Há momentos na História da Humanidade em que os apelidos de homens extraordinários desaguam numa ideia colectiva. É o caso de Fialho, não o dono do restaurante em Évora, mas outro alentejano que um dia decidiu abrir um blogue sobre o Benfica. Este homem, que deixou de ser extraordinário para se juntar ao grupo dos indecentes, acabou por atingir o notável feito de, através dos seus mergulhos e malabarismos ideológicos, dar nome a um grupo de gente - os Fialhos, aqueles que um dia defendem uma coisa e, meses ou anos depois, por se servirem do seu clube ou quererem preservar o tacho e os croquetes que lhes prometeram, defendem outra coisa completamente diferente.
António-Pedro Vasconcelos, professor de cinema da minha namorada e homem íntegro (apesar de César Monteiro dizer dele coisas muito pouco abonatórias), era, até à data, um benfiquista de grande qualidade. Até que se afialhou e naturalmente se perdeu. Foi pelo caminho mais fácil, aportuguesou-se, mirrou, deu-se às questões do intestino. Aqui temos pena, António. "Não batas muito no Vasconcelos", pediu-me a mulher, mas eu nestas coisas sou menos de nomes e mais de Benfica - sinta-se escandalizado quem quiser. E é um facto que hoje o António-Pedro é um Fialho. Ou seja, curvou metodicamente a espinha.
Mas o que diz hoje Fialho, perdão, Vasconcelos? Diz isto:
"Eu sou a favor da recandidatura de Luís Filipe Vieira. Ele fez muito
pelo Benfica no plano da credibilização, da estabilidade, da projeção do
clube, etc. Falta estabilizar as vitórias desportivas e para isso não
chega o que tem sido feito ao nível do plantel, do treinador e das
estruturas. É preciso que o Benfica melhore a sua atuação na área da
comunicação. E tem de liderar um liderar um movimento para a
credibilização do futebol português"
"As críticas que se ouvem [contra Vieira] têm a ver com a inconsciência dos adeptos"
Para António Pedro Vasconcelos, contudo, as críticas "são uma enorme
injustiça", porque, "com todos os erros e críticas que se lhes possa
fazer, o clube tem um excelente presidente e um grande treinador".
Admitindo a possibilidade de aparecer oposição à atual liderança, o
realizador acha "difícil" que "outra lista consiga convencer os
benfiquistas".
"Mas se a vitória de Luís Filipe Vieira for difícil, tem mais mérito"
"É sinal de que os benfiquistas estão com Luís Filipe Vieira e não têm
nada a ver com o que se está a fazer para denegrir a imagem dele. Não há
conhecimento que qualquer casa do Benfica do país que não apoie o
presidente Luís Filipe Vieira"
"Tudo isto [apoio a Vieira pelas Casas do Benfica] foi organizado apenas numa semana. Se fosse com um mês de
antecedência, tínhamos aqui mil pessoas a apoiar o presidente. Mas fica
para a próxima"
De facto, fica para a próxima, António. Mas que convicção, que irreverência, que certezas no cagar! É de elogiar gente assim. É gente que acredita nos projectos, na sequência de anos a construir algo. Não, António-Pedro Vasconcelos é um homem de ideologias. Talvez estejamos a ser injustos. Pelo sim pelo não, vejamos o que escreveu no Público o cineasta há 3 anos atrás, aquando das últimas eleições:
«José Eduardo Moniz adquiriu um protagonismo que fez dele, de um dia para o outro, o futuro presidente do clube.
Em poucas
horas, com uma conferência de imprensa em que se limitou a anunciar que,
ao contrário de rumores postos a correr, não era candidato à
presidência do Benfica, José Eduardo Moniz adquiriu um protagonismo que
fez dele, de um dia para o outro, o futuro presidente do clube. Em
Outubro - se as eleições forem, como deviam ser, impugnadas -, daqui a
três anos, ou mesmo antes disso, se esta direcção continuar a prometer
títulos e a não ganhar coisa nenhuma.
O curioso é que, daqui para o futuro, Moniz não tem que mexer um dedo, emitir uma crítica, fazer uma declaração ou mesmo um reparo. Basta-lhe gerir o silêncio e mesmo a imobilidade. Pelo contrário, Vieira passou a ser um presidente a prazo, cuja margem de erro é nula e cujo prazo de validade está preso por um fio ao primeiro fracasso. Voltar a prometer títulos, novos ciclos de vitórias, como fez com Camacho, Rui Costa e Quique Flores, depois de o ter feito com José Veiga, Koeman e Fernando Santos, já não basta.
Graças a um golpe palaciano, é provável que Vieira volte a ganhar. Mas, em vésperas de se tornar o presidente com mais anos à frente dos destinos do clube, ele é, paradoxalmente, um presidente acossado, que vai passar o resto do seu tempo a olhar para a sua própria sombra.
Pelo eco que teve nos media o simples facto de Moniz anunciar que não era candidato, é fácil perceber que esta não-notícia teve o efeito do "Obviamente, demito-o" de Humberto Delgado. Como em 1958, daqui em diante nada será como dantes. Veja-se o à-vontade, a descontracção e o fair-play que Vieira exibiu no programa Trio de Ataque [RTPN], na véspera da declaração de Moniz, e a atitude crispada com que respondeu no dia seguinte, no mesmo local, à repórter da SIC. Além de revelações pouco elegantes sobre as quotas de Moniz, no intuito de pôr em causa o seu benfiquismo, Vieira voltou a não explicar o inexplicável: a decisão, de legalidade duvidosa, de antecipar eleições, numa altura em que as contratações importantes para a nova época futebolística já estavam fechadas.
Não admira, assim, que, desde que apareceu num hotel de Lisboa a ler uma declaração escrita com rigor, e no tom que era preciso, sem acinte nem dramatismo, com sentido da responsabilidade e fazendo as críticas que se impunham ao "golpe estatutário" e à inoportunidade destas eleições - demarcando-se ao mesmo tempo dos que, no meio de muita gente séria e bem-intencionada, se quiseram servir dele como bandeira de ambições mesquinhas, ressentimentos e vinganças -, Moniz se tenha tornado, para Vieira, uma sombra a abater.
Só isso explica a torpe campanha que A Bola, a partir do dia seguinte, montou contra ele. Que o jornal, que foi de Cândido de Oliveira e de tantos outros, se tornara a "voz do dono" - não do Benfica, mas desta direcção -, já se sabia. Mas que, pela pena de Vítor Serpa e de J.M. Delgado, tenha descido tão baixo, inventando tenebrosas maquinações, urdindo delirantes "complots", denunciando fabulosos negócios, que metem interesses espanhóis e direitos televisivos, com uma presunção de impunidade protegida pelo apelo aos mais básicos sentimentos dos benfiquistas, é coisa que nos faz temer pelo futuro do clube, se Vieira, como muitos pensam, voltar a ganhar.
Se o juiz não der razão aos que exigem a impugnação destas eleições, Vieira retomará as rédeas do clube. Se a equipa, que, com Jesus, vai seguramente jogar um futebol mais bonito, mais agressivo e mais eficaz do que jogou com os dois espanhóis, ganhar o campeonato, os ânimos vão serenar. Mas, ao menor sopro de desastre, tudo se desmorona. E, nessa altura, esperemos que Moniz esteja disponível para servir o Benfica. Há muito que o clube merecia um candidato com este peso, esta capacidade de liderança, este instinto político, e que, ao contrário dos últimos presidentes, não precisa do Benfica para fazer nome, reputação ou fortuna. O que dirão, nessa altura, J.M. Delgado e Vítor Serpa, que se prestaram a fazer um sórdido frete ao presidente em exercício, numa atitude que ofende os pais fundadores e deslustra os pergaminhos de um jornal que foi, no passado, um dos baluartes da verdade e da inteligência?»
O curioso é que, daqui para o futuro, Moniz não tem que mexer um dedo, emitir uma crítica, fazer uma declaração ou mesmo um reparo. Basta-lhe gerir o silêncio e mesmo a imobilidade. Pelo contrário, Vieira passou a ser um presidente a prazo, cuja margem de erro é nula e cujo prazo de validade está preso por um fio ao primeiro fracasso. Voltar a prometer títulos, novos ciclos de vitórias, como fez com Camacho, Rui Costa e Quique Flores, depois de o ter feito com José Veiga, Koeman e Fernando Santos, já não basta.
Graças a um golpe palaciano, é provável que Vieira volte a ganhar. Mas, em vésperas de se tornar o presidente com mais anos à frente dos destinos do clube, ele é, paradoxalmente, um presidente acossado, que vai passar o resto do seu tempo a olhar para a sua própria sombra.
Pelo eco que teve nos media o simples facto de Moniz anunciar que não era candidato, é fácil perceber que esta não-notícia teve o efeito do "Obviamente, demito-o" de Humberto Delgado. Como em 1958, daqui em diante nada será como dantes. Veja-se o à-vontade, a descontracção e o fair-play que Vieira exibiu no programa Trio de Ataque [RTPN], na véspera da declaração de Moniz, e a atitude crispada com que respondeu no dia seguinte, no mesmo local, à repórter da SIC. Além de revelações pouco elegantes sobre as quotas de Moniz, no intuito de pôr em causa o seu benfiquismo, Vieira voltou a não explicar o inexplicável: a decisão, de legalidade duvidosa, de antecipar eleições, numa altura em que as contratações importantes para a nova época futebolística já estavam fechadas.
Não admira, assim, que, desde que apareceu num hotel de Lisboa a ler uma declaração escrita com rigor, e no tom que era preciso, sem acinte nem dramatismo, com sentido da responsabilidade e fazendo as críticas que se impunham ao "golpe estatutário" e à inoportunidade destas eleições - demarcando-se ao mesmo tempo dos que, no meio de muita gente séria e bem-intencionada, se quiseram servir dele como bandeira de ambições mesquinhas, ressentimentos e vinganças -, Moniz se tenha tornado, para Vieira, uma sombra a abater.
Só isso explica a torpe campanha que A Bola, a partir do dia seguinte, montou contra ele. Que o jornal, que foi de Cândido de Oliveira e de tantos outros, se tornara a "voz do dono" - não do Benfica, mas desta direcção -, já se sabia. Mas que, pela pena de Vítor Serpa e de J.M. Delgado, tenha descido tão baixo, inventando tenebrosas maquinações, urdindo delirantes "complots", denunciando fabulosos negócios, que metem interesses espanhóis e direitos televisivos, com uma presunção de impunidade protegida pelo apelo aos mais básicos sentimentos dos benfiquistas, é coisa que nos faz temer pelo futuro do clube, se Vieira, como muitos pensam, voltar a ganhar.
Se o juiz não der razão aos que exigem a impugnação destas eleições, Vieira retomará as rédeas do clube. Se a equipa, que, com Jesus, vai seguramente jogar um futebol mais bonito, mais agressivo e mais eficaz do que jogou com os dois espanhóis, ganhar o campeonato, os ânimos vão serenar. Mas, ao menor sopro de desastre, tudo se desmorona. E, nessa altura, esperemos que Moniz esteja disponível para servir o Benfica. Há muito que o clube merecia um candidato com este peso, esta capacidade de liderança, este instinto político, e que, ao contrário dos últimos presidentes, não precisa do Benfica para fazer nome, reputação ou fortuna. O que dirão, nessa altura, J.M. Delgado e Vítor Serpa, que se prestaram a fazer um sórdido frete ao presidente em exercício, numa atitude que ofende os pais fundadores e deslustra os pergaminhos de um jornal que foi, no passado, um dos baluartes da verdade e da inteligência?»
Enorme Vasconcelos! Contra a tirania dos jornais, contra o trabalho de sapa do caciquismo vieirista! Este, sem dúvida alguma, era dos bons. Mas o que se terá passado, António-Pedro? Terão sido os milhares de euros do "Trio de Ataque"? As conversas em restaurantes, os almoços, jantares, as tertúlias? Vá lá que nunca perguntaram por ti no restaurante onde podias trabalhar. Sortudo! Nem foi preciso, seu malandrão. Os subsídios dos filmes estão pela hora da morte, é o que é. E a ACT já teve melhores dias, certamente. E se fôssemos ler uma peça jornalística que te fizeram há precisamente três anos, quando, angustiado pelas vieirices que afastaram Moniz da corrida, decidiste apoiar o Bruno Carvalho? Isso é que era giro. Olha, está já aqui, que coisa boa a modernidade:
«Apoiante de Moniz, apoia agora o candidato Bruno Carvalho contra Filipe Vieira nas eleições do Benfica. Cineasta e conhecido benfiquista considera que esta candidatura devolve a “dignidade e a democraticidade ao clube que este golpe baixo tinha tirado”.
António
Pedro Vasconcelos tinha apenas duas opções. “Sou apoiante do [José
Eduardo] Moniz. Era o meu candidato mas não avançou e fiquei com duas
opções: ou não votava, como sinal de protesto, ou votava em alguém que
me desse garantias de seriedade, benfiquismo e que tivesse um programa
consistente”, contou ao PÚBLICO o cineasta.
A “gota de água” para Vasconcelos foi a convocação de eleições antecipadas da parte da Vieira. “Além de ser um golpe estatutário, está ferido de ilegalidade”, diz. “É um golpe baixo”, justificado para tirar outros candidatos da corrida. “A paciência em Filipe Vieira esgotou-se”.
“É uma maneira de tirar o [José] Veiga da corrida, mesmo que assim não seja dito”, continua. “E por outro lado é feita no mesmo momento que se contrata um treinador e se forma uma equipa”, analisa. Para o realizador, que participa também como comentador num programa televisivo de debate sobre futebol “Trio de ataque”, onde defende as cores do Benfica, a estratégia de Filipe Vieira não é séria – “Com pouco prazo para os candidatos apresentarem listas”.
Eleições em Maio, alteração dos estatutos e demarcação das políticas de Pinto da Costa
O apoio à candidatura em Bruno Carvalho, empresário do Porto que se apresenta como o único rosto de oposição a Vieira nas eleições de 3 de Julho, deve-se a três apostas e a dois recuos.
“O Bruno Carvalho já tinha falado comigo e tenho simpatia com as suas ideias. Prometeu eleições em Maio se ganhar, a alteração dos estatutos e foi corajoso e claro nas afirmações que fez”, aponta Vasconcelos. “Havia pontos fracos que ele corrigiu, como ter dito que queria despedir com Jorge Jesus, apesar de achar o Carlos Azenha uma boa aposta. Mas seria repetir os erros das outras direcções...”, referiu.
Outro ponto forte no programa de Carvalho é o afastamento do Benfica em relação a Pinto da Costa. “As relações, não com o FC Porto, mas gostaria de ver uma demarcação maior a Pinto da Costa – dou-lhe o meu voto com convicção”, disse, lembrando que ao início a candidatura pareceu-lhe “quixotesca”. “Está a ganhar pontos”.
“Mesmo que não ganhe é importante mostrar oposição a Vieira”
“Mesmo que não ganhe é importante mostrar oposição a Vieira”, que, na opinião deste benfiquista, quer “perpetuar-se no poder” e demonstra “falta de respeito pelos adversários”.
Mas não é só Vieira que está na mira de Vasconcelos. Manuel Vilarinho, antigo presidente do clube “encarnado”, também é criticado.
“O que o Vilarinho fez é lamentável. Podia ter ficado na história do clube, mas com esta atitude que tomou como presidente da assembleia geral, borrou a pintura”, afirmou. “Já no passado foi lamentável, quando deu o apoio, em nome da direcção do Benfica, ao PSD”, lembrou.
Bruno Carvalho tem a vantagem de “não precisar do clube” como os últimos presidentes, destaca, dizendo também que houve coisas positivas no mandato de Vieira.
”Vieira somou asneiras atrás de asneiras”
“Fez duas ou três coisas importantes como o estádio e o centro de estágio. E também na gestão dos sócios, com a criação do kit, ou a luta no ‘Apito Dourado’ para uma maior transparência no futebol português”. Mas é pouco e tem a oportunidade de dar a vez a outros.
“Os militares do 25 de Abril não tinham que ficar no poder. Ele também já teve o seu tempo. Somou asneiras atrás das asneiras”, concluiu.»
A “gota de água” para Vasconcelos foi a convocação de eleições antecipadas da parte da Vieira. “Além de ser um golpe estatutário, está ferido de ilegalidade”, diz. “É um golpe baixo”, justificado para tirar outros candidatos da corrida. “A paciência em Filipe Vieira esgotou-se”.
“É uma maneira de tirar o [José] Veiga da corrida, mesmo que assim não seja dito”, continua. “E por outro lado é feita no mesmo momento que se contrata um treinador e se forma uma equipa”, analisa. Para o realizador, que participa também como comentador num programa televisivo de debate sobre futebol “Trio de ataque”, onde defende as cores do Benfica, a estratégia de Filipe Vieira não é séria – “Com pouco prazo para os candidatos apresentarem listas”.
Eleições em Maio, alteração dos estatutos e demarcação das políticas de Pinto da Costa
O apoio à candidatura em Bruno Carvalho, empresário do Porto que se apresenta como o único rosto de oposição a Vieira nas eleições de 3 de Julho, deve-se a três apostas e a dois recuos.
“O Bruno Carvalho já tinha falado comigo e tenho simpatia com as suas ideias. Prometeu eleições em Maio se ganhar, a alteração dos estatutos e foi corajoso e claro nas afirmações que fez”, aponta Vasconcelos. “Havia pontos fracos que ele corrigiu, como ter dito que queria despedir com Jorge Jesus, apesar de achar o Carlos Azenha uma boa aposta. Mas seria repetir os erros das outras direcções...”, referiu.
Outro ponto forte no programa de Carvalho é o afastamento do Benfica em relação a Pinto da Costa. “As relações, não com o FC Porto, mas gostaria de ver uma demarcação maior a Pinto da Costa – dou-lhe o meu voto com convicção”, disse, lembrando que ao início a candidatura pareceu-lhe “quixotesca”. “Está a ganhar pontos”.
“Mesmo que não ganhe é importante mostrar oposição a Vieira”
“Mesmo que não ganhe é importante mostrar oposição a Vieira”, que, na opinião deste benfiquista, quer “perpetuar-se no poder” e demonstra “falta de respeito pelos adversários”.
Mas não é só Vieira que está na mira de Vasconcelos. Manuel Vilarinho, antigo presidente do clube “encarnado”, também é criticado.
“O que o Vilarinho fez é lamentável. Podia ter ficado na história do clube, mas com esta atitude que tomou como presidente da assembleia geral, borrou a pintura”, afirmou. “Já no passado foi lamentável, quando deu o apoio, em nome da direcção do Benfica, ao PSD”, lembrou.
Bruno Carvalho tem a vantagem de “não precisar do clube” como os últimos presidentes, destaca, dizendo também que houve coisas positivas no mandato de Vieira.
”Vieira somou asneiras atrás de asneiras”
“Fez duas ou três coisas importantes como o estádio e o centro de estágio. E também na gestão dos sócios, com a criação do kit, ou a luta no ‘Apito Dourado’ para uma maior transparência no futebol português”. Mas é pouco e tem a oportunidade de dar a vez a outros.
“Os militares do 25 de Abril não tinham que ficar no poder. Ele também já teve o seu tempo. Somou asneiras atrás das asneiras”, concluiu.»
Asneiras atrás de asneiras. Certíssimo, enorme cineasta. Olha, vou chamar outro à conversa, que até estudou contigo em Londres e tudo. Troca só o "público português" por o "António-Pedro". De resto, não é coisa que ele não pensasse de ti:
E assim sucessivamente...
34 comentários:
Confesso que não estava à espera disto.
Hoje li no CM que ontem, nesse encontro, se disse que este ia ser o ano das vitórias desportivas...
Eu também era daqueles que dizia "para o ano é que é..." mas sem acreditar muito nisso. Estou farto. Muito farto. Por mais que se pense que nos estamos a afastar da década negra entre 95-05, cada vez me parece mais que os benfiquistas começam a ganhar novamente vergonha de se assumirem como tal, e isso é a morte do clube.
è assim. Quem não é por nós , é contra nós. passaram 3 anos. será que não se pode mudar de idéias?O que é que APV poderá esperar de volta?
Sejamos democratas e aceitemos as opiniões dos outros , mesmo que nos sejam desfavoráveis.
Anónimo, ser democrata é aceitar a opinião do opositor, mudar de opinião de uma forma radical é ser troca-tintas. Imagina o Francisco Louçã concorrer nas próximas eleições pelo PS? A coerência mostra a verticalidade da pessoa.
Ataques pessoais? Parabéns, a fina camada de civismo vai caindo. E são vocês que acusam o LFV de falta de democracia.
O próximo post é contra o Geração Benfica. Parece que ele agora defende que não devemos mudar necessariamente de direcção.
Onde é que já se viu?!
Uma coisa é certa, daqui até outubro vais ter muito que escrever...
E os Ricardos ...
Eu que conheço A-PV e sei as suas ideias - ou pensava que sabia - não esperava uma coisa destas.
Só posso pensar que algo de anormal e muito grave se passa. Algum tacho muito importante lhe terá oferecido Vieira, tal como fez com Bruno Carvalho! Só que este, que consideram abutre, oportunista e lhe atribuem mimos imerecidos, soube dizer: NÃO! É assim que diferenciam os Homens, dos homenzinhos!
Não quero acreditar no que li, escrito por A-PV! Com certeza, os euros que já não ganha da RTP, estão a fazer-lhe falta!
Esperemos pelos novos capítulos. Mas isto está a ficar cada vez mais triste e sombrio. O que estão a fazer ao meu Benfica, perante a minha total impotência!
Requiem por um clube que já foi grande e GLORIOSO!
Bem-vindo, Vitto. Agora é sempre em frente.
Anónimo, mudar de ideias, sempre. Mudar de cu é que custa um bocadinho.
FA, nem mais.
Luís, ataques pessoais a ratos? Temos de falar com os ambientalistas.
Anónimo (19:28), o Geração Benfica é alguém de espinha direita, isso chega-me.
Santo Tirso é tão querido.
Acredita, águia preocupada. É mesmo assim este mundo. É só vendidos.
Ricardo
Fazes ali uma referência à ACT... o que é isto?
Este imbecil é luis também,mas o "SER BENFIQUISTA"...
Filosoficamente, as "nódoas" desta actual liderança, são muitas.
As "Vozes do Dono" fazem Movimentos com a boca(nas casas), mas esquecem as orelhas...
Já não bastavam os inimigos e os "homens sem escrúpulos" aparecem os BenfiquistasAcademicos a atropelarem a Democracia.
Porque nestas coisas, até quando não ganho, gosto de PENSAR o BENFICA com BENFIQUISTAS de ADN... e sem perdas de TEMPO.
Post brutal! Dúvido que haja alguém que consiga dizer melhor o que aqui foi escrito. Simples e directo. APV foi uma desilusão!
Até tu, António Pedro? Nem quero acreditar nisto...
Pois claro, e até aposto que os Fialhos e os Pedros Vasconcelos deste país estão todos errados, e os Ricardos é que são os verdadeiros benfiquistas e aqueles que sabem melhor do que ninguém o que é bom para o Clube.
Mas já percebi (finalmente) a estratégia para afastar definitivamente LFV da presidência: como 3 anos parece que não chegaram para ter um candidato, agora à pressa tenta se arranjar um a ser apresentado se o inicio da época correr mal. Se correr bem já vi que vão ser umas eleições a solo...
Eu conheço A-PV pessoalmente e não entendo esta mudança de atitude!! Só eu sei o que ele já me disse sobre o LFV.............incrível isto!!
Mas um dia destes vou ligar-lhe e tentar perceber o porquê desta mudança de opinião....
Marciano, é uma escola de actores.
Luís, geralmente 10 anos é muito TEMPO.
Obrigado, Rusty. Há que lutar contra esta maralha.
Uma desilusão muito grande, JC.
É isso, sócio 13 mil. E o candidato serei eu. Já está tudo a congeminar.
Neca, faz isso. E manda-o para o caralho por mim, se puderes.
Ricardo o Antonio Pedro Vasconcelos està para o Benfica como està para o cinema (a tua melhor que me desculpe) : não é por gostar muito de cinema que faz bem ao cinema.
P.S.: vais ao Fialho de Evora? A vida deve estar a correr bem para ti! Aconselho-te a ir à Adega do Alentejano e, para sobremesa, ao café Pão de Rala. Se te der uma fominha a meio da tarde, vai à Académica (onde encontraràs as melhores piramides do mundo!).
E porque jà ando farto dos vieiristas e dos benfiquinhas que estão em modo rebanho, prefiro falar de João César Monteiro e de vos apresentar a melhor tirada da historia do cinema (a meu ver). Aqui vai a frase dita pelo louco que se tomava por Cristo (Luis Miguel Cintra) na Comédia de Deus:
"Quando subi aos céus olhei para baixo e disse aos mortais : agora fodam-se vocês porque a mim jà não me fodem mais!"
P.S.: Bom, bem vistas as coisas, esta passou a ser a minha atitude em relação aos vieiristas.
Ohh António Pedro, ainda consegues andar? É que imagino que agora com a coluna dobrada te custe um bom bocado a fazer a tua vidinha... E deves andar a dormir mal também...
Que esta foi uma bruta de uma desilusão, foi!...
estou boquiaberto.
Às (belíssimas) sugestões do David Duarte acrescento ainda A Tasquinha do Oliveira e O Moinho.
"aposto que os Fialhos e os Pedros Vasconcelos deste país estão todos errados, e os Ricardos é que são os verdadeiros benfiquistas e aqueles que sabem melhor do que ninguém o que é bom para o Clube. "
Ganhaste a aposta!!!
acho que o APV não merece tanta atenção. Não passa dum cineasta medíocre que se habituou a mandar bitaites sobre o Benfica num programa nojento. Todas as pessoas têm direito à mudança de opinião mas confesso que é estranho alguém que votou contra Vieira votar agora a favor. Anyway, mais uma vez, com o que o APV diz posso eu bem. Preocupa-me bem mais o Fialho verdadeiro.
David, até não desgosto de alguns filmes de há duas décadas atrás - antes de enveredar pelo cinema "mamas da Soaraia".
Achas que tenho dinheiro para essas coisas? Sou um português pobrezinho, ainda por cima sem estar a trabalhar. Devo ir a Évora nas próximas semanas (tenho família em Vila Viçosa). Se for, dou uma volta por esses tascos.
É muito boa, essa frase. Como quase tudo o que o César escreveu.
Ulricha e João, mais um amestrado. É um mundo muito difícil, este.
JC, vamos lá os dois para uma almoçarada e jantarada a preceito.
Ribeiro, merece atenção porque são estes que fazem a opinião pública da malta mais desinformada. Por esse país há muitos benfiquistas que a única coisa que vêem do Benfica, para além dos jogos, é o "Trio de Ataque". Agora imagina verem este cromo a apoiar o Vieira. "Eh pá, se o senhor cineasta apoia, eu também apoio!". Merece até muita atenção toda esta mobilização dos Fialhos. Claro que o Fialho verdadeiro é um caso ainda mais extraordinário, até porque com esse sabemos exactamente o que se passa - tachinho bom. Com o A-PV gostava que alguém me explicasse.
Até Galileu foi levado a dar o dito (e escrito!), por não dito!
"Eppur si muove", meu caro...
"Com o A-PV gostava que alguém me explicasse."
Quanto é que ele ganha por estar no programa?
Tens a tua resposta...
O dinheiro deve fazer-lhe uma falta do caraças... e assim vai o mundo benfiquista... cuidado com os homens de negócios que querem colocar ao serviço do nosso benfas... ah tal falas de quem? Do Veiga? Desse e de outros Veigas...
Abração a todos!
Ricardo: Vou tentar perceber o porquê desta mudança abrupta!! Só de pensar o que ele já me disse de LFV.....ainda fico mais doido com as recentes declarações dele. FDX!!!!
Eu dou-lhe o teu recado ;)
Eu que já tenho idade para ter juizo, aínda me lembro do APV nos defuntos Donos da Bola a defender a Olivedesportos, argumentando que a Olivedesportos ao adquirir os direitos televisivos dos clubes de futebol só estava a aproveitar uma oportunidade que mais ninguém viu,e que era prática corrente na europa do futebol. Pois.
E as viagens a Barcelona para ver o Dream Team que em Portugal não havia futebol de jeito?
http://vedetadabola.blogspot.pt/
RESPOSTA LOL
@anonimo da vedeta da bola é isso, está tudo uma maravilha,mas a tua cara não me é estranha.
NÂO tivesse o Benfica um azedo a presidente nunca terias tido um ex alverca 10 anos na presidência, um veiga ,um p gonçalves, um soares de oliveira ou outros "profissionais" de varias cores nas estruturas pensantes do Sport Lisboa e Benfica.
Desde o presidente damasio luxuoso,e suas alianças com inimigos fazem de um Benfica uma feira de números(artísticos).
A massificação democrática dá para tudo por isso deixo aqui uma pergunta,
"Se o Presidente do Clube lhe acontece alguma coisa e hipoteticamente ficar privado de exercer funções qual serão as alternativas???
Pensem Benfica enquanto é tempo.
Olha Neca, já somos dois. Há aqui algo que nos escapa. Ou talvez não. O que também a mim disse sobre o Vieira, não pode, não deve, fazer ninguém mudar de opinião.
Saiu da RTP, o cinema também não abunda nem deve muito, as aulas também não devem ser muito lucrativas... Logo o que havemos de pensar?! Que Vieira lhe terá oferecido um grande tachão... É que os euros fazem falta a todos...E depois há colunas que dobram muito facilmente... Um personagem que nunca, repito NUNCA vai a uma Assembleia Geral e prestar-se a ir a Martingança numa tarefa desnecessária (as casas estão mais que manobradas!) só nos pode causar apreensão!
Que desilusão e que sentimento de orfandade, desamparo e mesmo de enjeitados eu sinto!
Águia Preocupada: Isso mesmo!
Durante 10 anos(95/05) não fomos nada,chegámos á bancarrota,titulos?glória?..até que apareceu o atual presidente.Desde então comecámos a recuperar,quer financeiramente,quer ao nivel das infrastruturas,quer ao nivel daquilo que verdadeiramente faz o glorioso..os seus sócios.As pessoas começaram-se a movimentar e quando nós nos movimentamos sabemos bem o que acontece..eles tremem, o clube foi-se modernizando,as modalidades não acabaram,outras apareceram(como o grande futsal),estádio maravilhoso.centro de estágio do melhor que há,condições para os sócios melhoradas,o clube modernizou as suas casas espalhadas pelo país,somos efetivamente o mais amado clube do mundo,o nosso museu finalmente vai ser uma realidade,ou seja estamos nas condições para ganhar titulos atrás de titulos.Então temos um clube recuperado estruturalmente que ganha poucos titulos..o que temos que fazer.o que poderemos fazer?Na minha opinião falta-nos uma gestão desportiva feita por alguém que realmente perceba de futebol e conheça as "linhas com que se coze o futebol português",o último que tivemos foi o josé veiga(mentira?é do porto diziam eles e tal,o que é certo é que tinhamos uma equipa de tostões que foi campeã e os corruptos não descansaram enquanto não o tiraram de cá,além do mais tem sede de os rebentar)..alternativas?quem?rui costa?adorava que fosse, não fosse o fato de abrir demasiado a boca e os nossos inimigos ficarem a saber quem nós queremos contratar..á pois é, porque acham que foi afastado e ninguém comenta?existe mais alguém para liderar o futebol?só vejo um...humberto coelho(mas acho que lhe falta a pimenta,o salero).
Ninguém aperta diáriamente com aqueles gajos de maneira a que espumem da boca cada vez que entram em campo?eles jogam no BENFICA..sabem quem nós somos?é-lhes explicado que têm que jogar,correr,lutar o dobro dos nossos inimigos porque senão nada ganham?quem está lá diariamente para o fazer?ninguém!!!se calhar vamos ter que ser nós.
Quem faz a luta diária contra os nossos inimigos e o seu sistema?quem luta contra os árbitros?(como é possivel roubarem-nos á cara podre e continuarem a fazerem as suas vidas normais?)quem luta contra a comunicação social?(gozam connosco,defendem os corruptos,fecham os olhos á corrupção,atacam-nos a torto e a direito mostrando falta de respeito e nada se passa?essa gente passeia-se nas nossas instalações?)como é possivel não se aproveitar mais jogadores da nossa formação?para que queremos o centro de estágio?como é possivel esbanjarem-se milhões de euros em jogadores medianos?È obvio que se tornou claro que esta direção já muito fez pela recuperação do clube,como também é obvio que nestes 3 ultimos anos não soube pegar de novo na liderança do futebol português e não tem desculpa nenhuma por isso mesmo,podíamos e deveríamos ter ganho os 3 campeonatos,1 liga europa,2 taças de portugal,2/3 supertaças..estas são as minhas contas ao que tivémos na mão e deixámos fugir,sem falar nas modalidades amadoras que é só perder titulos atrás uns dos outros,ou seja devíamos estar em grande.
Portanto de duas uma:ou o presidente larga de uma vez por todas o futebol e acerta em quem o dirigir ou então agradeço muito todo o trabalho de recuperação do nosso clube e está na hora de mudar,só que agora chega outro problema..QUEM?só vejo uma alternativa e é precisamente aquela que está a trabalhar melhor para o ser..josé alberto moniz..para além de ser alguém com tudo o que é necessário ter ao nivel do poder da comunicação(algúem ouve explicações do presidente?..só se for á televisão de odivelas)tem now how em termos de liderança,conheçimentos,pode reunir uma grande equipa só com benfiquistas e tem uma vantagem sobre os demais,mantém-se calado,não anda sempre a aparecer e tem um espirito muito mais de acordo com os tempos modernos de hoje..é atual..entendem?
Saudações benfiquistas,parabéns ao blog,carrega glorioso SPORT LISBOA E BENFICA..até morrer..sou benfiquista com muito orgulho e muito amor e por ti irei cantar para sempre te ver a ganhar.
O post valeu pelo link ao JCM e aos links da entrevista sobre a branca de neve. O resto é aquilo em que o Benfica se tornou. O vale queria-o vender para ficar com o dinheiro, este ficou com ele. E a populaça gosta, ri e aplaude. Faz festas e jantaradas de apoio. E cantando e rindo lá vão em direção à mediocridade.
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