Tem
sido do mais triste que tenho visto, ver nações que dizem tanto ao futebol e
para quem o futebol é tanto, agonizarem sem conseguirem perceber que estão
paradas no tempo da evolução.
Falo
de Brasil e Inglaterra, dois dos países que se confundem com a história do
jogo, mas que vão saindo da órbita das grandes conquistas sem que se veja
qualquer laivo de retoma.
Uns
continuam a achar que o futebol se decide no individual (Brasil), outros
permanecem afundados na potência física dos seus executantes (Inglaterra). Se
ganham, fantástico, se perdem (e têm perdido muito), mudam o comando técnico.
Numa
coisa concordo, é preciso mudar quem comanda. O problema é que ambas mudam…
porque sim. Mudam, porque é preciso encontrar respostas a mais um falhanço,
ainda que se fiquem pela rama. Mudam para assentar a poeira que as sucessivas
quedas estrondosas levantam. Mas não mudam o estilo, não mudam a mentalidade.
Uns
e outros olharam para Espanha e Alemanha (talvez, não sei) e perceberam que o
futebol de posse é o caminho a seguir na era moderna, o que não perceberam e
continuam sem perceber é o “porquê” e o “para quê” dessa posse. Então, trocam a
bola de lado para lado até chegarem a zonas próximas da área e aí voltam a
sobressair as questões que estão na base do insucesso. Uns optam por tentar isolamentos
das melhores unidades (à moda da NBA) e esperam que resolvam (Brasil), outros
descarregam cruzamentos à procura que os duelos físicos façam a diferença.
Em
fases prematuras (fases de qualificação) isto vai sendo suficiente, porque a
diferença de valores individuais é brutal. Mas em fases finais, quando as
coisas são muito mais equilibradas, dá m… buraco.
Mudar
por mudar, passar por passar, cruzar por cruzar. São estes os conceitos, são
estes os problemas, porque a decisão nunca é fundamentada, é apenas mecânica. E
o futebol é tanto um jogo de decisões…
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