indignos lasers verdes dos bancos de madeira decrépitos que não tinham ninguém. Marquei, no entanto, com indelével e inolvidável desenvoltura, todos os que se me aproximavam dos pés, que era para onde os meus olhos se dirigiram grande parte do tempo, pedindo-lhes que me dessem algo mais do que um andar feito de areia e nuvens.

Punha-me na baliza, nunca fui tanto de baliza. Vogava entre as redes e a função de líbero - que era a minha forma de enganar-me. Quase achei que tinha alguma função, cheguei a achar que era possível que talvez, se ninguém notasse muito o que eu não fazia, eu estivesse a jogar futebol. Eu próprio cheguei a achar que jogava futebol, quando me punha a acompanhar à distância o avançado - longe, muito longe, porque sou um defensor do método mais do que da proximidade -, e, uma ou  outra vez, estive quase para não ter pena de mim naquele pavilhão a cair aos pedaços, com promessas na parede de coisas boas se alguém comprasse os ténis na GinoSport ou fosse comer ao Restaurante Dona Lucília ou enveredasse pela sempre arriscada escolha de ir fazer compras de Natal à Retrosaria Milu. Cheguei a ler números de telefone nos anúncios, na esperança de que houvesse um que me levasse pelos fios até àquele sítio no tempo - há muito tempo - que me via a receber uma bola, a levantar a cabeça (aprende, Patrício), a seguir confiante com ela nos pés ou a dar, com ternura, num passe delicado, mais um golo que era quase tudo.

Não voltes ao sítio onde foste feliz, dizem-nos com aquele tom coloquial de quem debita alarvidades alheias. Eu volto. Sem pernas, quase sem pés, com dois pulmões escarrando tropeções, noites e um alcatrão de tragédias junto ao peito. Com um respirar em sufoco, animais na garganta e volumosos versículos cortando o ar por cima da língua. Ao futebol, volto sempre. Agora, cansado porém feliz, volto com os pés. E com uma fatiota que nos tempos em que verdadeiramente jogava à bola nunca enverguei nos acimentados, pelados e relvados deste país: um blusão do Benfica. Para suar mística.


Um dia sonhei com Guardiola e Rui Costa na mesma equipa.






Ainda sonho. E ainda é possível.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

E SE FOSSES JORGE JESUS?

Após as mini férias e depois de chegados ao Natal vivos e bem vivos ( não fosse o desperdicio em Barcelona, seria nota 10), coloca-se a questão: temos plantel para as 4 provas? Se fosses Jesus, onde apostavas?

Não havendo contratações previstas para Janeiro, palavra de Jesus, parece-me que o plantel não tem qualidade em quantidade suficiente para aguentar 5 meses sempre a rasgar.

Na minha opinão, Jesus já tem o 11 base. E esse 11 deverá ser a aposta para o campeonato. Na Taça da Liga, como se viu em Olhão, a aposta deverá passar pela aposta no " 2º Onze". Na Taça, Jesus deveria apostar no misto dos 2 onzes, acrescentando, esperamos nós, Aimar e Carlos Martins. O Aves, em casa não deve causar problemas e em Coimbra, fazendo um jogo sério e competente, a vitória é mais que provável.

Deixei para ultimo a Liga Europa. Acho esta competição totalmente inutil para um clube da dimensão do Benfica. Não dá muito dinheiro. Não valoriza mais os jogadores e só faz sentido a sua aposta se for para ganhar. Mas para chegar á final são precisos 8 jogos. Todos ás 5ª feiras. Em semanas seguidas. Com campeonato ao Domingo. Jesus devia apostar em jogadores menos utilizados, acrescentado um ou outro do onze base. Por muito que me custe dizer, ou é para chegar á final ou o melhor é sair já com o Levekusen. Sem danos fisicos e sem o prestigio ferido.

PS: Como escriba convidado, quero agradecer esta oportunidade dada pelos patrões do Ontem, acrescentando que as opinões que tentarei dar esta semana são pessoais e nada vinculam o blogue a essas opiniões.

Rojo? Não, verde. Verdinho por todos os poros.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

20 razões para um sportinguismo diferente

O clube liderado por betos cristãos que acham que a Páscoa é em Dezembro tem sido gerido por autênticos representantes do verdadeiro sportinguismo. O Sporting, não há de facto dúvidas, é mesmo um clube diferente. Vejamos o perfil destes baluartes da integridade e honradez: 


1. Paulo Pereira Cristóvão, o prestidigitador:

«O ex-vice presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, foi acusado, na passada sexta-feira, de sete crimes pelo Ministério Público (MP), no âmbito do chamado "caso Cardinal", anunciou esta terça-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGD) no site oficial.

A acusação foi deduzida na sequência de um inquérito promovido pela 9.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com investigação a cargo da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), e envolve, além de Paulo Pereira Cristóvão, um sócio gerente de uma sociedade comercial que não é identificado.

O ex-vice presidente leonino é acusado de um crime de burla qualificada, um crime de branqueamento de capitais (ambos em coautoria), um crime de devassa por meio de informática, dois crimes de peculato, um crime de acesso ilegítimo qualificado e um crime de denúncia caluniosa qualificada.» 


2. Paulo Pereira Cristóvão, o espião dos árbitros:

«Paulo Pereira Cristóvão teria uma rede de espionagem de árbitros. Segundo o "Correio da Manhã", o vice-presidente do Sporting usava as suas empresas para espiar a vida privada dos árbitros e fazer chantagem com situações de vida familiar que iam sendo encontradas.

O diário avança mesmo com a possibilidade de existência de escutas ilegais pelas empresas de Cristóvão a árbitros de futebol, que serviriam como base para ameaças, constituindo "dossiês explosivos" sobre os homens do apito.

A edição desta sexta-feira do jornal refere ainda as ligações do Sporting com as empresas de espionagem de Paulo Pereira Cristóvão, com suspeitas de pagamentos pelo clube por serviços prestados»


3. Paulo Pereira Cristóvão, o espião dos adversários:
  
«Paulo Pereira Cristóvão terá tentado espiar o Benfica e o FC Porto. O antigo dirigente do Sporting, agora acusado pelo ministério Público, queria instalar câmaras de vigilância nos centros de estágio dos clubes rivais.»


4. Paulo Pereira Cristóvão, o espião da vida pessoal dos treinadores do Sporting:

«Paulo Pereira Cristóvão está ligado à saída de Domingos Paciência do cargo de treinador do Sporting, em fevereiro último. O vice-presidente, agora suspenso do clube leonino, revelava vontade de por de parte o técnico, e terá engendrado um esquema no sentido de o conseguir.»


5. Paulo Pereira Cristóvão, o espião da vida pessoal dos jogadores do Sporting:
  
«O Ministério Público diz que o presidente do Sporting, Godinho Lopes, autorizou a contratação de uma empresa para espiar os jogadores do clube. Mas a investigação da Judiciária ressalva que Godinho Lopes não sabia que essa empresa pertencia a Paulo Pereira Cristóvão.»

«Na acusação ao ex-vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, a procuradora do Departamento de Investigação e Acção Penal diz expressamente que o presidente do clube, Luís Godinho Lopes, conheceu e autorizou a contratação de uma empresa que vigiasse a “vida pessoal e social dos jogadores de futebol”.»


6. Paulo Pereira Cristóvão, o incendiário:

«Paulo Pereira Cristovão lamentou as condições dadas pelo Benfica aos adeptos do Sporting, considerando que foram "pré-históricas"."Estavam duas pessoas em cada lugar", afirmou.

"No Sporting há muito tempo que passámos a pré-história", frisou.

Questionado sobre se o Sporting vai tomar mais alguma posição disse: "Estou aqui para denunciar esta situção. Quanto ao resto o tempo o dirá. Temos um presidente e um Conselho diretivo..."

Paulo Pereira Cristovão garantiu que o Sporting só "devolveu 24 bilhetes, 12 para a tribuna e 12 para o camarote presidencial".»


7. Paulo Pereira Cristóvão, o burlão do próprio clube:

«Pereira Cristóvão é acusado pelo Ministério Público de ter burlado o Sporting em 57 mil euros e de se ter apropriado ilicitamente de 4640 euros do clube.»  


8. Paulo Pereira Cristóvão, o viciador de eleições:


«Houve irregularidades gravíssimas nas ultimas eleições, provocadas provavelmente por alguém que agora poderá ter de prestar provas à justiça por outros motivos.»


9. Godinho Lopes, o outro Paulo Pereira Cristóvão:

«Menezes Rodrigues, do Conselho Directivo do Sporting, afirmou segunda-feira que a detenção de Godinho Lopes, vice-presidente dos «leões» para o património que foi detido pela PJ, por suspeita de corrupção com o alojamento de navios, durante a Expo 98.»

«O empresário Luís Godinho Lopes, detido na segunda-feira pela Polícia Judiciária por alegada prática de crimes de corrupção, demitiu-se de todos os cargos que ocupava no Sporting, nomeadamente os de vice-presidente do clube e da "holding" leonina e presidente da EJA (Estádio José Alvalade), sociedade responsável pela construção do novo Estádio de Alvalade.

A decisão, discutida nesta terça-feira numa reunião dos órgãos sociais do Sporting, foi tomada por iniciativa do próprio Godinho Lopes "para minimizar repercussões negativas no clube e para mostrar à opinião pública que ele não precisa de se refugiar atrás da instituição do Sporting para se proteger, na sua defesa", explicou o presidente do Conselho Directivo do clube, António Dias da Cunha, à saída da reunião.

A notícia da prisão de Godinho Lopes foi um choque para o Sporting, dado o papel de destaque que o responsável vinha desempenhando no arranque para uma fase decisiva na vida do clube, com a construção do Estádio Alvalade XXI. "Uma pessoa com a qualidade do engenheiro Godinho Lopes não é substituível", afirmou Dias da Cunha, sublinhando estar "profundamente convicto na sua inocência".

O presidente do Sporting garantiu, no entanto, que "os projectos vão continuar" sem atrasos, já que "o dia-a-dia da EJA está assegurado". O dirigente sublinhou que o clube tem "pessoas e estruturas para ultrapassar a situação". Para tal, vai ser convocado um Conselho Leonino na próxima terça-feira para encontrar soluções. "O Sporting continua", concluiu Dias da Cunha.

Luís Godinho Lopes foi detido pela PJ por suspeita de corrupção, participação económica em negócio e administração danosa dos alojamentos em navios-hotel durante a Expo 98.»


10. Godinho Lopes, bajulador de corruptos:
 
«Fragilizado? Eu não tive três treinadores na mesma época. Uma pessoa a quem reconheço competência, qualidade e que é um excelente dirigente, falo de Jorge Nuno Pinto da Costa, teve três treinadores e sentiu-se fragilizado? Há quantos anos lá está e quantos campeonatos ganhou depois disso? Vamos ser pragmáticos e pensar que há vida depois da vida e que eu não estou aqui para me defender, mas para defender o Sporting.»


11. Artur Baptista da Silva, o impostor:

«Apresentou-se como coordenador de um centro de estudos das Nações Unidas e foi entrevistado por jornais, rádios e televisões portuguesas, propondo a renegociação da dívida. Mas o dito observatório não existe e ninguém na ONU conhece o suposto «economista» Artur Baptista da Silva, que poderá ser um impostor.

A conclusão é da SIC, televisão 'enganada' por Baptista da Silva, à semelhança do Expresso e da TSF, entre outros órgãos que deram grande destaque às declarações do suposto especialista das Nações Unidas. A televisão de Carnaxide afirma que o português foi condenado nos anos 80 por uma burla milionária a uma empresa. O canal contactou ainda várias fontes na ONU, que afirmaram desconhecer tal nome e que apontaram a inexistência do suposto observatório liderado pelo 'académico'.

Baptista da Silva tinha feito manchetes ao defender que Portugal estaria «de joelhos dentro de seis meses» se não renegociasse 41% da dívida, declarando ser essa a opinião institucional das Nações Unidas. Ainda na sexta-feira, o suposto economista tinha sido um dos convidados do Expresso da Meia-Noite, na SIC Notícias.

Não há nos sites da ONU qualquer referência ao nome de Baptista da Silva, nem o dito centro de estudos para a Europa do Sul aparece mencionado. Surgem também dúvidas sobre o currículo académico do português, que diz ser doutorado por uma universidade norte-americana e mestre por uma universidade belga.

Esta noite, a TSF publicou um esclarecimento a admitir dúvidas sobre a identidade e credenciais de Baptista da Silva. À rádio, o próprio manteve a sua versão dos factos mas não soube fazer prova de que seria funcionário da ONU. A TSF retirou do seu site todos os conteúdos relacionados com o possível impostor.» 


12. Jorge Gonçalves, o «empresário»:

«O empresário luso-angolano Jorge Gonçalves, que ficou conhecido no final da década de 80 por ter presidido ao Sporting Clube de Portugal, foi detido em Luanda pela Polícia Económica.
"Ele foi detido quinta-feira da semana passada. Houve uma negligência da parte dele e, por isso, foi detido para averiguações", afirmou à Lusa Fernando Varela, que está a dirigir a empresa de Jorge Gonçalves durante a sua ausência.

Fernando Varela escusou-se a especificar a "negligência" que originou a detenção, mas declarou-se confiante em que o empresário poderá ser libertado nos próximos dias.

Jorge Gonçalves tem uma empresa de despachante oficial em Luanda, onde refez a sua vida depois de ter saído de Portugal na sequência de vários processos judiciais que lhe foram movidos, relacionados com dívidas em atraso.

Estes processos acabaram, no entanto, por ser arquivados, o que lhe permitia deslocar-se a Portugal.

O empresário, que possui dupla nacionalidade, tornou-se conhecido em finais da década de 80, altura em que foi presidente do Sporting, cargo em que foi substituído por Sousa Cintra.»


13. Miguel Sousa Cintra, o «inside trading».

«O empresário Miguel Sousa Cintra foi hoje condenado a uma pena de prisão suspensa de três anos, por abuso de informação privilegiada ("inside trading"), naquela que é a primeira condenação em Portugal com este fundamento.
O Tribunal criminal da comarca de Lisboa condenou ainda o arguido a uma pena de 120 dias de multa, à taxa diária de 295 euros.

A suspensão da pena de prisão fica sujeita à entrega de 499 mil euros, a distribuir por quatro instituições com fins humanitários.

A advogada de defesa afirmou à saída da leitura da sentença que vai interpor recurso da decisão. Miguel Sousa Cintra escusou-se a prestar declarações à saída do tribunal.

A juíza justificou a decisão com a "gravidade do ilícito, movido pelo lucro".

"Dado o elevado grau de ilícitude dos factos e o elevado valor auferido, parece necessária uma censura muito firme", considerou a magistrada do terceiro juízo do tribunal criminal de Lisboa durante a leitura da sentença.

Segundo a juíza, ficou provado que Miguel Sousa Cintra sabia, desde Julho de 1996, do interesse do pai, José Sousa Cintra, em vender as acções da Vidago e da intenção da Jerónimo Martins de lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre as mesmas acções.

O tribunal considerou como provado que com base nessa informação confidencial, que só seria tornada pública a 11 de Novembro de 1996, o arguido comprou 379.976 acções da Vidago a um preço que oscilou entre os 9,37 e os 11,47 euros, tendo depois vendido a 21,4 euros, pelo que realizou mais-valias brutas de 3,9 milhões de euros.»


14. Luís Duque e Rui Meireles, os «esquecidos»:

«Luís Duque e Rui Meireles, antigo responsável pelo departamento financeiro do clube "leonino", foram condenados a dois anos de prisão por evasão fiscal, com suspensão por quatro anos e três meses. O tribunal considerou provado que os quatro arguidos "desoneraram-se da responsabilidade" de pagamento de impostos no prémio de assinatura pago a João Vieira Pinto, no valor de 4,2 milhões de euros, no âmbito da contratação pelo Sporting, no verão de 2000.»

15. Santana Lopes, o jogador:

«A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu hoje abrir um inquérito ao processo do Casino Lisboa, na sequência de uma notícia avançada pelo semanário “Expresso”, segundo a qual o Governo de Santana Lopes mudou a Lei do Jogo a pedido da Estoril-Sol. De acordo com notícia avançada pela TSF, a PGR pretende clarificar a posse do edifício do casino.»


16. Miguel Relvas, o doutor:

«Pelo menos na freguesia das Antas, em Esposende, Relvas já era doutor em 2003, como se pode ver na fotografia. Não consta que o então Secretário de Estado da Administração Local se tenha queixado ou pedido a substituição da placa por lapso na atribuição de título. Por isso, e porque acredito na honestidade intelectual do senhor ministro, para mim era "doutor" e pronto, assunto arrumado. Já para os lados do Algarve, em Lagoa, o "doutor" teve nova aparição, corria o ano de 2004 quando se deu o milagre. Seria tudo muito engraçado não fosse a pseudo-licenciatura de Miguel Relvas na Universidade Lusófona ter sido concluída apenas em 2007. Ou seja, quatro anos após as placas terem sido descerradas. Mistério.»


17. José Maria Ricciardi, o conversador:


«No quadro das averiguações ao caso Monte Branco, a Polícia Judiciária "tropeçou" em conversas telefónicas que envolveram José Maria Ricciardi, do BESI, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. 


O "Público" escreve que no quadro das averiguações ao caso Monte Branco, a Polícia Judiciária "tropeçou" em conversas telefónicas que envolveram o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e assessores financeiros nas privatizações da EDP e da REN. Um dos contactos versou sobre a decisão do Ministério das Finanças de entregar, por ajuste directo, à norte-americana Perella Weinberg, a consultoria financeira das duas operações, decisão que gerou polémica. Outro tema abordado prende-se com a proposta alemã que disputou a final com a chinesa.

O Ministério Público tem na sua posse gravações de conversas entre Miguel Relvas e José Maria Ricciardi, do BESI (Banco Espírito Santo Investimento), escutado, entre Setembro de 2011 e Fevereiro deste ano, no quadro da recolha de informações (e não de recolha de provas) para ajudar a "desmantelar" o caso Monte Branco.»

  

18. Salema Garção, o hostil:



«A confusão instalou-se, esta tarde, em Lisboa entre adeptos do Alético de Madrid e do Sporting Clube de Portugal. Em causa podem estar as declarações de Salema Garção que segundo a mulher de Simão Sabrosa "incitaram à violência". Também outras vozes já criticam o dirigente do Sporting acusando-o de ter transformado o jogo com o Atlético Madrid numa guerra.

Simão Sabrosa voltou hoje a Alvalade num clima nunca antes visto. Talvez por causa das declarações que fez antes do apuramento para os oitavos quando disse: “Não simpatizam comigo em Alvalade, por isso é-me indiferente o adversário”.
Confirmou o ditado que diz:“muda-se os tempos, muda-se as vontades”, uma vez que em 1999 o discurso de Simão Sabrosa foi outro quando consolou os adeptos afirmando: “Devo tudo ao meu querido Sporting. Sou profissional, mas se fosse para Portugal era para o Sporting”.
E voltou. Só que para o Benfica – o que causou uma guerra institucional com os leões -,  e hoje a Alvalade num dia de violência, reiterando o ódio de estimação dos sportinguistas pelo internacional português, que tem um litígio com o clube desde que deixou o Barcelona rumo ao Benfica, em 2001.
Como se esse desagrado não bastasse anteontem Salema Garção, team manager do Sporting, pediu aos adeptos para criarem um ambiente hostil ao Atlético de Madrid e a Simão. “Simão deve ser recebido num ambiente extremamente difícil, tal como a equipa do Atlético de Madrid”, referiu à margem da apresentação do livro de Filipe Soares Franco.
Por causa dessas declarações a mulher de Simão, Filipa Sabrosa, arrasou hoje o dirigente do Sporting no jornal 24horas garantindo que “Salema Garção incitou à violência”.»





19. Eduardo Catroga, o prendado:

«No seu depoimento ao tribunal, Eduardo Catroga afirmou que ao longo dos 40 anos em que exerceu funções de responsabilidade na área de gestão empresarial sempre recebeu prendas.

"Era uma prática usual sobretudo no Natal, e de vez em quando na Páscoa, oferecer e receber algumas prendas de fornecedores, clientes e bancos", referiu, acrescentando que, "malcriadamente", nunca agradeceu uma prenda, porque considerava isso um ato normal.

Questionado pelo advogado de José Penedos sobre o tipo de prendas que recebia, Catroga disse que se tratavam de artigos de consumo e decorativos, desde livros, caixas de vinhos, peças de prata e de cerâmica, cabazes de Natal e às vezes produtos das próprias empresas.

Apesar de admitir que quando era ministro das Finanças, a sala da sua residência ficava cheia de "montinhos de prendas", e após ter saído do Governo, "as prendas já cabiam debaixo da árvore de Natal", Catroga disse que nunca interpretou isso como uma tentativa de condicionamento.

"Duvido que alguém se deixasse influenciar na autonomia das suas decisões por uma salva de prata", afirmou o ex-ministro, adiantando que, nos últimos anos, devido à expressão mediática de muitos casos, "as grandes organizações começaram a regulamentar o valor das prendas que as pessoas podem receber para evitar interpretações abusivas".

Além de Eduardo Catroga, o ex-presidente da REN arrolou como testemunhas o ex-presidente da República Jorge Sampaio, o antigo secretário de Estado do Tesouro de José Sócrates Carlos Costa Pina e a sua antiga secretária pessoal, que já foram ouvidos em tribunal.

José Penedos foi acusado de dois crimes de corrupção e dois de participação económica em negócio, por casos que envolvem também o seu filho, Paulo Penedos, e negócios com o empresário da sucata Manuel Godinho, o principal arguido no caso.»


20. Fernando Ulrich, o sodomita:

«O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta»





Tudo gente fina, como se impõe a um clube beto e cristão que acha que no Natal deve reunir os atletas à volta da mesa e imitar a "Última Ceia". Proponho que os substituam por estes 12 apóstolos. Os valores verdadeiros e diferentes do sportinguismo estarão assim assegurado para as novas gerações.