Como será fácil
e de deduzir, proponho-me escrever uma pequena divagação por aquilo que foi
Pablo Aimar no Benfica e, de facto, que melhor tema para me estrear na escrita
no grande “ontem vi-te no estádio da luz” que o pequeno grande Pablito Aimar?
O grande génio
do Benfica deixa no clube, nos adeptos, no país um rasto perfumado pelo melhor
futebol que passou por cá a que juntou a grandeza de espirito e cognitiva que
só os grandes, só os maiores podem ter. El
Mago junta numa só pessoa um dos jogadores mais geniais da história do
Benfica, não tenho grandes dúvidas, e um dos melhores homens
extrafutebol que
vi na história recente da modalidade. Como não acredito que alguém consiga
fingir durante 5 anos, durante 20 anos, afirmo-o com toda a certeza, Pablo
Aimar revelou-se tão genial em campo quanto discreto fora dele, nunca levantou “ondas”
nos seus momentos menos positivos, nem mesmo no mais negativo de todos, ou
seja, a ultima época e a forma como se despediu do clube, fez com que o
Argentino entrasse por caminhos mais tortuosos e críticos em relação ao
treinador, bem pelo contrario, ainda hoje na entrevista publicada na edição de “A
Bola” El Mago revela alguma magoa
pela forma como não se conseguiu despedir dos adeptos, mas jamais ataca ou
responsabiliza Jorge Jesus. Não se demonstra “eufórico” (bajulador) com a
figura do treinador do Benfica, mas em momento algum coloca em causa as suas
opções, optando até por as compreender.
Com a bola nos
pés e um brilho infantil no olhar, vi serem escritos dos mais belos poemas
jamais experimentados por alguém com uma bola nos pés, com a inteligência, a perspicácia,
o souplesse dos génios e o sorriso
fácil dos ingénuos. Assim vi e vejo Aimar, assim me dói a alma por Aimar.
E esta é a
imagem que guardo e guardarei de mais um genial camisa 10 do Sport Lisboa e
Benfica, isto é, um artista que fala com a bola nos pés e um senhor na postura
quotidiana. Idolatrado por milhões, até por um dos maiores da história do jogo
(Léo Messi), Pablito soube sempre ser homem antes de vedeta, soube sempre o
lugar que ocupam os grandes. Aimar foi feito a partir de um molde raro, de uma
massa em extinção, ganhando por isso direito a figurar nas mais belas páginas
de um clube grandioso como o Benfica, porque soube sempre ser da dimensão que
um clube como este merece e exige. Por tudo isto e muito, mas mesmo muito mais,
obrigado Pablo César Aimar Giordano!
3 comentários:
Não, não podias ter entrado melhor.
Pelo tema e pelo tributo. O melhor elogio que posso fazer é que esteve à altura do Mago, aquela que não se mede.
Bom começo Moreira, mas não podes começar já a dormir à sombra da bananeira ... Toca a dar às teclas :P
Muito obrigado Marta e João...
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