quarta-feira, 29 de junho de 2016
9 letras para Iniesta
Tantas voltas dadas, tanto texto a tentar fixar o que é Iniesta num poema. Será porventura a única forma de agradecimento, esta vontade de devolver através de palavras o tudo que tem sido recebido na última década. É tão impossível a vida, a frase não sai, parece sempre que é pouco mesmo quando conseguimos retratar o herói de alguma forma que não o desconsidera, que o eleva acima da mera linha da vida. E, no entanto, parco. Limitado. Curto. Frágil. Incompleto. Até ler, numa entrevista de 2013 feita a Perarnau, uma daqueles mágicas descobertas. O escritor usa apenas uma palavra, não mais do que isso: 9 letras a pintar o quadro que Andrés Iniesta é quando joga.
Ingrávido.
Leu bem. Ingrávido. Apenas isto: ingrávido. Vamos ajudar o leitor menos atento, vamos abrir o dicionário
"adj. Liviano, ligero. Que no se halla sometido a un campo de gravedad:
en el espacio los astronautas se vuelven ingrávidos."
Andrés Ingrávido Iniesta. Andrés Ingriesta. Andrés Inigrávido. Ingrávido. Assim, simples. Como um astronauta sem campo de gravidade.
Etiquetas:
Andrés Iniesta,
Memória e nostalgia,
Perarnau
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4 comentários:
A de 2010 devia ter sido dele.
Ou dele ou do Snejder!
Em Português Imponderabilidade.
Atenção que a definição para esta condição não é ausência de gravidade ou gravidade 0 como é muitas vezes descrito!
É apenas "ausência de peso". Os satélites numa orbita geoestacionária, encontram-se numa aparente ausência de peso pois não se movem relativamente a terra, mas isso não indica uma ausência da ação da força da gravidade entre os corpos.
Mas parece um termo adequado a Iniesta, um jogador fantástico a quem poucas vezes é dado o reconhecimento necessário.
A de 2010 deveria de ser tido Xavi, o jogador espanhol mais influente de sempre.
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