sábado, 29 de junho de 2013

Os Magos não se medem aos palmos.



          Como será fácil e de deduzir, proponho-me escrever uma pequena divagação por aquilo que foi Pablo Aimar no Benfica e, de facto, que melhor tema para me estrear na escrita no grande “ontem vi-te no estádio da luz” que o pequeno grande Pablito Aimar?
O grande génio do Benfica deixa no clube, nos adeptos, no país um rasto perfumado pelo melhor futebol que passou por cá a que juntou a grandeza de espirito e cognitiva que só os grandes, só os maiores podem ter. El Mago junta numa só pessoa um dos jogadores mais geniais da história do Benfica, não tenho grandes dúvidas, e um dos melhores homens
extrafutebol que vi na história recente da modalidade. Como não acredito que alguém consiga fingir durante 5 anos, durante 20 anos, afirmo-o com toda a certeza, Pablo Aimar revelou-se tão genial em campo quanto discreto fora dele, nunca levantou “ondas” nos seus momentos menos positivos, nem mesmo no mais negativo de todos, ou seja, a ultima época e a forma como se despediu do clube, fez com que o Argentino entrasse por caminhos mais tortuosos e críticos em relação ao treinador, bem pelo contrario, ainda hoje na entrevista publicada na edição de “A Bola” El Mago revela alguma magoa pela forma como não se conseguiu despedir dos adeptos, mas jamais ataca ou responsabiliza Jorge Jesus. Não se demonstra “eufórico” (bajulador) com a figura do treinador do Benfica, mas em momento algum coloca em causa as suas opções, optando até por as compreender.

Com a bola nos pés e um brilho infantil no olhar, vi serem escritos dos mais belos poemas jamais experimentados por alguém com uma bola nos pés, com a inteligência, a perspicácia, o souplesse dos génios e o sorriso fácil dos ingénuos. Assim vi e vejo Aimar, assim me dói a alma por Aimar.

E esta é a imagem que guardo e guardarei de mais um genial camisa 10 do Sport Lisboa e Benfica, isto é, um artista que fala com a bola nos pés e um senhor na postura quotidiana. Idolatrado por milhões, até por um dos maiores da história do jogo (Léo Messi), Pablito soube sempre ser homem antes de vedeta, soube sempre o lugar que ocupam os grandes. Aimar foi feito a partir de um molde raro, de uma massa em extinção, ganhando por isso direito a figurar nas mais belas páginas de um clube grandioso como o Benfica, porque soube sempre ser da dimensão que um clube como este merece e exige. Por tudo isto e muito, mas mesmo muito mais, obrigado Pablo César Aimar Giordano!

3 comentários:

Marta disse...

Não, não podias ter entrado melhor.

Pelo tema e pelo tributo. O melhor elogio que posso fazer é que esteve à altura do Mago, aquela que não se mede.

Unknown disse...

Bom começo Moreira, mas não podes começar já a dormir à sombra da bananeira ... Toca a dar às teclas :P

José Moreira disse...

Muito obrigado Marta e João...